Meu desafio é você escrita por Kaline Bogard


Capítulo 18
Dia 18 - Sarpar


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!

A palavra de hoje...quantos phews :D nenhum deles foi muito agradável.

Boa leitura!



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Quando terminou a ronda, já passava do horário de trabalho de Yokozawa, que decidiu ir pra casa. Estudaria os dados colhidos apenas amanhã.

Comprou seu jantar perto do apartamento simplório em que morava, lugar pequeno e silencioso.

Atendeu uma ligação de Kirishima, respondendo que ficaria sozinho aquela noite porque já tinha planos. Tomou um banho rápido no chuveiro. Seu lar era tão pequeno que o banheiro ocidental não possuía banheira.

A refeição foi rápida. Quietude evidenciava o peso da solidão.

Já se acostumara ao jeito abusado e invasivo de Kirishima e a animação de Hiyo-chan. Mas seu propósito em isolar-se era pontual.

Então acabou de comer e acomodou-se na poltrona, em posse do volume recente de Greda Princess. As palavras de Masamune bailando em sua mente: o próximo kanji mudará tudo.

Observou a capa, colorida e típica ao estilo do mangá. O traço da autora era bonito. Delicado, mas muito expressivo. Leu o pequeno resumo introdutório retomando as aventuras de Rendi, um garoto de longos cabelos ruivos, último descendente do povo místico de Sarpar numa jornada típica do herói.

Não havia nada demais no enredo. Até que Yokozawa chegou a derradeira frase, com o bendito kanji arcaico. E as coisas ficaram interessantes.


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Notas finais do capítulo

Ai gente, passei pelo mesmo que vocês quando vi a palavra: surpresa, raiva, negação, negociação e, por fim, aceitação. É a vida.

Mas aqui foi a morte do meu amor próprio. Eu vi a palavra e a piada veio pronta na minha mente: vou zoar com verbos. Tipo: ele sapou, vós sapais, eles sapam, nós saparemos. Achei brilhante.

Aí a Anne teve a ideia de brincar com isso também. Daí ela falou essa exata frase: “sua coragem sarpou com ela”. E eu: nossa, a Anne nem sabe ler direito. Olha o r ali.

Olha o r

Ali.

R

A ficha caiu. E esmagou a minha dignidade. A minha honra. E a
minha vontade de viver.

Cometer uma gafe sem ninguém por perto não diminui a dor, sabe? Foi o que aprendi no Zoeiros Anônimos.