Amor sem reservas - la escrita por Débora Silva


Capítulo 15
Capítulo 15




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— Vocês estão assim porque eu e seu pai vamos nos separar?

— O que? - ecoou a voz de todos ali.

— Inês... - Victoriano até tentou falar mais ela o cortou.

— É isso mesmo que vocês ouviram! - passou o olho em cada um deles e tornou a dizer. - Eu e seu pai vamos nos separar!

— Mamãe, por Deus o que é isso uma brincadeira? - Alejandro falou desesperado.

Inês riu sarcástica.

— Olhem para minha cara e vejam se estou blefando? - olhou a todos inclusive a Victoriano. - Acha que depois de me levar para cama as coisas iam se resolver assim como se nada? Eu me dei porque eu quis, mas não esqueci! - ela se levantou da cadeira. - Bom jantar a todos, eu estou sem fome! - e sem mais ela subiu mesmo sobre os apelos dos filhos para ela ficar.

— O que fez com minha mãe? - Emiliano se levantou encarando o pai. - Ela chegou chorando e vocês se trancaram no quarto e ela vem me dizer agora que vai se separar? - estava puto da vida.

Victoriano apenas os encarava nem ele tinha conseguido absorver aquela decisão dela.

— Papai... - Constança quase gritou com ele para que voltasse a si.

— Eu vou falar com a mãe de vocês! - ele se levantou para sair.

— O que ela quis dizer com isso, papai? - Alejandro estava com o rosto vermelho não ia permitir que o pai fizesse a mãe sofrer.

— Eu vou conversar com a mãe de vocês já disse! - e sem mais ele saiu dali os deixando com a mente em fogo enquanto falavam todos ao mesmo tempo. Victoriano chegou a porta do quarto e estava trancada. - Inês, abra essa porta! - bateu girando a maçaneta.

— Esse não é mais seu quarto, essa não é mais a sua cama, essa não é mais a sua casa! - foi firme.

— Inês, deixe de bobagem e abra essa maldita porta! - falou se enraivando e pode ver a sombra dela na porta e pensou que ela abriria mais apenas o som de sua voz ecoou.

— Eu não tenho obrigação de deixar um traidor dormir ao meu lado e ainda mais deixar você dormir comigo sem ser o meu marido!

— Eu sou o seu marido a mãe de vinte anos! - gritou com ela.

— Você não pensou nisso quando deu seus sorrisos a outra mulher que não era eu! Eu quero que vá embora da minha casa! - foi firme.

— Eu não vou! - gritou mais uma vez.

— Eu chamo a policia! - ele riu.

— Chama! - berrou. - Essa casa é minha e eu conheço toda a policia! Quero ver quem vai dar moral a você!

— Essa casa não é sua! - foi firme mais uma vez. - Essa casa é de nossos filhos e está no nome deles e você sabe bem disso e como você não é casado comigo não tem direito a nada! Vá embora! - ele socou a porta e ela se afastou indo para a cama e viu uma mensagem de Marina que ela não respondeu apenas deitou apagando a luz não ia ceder.

Victoriano gritou de ódio e desceu as escadas atrás da empregada iria entrar naquele quarto nem que fosse a base do chute e quando a empregada deu a ele a chave copia ele passou como um foguete pelos filhos que o seguiu parando atrás dele assim que entrou no quarto batendo a porta. Inês suspirou sentindo dor na cabeça e se lembrando naquele momento de sua condição. 

— Victoriano, por favor... - falou sem animo algum.

— Esse é o meu quarto e eu vou dormir aqui! - jogou sua roupa no chão deitando apenas de cueca e ela sentou na cama o olhando.

— Você, não é mais meu marido! - se levantou.

— Eu sou sim! - esbravejou como uma criança.

— Essa aliança aqui não prova nada! - ela olhou e tirou deixando na mesinha ao lado da cama. - Você nunca casou comigo de verdade!

Ele se sentou na cama e ao ver as alianças fora do dedo dela sentiu uma coisa tão ruim que os olhos dele de fogo foram inundados de lágrimas que ele não pode conter sentiu uma coisa tão, mas tão ruim que ele nem pensou e avançou sobre ela a segurando pelo rosto a fazendo olhar para ele.

— Deus nos uniu Inês e nunca vi você reclamar do modo como nós casamos... - ela também encheu os olhos de lágrimas. - Tínhamos tantas questões naquele tempo que não precisávamos e não precisamos ainda de um papel que prove que você é a minha mulher!

— E foi esse mesmo papel que não impediu que você quisesse me trair! - se afastou dele. - Não precisou e não precisa de um papel e nem de uma aliança para que você quisesse se tornar um porco e querer me trair e com uma mulher tão nova que poderia ser a sua filha! - ela chorou e ele também.

— Por favor, meu amor, eu não fiz... A uma grande diferença em fazer e pensar! - ele estava arrasado com aquilo e se ajoelhou na frente dela de novo. - Eu sei que perdão não é o suficiente, mas me diga um modo como posso me redimir e que possamos viver em paz novamente!- segurou a cintura dela.

Inês o olhou ali no chão de joelhos e ela sentiu vontade de agarrá-lo para dizer que estava tudo bem, mas não estava não era simplesmente dizer a ele que o perdoava porque seu coração já o tinha feito, mas ela queria que ele entendesse que as coisas não funcionavam da maneira que ele tinha feito ou pensado e ainda tinha a maldita doença que a mataria tão rapidamente se ela decidisse mesmo não operar que ela apenas tocou o cabelo dele com uma mão chorando.

— Me diz, amor, me diz o que tenho que fazer? - a olhou desesperado e ela pode sentir o desespero em suas palavras sem nem precisar o olhar.

— Primeiro você vai demiti-la! - falou logo de uma vez. - Compre uma passagem e a mãe para longe porque se eu a ver nessa cidade eu não vou te dar chance alguma!

— Ela não é daqui, ela está na cidade a seis meses para fechar um contrato com nossa empresa e ela só está aqui ainda porque você não decidiu aquela ultima clausula do contrato... - explicou a ela que sentiu o coração acelerar.

— Cancele! Pague a multa que for por quebra de contrato, mas cancele esse maldito contrato e a mande para o inferno! - se afastou dele que se levantou a olhando.

— Tudo bem! - não reclamou, mas sabia que iam gastar muito dinheiro na quebra de contrato. - O que mais?

Ela o olhou do outro lado do quarto.

— Eu quero que você vá embora da minha casa! - ele ia protestar novamente mais ela levantou a mão o calando. - Não quer ir embora tudo bem, você pode morar na casinha que tem livre lá da área dos empregados!

— O que? Porque isso? Porque eu não posso ficar aqui?

— Porque eu quero que me conquiste novamente e que me peça em casamento e que me de um casamento como eu mereço e que me de um amor sem reservas! - eles se encaravam. - É pegar ou largar!


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