Million Reasons escrita por Dambros


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês. Desculpem a demora, está tudo corrido por aqui.
Espero que gostem, e relevem os erros.
Beijos, mamãe ama vocês ♥



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*Bip bip bip bip bip*

*Bip bip bip bip bip*

*Bip bip bip bip bip*

“Mas o quê? Ai que droga, esquecer de desligar o despertador Swan?!” A loira se condenou mentalmente por ter esquecido disso, acordar às 6:00hrs de uma manhã de Sábado não era a melhor coisa do mundo, não depois de uma festa. Por falar em festa. “Como diabos eu estou em casa? ” Perguntou-se olhando para os lados e constatar que estava deitada em sua cama. Uma outra coisa era certa também, não se lembra de nada o que aconteceu na noite passado, pelo menos não do oitavo copo para frente. Deitou novamente e esperou o sono ocupar sua mente novamente e isso aconteceu rápido. Nem 5 minutos depois Emma já estava em um sono profundo.

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Acordou quatro horas depois, com uma dor de cabeça terrível, parecendo que alguém havia martelado sua cabeça por duas horas seguidas e agora ela estava sofrendo as consequências disso. Sonhou coisas estranhas com pessoas que nunca havia visto, provavelmente eram relances da festa na noite passada. Ela se lembrar do começo, de quando chegaram, de Ruby e Zelana se pegando, assim como August e outra menina perdida no meio da roda, e tinha também ela e Killian... “Killian, meu Deus. Que burrada! ”

Sabia que era um erro, não queria ter feito aquilo, bom, na verdade queria sim, nem ela sabe direito. Mas deveria ter pensado melhor, a questão é que foi no momento, viu que estavam todos se beijando e não pensou que faria mal algum. Enfim, agora não adiantava chorar pelo leite derramado. Focaria em outra coisa, como, por exemplo, dar um jeito nessa dor de cabeça e na fome que a loira estava sentindo.

Procurou algum remédio na caixa de primeiros socorros e agradeceu sua mãe por ter cuidado disso para ela, se dependesse da loira ela ficaria à deriva no meio da sala esperando o mal-estar passar por algum tipo de milagre ou coisa parecida. Tomou duas aspirinas e foi preparar algo para comer, um café bem forte e um queijo quente acho que dariam conta do recado, por hora. Sentou-se em frente à TV e ligou em um programa local qualquer. Depois que terminou sua refeição, escutou seu celular vibrar em cima da mesinha de centro, foi averiguar e viu que era Ruby e Zelena mandando mensagens em uma espécie de grupo que fizeram.

“Loirinha, espero que esteja inteira!” – Ruby.

“Emma, está tudo bem? Ficamos preocupadas ontem” – Zelena.

Olhou o relógio e viu que as mensagens foram enviadas fazia 30 minutos, resolveu responder para acalmar as amigas.

“Estou bem meninas. Mas alguém poderia me informar como cheguei em casa? ” – Emma.

“Nós trouxemos você, eu e Ruby. Estava tudo bem até você começar a dançar em cima de um banco com uma garota desconhecida e dar um beijo nela na frente de todo mundo. ” – Zelena.

“O QUE? ” – Emma.

“Pare de brincar com ela desse jeito Zel, vai deixa-la preocupada. Ela está brincando Emma, você não estava tão mal e nem dançou ou beijou ninguém de forma inapropriada. Só estava alegre demais e decidimos que já era hora de voltarmos para casa. “ – Ruby.

‘Obrigada meu amor, por estragar a brincadeira. “ – Zelena.

“Vocês ainda irão me matar do coração. “ – Emma.

“Quem quase teve um ataque cardíaco ontem foi o meu querido primo Killian. Que beijão em loirinha?! “ – Zelena.

Emma nessa mesma hora corou inteiramente, não queria lembrar desse momento com o amigo. Isso mesmo, amigo. Era isso que Killian era e sempre seria. O beijo fora um erro e não iria se repetir.

“Aquilo foi um erro Zel, calor do momento. Não irá se repetir. “ – Emma.

“Bom, é uma pena, ele realmente gostou. “ – Zelena.

“Mudando de assunto, eu e Zelana iremos ao parque hoje, no meio da tarde. Gostaria de juntar-se a nós? “ – Ruby.

“Adorari, se não for encomodo. “ – Emma.

“Você não incomoda Emma. Passamos aí às 15:30hrs. Esteja pronta. “ – Zelena.

“Estarei sim. Beijos. “ – Emma.

“Beijos” – Ruby e Zelena.

Depois da conversa Emma foi tomar um banho gelado, lavou os cabelos e colocou uma roupa confortável. Não estava mais com tanta fome então ficou em casa vendo TV e esperando o tempo passar até as meninas chegarem para irem ao parque. Fez uma baciada e pipoca salgada e colocou alguns doces na bolsa.

As 15:30hras em ponto Zelena buzinou em frente ao seu apartamento e Emma desceu para encontrar-se com elas.

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— Eu estou só o pó da rabiola – comentou a morena de mechas vermelhas.

— Então somos duas – respondeu Emma.

As três resolveram sentar-se em baixo de uma árvore com uma sombra agradável em frente ao lago do parque. Esticaram uma toalha e jogaram umas almofadas para ficarem mais confortáveis.  Estavam conversando sobre a noite passada e alguns assuntos banais.

— Então August foi embora com ela – terminou Zelena.

— E alguém deles já deu sinal de vida? – Perguntou Emma, recebendo um sorriso malicioso das duas. – O que foi?

— Está preocupada com o seu namoradinho Swan? – Perguntou Zelena, se divertindo com a cara da amiga.

— Não tenho namorado algum para me preocupar ruiva. Fica na sua – respondeu áspera.

— Olha só, parece que alguém nã... – recebeu um tapa da namorada.

— Pare de encher o saco dela Zel, não está vendo que ela está arrependida do que fez.

— Ok, ok. Desculpa Emma.

— Tudo bem, a culpa não é sua.

Continuaram conversando quando a loira viu uma figura conhecida aproximar-se delas, acompanhada de uma mulher que parecia ser mais velha. “Regina”.

A mais velha parece não ter visto o grupo de alunas, pois não esboçou nenhum sinal, ou não quis, realmente, esboçar. Emma achou estranho, pois ela sempre fora bem educada e amigável com todos. Se bem que Regina andava estranha desde que ouvira a conversa da loira com os amigos no corredor da Universidade. Tentou desviar sua atenção para Zelena e Regina em vez de ficar pensando na morena.

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— E então minha filha, como andam as coisas por aqui? – Regina que estava pensando numa certa loira a alguns metros atrás dela, volta sua cabeça para Cora, sua mãe.

— Tudo indo muito bem mamãe. Graças aos meus esforços – esboça um sorriso.

— Ainda bem que te criei para ser humilde Regina. – Ambas soltam uma gargalhada do comentário de Cora.

— A Universidade é ótima, e meus colegas de trabalho também. Inclusive, Archie mandou um beijo para a Senhora.

— Agradeça a ele e mande outro quando o vir. Ele não quis juntar-se a nós? – perguntou para Regina.

— Estava ocupado cuidando de sua tia que não passa muito bem.

— Mas e você? – Regina olha para a mãe com um semblante de dúvida. – sozinha ainda?

— Passamos da tia doente de Archie para o fato de eu não estar saindo com ninguém no momento? – pergunta divertida.

— Momento esse que anda demorando muito né filha.

— Por favor, mamãe, não vá me dizer que do nada você resolveu ser aquelas mães “super protetoras” que acham que a filha deve casar e procriar logo?

— Eu vou fingir que não escutei isso. – responde Cora divertida – é claro que não Regina, eu só estou preocupada com você.

— Eu sei que está dona Cora, mas não há necessidade de tudo isso. Sabe que me viro muito bem sozinha, que estou bem assim e que, quando aparecer alguém, quem sabe, eu me envolva e crie algo mais sério. – Instantaneamente a imagem de certa loira preencheu a cabeça da morena.

— Bom, irei levar isso em consideração.

— Como está o papai? – perguntou a morena mais nova preocupada.

— Trabalhando como sempre. Sabe como seu pai é, lhe mandou um beijo e um abraço e disse que é para você ir nos visitar na fazendo assim que puder.

— Diga a ele que eu irei. E diga também para dar um tempo no trabalho e cuidar melhor de você. Os animais e a fazendo não vão falir em um dia.

— Ele cuida muito bem de mim, você sabe que sim. Mas ele vive, também, para o trabalho.

— Eu sei. Fazer o que.

Continuaram conversando coisas banais, de vez em quando a morena olhava para trás averiguando se Emma continuava ali. A loira fazia o mesmo, não conseguia desviar o olhar de sua professora, mesmo se tentasse. Algo nela lhe chamava atenção mais do que devia, fora sua beleza exuberante, Regina era uma mulher com um ar divertido, mas misterioso ao mesmo tempo.

— Quem é? – Cora pergunta ao ver a filha virar a cabeça pela décima vez em menos de 15 minutos.

— Oh, apenas algumas alunas da Universidade. – Regina não sabia enfiar a cara quando sua mãe ergueu os braços acenando para o grupo de amigas.

— Quem é aquela acenando?- Perguntou Ruby. – Está com a Professora Mills.

— Deve ser mãe dela – supôs Zelena.

As três acenaram de volta e acharam graça da atitude da mulher mais velha.

— Por que não vai lá cumprimentar elas Regina?

— Não há necessidade mamãe, afinal, a Senhora já fez isso. – Respondeu a mais nova – e outra, não quero atrapalhar. Estão descansando.

— A que saudades da minha época de faculdade. Me divertia horrores com as minhas amigas. Aprontava e beijava muito.

— Por favor, me poupe dos detalhes dona Cora Mills.

— Vamos lá filha, vai dizer que ainda não deu uns perdidos por aí? – perguntou.

— “Perdidos”, senhor tende piedade. – ambas riram.

— Aquela loira é a mais bonitinha. – Regina riu do comentário da mãe e concordou. Não tinha como não concordar, Emma possuía uma beleza fora do padrão. Os longos cabelos loiros soltos em uma cascata, o rosto e lábios finos, o sorriso espontâneo e aqueles olhos verdes que faziam qualquer um se perder na imensidão do mundo que ela poderia oferecer a quem ousasse desbravar seus caminhos. Cora não deixou de notar o quanto a filha observava à loira.

— Apesar de tudo, espero mesmo que você se divirta Regina. E, se encontrar alguém que você sente no fundo do seu coração e alma, que valha a pena, lute por essa pessoa. Você merece a felicidade. – sorrindo para a filha, ela a abraçou em sinal de carinho. Estaria ao lado de Regina em qualquer situação.

— Obrigada mamãe, por tudo. Eu amo você.

— E eu amo você, cariño.

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Encharcada, essa era a situação de Emma. A loira disse as amigas que voltaria andando para casa, pois queria conhecer mais as redondezas. Mas quem imaginaria que um belo dia ensolarado se transformaria numa belo dia chuvoso? Ela bem que tentou correr pra de baixo de alguma árvore ou algum toldo perdido pelo lugar, mas não adiantou nada, a chuva a pegara de jeito. “Que ótimo mesmo!” ela esbravejava enquanto andava pelas ruas, não adiantava mais correr, não no estado em que estava. Seu apartamento ficava a uns 15 minutos a pé, se arrependeu no exato momento em que viu uma nuvem mais acinzentada no céu que não deveria ter recusado a carona.

Estava longe quando viu um carro preto se aproximar, seu coração falhou uma batida. “Não me faltava mais nada agora” apressou o passo e começou a rezar para santos que ela nem sabia se existiam.

— Emma! – fechou os olhos e voltou a respirar normalmente quando reconheceu a voz aveludada.

— Senhorita Mills, como vai?

— Eu vou muito bem, mas pelo visto você não está nos melhores dias. Venha, eu lhe dou uma carona até seu apartamento. – convidou a morena.

— Não quero lhe incomodar Senhorita Mills. Além do mais estou toda encharcada, não quero molhar seu carro.

— Deixe disso Swan, não há problema algum. Não quero que pegue um resfriado por causa dessa sua teimosia. – Vendo que perderia a batalha, a loira deu volta e sentou no banco de carona do carro de Regina. – Então, quem diria que esse tempo mudaria assim do nada.

— pois é – respondeu Emma – estava no parque com Ruby e Zelena, o dia estava tão lindo.

— Oh sim. Estava com a minha mãe, mas isso você deve ter percebido pelo jeito que ela acenou pra você desesperadamente. – A loira riu do comentário da morena, e Regina lembrou-se de tentar fazer a loira rir sempre que fosse possível.

— Ela parece ser bem legal, assim como a filha. – Ambas coraram.

— Bom, tive a quem puxar. Mas, onde você mora? – perguntou mudando de assunto.

— Na Rua General Estilac, número 108. Bem perto da Universidade.

— E perto da minha casa também. Moro a umas quatro quadras dessa rua.

— Bom, então somos quase vizinhas. – comentou a loira não escondendo a alegria de receber essa notícia.

— Pois é, quando vamos marcar de tomar um chá e comer bolachas no fim da tarde?

— É só me convidar Senhorita Mills.

— Por favor, Emma não estamos na universidade. Pode me chamar de Regina. – A morena comentou e olhou para Emma esboçando pequeno sorriso,

— Tudo bem então, Regina.

Em questão de 5 minutos chegaram ao apartamento de Emma. A chuva aumentara e agora estava quase impossível ter uma visão clara das ruas.

— Não quer entrar Regina? – fora impulso, não sabia o porque de ter convidado a morena para subir.

— Não quero atrapalhar Swan...

— Primeiramente, se eu te chamo de Regina, quero que me chame de Emma. E segundo você nunca atrapalharia, eu faço um café e conversamos um pouco, como forma de agradecimento pela carona. – A loira sorriu.

— Bom, já que insiste, Em-ma. – Saíram do carro a passos largos e corridos, tentando desviar o máximo da chuva. Não que Emma precisasse fazer isso, afinal, já estava completamente molhada. Entraram no apartamento de Emma. A loira deixou Regina a vontade enquanto subia para tomar um banho rápido de trocar de roupa.

Regina sentou-se no sofá da sala e ficou observando o bom gosto que tinha o apartamento, era aconchegante e tinha um ar de paz e tranquilidade.

— Desculpe a demora, vou fazer nosso café. – A morena virou-se e não pode esconder a surpresa ao ver o que a loira usava, uma cropped preto acompanhado de um shorts jeans que ia até um pouco menos da metade das coxas malhadas de Emma.

— Sem problemas. – Sorriu para a loira e a acompanhou até a cozinha. – Que belo apartamento você tem aqui.

— Oh sim, presente dos meus pais. Eles tem bom gosto. – sorriu.

— Vejo que sim. E então, o que costuma fazer nas horas vagas? – perguntou Regina, curiosa.

— Bom, quando não estou estudando, gosto de ler ou ver TV. Saio para correr na pracinha aqui na frente também.

— Eu adoro ler, quais seus livros preferidos?

— Bom, estarei mentindo se disser que não tenho um preferido. Eu amo todos os que me pertencem, mas sou completamente apaixonada pelo maravilhoso mundo de Harry Potter, tenho todos os livros. – Falava com um brilho nos olhos.

— Bom, que coincidência, eu também amor Harry Potter. – Mentiu, descaradamente. Nunca tinha lido ou assistido nenhum filme, mas se Emma gostava, Regina também gostava.

— Vejo que não sou a única com bom gosto nessa cozinha – riram.

Emma se abaixou para pegar o bule e Regina foi rápida em acompanhar os movimentos da loira, ficou admirando o corpo atlético da loira e como seu bumbum se avantajava com o pequeno short. “Por favor Regina, parece que tem 15 anos.”

— Pode pegar o café para mim? Está na prateleira de cima. – Pediu Emma, a morena rapidamente foi fazer o que a loira pediu. Chegou perto dela e tocou levemente seu ombro, chamando a atenção de Emma, que virou-se e deu de cara com Regina a centímetros dela.

— Obrigada. – Sussurrou.

— Disponha. – Regina não saiu do lugar, ficou parada olhando para a loira, que, igualmente, não se moveu.

— Regina, eu... – começou mas parou no mesmo instante.

— Sim? – insistiu a mais velha.

— Eu venho sentindo coisas, que não sei bem o que são. – completou a loira.

— Que coisas?

— Coisas, por você. Não sei explicar!

— Pode me mostrar? – seus rostos foram se aproximando, lentamente. Uma estava sentindo a respiração da outra, o hálito quente de Regina estava prestes a se misturar com o de Emma.

Até ouvirem a campainha.


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Notas finais do capítulo

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