Yuki no Haru, Mayonaka no Ongaku, Tsuki no Hikaru escrita por Haruyuki


Capítulo 1
~ Parte I de 4 # Yuki no Haru, # Tristeza ~


Notas iniciais do capítulo

Yuki no Haru ~ Primavera de Neve



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Sochi - Rússia

Yuuri Katsuki exibe um programa curto belíssimo, o deixando em primeiro lugar por mais de um ponto e meio de diferença de Victor Nikiforov. A expectativa para a exibição livre é alta, e muitos apostam na vitória do japonês talentoso, conhecido pelo seu fôlego, sequências de passos e a capacidade de criar música com o seu próprio corpo.

Mas a expectativa dos outros patinadores e do público foi quebrada quando, ao invés de anunciar o patinador Japonês normalmente, isso foi anunciado:

“Lamentamos informar que o competidor Yuuri Katsuki do Japão acabou abandonando a competição por problemas pessoais. Com isso, o competidor Victor Nikiforov da Rússia é declarado vencedor, Christophe Giacometti  da Suíça em segundo lugar e Otabek Altin em Terceiro”

Com o alvoroço causado pelo anúncio, o campeonato se encerra

~x~

Meses depois, Victor Nikiforov está treinando em São Petersburgo quando seu técnico, Yakov Feltsman, se aproxima e chama todos os presentes seriamente. No seu escritório, ele liga a TV e coloca em um canal de notícias onde Yuuri Katsuki e seu técnico surgem.

Patinador Yuuri Katsuki anuncia aposentadoria precoce.

Patinador alega estar passando por sérios problemas pessoais que atrapalham seu desenvolvimento como patinador.

Celestino Cialdini lamenta a perda de seu atleta preferido.

“Ele engordou. E muito.” Yuri Plisetsky comenta, ríspido.

“Que sorte a minha.” Victor Nikiforov diz, dando risadas. “Mais fácil para mim ganhar ouro.”

“Tome cuidado com o que fala, Vitya.” Yakov fala, respirando fundo.

E por mais 4 anos, ele topou todas as competições que participou.

E ele se viu sem inspiração, sem estímulo para continuar participando.

Inconscientemente, Victor Nikiforov sente falta de competir com Yuuri Katsuki, a quem um dia chegou a admirar.

~x~

“Yuuri! Você viu? Você viu? Eu consegui! Eu realizei um dos meus sonhos! Graças a você, eu pude realizar esse sonho! E ganhei uma medalha por causa dele! Sei que queria estar aqui comemorando comigo, mas estou feliz mesmo assim!”

Victor escuta o patinador tailandês falar o nome do japonês para as câmeras. É de conhecimento de todos os patinadores que ambos são grandes amigos.

“Sei que está sendo muito difícil para você, mas fique bem, ok? Quero te ver saudável de novo.”

A mudança na voz do patinador surpreende a todos ali presente. O que ele quis dizer com isso? O que aconteceu com Yuuri Katsuki?

De repente, Phichit Chulanont olha para o patinador russo e abre um sorriso, se aproximando dele.

“Ei, Victor, não quer tirar umas férias? Tenho o local perfeito.” Ele diz, fazendo o russo franzir a testa.

“Férias? Estou dentro.” Christophe diz, encaixando sua cabeça no ombro do amigo russo.

“Ótimo! Iremos para Hasetsu, no Japão.” O tailandês fala, tirando uma selfie com os dois.

“Hasetsu? Essa não é a cidade do…” Chris fala, e então solta um assobio. “Entendo. Muito bem.”

Sem entender nada, Victor apenas solta um suspiro, se vendo forçado a acompanhar esses dois. Deus sabe muito bem que ele precisa de um descanso.

Naquela noite, em seu celular, Victor procura informações sobre Hasetsu quando se depara com as seguintes informações:

… Cidade portuária na ilha de Kyuushu…

… baixo nível de turismo faz com que a cidade atualmente possui apenas uma pousada, famosa pelas suas fontes termais...

… possui um ringue para patinação de gelo...

… Hasetsu é a cidade natal do patinador de gelo Yuuri Katsuki…

Victor congela. O que?

~x~

Quando Victor, Chris e Phichit chegam na estação de trem de Hasetsu, em abril, eles encontram a cidade coberta por neve. Já é de noite, e Victor se vê esgotado por viajar de avião e trem com dois viciados em tirar fotos e redes sociais.

“Você avisou à pousada da nossa chegada, não é?” Ele pergunta para Chulanont.

“É claaaaaro.” Phichit responde.

De táxi, eles logo chegam a pousada. Uma grande casa oriental, cheia de banners com caracteres orientais e palavras como ‘fontes termais’ em Inglês. Phichit se aproxima da porta e a abre deslizando-a para o lado direito.

“Yuuuuuuuuuri~!! Surpresa!!” Ele grita alto, e um grande barulho de louças caindo no chão e se quebrando.

Surpresa?

“Phi-Phichit-kun?”

Victor e Chris se dirigem para dentro, encantado com o interior do local. Do lado direito, medalhas e troféus estão expostos em um armário de vidro, trancado com um cadeado. Do lado esquerdo, uma estante de madeira, onde no meio há três fotos. Em uma delas, um casal sorri juntos, abraçados um ao outro. Em outra, uma moça de braços cruzados, com um cigarro na boca. Na terceira foto, um menino fofo segurava um pequeno poodle marrom. Na frente das fotos, um porta incensos com 4 acessos do lado direito de uma tigela cujo cheiro dá água na boca.

“Victor? Chris?” A voz de Yuuri Katsuki desperta o russo, que o olha.

E o que vê o assusta.

Se antes Yuuri Katsuki estava um pouco gordo na entrevista, agora ele está muito magro, pálido e com o rosto cansado. Seus cabelos negros agora estão longos, bagunçados. Ele veste uma larga camisa azul escura e calça jeans folgada. Este recolhe com uma vassoura e uma pá a louça quebrada, indo para perto de uma mesa.

“Sejam bem vindos à Yu-topia Akatsuki.” Ele diz, de rosto baixo. “Por quanto tempo pretendem ficar?”

“Até o momento que você parar de mentir para mim.” Phichit responde, sério.

Yuuri franze a testa para ele.

“Os técnicos de vocês por acaso sabem que estão aqui?” O japonês pergunta, recebendo silêncio como resposta.

Victor o observa soltar um longo suspiro, e levar a mão direita para a testa, no que ele nota o quão fino o pulso dele é.

“Muito bem. Sigam-me.” Ele fala, passando por eles e deslizando a porta ao lado da estante, que dá para um corredor.

Ele aponta para as portas do lado direito do corredor, indicando o salão de refeições, salão de descanso, termas, cozinha e quartos de hóspedes.

“Aqui está os quartos que podem usar. Eu irei fazer o jantar agora, então aproveitem as termas e me esperem no salão de refeições.” Yuuri passa por Victor, que o agarra no exato momento em que ele parecia perder os sentidos.

“Yuuri?” Phichit pergunta.

“Desculpa. Obrigado.” O japonês diz para Victor, se pondo de pé e indo para a cozinha.

“Chulanont, por acaso foi por isso que você convidou Victor?” Chris diz, e Victor olha dele para o tailandês.

“Me desculpe. Ao que parece a situação é pior do que eu esperava.” Phichit responde, respirando fundo.

“O que aconteceu com ele?” Victor pergunta, recebendo um olhar de surpresa de ambos.

“Você não sabe?” Chris pergunta.

“Dois anos atrás, o motivo dele ter abandonado o mundial… foi porque um incêndio…” Phichit engole em seco. “Queimou tudo. Nada foi divulgado para a mídia com relação à família dele, mas se Yuuri está cuidando da nova pousada sozinho, algo deve ter acontecido com ela.”

“Imagino quando ele chegou e viu que não restou mais nada. Nada. Definitivamente um problema pessoal sério. Eu não conseguiria competir depois de receber uma notícia dessas.” Chris comenta.

Respirando fundo, Victor morde o lábio, concordando com Chris. Entrando no quarto, ele se vê preocupado. Se for mesmo passar um bom tempo ali, melhor ter a companhia de Makkachin. E para isso, ele precisa da ajuda de um certo gatinho raivoso de cabelos loiros. Ai, ai. Só espero não causar mais problemas para Yuuri.


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