Em poucos dias, Sakura compreendeu que Mrs. Uzumaki não gostava dela, não apenas por ser um dos rebotalhos, mas por ser uma preceptora inadequada aos seus padrões. Irritava-a, mas Sakura era perspicaz ao responder com um sorriso falso antes de partir com a cabeça erguida, injuriando a mulher.

Aquele dia foi semelhante. Ao retocar o quadro do jardim, foi surpreendida com a chegada gradual dos senhores; o primeiro, foi Naruto, uma companhia estimada, mas a chegada da senhora foi insuportável.

Chiyo a salvou com uma desculpa qualquer, permitindo-a fugir para seu recanto pessoal.

— Então é aqui o seu refúgio – sobressaltou-se com a voz de Sasuke que observava a clareira com o lago. – Faz anos que eu não venho para esse lado da residência, entretanto, não posso negar que o silêncio é um alívio.

Sabia que não deveria, mas se viu rindo do comentário, sendo acompanhada por um sorriso masculino mínimo.

— O que vem fazer aqui todas as manhãs?

— Eu escrevo – mostrou o diário com a capa de couro gasta.

— Escreverá sobre esta conversa?

— Assim como as manchas de tinta em seus dedos – apontou para o crime. – O senhor retornou aos quadros.

Ele nada respondeu, apenas desfrutou o momento de paz.