Nós dois - tda escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 74
Capítulo 74 - "Acorde!"




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TRÊS MESES DEPOIS...

− Vemmmmmm, papai...− Max gritou sorrindo e olhando o pai ali na frente dele na grama, de chinelo e com as gêmeas de mãos dadas.− Vem Maria, peguei salgadinho para o pique nique!

Maria soltou do pai e correu até ele e se ajoelhou ao seu lado com os olhos arregalados.

− Maxe, você viu a baliga da tia Paty? Tem uma bomba lá que vai expodir pa vi o neném. A gata za vai chega.− ela falou errado o nome da neném.

− Tem sim, meu pai falou que o neném é igual a mim que sou o pai!− falou todo feliz...

Fernanda veio correndo e falou com Maria.

− Intão ela não vai toma bainho ingual você!− começou a atenta ele. − Tem um pouco de esfigerante ai?- Fernanda pediu

− Ela tem banheira e vai ser cheirosa e você catinga! − Ele riu, tinha aprendido a se defender.

− A banela é minha em, eu vou acaba com sua aça, seu fedolento. - Maria implicou.

− Tem pipoca, minha mãe fez e você podem comer!− apontou o dedo pra ele, ele sorriu e mostrou. − Olha a cesta grandona que ela fez do pequenique!

Maria avançou e pegou um sanduíche comendo e sentou.

− Ai de bom de delícia!− balançou os pés já sentada comendo.

− Eu tenho balinhas também, rosas para Maria e verdes para Fernanda!

Maria riu dando a mão.

− Eu quelo uma veldinha em e eu te dou uma Rosa, quer Nanda?− falava comendo.

− Quelo sim, maize ele tem maize ali!− Fernanda disse com o rosto cheio de amor.

Max sorriu e disse.

− Nossa mamãe fez esse biscoito no mercado para nós! Olha o potinho tem cores, tem quatro, um é do meu pai!− ele sorriu mostrando.

− Hoze a zente não passa fome em!− Maria falou rindo.− Cadê a Melzinha em papai?

Heriberto vinha com telefone e disse sorrindo.

− Tá vindo, amor, já já, ela chega!

− Eu quelo ela que eu tô com sodade!

− Ela também está amor, com saudades de você!

− Papai, puque Pepe não veio maize aqui?

− Seu irmão está dodói, filha! Ele vai vir quando estiver bom.

Heriberto sentiu o coração doer, o filho ainda lutava pela vida, estava quase na hora do filho dele nascer e ele não tinha recobrado a consciência.

− Eu quelo í cula ele que eu vo se dotola do amo!− Sorriu se levantando e indo até ele, o esperou abaixar.− Te dou uma balinha se soli pa eu!

Heriberto beijou ela sorriu e disse amoroso.

− Você já é uma doutora do amor!É uma menina linda e perfeita!

Maria o agarrou.

− Quer uma balinha pa fica felize?

− Eu quero, amor! Eu quero!

Heriberto sorriu com aquela felicidade que tinha com seus filhos. Depois viu seu amor Victória vir com os refrigerantes pequenos e uns cachorros quentes que Max tinha pedido para o tal piquenique que iam fazer. Ela vinha sorrindo com com seu barrigão.

− A mamãe tamém tem uma bomba de neném, né papai?− Ela riu sentando no colo dele.

− Tem, amor e vai explodir também e sair uma criançona de dentro!− ele riu dela e Max correu.

− Mamãe!

− Cuidado, meu filho.− Ela falou com carinho para não derrubar as coisas.

− Ta bom, mãe, você é maravilhosa, eu tô muito feliz com esse piquenique, as meninas querem também!− ele riu.− Olha mãe, eu dividi!

Ela sorriu e com a ajuda de Heriberto sentou no chão com eles e Fernanda foi logo pro colo dela.

− Meu filho, você fez muito bem em dividir ou elas iriam brigar!− Sorriu e agarrou Fernanda sorrindo.

− Mamãe.... eu quelo alisar meu irmão.− ela fez carinho na mãe com amor.− Ele vai ser meu amigo e eu vou tomar banho com ele!

− E eu vou dar papa pa ele, mamãe!− Ela sorriu.

− Vocês vão ser muitos amigos mesmo!

− Eu quelo, papai, eu quelo muito!− ela disse olhando o pai e no colo da mãe.

Ela sorriu mesmo com a situação que os cercavam os menores estavam a margem de tudo e eles precisavam mantê-los assim, livre do mal que os cercavam.

− Amor... vamos?− Ele se levantou sorrindo e os filhos na mesma hora começaram a correr em volta.

− Vamos ajudar papai a carregar as coisas porque mamãe não pode carregar nada além da barriga!− Ela riu. 

−Já pesa muito e eu não aguento mais não nem levantar, eu vou conseguir...− deitou no chão fingindo desmaiar.

Maria correu até ela e se ajoelhou.

− Mamãe, a bombinha já vai expodir?− deitou a cabeça na barriga dela e sentiu mexer. Heriberto riu delas e esperou os filhos. − Não me çuta, seu feoso!

Vick não aguentou e começou a rir segurando ela e a beijou muito mesmo.

− Dá ducação ele, mamãe num me respeta, eu em!− agarrou a mãe beijando mais e se levantou para ajudar o pai.

Fernanda estava ansiosa e sentiu o coração cheio de amor.

− Pai, eu sou felize nessa casinha sabia?− ela sorriu.− Alá, mamãe com Malia.− estava com ciúmes e ele riu.

− Nandinha, vem ver esse moleque me afontano.− Ela riu e disse toda amorosa, soltou da mãe e tocou a barriga com a mãozinha e sentiu chutar mais.

− Viu, papai, ninguém vive sem mim, eu sou iportante!

− Ola isso, Nandinha.− e correu até a irmã.

− Ele ta mecendo, Malia? Ele é um sem modo em!!! Selá que ta fazeno cocô?− ela perguntou rindo.

Vick não se aguentava de rir mexendo a barriga era tudo que sempre quis na vidar ter aqueles momentos com seus filhos sempre sonhou em ser mãe e agora era uma mulher realizada.

− Ele não faz isso ainda, minhas filhas! − Victória falou tentando controlar o riso.

− Ué, ele não tem popo não, mamãe?− Fernanda disse assustada com aquela notícia.

− Vamos meninas!!!!! - Max chamou nervoso.− Eu marquei hora no mato! Tem hora para chegar lá!−Era a uns vinte passos dali, mas ele era metódico.

− Filhas, ele ainda está crescendo ainda não tem bundinha... ou tem, amor?− ela olhou pra Heriberto rindo e sentou.

− Tem apenas uma bundinha, mas não come papá igual a vocês! Por isso não tem cocô.− Ele explicou tudo cuidadoso porque sabia que elas gostavam de entender.

− Que massa! − Maria riu. − Bamo, mamãe comer papá.

− Vocês vão me fazer chegar atrasado e eu não vou perdoar!− Levantou puxando a mãe como se conseguisse levantá-la.

− Calma, meu filho, não seja tão impaciente!

− Vamos, Victória senão Max vai ter um troço!

Max estava com uma cara feia mesmo e falou com raiva pegando a cesta pesada e caminhando.

− Me ajuda a levantar, amor.

Heriberto segurou a mão dela com carinho. Ela falou rindo com a barriga já grande era maior que das outras gestações e apanhou suas costas enquanto ajudava a levantar.

− O que que tem aqui na barriga da mamãe, Maria?

− Bombaaaaaaaaaaa!

Ela gritou e saiu correndo na frente.

− Eu vo cegar plinelo!− E correu como se fosse longe.

Max ficou com raiva e correu na frente dela, mas ele estava com uma cesta grande.

− Meu filho, calma, você vai cair com isso, olha Victória é muito difícil em.− E falou rindo mostrando Max.

Ela riu segurando seu amor.

− Ele anda nervoso, percebeu? E impaciente! Acho que ele está com ciúme por causa do bebê da Paty. Ou está sentindo muita falta do irmão tem visto Lola menos que o normal Melissa também está estudando direto, acho que nosso filho está sentindo falta dos irmãos! Foram dias muito fáceis e ele já é maior que as meninas percebe tudo. Também está com ciúme de você!

− Mais eu estou todo tempo agarrada nele porque sei que ele é ciumento.− Caminhou com ele. − Exatamente como Melissa... Vai ser difícil, mas pelo menos nesse tempo elas pararam de mamar, mas ainda sinto encher...

− Você sabe muito bem que Max e Melissa são iguais! Amor, vai encher porquê você terminou de dar mama a elas e já vai dar mamar a ele.

− Sim, mas dói amor, lembra aquela noite que tive que fazer Fernanda mamar dormindo pra aliviar...

− Amor, tudo bem, você pode voltar elas, se achar melhor, mas quando o bebê chegar vai ter que tirar.− ele disse amoroso caminhando com ela, quando chegou dez passos disse: − E aí Max, estamos atrasados?

Max arrumava as coisas com a cara feia e Maria desfazia o que ele fazia como se ajudasse, era o jeito dela não estava fazendo por mal.

− No próximo, mamãe, só entra com convite! Não vou convidar todo mundo não!

− É com tonvite. − Maria imitou.

− É SIM!!− Ele disse zangado e olhou a mãe.

Vick sorriu.

− Tá bom, meu filho, eu compro o convite pra você deixar suas irmãs virem.− Ela riu mais.

− Não é de vender não, é de merecer!− Max disso sorrindo. − Me diz, filho, quer escolhe o nome do bebê igual escolheu de sua filha?

− Eu quero, mamãe...Eu quero!!!!! Vamos sentar e pensar, venham garotas!− ele fez sinal com as mãos.

Fernanda olhou e sentou...e quando se moveu soltou um pum, olhou a mãe e começou a rir.

− Pedei, mamãe!

Victória soltou uma gargalhada.

− Nem comeu ainda e já está assim ?

Sentou ao lado do marido.

− Ei, peidar não pode!!!! − Max decretou.

Heriberto olhou o filho e riu.

− Está muito tirano, meu filho!!!!!− Ele sorriu.

Maria nem ligou pra eles começou a fazer um montinho de pão onde tinha colocado um pra cada um deles é tinha pelo menos cinco na fileira dela.

− Ei, tá roubando!− Max falou. − Tem mais pra você!− Maria riu.

− Eu só teno um!Tá veno não em!− Olhou a mãe.− Ola, mamãe me bigando e eu não fize nada!

− Ela colocou cinco pães para ela mamãe só um para gente! Isso não é ser justo, não é! Mas vamos escolher o nome do bebê depois pensamos nisso!

Maria riu.

− Eu tô só fazeno nem teminei!

Vick estava só sorrisos com os filhos.

− Vamos escolher o nome. 

 − Eu aço que deve ser Maxe. 

Fernanda riu, Maria ria lambendo os pães todos.

− Eu aço que tem que Helubertuço!Ele vai ser feioso, dize, papai, ele vai ser feio? − sorriu e disse amoroso.

− Filha, ele vai ser lindo, demais!

− Vai sim, ser lindo como vocês!− Vick concordou.

Max pensou, olhou as irmãs.

− Mãe, pode ser Ângelo?

Vick o olhou e sorriu.

− Muito lindo, meu filho! Vocês gostam, filhas?

Fernanda olhou para Max e riu...

− Anjinho, eu não goto poqe ele escoleu!− disse implicando.

Maria estava com a boca cheia de maionese.

− Mas eu acho que podelia ser ângeloouuu!

− Eu quelo anjinho, mamãe. − Maria respondeu

− Maria porque está lambendo tudo?

Ela só riu e continuou lambendo todas as bandas dos pães.

− Tá munto bão, quer, mamãe?

Levantou e levou um para ela, mas antes de entregar lambeu mais um pouco o recheio e fechou dando a ela.

− Tá memo munto bão.

Vick segurou e a olhou rindo.

− Pentelha!

Ela mordeu não tinha nojo das filhas e sabia que assim não ensinava elas a negar as coisas as outras crianças.

− Mãe, não vou comer pão que ela lambeu não! Se ela lambeu, eu não vou comer! Eu não acho isso justo, ela ficar lambendo o pão de todo mundo! Vai se chamar Ângelo sim, porque eu gosto desse nome e minha mãe também!

Vick riu e Maria foi até os pães lambeu um e colocou dentro da cesta.

− Ola, Maxe esse não tá lambido.− Pegou de dentro da cesta e trouxe pra ele comer.− Eu não lambo esse! − Riu estendendo a mão para ele.

− Eu vi que você lambeu sua mentirosa. − Ele falou começando a rir porque não queria mais ficar brigando com a irmã.− Vamos correr um pouco e brincar das coisas que eu pensei!

− Você não quer meu pãozinho?− Falou triste com ele.

Vick ria a filha conseguia tudo que queria de todos fazendo drama.

− Me dá esse pão aqui, então, mas só vou comer um pedaço!

− Eu não lambo, Maxe!− Ele pegou o pão e saiu com elas duas para brincar do outro lado enquanto Victória e Heriberto ficaram juntos conversando.

Ele abraçou seu amor um pouco mais e disse sorrindo.

− Finalmente conseguimos um pouco de paz, meu amor, apesar de tudo um pouco de paz.− Ela suspirou.

− Sim, um pouco de paz! Será que é vai demorar pra acordar? Elisa não sai do hospital mais nem estudar não consegue porque ele está lá.

− Eu não sei, meu amor, quando ele vai acordar porque essas coisas são naturais.O médico dele acredita que pode acontecer a qualquer momento que um estímulo qualquer pode trazer nosso filho de volta.− Ele suspirou porque pensou que existia a possibilidade de nunca voltar.

− Ele nem sabe que o bebê é uma menina!− Se encostou.

− Ele não sabe nada, meu amor, acho que não está nem ouvindo o que falamos!− Suspirou triste pensar aquilo.

− Eu quero meu filho de volta.− Ela agarrou mais ele e encheu os olhos de lágrimas.

− Nós vamos conseguir, meu amor, na hora certa nosso filho vai voltar para nós. Achei que nossa filha ficaria deprimida por adiar o casamento em função da doença do irmão, mas ela lidou bem com isso. Você acha que ela fez amor com o namorado? Acho que você devia liberar, Victória já que ela esperou tanto e não vai poder casar agora. Vamos conversar com você filha sobre isso!

− Eu a liberei ontem, mas acho que ela nem vai querer.

− Você liberou ontem, amor, por que? O que aconteceu ontem?

− Porque como disse ela não vai casar agora eu acho que tá na hora da nossa menina vira mulher ele já esperou tanto e sei que ele esperaria mais.

− Eu quero que ela seja feliz, só isso, que ele cuide dela, que ela esteja bem aquelas coisas que todo pai quer! − Falou amoroso alisando a esposa no braço.

− Ontem não aconteceu nada, nós duas apenas conversamos e ela estava tão triste que eu perguntei se ela queria fazer amor já que não ia casar agora, ela me confessou queria sim fazer, mas estava com medo de você.

− Você ouviu ela dizer que estava com medo de mim, mas eu não proíbe a minha filha da outra vez foi você.− Ele riu olhando para ela.

− Ela pensa muito que nós dois vamos achar e por isso ela não faz diferente de Pedro e Elisa ela tem muito medo de nós dois se não ela já tinha feito ou não a nossa filha se acha gorda feia e por isso demorou quatro anos para ficar nua na frente dele.

− Eu vou conversar com a nossa filha daqui a pouco quando ela chegar, meu amor. Vou dizer a ela o quanto é linda e como ela deve sim fazer amor com um homem que ela ama. Você sabe muito bem que não é fácil para mim porque ela é a minha menina. Mas eu quero minha filha feliz quero ela bem felizes sorrindo porque eu não quero mais tristeza na nossa casa.

Vick suspirou.

− Ela é linda mais digamos que não é o padrão do mundo, né amor e acho que isso a deixa um pouco acuado, mas percebo que Denis não liga...− Ela riu se lembrando de uma situação.

− Ele gosta é muito que eu vi o que ele gosta, o tempo todo pegando minha princesa! Ele agarra, amassa, ele adora ela como é. Está apaixonado e nem comeu o tesouro imagina quando comer.− ele riu safado.

− Você acredita que ele me levou ao shopping pra comprar um vestido e uma mulher estava dando em cima dele descaradamente e ele só olhava pra mim nem pro lado ele olha.− Ela riu mais dele.− Amor, ele gosta de carne e ela tem pra dar a ele porque ele amassa ela sim todo safado e ela gosta porque fica toda felizinha!

− Amor, ele é homem mesmo e eu fico feliz com isso!− ele disse sorrindo.− Hoje eu converso com minha bebê.− ele disse amoroso.− Ela sempre será meu bebê, nenhum filho substitui o outro.

− Com o tanto que temos não tem nem como.− Riu.

Ele riu e beijou a boca de seu amor com carinho.

− Eu quero fazer, amor. Eu quero você, Victória! Estou com saudade da minha mulher. Saudade de ficar bem junto saudade de beijar em todas as partes do seu corpo.− Ela estremeceu e o segurou melhor.

− Eu também estou com saudades!

− Eu sinto falta da minha mulher todos os dias! Sinto falta do seu carinho da sua atenção não estamos conseguindo com toda essa correria aqui em casa.

− Sim, não estamos tempo de cuidar de nós mesmos olha o quanto minha barriga cresceu em três meses nem pareço ter quatro meses e meio.

− Mas está linda, amor!− ele sorriu.− Linda mesmo!

− Ângelo, vai amar os irmãos.− ela olhou os filhos brincando e correndo por todos os lados.

− Ele já ama, amor, já ama essa família enorme... Para quem não podia me dar um, me deus sete!− ele riu.

Ela sorriu.

− Deus escreve certo por linhas tortas!

− Eu adoro as linhas, meu amor.− ele sorriu e a beijou na boca...

Vick o segurou pela nuca acariciando e sorvendo dos lábios dele era seu amor era sua vida toda ali nos lábios dele tinha tanto amor por Heriberto que nem podia imaginar sua historia de outra maneira claro que tiraria a parte de seu filho, pois nenhuma mãe quer ver seu filho em uma cama de hospital respirando por aparelho e um filho preste a nascer queria somente que essa parte de sua historia fosse mudada junto a morte de seus pais.

Era feliz mesmo com as dificuldade e ela e Heriberto conseguiam sempre resolver seus problemas porque o amor tudo pode tudo vence.

NOITE...

Melissa chegou e o pai a esperava, tinha ligado para ela e quando ela entrou ele só a olhou com amor

− Oi, pai.

− Oi, minha filha, eu quero que você venha até o jardim comigo, fiquei te esperando!− falou com um sorriso simples no rosto.− Mas vamos ter que sair escondido porque tem gente que fica vigiando! − Ele fez um gesto com a cabeça que as crianças estavam prestando atenção nele e nela enquanto brincavam.

− Eu vou tomar um suco, então.− Beijou a mãe e depois um de cada um deles e disse.− Eu já venho pra brincar com vocês!

− É bom, eu fiquei te esperando!− Max sentenciou para ela aquela questão.

Os dois caminharam para o Jardim e ele sentou ao lado da filha todo amoroso pensando que aquela conversa era tão delicada quanto tinha sido tudo naquela vida com ela. Amava tanto sua filha queria sempre que ela fosse feliz.

− O que aconteceu pai? Eu não consegui vir de tarde e depois passei no hospital pra ver Pedro ele está tão diferente...− falou com tristeza deitando a cabeça no peito do pai.

− Nós precisamos seguir, minha filha!− Ele disse com o coração triste.− Não sabemos quando seu irmão vai voltar pode ser daqui a dois dias ou daqui a anos.E por isso eu quero conversar com você.

Ela se afastou e o olhou.

− O que foi?

− É sobre o seu futuro, meu amor e sobre a sua felicidade não se pode adiar a felicidade nem nem esperar o momento certo para vivê-la. Todo dia é dia para ser feliz, minha filha, não existe futuro o futuro é agora.− Ele tirou o cabelo do rosto da filha e olhou em seus olhos ela era tão linda quanto pequena.− Quando eu te vi a primeira vez, eu tive certeza que queria ser seu pai. Eu nunca mudou eu sempre soube que você seria a minha princesa para sempre

Melissa encheu os olhos de lágrimas.

− Mamãe me disse que eu só fui com você porque estava com a minha mamadeira.− sorriu deixando a lágrima escapar.

− Você queria ficar perto de mim, quando eu olhei para você, sabia que seriamos amigos. Eu tive certeza ali e tinha uma família com você com seu irmão a sua mãe era tudo que eu queria e vocês dois eram um brinde é como quando a gente compra um chocolate e ele vem com brinquedo.

Ele chorou e abraçou sua filha tão forte.

− Você é o melhor de mim, minha filha e sempre vai ser o meu amor, não importa o que você faça! Os erros do seu irmão não tornam ele outra coisa além de meu filho. Nada que você fizer nunca vai me decepcionar ou me afastar de você. Eu quero que me prometa que vai ser feliz e que a partir de hoje vai escolher fazer as coisas pensando em você.

Mel se agarrou a ele apertando seu paizinho.

− Eu penso em mim, mas eu penso em vocês também e é difícil ser feliz quando seu coração dói e sangra.− não o soltou.− Um pouquinho de mim morre a cada dia que eu o vejo lá naquela cama, ele é o meu gêmeo não sei ser feliz...

− Vamos acreditar que ele vai sair de lá, meu amor e quando ele acordar vamos ensinar ele a viver de novo. Mas enquanto ele está lá precisamos estar bem ele não ia querer que a gente fosse infeliz. Vamos ser felizes e é por isso que eu estou aqui com você! Você quer fazer amor com seu namorado, minha filha?

Melissa o soltou e fungou secando o rosto.

− Pai, eu o amo e é claro que eu quero fazer amor com ele, mas agora não tenho cabeça nem pra pensar em estar dividindo a cama com ele, vai ser ruim pra mim e ruim pra ele não quero que nosso amor acabe por uma noite fracassada porque eu preciso estar inteira e não estou...

− Mas eu quero que você saiba que nem eu nem sua mãe vamos impedir você de ser feliz. Ter o seu irmão naquela cama me fez pensar em tanta coisa. Eu não quero mais ninguém deixando de fazer coisas boas e coisas que ama. Quando chegar a hora minha filha só que pode fazer só tome cuidado e se cuide.

− Eu vou fazer um bebê de cara!− zombou dele aliviando o clima.− Vai ser um lindo menininho pra tirar sua paciência.− riu mais.

− É minha filha essa casa está com pouca criança eu acho que você deve fazer mesmo isso!− Ele entrou na onda da brincadeira dela e começou a rir.− Realmente temos pouca criança aqui em casa e eu que pensei que só teria você e seu irmão.− Ele soltou uma gargalhada.− Resulta que sua mãe virou uma parideira!

− A culpa é sua, ela sempre diz.− riu mais e deitou novamente no peito dele ficando séria.− Pai, eu não sou magra... Mas ele me aceitou mesmo assim não tem vergonha do meu corpo e me adora ver nua...− falou sendo verdadeira.− Eu demorei quatro anos pra deixar ele me ver porque eu tinha medo dele me rejeitar por ser gorda.

− Minha filha se ele te ama vai te amar do jeito que você é porque assim para mim eu amo sua mãe do jeito que ela é. Acho que eu não tenho defeito que sua mãe não tem defeito Todos nós temos coisas que não gostamos em nós e nem sempre isso é um defeito para os outros apenas re para nós. Às vezes, aquilo que a gente considera uma coisa ruim é uma coisa maravilhosa para outra eu tenho certeza que adora ver você assim toda cheia aí gostosa.− Brincou com a filha porque ela realmente era uma menina linda.

− Ele gosta porque ele fica me amassando toda hora...− riu agarrada a ele.− Mas eu vou pensar mais em mim e se chegar a hora, eu vou fazer amor...

− Eu quero que você faça quando for o seu momento! Porque já foi o seu momento e nós não permitimos. Mas agora eu estou te dizendo que você tem o direito de escolher que momento vai ser.− Ela o cheirou muito.− Mamãe não deixou porque eu ia casar, mas meu casamento não vai sair agora!

− Tudo bem, minha filha, mas eu quero que você saiba que vai ter o meu apoio da sua mãe porque você merece ser feliz.

Ela sorriu.

− Eu sei, papai e por isso que eu te amo!

− Não mais que eu a você, amor!− ele disse com amor de verdade.

− Vamos tomar sorvete? Ou quer me contar mais alguma coisa? Mamãe não está programando outro bebê, não né?

− NÃO!!!!

Ele riu e a olhou com amor.

− Não mesmo! Vamos tomar um com aqueles confetis, filha?− ele sorriu beijando ela e os dois saindo do banco.

− Sim, com muito confete!− ela agarrou ele caminhando para a cozinha.

Eles foram sorrindo e se beijando o tempo todo, eram dois beijoqueiros.

NO HOSPITAL...

O barulho dos aparelhos estava cada vez mais associado a ele nada se movia só aquele som e Patrícia estava diante de Pedro. Ele tinha os olhos fechados e não se movia.

− Você precisa acorda seu babaca!− falou logo.

Ele estava completamente imóvel. Ninguém sabia se ele podia ouvir o que estavam dizendo ou não. Patrícia suspirou e pegou a mão dele.

− Sua filha está aqui preste a nascer e você ai nessa cama!− sentiu mais raiva dele.− Você mesmo estando certo está errado!− colocou a mão dele na barriga dela.− Jhenny, esse é seu papai um, que a mamãe sempre fala pra você!

Os aparelhos começaram a apitar mais rápido. Era como se ele sente se tudo que ela estava falando naquele momento.

− Olha o que está perdendo, babaca.− estava brava com aquela situação a e a filha fez um calombo embaixo da mão dele como se entendesse.

A vida é extraordinária todos os passos podem ser dados quando a vida é respeitada e quando as pessoas tem certeza do que querem para elas. Mais uma vez os aparelhos habitaram tão alto e João Pedro como num passe de mágica abriu os olhos.A força de sua filha o tinha trazido de volta.

Era a força do amor prevalecendo sobre toda dor que tinha sofrido. Paty o olhou e se afastou no mesmo momento assustada. Ele aspirou profundamente como se aquele suspiraram o processo de volta à Vida... Era a sua vida de volta. Ele mexeu os olhos e ficou olhando para ela por alguns segundos.

Patrícia sentiu seu coração tão acelerado que tocou sua barriga e sentiu uma dor tão forte no pé da barriga e só sentiu o liquido escorrer por suas pernas anunciando a chegada de Jennifer.

− Oh, meu Deus...!!!

João Pedro respirou fundo de novo num fio de voz ele disse olhando para ela.

− Minha filha!− olhos se fecharam de novo.

Patrícia sentiu as contrações e caminhou até o botão e apertou sabia que Arthur estava do lado de fora esperando por ela e ele entrou rapidamente.

− Amor, a bolsa estourou e ele acordou...− estava de perna aberta apoiada com as duas mãos na cama.


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