Sinto algo ruim no fundo da garganta enquanto sigo pro porto. Meu coração perfeitamente intacto de porcelana não me permite me sentir mal, mas queria não ter lido aquela mensagem.

Assim que pus os pés no deque, porém, tudo aquilo foi esquecido. Abro meu melhor sorriso. Ali, não era Melanie. Ali, tinha vários nomes. Nomes musicais. Miss Murder, Killer Queen, Heartbreaker.

Antes do cruzeiro sarpar, já estava pronta para entreter os passageiros. Um a um, eu os encantaria no cassino, faria com que gastassem até a alma para me impressionar. E nesse meio tempo, seria fácil decidir de quem eu partiria o coração depois. Foi assim que encontrei o último.

Logo mais tinha um coquetel em uma das mãos, a outra passeando provocativamente pelo braço de um homem, que dobrou as apostas após o gesto. Eu sorrio para ele pensando em como jamais me lembraria de seu rosto. Ele vence, e declara orgulhoso, ‘tenho a Miss Murder me dando sorte’. Concordo, satisfeita. Aquele tinha sido meu primeiro apelido antes mesmo do cassino, e eu até que gostava dele. Não notei a nova presença na mesa de apostas até que ouvisse sua voz.

— Aposto o triplo e a companhia da moça.