Passado o estágio da raiva, que cá entre nós, durou um longo tempo, veio a pior fase: a depressão. Não digo que ele foi diagnosticado ou teve que tomar remédios a base de lítio. Ele apenas passou pela fase da sofrência, que novamente, eu só via nas redes sociais e por comentários de terceiros. Essa é aquela fase em que a pessoa se sustém de Evanescence e músicas pop tristes. Ah, também é a hora em que a pessoa começa a prestar atenção nas letras da Paula Fernandes e do Luan Santana. Eu sei como é, porque passei por isso também, embora não goste de admitir.

É a fase em que tudo lembra a pessoa. A fase mais insuportável para aqueles próximos da vítima. Recebi várias reclamações, como se fosse culpa minha. Bom, eu terminei com ele, mas eu não sou obrigada a ficar com ele, né?!

"O Lucas diz que vai morrer sem você, ele não fala em outra pessoa!"

Minha resposta a esses comentários pode parecer insensível mas foi necessária, pois nessa fase é preciso controlar a piedade, porque qualquer deslize te fará repensar a decisão e voltar para a pessoa.

"Quer que eu prepare a mortalha?!"