Meu Canalha Encantado! escrita por EriMor


Capítulo 8
Príncipe encanado ao resgate


Notas iniciais do capítulo

Oi... Espero que gostem ♥

"Reciprocidade faz qualquer amor dar certo."



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Nunca pensei que o silencio poderia ter tantos significados. Desde que minha mãe voltou ela não falou uma palavra comigo, nem ao menos dirigiu o olhar para mim, ela estava de folga hoje do escritório por causa da minha irmã e como a Alice não tinha ido para a escola especial hoje era nosso primeiro café da manhã juntas em muito tempo. Mas mesmo assim a minha mãe não teve a decência de falar nada, ela não demostrava nenhum tipo de emoção em relação a nossa briga no hospital. Parecia que para ela não significava nada, mas para mim isso tinha muita importância.

Tentei ignorar a parte do meu cérebro que queria que aquilo fosse especial, nos três quase nunca nos víamos minha mãe sempre saia antes de eu acordar para ir para deixar minha irmã na escola e ir trabalhar e como ambas ficavam o dia todo lá, eu tinha a tarde toda para cuidar da casa é estudar, ficamos sob o mesmo teto apenas durante a noite, mas isso não quer dizer que ficamos juntas. Minha mãe tem sempre trabalho para terminar enquanto eu fico cuidando da Alice, vivemos na mesma casa, mas não conhecemos quase nada sobre uma a outra.

Sabe é estranho, eu sempre vi relações de mãe e filha em que a mãe é a melhor amiga da filha, em que ela contam tudo uma para outra e existe confiança e amor entre elas. Não estou dizendo que eu acho que minha mãe não me ame, não é isso só estou dizendo que ela simplesmente não demostra. É isso machuca, quando se ama, se cuida! Se demostra, se entrega, são nessas pequenas conversinhas bobas em que você conta quem foi seu primeiro beijo ou do menino que você gosta ou quando ela explica como são feitos os bebes, ou quando você tem sua primeira desilusão amorosa e você tem o ombro dela para chorar. Pode até parecer bobagem, mas são as pequenas coisas que carregam os maiores significados.

É eu não tenho isso, é nunca tive. Sabe o pior disso? Eu tenho de agir como se não me importasse, como se isso não me incomodasse e todos os dias tenho que colocar um sorriso no rosto é fingir que está tudo bem, bom se você alguma vez na sua vida já escondeu alguma magoa para si mesmo, então você sabe o quanto isso é doloroso. Sufocar sentimentos nunca é bom, todos dizem isso. Mas eles não dizem como expor esses sentimentos sem sermos magoados. Isso eles não dizem!

— Você não vai para a escola? É a primeira coisa que minha mãe fala comigo.

Estamos as duas na cozinha tomando café, a Alice ainda estava dormindo, e acho que ela vai ficar assim por um tempo, aumentaram as dosagens dos remédios, e acrescentaram alguns novos, ela está sofrendo os efeitos colaterais. E uma pena, falar com a minha irmã me ajudaria a encarar o dia, sempre me ajudava.

—Já estou indo. Disse me levantando da cadeira. _Não tem perigo de chegar atrasada eu conheço um atalha.

— Não me diz que você continua indo por aquele beco deserto, quando você vai me obedecer? Quando for assaltada.

Passa desse tanto de tempo sem falar comigo é quando fala é para brigar, mas que ótimo. Pensei, não precisava de bronca a essa hora da manhã.

—Já tô indo. Disse antes que fechar a porta.

Eu sei que minha mãe dizia que eu não deveria ir pelo beco, mas ele era um atalho para a escola, assim poderia me dar mais tempo para dormir, além do mais. Como era mais calma naquela ruazinha eu poderia ficar distraída nos meus pensamentos. Serio gente, são 7 horas da manhã, meu corpo até poderia estar acordado, mas minha mente ainda estava dormindo. É aquele beco nem era perigoso, só moravam aposentados gentis, a essa hora todas a velhinhas estavam acordadas varrendo a rua. Fiz amizade com muitas delas, se alguma acontecesse eu correria para a casa de alguma pedindo socorro. Claro se o cara não estivesse armado, nunca reajam a um assalto gente é sério. E melhor o cara levar seus pertences a sua vida.

Apesar do começo ruim, meu dia se animou assim que eu chequei na sala, é não foi pelo bruno. Claro, desde ontem eu estava super ansiosa para falar com ele é decidir se realmente deveria gostar dele e acalmar de vez minha a ansiedade no meu peito. Mas não ainda, minha alegria era que assim que sentei na carteira a Maria veio me avisar o que era a merenda.

— É baião de dois com paçoca amiga, vamos começar os esquemas. Me avisou com um sorriso no rosto.

Como o professor ainda não tinha chegado aproveitei é dei meu aviso para a turma toda.

—QUEM NÃO QUISER MERENDA PODE ME DAR! Soltei um grito.

—PRA MIM TAMBEM! Completou a Maria, afinal amiga é para essas coisas.

— Podem pegar o meu, estou de deita. Confessou Tainá.

—Dieta de novo Tainá? É sério, você não precisa disso! Disse a Maria.

—Mani, ela vai dar a merenda para a gente, deixa de ser louca é não discute. Olhei para Maria com cara de espanto o que ela estava pensando, não se recusa comida! Nunca, jamais, never, tipo 0% de possibilidade.

— Aí Maria nem começa, eu sei o que estou fazendo, estou acima do peso faz um tempinho. Como os meninos vão querer ficar comigo sendo uma baleia. Afirmou a Tainá.

— Olha amiga, eu não sei se te avisaram, mas não se ama alguém pelo beleza. Pelo menos não de verdade! Contestou a Maria

Ai meu Deus vai começar. Intervi antes que elas começassem a brigar.

— Não me diz que isso é por causa do Dudu, por que se for...

— Não amiga, isso não tem nada a ver com o Dudu... é por outro motivo! Eu posso estar errada, mas nesse momento juro que vi a Tainá corar.

—Outro motivo? Mas....

Não puder terminar pois o professor tinha chegado, tinha que me lembrar de perguntar depois a Tainá o que isso significava.

O professor começou a falar sobre juros é porcentagem, e como sempre acontece nas aulas de matemática eu estava preste a entrar em desespero quando do nada meu príncipe encanado veio me salvar.

— Com Licença! Falou o Bruno na porta da sala, chamando o professor.

Lá estava ele, a pessoa que eu mais queria ver hoje, assim que vi ele borboletas começaram a voar no meu estomago. Por mais que isso fosse estranho é infantil eu gostei da sensação.

—Luíza, estão te chamando! Avisou o professor me tirando dos meus pensamentos.

Toda a sala se agitou, uma parte do meu cérebro ficou imaginando que eu poderia estar com problemas e estavam me  chamada para a diretoria, mas não me importei, nem me importei se de fato eu estava sendo chamada para a diretoria. A única coisa que eu me importava era com aquele menino de olhos negros na porta da minha sala.


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Notas finais do capítulo

Críticas construtivas são muito bem-vindas, devemos sempre estar buscando o melhor!



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