Dragons and Bastards escrita por Sharkstarsama


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoas!, primeiramente obrigada por darem essa história uma chance, essa é minha primeira de GOT, porém eu já sigo a série a algum tempo. A história baseia-se em uma teoria pouco provável de Daenerys não ser filha de Aerys, (óbvio pra quem leu a sinopse né…), porém viver sob a proteção de Lannisters sendo uma bastarda, não apenas isso, como também meio Targaryen irá se provar uma tarefa difícil…



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Prólogo

Acontecera durante uma das mais violentas tempestades a atingir Stormlands, Tywin Lannister ainda sonhava com as frias gotículas chocando-se contra seu rosto, como um furioso enxame de abelhas protegendo seu império. Lembrava-se da fúria dos mares, as gigantescas ondas que pareciam lutar contra as frotas que tentavam aproximarem-se de Dragonstone, dos poucos navios da frota Targaryen, sendo engolidos pelo furioso oceano, como se a própria natureza cumprisse uma silenciosa vingança contra os herdeiros de Valyria. O leão dourado lembrava-se de mal conter sua satisfação, logo sua querida Joanna seria vingada, quando o mesmo enterrasse sua espada entre o vão dos seios da rainha de Aerys, destruindo com a ultima chance de sua casa reerguer-se quando o mesmo banhasse seu herdeiro em uma banheira de fogo e cinzas, da mesma forma que fizera a Rickard Stark.

 

Todavia, ele não esperava o que o destino lhe guardara.

Ela estava em suas acomodações, deitada na cama principal com duas parteiras ao seu lado. Os cachos prateados, quase tão brancos quanto a neve que cobria as terras geladas do norte, estavam suados, emaranhados, grudando em seu rosto fortemente marcado pela cicatriz horrenda que ele ouvira ter sido lhe presenteada pelo marido-irmão. Os lençóis, manchados do vermelho vivo, circulavam-na, e nos braços dela, junto aos seios de sua mãe, alimentando-se vorazmente, como se pudesse sentir que seu tempo com a mulher era curto, Tywin encontrara a razão da ira de seu ultimo encontro com Aerys. Os fortes traços Targaryen estavam presentes, os cabelos quase brancos, os gentis, grandes e redondos olhos violeta, não haveria duvidas sobre o sangue de dragão que corria pelas veias daquela criança. Porem, não apenas fora o sangue do dragão possível de se identificar, estava ali, escondido dentre fortes traços Valeryano, o nariz arrebitado das mulheres Lannister, o rosto arredondado em forma de coração, seus fios de cabelo eram um tom mais dourados do que os de sua mãe, e quando ela o olhou, com aquela clara expressão de curiosidade, estava ali, as pequenas caricaturas de um pequeno leão, um perfeito, saudável leão.

—Ela se chama Daenerys…- A voz de sua rainha se encontrava quebrada, rouca pela perda de sangue e cansada pelo parto da menina.- nascida na tempestade, uma bastarda de Westerlands, a união das casas Lannister e Targaryen… quem diria que este será o meu legado.- a mulher sorri, segurando a pequena gordinha mão da menina, mirando seus olhos violeta nas delicadas réplicas de sua filha. - Vocês o mataram?

—Sim senhora, Jamie Lannister tratou de terminar com seu reino de terror.- Stannis sussurrou ao seu lado, levemente incomodado com a recente revelação, e por outro lado, sentindo-se um monstro por ter de eliminar uma criança que mal chegara ao mundo.- Viemos ter certeza de que o mesmo não tenha sujado seu nome em vão.

Rhealla puxou a menina para mais junto de seu peito, praticamente implorando silenciosa a Tywin, o cômodo cai em um inconfortavel, ninguém ousava soltar um reles suspiro, quem dera um simples passo em direção a mulher, isso até que a mesma pronunciar-se.

—Bom, pelo menos eu irei em paz sabendo que, por meros dias, mantive-me realmente livre das garras sujas de meu irmão… eu só tenho um ultimo pedido.- Ela volta-se a Tywin, aquele forte olhar que sempre o deixara sem muitas opções.- Prometa-me que cuidará dela, a proteja do usurpador, ela é tudo que tenho, e tudo que terei quando me for.

Sem ver outra opção, o leão dourado concordou, aproximando-se da mulher, recebendo o pequeno pacote de panos de seus braços cansados. Qual fora sua surpresa ao voltar seu olhar para a doce e amável rainha, que sempre mantivera-se ao seu lado durante as noites de dor, infidelidade e raiva enquanto sua própria mulher engraçava-se junto ao rei. Ela sorriu para ele, o mesmo sorriso que sempre lhe lançara quando os dois ainda eram jovens, o mesmo sorriso conhecido que sempre lhe lançara, o seu sorriso, aquele que lhe permitira, mesmo que por pouco tempo, amar uma ultima vez. Foi praticamente impensável o mesmo não lhe sussurrasse:

—Me desculpe…

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Casterly Rock - 2 Semanas depois.
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—Ela é tão preciosa!- Cercei exclamava, carregando seu sonhado bebe de olhos violeta ao redor do quarto, analisando seu delicado rostinho, os mesmos olhos de seu príncipe prometido, as mesmas feições dos dragões tão sonhados pela jovem leoa.- Olhe ela Jaime!, veja como é perfeita!

—Sim, claro… mas o que se esperar de uma bastarda, certo?- Jamie sorriu, abraçando sua irmã por traz, aproveitando a solitude de ambos.- Não se apegue tanto querida irmã, logo, você será a rainha dos sete reinos, e Robert não ficaria feliz com uma enteada Targaryen.

Escondido entre o vão da porta, um jovem Tyron Lannister escondia-se dos olhos de seus irmãos mais velhos, observando com certa curiosidade a comoção no quarto de sua mais nova ‘’irmã’’, isso de acordo com seu querido pai. Com onze anos de idade, Tyron já podia identificar os olhares de ódio e desgosto de seu pai e irmã, porem, mesmo esse conhecimento não suavizava a dor do seguinte.

—Não fale besteiras Jaime, ela é minha irmã, minha pequena perfeita irmã.- Cercei falou alto, olhando na direção em que seu irmão anão escondia-se. Logo, o mesmo fugira machucado para algum canto do castelo, um sorriso malicioso surgira nos lábios da jovem futura rainha.

—————

Cinco anos passaram-se em um piscar de olho, e quando menos se esperava, a pequena bastarda de Tywin ja comemorava seus quinto nameday, Daenerys Stormhill crescera em uma pequena, elegante e gentil menina. Porem, a mesma não fora capaz de perceber as mudanças que acompanharam seus arredores, ela não entendia o que era ser uma bastarda, o que a diferenciava de Cercei, Jaime e Tyron, ela não entendia os olhares sujos que seu cunhado Baratheon a lançava, evitando-a como se a mesma fosse a portadora de uma doença terrível, porem, as coisas estavam destinadas a mudar para a pequena leoa.

Era uma manha ensolarada em Casterly Rock, sua querida irmã, Cercei, estava visitando as terras junto de seu irmão, cunhado, e sobrinho. Fora a primeira visita de Joffrey a Westerlands, o menino de claros olhos verdes e cabelos quase tão platinados quanto os de seu irmão tinha apenas três anos de idade e ja mostrava-se extremamente mimado, sempre querendo os brinquedos de Dany. Agora, muitos acreditariam se tratar de um triste incidente quando o menino jogara suas bonecas e cavalos de madeira na lareira, porem, fora Tyron Lannister, ninguém nunca o impedira de faze-lo. Dany lembrava-se de estar brincando com o pequeno pirralho, quando seus olhos verdes grudaram-se no pingente que a menina sempre deixava próximo ao peito.

—Isso?, não, esse é meu. Você não pode te-lo.

Ela falou seria, tentando lembrar-se de como Tyron fazia para manter o menino sob controle, ate que grossas lagrimas mesclaram seus olhos verdes, e, sem ver outra opção, não querendo receber nenhuma punição por ter feito o filho do rei chorar, Daenerys retirou seu pingente do pescoço, entregando-o ao menino. Dany observou-o brincar com o medalhão, batendo com o mesmo contra o piso de madeira, aparentemente, se divertindo com o som de metal batendo contra a madeira, ate cansar-se.

Joffrey levantou seu olhar, sorrindo de forma misteriosa a pequena Daenerys, antes mesmo que ela tivesse a chance de levantar-se do meio dos brinquedos, seu grito fugiu os pulmões, preenchendo os vazios do castelo enquanto a mesma corria até o menino, empurrando-o do meio do caminho enquanto enterrava suas mãos as brasas da lareira, fechando seu punho ao redor do pingente, retirando o mesmo do fogo, apenas para logo ter seus irmãos, cunhado e pai no quarto.

Cercei ficara possessa ao ver seu pequeno príncipe caído a poucos metros de distancia da menina, seu olhar, pela primeira vez frio caiu sobre a menina, ela virou-se para o gigante cavaleiro que os acompanhava, e de forma firme o comandando.

—Lord Clegane, parece que nossa pequena bastarda precisa aprender uma lição sobre não cruzar seus superiores.- Daenerys sentiu-se gelar ao ver sua irmã entregar o chicote dos cavalos de seu pai, o qual encontrava-se sob uma das prateleiras da sala, ao homem conhecido por muitos como Montanha.- 20 chicotadas será o suficiente, faça 40 se ela ousar reclamar.

—Irmã, você esta indo longe de mais, deixe que as crianças resolvam seus problemas sozinhas…- Tyron tentara impedir, temendo pela menina que sempre o acompanhava em seus estudos, a primeira da família a aceita-lo, nunca o julgando.- Dany é apenas uma menina, ela é nossa irmã, você não precisa fazer isso.- ele tentava argumentar.

—Irmã?, eu não tenho irmãs Tyron, isso graças a você seu. Não me iguale a semente de dragão, ela tem sorte de nosso pai ter sentido pena de sua miserável existência. Esta na hora de ela entender seu lugar nessa família.- A rainha proclama, pegando o pequeno Joffrey no colo, acalmando-se ao ouvir as gostosas risadas de seu filho.

A menina lembrava das grossas mãos de Gregory Clegane fecharem-se ao redor de seu pequeno pulso, puxando-a para fora do quarto em direção aos jardins. Ela fora acorrentada a um tronco, com vários soldados Lannisters ao seu redor, observando-a ser despida de seu delicado vestido primaveril. Violetas e margaridas cobriam os jardins de Casterly Rock, porem, antes mesmo que pudesse processar na beleza das flores, uma forte ardente dor cruzou sua espinha, a fazendo gritar. Lagrimas teimaram em deixar seus olhos, ela olhou ao seu redor, ouvindo a torcida dos soldados de seu pai enquanto mais uma vez o chicote descia contra suas costas. Foi após a decima quinta que Dany ousara levantar seu olhar, encontrando o sorriso presunçoso nos lábios de Robert Baratheon, o qual circulava a cintura de sua irmã, trazendo-a para mais perto de sí enquanto mais uma forte chicotada lhe fizera gritar. Foi ali, em meio aos jardins de Casterly Rock, que Daenerys entendera seu lugar na sociedade de Westeros, a bastarda de uma rainha destronada, sua voz nunca seria ouvida, seus sonhos estariam para sempre limitados, pois esse era o castigo do dragão nascido em meio aos leões, manter-se acorrentado, enquanto os leões rugiam de sua dor, rugiam de sua existência, de sua descendência, de seu ser.

Foram horas mais tarde que Tyron a encontrara, encolhida entre as cobertas de seu quarto. Ele depositou uma bacia de agua aos pés de sua cama, cuidando de seus ferimentos com calma, tentando distrai-la da dor, discutindo sobre as grandes lendas de Westeros, sobre seus ancestrais Targaryen, sobre os reis que sentaram e forjaram o trono de ferro. Não foi preciso palavras para a fazer entender, os dois se encontravam em posições semelhantes. A bastarda, e o anão de Tywin Lannister, para sempre marcados pela sociedade.

Todavia…
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…………….
Zaldrīzes buzdari iksos daor…..


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Notas finais do capítulo

Comentem, o que está bom?, o que eu preciso melhorar?, quais as suas previsões para os próximos capítulos dessa história?, o que vocês acham que irá acontecer?, o que vocês querem que aconteça?



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