The Best Damn Things escrita por foursel


Capítulo 7
A Small Truce


Notas iniciais do capítulo

TURUBOM fnafkakfkdo "como assim você some por semanas e volta como se nada tivesse acontecido e rindo?" problemas em casa, mtos trabalhos na escola, to sofrendo por crush hetero e escrevendo uma nova fanfic, meus anjos. Não tenho sinopse ou nome ainda então só vou falar um pouco sobre, nas notas finais. ISSO JA TA FICANDO ENORME, ENTÃO aproveitem a leitura e voilà...



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P.O.V. Paulo

Já eram quase duas horas da manhã quando decidimos entrar novamente. Assim que confessei que ela conhecia a tal garota, ela mesma mudou de assunto, talvez vendo o quanto aquilo tudo mexia comigo. Eu nunca quis contar a ela e nem quero, só fico à espera de que esse sentimento acabe. Não, eu não vou correr atrás dela, é óbvio em nossas brigas o quanto me odeia. Eu sempre fiz brincadeiras com ela para chamar sua atenção, mesmo o resultado sendo sempre mais brigas eu gostava, pois era um motivo para falar com ela.

Ficamos conversando e pela primeira vez em muito tempo parecia que éramos grandes amigos, nós tínhamos alguns momentos de trégua assim, mas sempre que a trégua acaba, é como se nada tivesse acontecido. Normalmente acontecia de dois em dois anos e ver ela sorrindo comigo ou rindo de algo que falei, era suficiente pra me deixar satisfeito por mais dois anos, até a próxima trégua.

Quando entramos todos já estavam dormindo, os meninos de um lado e as meninas de outro, e apenas Valéria e Davi dormindo juntos no colchão de casal velho que eu tinha pego. Notei que Maju e Margarida estavam dormindo de mãos dadas, mesmo em colchões separados, indiquei com a cabeça as duas para Alicia.

— Novo casal? Eu soube do Jorge…

— Pelo que conheço da Marga ainda é um pouco cedo pra ela conseguir namorar de verdade outra pessoa, mas se a Maju continuar a tratando do jeito que vi hoje, acho que logo nossa caipirinha é fisgada. – disse ela sorrindo as observando.

— O importante é ela ser feliz, não é?

— Paulo Guerra se importando com a felicidade das pessoas? Essa é nova pra mim. – disse rindo da minha cara.

— Você fala como se eu fosse um monstro! – ri junto. – Okay, às vezes eu pareço um pouco.

— Só parece? – continuou me provocando.

— Ah, acho que você sabe que bem no fundo eu sou um cara legal.

— É, você tem seus dias. – disse me dando um meio sorriso com seus olhos fixos aos meus. – Eu ainda não estou com sono, você tá?

— Hmmm, só um pouco. – menti, estava lutando para manter os olhos abertos.

— Assiste um desenho comigo? Só um pouquinho… – fez biquinho e juntou as mãos.

— Quanto é esse um pouquinho? – perguntei.

— Três episódios? – tentou.

— Nem pensar, um!

— Dois!

— Ta, dois. – concordei e a vi comemorar baixinho.

Nos sentamos no sofá, dividimos um cobertor, ligamos a televisão em Steven Universo e começamos a assistir. Ela dormiu antes mesmo do primeiro episódio acabar e em vez de eu continuar assistindo ou só ir dormir, comecei a observar dormindo. Eu já beijei tantas bocas ao longo de todos esses anos e nenhuma era a que eu realmente desejava, a que eu mais queria, agora eu só queria esquecer ela por fazer com que eu me sentisse assim, livre por direito mas tão preso por meus sentimentos, sentimentos esses tão confusos onde uma hora eu tinha certeza que a amava e na outra esse sentimento tão forte me parecia ser na verdade ódio. Fiquei a observando até cair no sono, somente para sonhar novamente com a garota da boate, se existia uma garota que pudesse me fazer esquecer Alicia, essa era a tal garota misteriosa, isso se ela fosse tão boa quanto o beijo.

 

 

P.O.V. Alicia

Acordei escutando risadas e sussurros, eu deveria abrir os olhos mas fazia muito tempo que não dormia tão bem, me sentia confortável e protegida. Estava coberta até os ombros e sentia um ar quente em minha nuca, igual uma respiração… Como num estalo me dei conta de onde estava e de quem poderiam ser os braços que eu abraçava ao redor de minha cintura. Abri os olhos, olhei para o lado e Paulo dormia agarrado a mim, pela primeira vez ele me parecia doce e frágil, senti vontade de sorrir mas escutei outra risada, me fazendo virar o rosto apenas para ver Valéria, Marcelina, Kokimoto, Mario e Jaime nos observando e sorrindo maliciosos.

— Bom dia – disse Marcelina.

— Os pombinhos dormiram bem? – perguntou Jaime.

— Vocês formam um casal tão lindo. – falou Valéria.

— Tão românticos! – escutei Laurinha gritar de algum lugar da casa.

Levantei num pulo, fazendo com que Paulo caísse no chão assustado.

— Puta merda, eu só queria dormir. – reclamou tentando abrir os olhos.

— Você pode dormir à vontade, só não precisava ficar me agarrando enquanto isso.

— Eu te agarrando? – respondeu me olhando como se eu tivesse falado um absurdo.

— É verdade, Paulo. Vocês estavam dormindo agarradinhos. – disse Koki.

— Nem vem, amiga. Quando acordamos parecia que você ia sufocar ele, de tanto que o apertava e puxava para si. – Marcelina disse ainda sorrindo.

— Quer dizer que agora vocês tão juntos? – Jaime perguntou.

— Poxa, Ali. Era só pra conversar com ele, não precisava roubar meu marido. – brincou Mario tentando uma voz feminina.

Enquanto eu ouvia as provocações uma atrás da outra, Paulo simplesmente voltou a deitar no sofá e colocou uma almofada em cima da cabeça tentando abafar o barulho.

— Parem, pelo amor de Deus. Vocês acham mesmo que Paulo e eu ficaríamos juntos? – disse indignada.

— Sim. – escutei todos da casa responderem, inclusive aqueles que ainda estavam deitados e quem estava na cozinha.

— Até parece que não conhecem a gente. – disse revirando os olhos e indo para a cozinha. – Cadê seus pais, Marce?

— Eles ainda não acordaram, chegaram perto do amanhecer. – respondeu me seguindo junto de Valéria.

— Não mude de assunto, mocinha. Você ainda não explicou como acabaram dormindo juntos. – Valéria se colocou à minha frente.

— Ai Val, a gente só foi assistir TV e acabou dormindo, nada demais. – expliquei.

— Sério, só isso mesmo? Tem certeza? – falou Marcelina se pondo ao lado de nossa amiga.

— Absoluta. Vocês sabem que nós nos odiamos, não sei da onde tiraram esse shipp maldito. – comentei sentando ao lado de Laura.

— Para mim, vocês se amam. Tem um ditado que diz que do ódio para o amor só tem um passo. – disse Laurinha.

— Só se for passo de elefante. – resmunguei.

Mas tudo aquilo realmente me fez parar para pensar. Lembrei de nossa primeira trégua…

“Tínhamos dez e onze anos, Paulo chorava muito, eu não sabia dizer se era de raiva ou tristeza, mas me preocupei pois nunca o tinha visto chorar antes e fui o mais legal possível considerando nossa relação conturbada. Não sei o que pensou por me ver ali, só começou a despejar todos as suas raivas e frustrações sobre seu pai, o modo como lhe tratava e como se sentia odiado pelo mesmo. Naquele momento percebi que o modo como Paulo agia era pelo que passava em casa, ele queria atenção e carinho de seu pai e o mesmo só o tratava como um delinquente, até quando Paulo não merecia, enquanto Marcelina era a princesa da casa. Eu só soube o abraçar, acho que foi a primeira vez que eu senti carinho por ele, fiquei o consolando até ele de chorar, pediu que eu esquecesse o que tinha acabado de acontecer, concordei e no dia seguinte tudo voltou ao normal.”

Depois daquele dia não pude evitar o ver de uma forma diferente, mas não demorou muito e ele fez mais uma de suas brincadeiras comigo. Era sempre assim, depois de toda trégua ele aprontava algo, como se aprontando comigo fosse me fazer esquecer que ele tem um lado bom. E agora era exatamente o que eu pensava, que mesmo tentando esconder ele era verdadeiramente bom, acho que se não fosse ele não sofreria tanto por um amor não correspondido, principalmente calado. Confesso que saber que alguma de minhas amigas era o motivo da tristeza de Paulo fazia com que eu me sentisse estranha, ele colocou um milhão de dúvidas em minha cabeça e seus olhos me diziam que nada mais sobre o assunto seria dito. Eu queria tentar descobrir, mas achava ridícula tamanha preocupação de minha parte, nós não éramos amigos e esse não era o tipo de assunto que eu deveria me meter.

Olhei em direção a sala disfarçadamente e o vi sendo incomodado pelos meninos, sentando de braços cruzados e cara emburrada de sono, revirando os olhos com as piadinhas e risadas, olhando para mim e dando um meio sorriso, e como a idiota que sou acabei por sorrir de volta. Eu sabia que logo ele aprontaria comigo de novo mas não me importava, mesmo sendo poucas horas essa trégua tinha valido a pena.


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Notas finais do capítulo

EAI, GOSTARAM? fnskkdks To animada, não sei pq... Então, sobre a outra fanfic que estou escrevendo, ela se passa na idade média, talvez eu não use nada mas to pesquisando muitas coisas enquanto escrevo. A personagem principal vai ser a alicia (óbvio né, meu bebê), não vou colocar todos os personagens de carrossel e ainda não tenho toda a trama planejada mas tenho muitas expectativas sobre, por enquanto a única coisa que posso dizer é que aguardem.
ANTES QUE EU ME ESQUEÇA: tem coisinha de TBDT vindo por aí, não é MUUUITO mas espero que gostem hdjskd. To falante, perdoem.
Obrigada por dedicar a minha fanfic um pouquinho do seu dia, aproveite bastante o que vos resta dele e até o próximo capítulo.



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