Ela abraçou beijou muito Victória e ficou agarrada com ela um tempo depois saiu da cama e foi correndo colocar o seu biquíni, estava cantando e vestindo biquíni quando saiu indo na direção do quarto da mãe e deu de cara com Mel, mas Mel não sabia que a mãe estava saindo também do quarto e que ficou prestando atenção nela. Lola congelou na hora quando viu.

− Onde você vai? − Melissa implicou.

− Eu vou descer... − Falou baixo. − Eu posso ir?

− Não, não pode! Você tem que ficar no quarto!

Victória na mesma hora saiu do quarto e encarou a filha.

− Repete o que você falou, Melissa?

Melissa olhou a mãe e disse:

− Eu não quero ela lá.

Lola ficou assustada com o rosto da mãe nem sabia como reagir naquele momento porque não queria que Victória brigasse com Melissa por causa dela.

− Tudo bem mãe eu fico... Não precisa brigar!

− Egoísta! Você é egoísta Melissa só pensa no seu ciúmes e não é assim que a banda toca, ela é sua irmã queira você ou não! Você vai sim a casa é sua como é dela e se ela continuar com essa atitude ela vai perder muita coisa porque não a eduquei pra ser assim egoísta e pensar só em si.

Lola se encolheu os olhos encheram de lágrimas e Melissa encheu os olhos de lágrimas.

− Vai brigar comigo por causa dela?

− Vou, eu vou sim porque ela não é menos que você e você sabe disso!

− Não briga com ela, mãe, ninguém gostou de mim Leonela que estava certa!

− Ela não é sua mãe.− Melissa gritou com Lola.

− Eu sou uma desgraça! − começou a chorar e saiu correndo para o quarto dela.

Victória pegou Melissa pelo braço e a encarou.

− Eu poderia dizer a mesma coisa a você, mas não vou porque você é minha filha assim como ela é agora e se você não aprender a respeita-la as coisas vão ficar muito ruins pra você, Melissa. − Bufou com ela e Melissa chorou.

Heriberto saiu de toalha amarrada na cintura quando chegou do lado de fora e viu a esposa segurando Melissa pelo braço ele apenas fechou a cara na mesma hora tinha saído pelo grito que tinha ouvido.

− O que está acontecendo, Victória, por que você está fora da cama?

− Pode chorar mais você vai pedir desculpa a ela agora.

− O que ela fez, Victória?

− Eu não vou pedir nada! − Se soltou da mãe.

Heriberto chegou perto das duas com uma cara bem feia.

− A sua mãe não pode se aborrecer e você vai fazer exatamente o que ela está mandando agora! Eu não sei o que você fez, mas eu quero que você respeite a sua mãe, vai fazer agora o que ela mandou. − Ele falava bem baixo com muita raiva.

− Ela não é minha irmã, ela não é filha de vocês e eu não vou pedir nada! Ela nem deveria estar aqui. − Gritou e Victória num excesso de raiva sentou a mão na cara dela.

− Egoísta!

Heriberto olhou assustado, mas não disse nada.

− Minha filha, eu nunca tive coragem de levantar a mão para você ou de fazer algo mal, mas se você gritar de novo com sua mãe eu vou te dar uma coça! − Ele puxou Victória para ele apoiando a esposa que estava tremendo. − Vem se deitar que você não pode se aborrecer e eu vou ver onde Lola está.

− Você me bateu por causa de uma pessoa que nem é nada nossa? − Segurava o rosto. − Eu odeio vocês eu odeio!

− Ela te bateu porque você está sendo egoísta e não é a menina que nós criamos!− Ela saiu correndo e desceu as escadas saindo de casa chorando. − Amor, vai deitar eu vou conversar com elas eu vou resolver isso com as duas quer que eu peça a Lola para ficar com você?

Victória se soltou de Heriberto.

− Eu vou falar com ela! − Ela caminhou para o quarto de Lola.

Ele entrou em casa vestiu uma roupa e caminhou para procurar a filha e depois de descer encontrou Melissa em baixo da árvore que ficava perto do Jardim onde ela sempre se escondia quando era pequena e fazia alguma arte. Ela estava toda encolhida debaixo da árvore e ele simplesmente parou se sentou no banquinho que ficava ali e disse com calma como sempre era com ele:

− Onde você aprendeu a ser cruel? Não foi com sua mãe não foi comigo e muito menos com seu irmão, nós criamos uma menina educada bonita sincera e que sempre faz o que é certo doa a quem doer, mas quando ela está magoada ela faz tudo errado você está errada minha filha você está muito errada está estragando tudo!

− Me deixa em paz vai com sua filinha!

− Eu estou com minha filhinha estou com a minha filhinha que eu amei desde a primeira vez que eu vi mesmo que ela agora não me ame como antes e não respeita nem a mim e nem a mãe estou aqui com a minha filhinha mesmo vendo que ela está morrendo de ciúme e ao invés de ajudar a irmã a ser uma pessoa feliz está sendo exatamente como todas as pessoas ruins que existem no mundo, porque você não vem aqui e conversa com seu pai e me diz o q tá passando no seu coração.

− Eu não quero falar, não quero! − Ela soluçou. − Ela me bateu por causa de uma estranha e a culpa é sua por trazer essa garota pra cá minha vida era tão boa e agora está um lixo eu odeio você por isso por me fazer sofrer. − Ela chorou mais.

Ele foi até ela pegou contra sua vontade e a fez sentar no banco junto com ele.

− Você acha que seu pai procurou por isso? Acho que seu pai ficou feliz de descobrir que tinha sido abusado? − Ele deu um suspiro. − Mas quando acontece algo na nossa vida minha filha precisamos seguir em frente e resolver os problemas. Lola é sua irmã agora porque eu e sua mãe decidimos isso porque ela não vai virar uma menina jogada na rua depois de ter sido abusada depois de ter sido maltratado e ter sofrido mais que todos nós juntos a vida toda, você tem tudo sempre teve tudo você não sabe o que é não ter as coisas e não ter amor, minha filha. Eu preciso de você eu te pedi isso eu disse que queria que você me ajudasse então hoje é sua última chance se não parar com isso se não se comportar como uma menina decente se não transformar a sua irmã em sua irmã eu não vou mais confiar em você. − Ela se levantou.

− Porque você não vai amar ela e me deixa de lado como tem feito a dias? Até meu irmão ela tomou, eu não quero saber dela eu não quero saber mais de nenhum de vocês e principalmente de Victória por ter me batido. − Ela saiu correndo novamente mais agora pra rua.

Heriberto foi atrás dela e quando estava andando atrás da filha Melissa quase foi atropelada e ele a puxou na mesma hora correndo para ele, foi como numa fração de segundos o momento em que ele puxou a filha para ele e o carro passou na rua desesperado buzinando o coração dele veio na boca sem conseguir explicar ficou agarrado com ela.

− Meu Deus, minha filha, olha o que você ia fazer!

− Me deixa. − Ela disse chorando.

− Eu nunca vou te deixar, você é minha filha eu nunca vou te abandonar eu não estou amando ela e largando você, minha filha, eu tive que resolver problemas e sua mãe está passando muito mal e pode perder o bebê a qualquer momento sua mãe pode perder o bebê. Eu disse ao médico que traria ela para casa e que ela ficaria tranquila e que faria repouso minha filha e você faz isso. − Ele caminhou com ela abraçada nele e por fim ele fez o que ela nem esperava pegou ela no colo e segurou como quando era criança com ela enlaçando as pernas no corpo dele e ele segurando ela. − Você é minha filha, meu amor... − Ela soluçou. − Eu preciso de você, minha filha, eu não consigo sozinho você precisa me ajudar.

− Eu não quero, eu não vou gostar dela muito menos agora que ela me bateu. − Soltou seu corpo do dele quando estavam no jardim.

− Minha filha, você tem que gostar dela porque não vai mudar nada ela não vai embora! − Ele soltou no chão e deixou que ela fosse. − Eu estou te dando a sua chance e é a última sua mãe não vai ficar se aborrecendo por causa de você e suas criancices e nem adianta ficar nervosa e dizer que vai fugir porque eu boto a polícia atrás de você ou então vou de cinto te dou uma coça! − Ele não estava brincando quando falava aquelas coisas.

− Ela já me bateu por causa daquela idiota não me surpreendia que me batesse também! − O olhou com raiva e saiu pisando fogo para dentro de casa e encontrou a mãe descendo com Lola. − Eu odeio você! − Gritou com Lola e subiu correndo para o quarto.

Heriberto veio logo em seguida e viu o que ela tinha feito deu um beijo em Lola suspirou cansado e subiu atrás de Melissa ficou espantado com aquele grito que ela tinha dado de novo que ele entrou no quarto dela com raiva agora não ia mais conversar.

− Pode arrumar a sua bolsa! − Ele falou sério quando entrou no quarto dela. Ela não o olhou e continuou na janela. − Quando a gente não gosta da mãe, não gosta do pai, não gosta da irmã significa que a gente não é feliz que a gente não quer morar naquele lugar. − Ela o olhou.

− O que foi vai me mandar embora agora? Por causa daquela desgraçada? Vai me fazer odiar ainda mais ela!

− Filha, olha o que você está dizendo para mim, você está dizendo para mim que odeia a todos nós, é isso que você tá me dizendo que não servimos para ser a sua família!

− Você estragou tudo! − Gritou com raiva jogando as coisas de sua mesa no chão.

Heriberto foi até ela e a segurou nos braços sacudindo.

− Para com isso, Melissa! − Deu um berro.

− Aaaaaaaaaa... − Ela gritou empurrado ele. − Sai daqui me deixa em paz, vai com sua filhinha! Sai.

Ele deu outro grito com ela.

− Não vou! Não vou a lugar nenhum, pare de gritar e pare com essa palhaçada! − Estava furioso com a filha.

Victória apareceu na porta olhou os dois e sentiu tristeza e tocou sua barriga, ele se virou para ela na mesma hora.

− Amor, que foi?

− Veio me bater de novo? − Victória se enfureceu com aquela atitude dela e mesmo não podendo abaixar pegou sua sandália e foi até ela.

− É isso que você quer pra se fazer de vítima porque você é uma mimada que sempre teve tudo, mas é surra que você quer é surra que você vai ter! − Os olhos pegaram fogo na mesma hora. − Você está fazendo um papel idiota.

− E você também porque esse exame pode ser falso e ele estar mentindo pra você cuidar da filha da amante dele. − Victória sentiu os olhos encherem de lágrimas.

Ele foi até ela e parou bem do lado da esposa segurou com calma na mão dela pegou o chinelo jogou no chão.

− Vem, amor, vamos descer com nossa outra filha comer alguma coisa tomar um sol vamos ser uma família deixa Melissa aí! − Ele não olhou para filha apenas tocou o rosto de Victória com amor e ignorou a filha de um jeito que ela nunca tinha sido ignorado na vida. − Você precisa repousar e o nosso bebê também, vamos descer e ter um dia calmo deixe que ela seja só isso aí que ela é agora mimada, egoísta, idiota e infantil, vem amor vamos não temos mais nada a dizer para ela já sabe tudo.

− Vai com essa bastarda!

Victória olhou pra filha e se deixou chorar e saiu primeiro que Heriberto.

Ele respirou profundamente virou as costas e antes de sair ele disse triste como nunca esteve.

− Você não é mais minha filha, a minha filha não faria isso nem diria coisas assim para mãe grávida! − E sem dizer mais nada ele saiu chateado coração destruído.

− Eu já não sou sua filha a dias! − Melissa pegou um porta retrato e jogou na parede e gritou depois foi até a porta e bateu fechando.

NO ANDAR DE BAIXO...

Victória pegou Lola que estava sentada na escada a espera dela e saíram para a área da piscina no mesmo momento em que Paty beija os lábios de Pedro, Lola sentiu uma fisgada na barriga mais tentou ser natural o que já não estava bom ficou pior para ela.

Heriberto vestiu uma sunga e se sentou ao lado de Victória observando o filho a namorada e Lola ele não tinha esquecido que queria conversar com filho de modo bem sério, Lola só molhou os pés enquanto olhava Paty beijar Pedro moderadamente por conta dos sogros.

− Eu preciso conversar com ele hoje! − Ele disse cansado olhando para Victória. − Deita aqui amor vou descansar um pouco estou chateado! − Vick deitou no divã com ele olhando Lola.

− Ela é só uma menina e Melissa precisa entender!

− Ela, é sim é uma menina ainda eu quero muito que ela fique bem de verdade, quero que ela fique bem para sempre, Melissa está desestruturada amor não sei o que fazer não adianta bater nela. O que aconteceu com a nossa menina? Ela está tão raivosa que se você olhar daqui ela vai estar na janela do quarto.

− Ela está com ciúmes se sentindo ameaçada foram muitas notícias em muito pouco tempo um bebê e uma filha é muito difícil pra ela e ela deve estar com os sentimentos bagunçados!

− Eu sei disso tudo Victória, mas ela não pode ser egoísta a ponto de achar que eu e você também não estamos sofrendo que o irmão não está sofrendo que Lola tem culpa de tudo que aconteceu, eu entendo o desespero e a tristeza da minha filha, mas ela está sendo injusta com a gente ela está muito errada eu estou muito decepcionado com ela!

Ela suspirou.

− Pedro já aceitou Lola, olha como ele olha para ela com carinho. − Estava de olho nos filhos mesmo conversando com o marido.

− Ela também é muito carinhosa com ele os dois se dão bem, eu vejo que eles se gostam de que estão aceitando bem a ideia de ser irmãos! − Ele suspirou sentindo o coração apertado.

− Mas eu não gostei de como os vi dormindo juntos! Filha vai nadar! − Vick falou pra Lola. − Pedro de atenção à sua irmã também, nada de ficar se exibindo ai! − Vick repreendeu o modo como Paty estava grudada nele.

− Eu vou, mamãe, eu vou dar! Paty deixa eu pegar minha irmã! − Ele falou todo carinhoso com a namorada. − Eu vou nadar um pouquinho com ela senta ali com os meus pais.

− Ela sabe nadar, Pedro! − Falou com ciúmes.

− Amor, eu vou só um pouquinho, é só um pouquinho depois a gente continua aqui ela fica muito triste porque não tá acostumado ainda! − Ele ficou olhando para ela ao invés de olhar para Paty.

− Tudo bem. − Ela se afastou e ficou na água olhando.

Ele saiu de perto dela e foi até a irmã.

− Vem nadar comigo vem! − Ele falou com um sorriso lindo olhando para ela.

− Agora você me viu aqui? − Falou entre dentes sorrindo cínica.

− Deixa de bobeira! − Ele começou a rir com ela. − Está com ciúmes? − Pegou ela pela cintura e começou a levar para a água flutuando. − Fala para mim... você está com ciúme do seu irmãozinho?

− Eu não.

Os dois estavam longe de Paty e ele foi com ela para o outro lado da piscina o contrário de onde a namorado estava.

− Eu não parei de pensar em você!

− Mentiroso!

− Não sou mentiroso não estou falando a verdade para você!

− Tudo bem Pedro, eu não preciso de apoio vai com sua namorada, ela não está gostando de você me segurar assim!

− Eu não ligo não, eu não to nem aí se ela tá olhando eu só quero falar uma coisa com você... Você é deliciosa! − Ela riu disfarçando e com vergonha. − Um dia você vai saber que eu também sou! − Ele começou a rir e pegou ela jogou para cima no meio da água sabendo que ela ia fundar.

Ela afundou e quando voltou sentou o tapa nele e eles riram começando a brincar e ficou cada vez mais solto e pegou ela de novo e suspendeu ela no seu colo e quando ela desceu para a água o corpo dela roçou dele. Ele sentiu o coração palpitar e ele também sentiu o coração palpitar, mas os dois disfarçaram de novo e ele empurrou ela para brincar mais uma vez.

− Vem cá, Paty vem cá! − Ele disse todo sorridente.

− É Paty vem!

Ela falou toda carinhosa sorrindo e ela veio e começou a brincar com eles e Vick sorriu Lola era mesmo especial e assim como Heriberto tinha dito Melissa os olhava de sua varanda queria estar lá mais era orgulhosa demais e ficou ali apenas olhando enquanto eles brincavam e o dia se foi com eles ali sendo uma meia família já que a filha não dava o braço a torcer.

E assim como o dia passou as semanas e os meses também, a coisa não foi fácil Melissa se rebelou e fazia a lei do silêncio em cada refeição mesmo que tendo muito a falar e tocar a mãe que tinha uma barriga linda de seis meses, sempre que estava sozinha Lola lhe ofertava um sorriso e sempre era assim aqueles meses todos que haviam passado deixava um chocolate sobre a cama dela convidava para o sorvete que sempre ia com Pedro mesmo ela não aceitando por ser orgulhosa mais seu coração estava gritando para que ela fizesse o certo.

Heriberto tinha sido o marido ainda mais delicado durante todos aqueles meses o que ele sentia era que precisava estar cada vez mais perto de Victória e dos seus filhos e foi isso que ele fez deixando o serviço em segundo plano e cuidando da família do modo como ele sempre gostava. Pedro tinha sido um cavalheiro durante todo aquele tempo com Lola o namoro continuava firme com Paty, mas ele sempre estava de olho na pequena Lola e algumas vezes tinham voltado a trocar alguns beijos, mas só isso nunca mais ela tinha deixado ele se aproximar mesmo querendo.

Luciano tinha cuidado de Victória com maior zelo e ela estava cada vez mais bonita com sua enorme barriga o bebê chegaria saudável e feliz depois de meses de turbulência, Pepino Antonieta e Oscar que seguiam cuidando da casa de modas estavam cuidando de tudo para que ela tivesse tranquilidade e pudesse diminuir o seu ritmo de trabalho e eles estavam todos mais próximos uns dos outros naquele período.

MESES DEPOIS...