Os termos trouxas me confundiam muito, principalmente os médicos. Isso envolvia entender conceitos básicos de cirurgias trouxas e eu não era exatamente um residente em um hospital.

Para falar a verdade, a única coisa que eu conhecia de medicina cirúrgica trouxa eram as coisas que eu assistia em Grey's Anatomy. E é tudo diferente na vida real.

Por isso eu fiquei muito desconfortável quando comecei a observar tudo que se passava em uma sala de operações. Graças às conexões do Ministério eu pude entrar em uma SO e aprender mais como se fosse um interno real em minha época de estudos, mas a aflição de ver Michael na mesa com o crânio aberto me corroía.

— Vai ficar tudo bem, bebê. Papai tá aqui. Eles vão te curar.

Eu segurava a mãozinha dele, aflito e observando atentamente os médicos enquanto realizavam a tal trepanação.

Não houve aviso, não houveram sintomas, Michael simplesmente teve um ataque e desmaiou. Não havia nada que pudéssemos fazer no St. Mungus, era necessária uma cirurgia avançada.

Meu filho. Meu pequeno tesouro. A resposta para todo o meu sofrimento. Meu garotinho. Eu não podia perdê-lo também. Eu não iria perdê-lo também. Iria salvá-lo, não importavam as consequências.