Our Precious Love escrita por Haruyuki


Capítulo 1
Our Precious Love




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Era para ser um dia calmo e tranquilo na clínica veterinária em que Yuuri Katsuki trabalha como recepcionista e assistente de seu novo namorado, o veterinário sexy Victor Nikiforov. Ele, acompanhado de sua companheira e mascote do casal Makkachin, cuida das refeições e da água dos animais em observação, dá banho neles e em Makka, mantém registros médicos com a ajuda de Victor de cada animal que passa, cuida de organizar as consultas agendadas e de ligar para os donos para acertar detalhes sobre os pets, confere semanalmente todo o estoque de remédios e itens usados pelo veterinário e ainda tem fôlego para uma vida sexual ativa com ele no final do dia. Por mais que Victor ache que é muito para ele, não pode negar que depois da ‘contratação’ dele, as coisas ali ficaram muito mais calmas e Yuuri só recebe elogios dos clientes.

“Vitya.” O japonês abre a porta da sala de consultas, onde o namorado dele estava descansando um pouco.

“O que foi, Moya Lyubov?” O veterinário russo diz, virando o rosto e olhando o seu namorado ali, de calça jeans preta e camiseta azul clara de manga comprida.

Em seu rosto, os óculos de armação azul finalizam o look dele, aumentando a fofura que se chama Yuuri Katsuki. Fofura que só pertence a ele.

“Está na hora do exame de sangue e ultrassom de Jamie. Já está tudo preparado.” Yuuri o informa, sorrindo para ele.

“Certo.” Victor diz, se levantando de sua cadeira.

Ele coloca a bata branca por cima da camiseta vermelha e branca, e se aproxima do japonês, que o devora com os olhos, o fazendo rir.

“Gosta do que vê?” Ele pergunta, parando de andar para acariciar o rosto dele.

“Mas é claro.” Yuuri responde, fechando os olhos e dando para ele seu sorriso sexy, passando a língua pelos seus lábios. “Como dono, é meu privilégio poder apreciar a perfeição à minha frente de qualquer jeito.”

Erro de Sistema. Victor.exe parou de funcionar.

Droga, Victor novamente foi derrotado pelo seu namorado, que consegue ser fofo e sexy ao mesmo tempo. Yuuri tem a capacidade de dizer coisas que tiram Victor do sério, claramente mostrando o que está por vir quando as noites chegam. E Victor não perde tempo em satisfazer o desejo sexual de ambos.

Victor o beija, e se prepara para realizar os exames em um cachorro que está bastante doente. Yuuri retorna para a recepção, passando a telefonar para o dono do cachorro e informar sobre o exame.

Era para ser um dia calmo. Era. Mas Yuuri entra em pânico quando Makka late e ele vê Yuri Plisetsky carregando sua gata correndo em direção à clínica, com sua camisa cheia de sangue.

“Katsudon, onde está Victor?” Ele pergunta, ao passar pela porta.

Yuuri não responde imediatamente. Ao invés disso, ele se levanta.

“Venha comigo!” Ele corre para o ambulatório com o garoto e o gato ferido logo atrás. Lá, ele se dirige para o armário, pegando um pano, gazes, esparadrapos, anti-séptico e água oxigenada.

“Victor está no meio de um exame agora. Ponha ela na mesa e a segure com força, que eu vou limpar o ferimento dela.” Ele diz, se aproximando da mesa em questão e colocando tudo o que ele pegou nela.

O menino loiro obedece e se aproxima, colocando a gata em cima do pano. Yuuri percebe que o sangue vêm da pata frontal dela. Ele começa a limpar com água oxigenada o sangue e o local do ferimento, fazendo a gata começar a se debater nos braços de seu dono, miando. Ele então passa o anti-séptico, a fazendo ficar mais violenta.

“Desculpa.” Yuuri diz, a pegando por detrás do pescoço e apertando, fazendo-a congelar.

Ele continua a passar o anti-séptico, recebendo gemidos dela quando termina, a solta.

“Consegui estancar o sangue. Passei também remédio para evitar que a ferida não infeccione. Irei pedir a Victor que analise a pata dela imediatamente.” Yuuri diz, cobrindo a pata machucada com gaze e esparadrapo. “Fique com ela, eu vou pegar uma camisa para te emprestar. Quer que eu a lave? Sangue é uma droga de tirar quando fica muito tempo no tecido.”

“Obrigado. E me desculpe.” Yuri diz, chorando com a gata nos braços.

“Agradecimentos aceitos. Desculpas recusadas.” Yuuri fala, lavando as mãos.

O japonês apenas ofega a cabeça do garoto, e se afasta para pegar uma camisa. Logo retorna e dá pro garoto, que lhe entrega a dele para ser lavada. Momentos mais tarde, Victor se junta a eles na recepção.

“O que houve? Ouvi miados do laboratório e fiquei preocupado.” Ele pergunta, percebendo logo o garoto chorando, usando uma das camisetas de seu namorado e sendo consolado por ele, com a gata branca em seus braços.

“Eu não sei. Quando eu vi, ela já estava com a pata sangrando. Eu usei minha camisa para tentar estancar o sangue e vim correndo imediatamente para cá. Katsudon cuidou dela.” O garoto diz, entre soluços.

“Você pode dar uma olhada? Eu apenas tentei limpar a ferida e impedir que ela infeccione.” Yuuri fala, olhando preocupadamente para o veterinário, que reconhece como o mesmo olhar da noite em que eles se conheceram.

“Claro. Venha, traga ela para cá.” Yuuri observa Victor e Yuri entrando no consultório, e morde o lábio.

Será que eu fiz besteira? Será que ao invés de ajudar, eu só piorei ainda mais a situação? Será que Victor não gostou do que fiz? Vou perder o emprego? Vou perder ele?

Ele engole em seco e carregando a camiseta manchada, vai para os fundos da clínica, subindo as escadas para o segundo andar. Lá, ele vai até o banheiro, e abre a torneira, colocando a camiseta dentro da pia para a água começar a soltar o sangue dela. Olhando no espelho, ele dá dois passos para trás até chegar na parede e desliza até o chão, colocando as mãos no rosto e começando a soluçar.

Eu sou estúpido. Tão estúpido. O que devo fazer agora? Devo voltar pro Japão, como um fracassado? Mas não tenho nem dinheiro para as passagens. Decepcionei Victor, com certeza. Eu…

“Yuuri? Você está aí?” A voz de Victor o assusta. “Qual é o problema?”

“Como… como está Potya?” O japonês pergunta, se encostando na porta para que Victor não a abra. “Eu… fiz o pude. Estava desesperado. Você estava no meio de exames importantes.”

“Oh, Moya Lyubov. Ela está tão bem que eles já foram para casa. Eu examinei o machucado e não foi nada de grave. Estou tão orgulhoso de você que decidi passar o resto do dia e da noite te agradecendo por isso.” Victor diz, e Yuuri se levanta, abrindo a porta lentamente.

“Mesmo?” Ele pergunta, e o veterinário o puxa para si, o abraçando.

“Mesmo. Agora por favor, não chore mais.” Ele pede, e Yuuri o agarra pela bata branca.

E com apenas essas palavras, as dúvidas que martelavam na cabeça dele sumiram. Ele agora sente que está na hora de parar de sentir culpado e dar atenção ao namorado.

“Hmm. Tem algo que você pode fazer para eu parar de chorar.” O japonês diz, mas antes que Victor pudesse falar algo, ele o puxa para dentro do banheiro, desliga a torneira da pia e indica com a cabeça o chuveiro. “Vamos para o primeiro turno?”

“Estou dentro!” Victor diz, o beijando.

Não preciso nem dizer que, se tem primeiro turno, tem o segundo. E neste, ambos estão na cama, e Yuuri está vestindo a bata de Victor. Apenas a bata.

“Moya Lyubov?” Victor pergunta, abraçado com ele na cama.

“Hmm?” Yuuri apenas diz, o olhando.

“O que você acha de estudar medicina veterinária, e me ajudar com a clínica?” O russo pergunta, e o japonês o olha com surpresa.

“Tem certeza?”

“Eu posso te ajudar, e vai ser útil para quando outras urgências acontecerem e eu não puder atendê-las, você pode. Eu vejo que você me observa sempre que eu cuido de animais feridos, e isso te deu conhecimento para agir essa tarde. É apenas uma idéia, que não precisa ser realizada imediatamente.” Victor explica, e Yuuri sorri.

“Eu quero.” Ele responde, o beijando logo em seguida. “Eu te amo, Victor. Você é a terceira melhor coisa que aconteceu na minha vida.”

“Terceira?! Assim machuca, Yuuri!” Victor reclama, fingindo estar magoado e fazendo o japonês rir.

“Claro. A primeira, é eu estar vivo para hoje ser capaz de estar ao seu lado e te amar para sempre. E a segunda é Makkachin, que foi quem me fez te encontrar pela primeira vez.” Yuuri responde, e Victor se vê chorando de verdade. “Vitya?”

“Ah, Yura. Eu te amo tanto!”

“Eu também, Vicchan. Eu também.”

~ Fim ~


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