Rosa pensa com cuidado sobre a pergunta de Marjorie.

− Eu não preciso acreditar. – Sorri com a resposta que confunde a outra.

− Isso é um não? – Marjorie pergunta, mas Rosa já está a passos de distância, ela era bastante hábil para uma senhora.

− Você é a pessoa que mais conheço por aqui, desde que cheguei tem sido uma grande amiga, mas também é a pessoa que menos conheço... Carrega tantos mistérios... – Marjorie retruca após uma pequena corrida para alcançar Rosa.

− A vida é mistério, você tem os seus, eu tenho os meus.

Estavam agora em um Lavandário. Marjorie sentiu-se encantada pelas cores e perfumes.

− Esse lugar não para de me surpreender. – Ela diz inalando profundamente o perfume das lavandas.

− Eu prefiro rosas... – Rosa diz soltando um risinho, o que faz com a outra caia no riso.

− Vem logo. – Rosa pediu já colhendo algumas lavandas.

− O que vai fazer com isso?

− Tenho uns vasos de alabastro, pensei em fazer algumas essências...

− Rosa, seu nome sempre foi Rosa? – Marjorie pergunta de repente, uma ideia maluca passando em sua cabeça.

Rosa não responde de imediato, encara-a nos olhos, sorri e diz:

− Nem sempre.