The Best Damn Things escrita por foursel


Capítulo 12
Little White Lies


Notas iniciais do capítulo

Oi.... Tenho até medo de aparecer por aqui rsrs. Não, eu não esqueci de vocês e nem da história. Eu tava com um SUPER bloqueio pra esse capítulo em si, mas agora eu voltei. Publiquei uma nova fanfic também, para quem gosta de malhação e um romancezinho lésbico, eu agradeceria se fosse conferir. Enfim, é isso então aproveitem a leitura e voilà..



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743554/chapter/12

 P.O.V. Alicia

Eu não tinha nenhum problema em cumprir os castigos impostos pela diretora Olívia, não era preguiça nem nada do tipo, o que me irritava era como cheguei àquele castigo e é claro ter que cumpri-lo com Paulo. Entrei na escola de má vontade, caminhei pelos corredores procurando por Graça e Firmino mas não havia sinal de nenhum deles, até que comecei a ouvir vozes vindo da biblioteca. 

— Você nunca tentou falar com ela sobre isso? – era Firmino falando.

— Quando finalmente percebi como me sentia já era tarde demais... – estava prestes a entrar no cômodo quando percebi que ele estava falando com Paulo e não era qualquer assunto, era sobre seus sentimentos, algo que eu provavelmente não deveria estar ouvindo. – Eu nunca entendi o por quê era sempre ela, eu pensava em aprontar com todo mundo mas quando eu pensava nela havia uma determinação maior em ser irritante.

— Veja bem, na idade que você me falou é normal um menino, e até mesmo uma menina, não saber expressar isso da forma correta então vocês encontram a sua própria maneira de chamar atenção, com brigas e provocações.

— Mas você não acha que exagerei ao longo desses anos? – sua voz parecia realmente triste, o que eu nunca iria imaginar de Paulo, como poderia ele gostar de uma de nossas amigas por tanto tempo sem eu ter percebido? Claro que eu não ficava observando ele o tempo todo para perceber uma coisa dessas, mas com tanta intensidade do jeito que ele demonstrou em sua voz nesses últimos dias, eu me sentia completamente cega.

— Eu acho que em vez de ficar se culpando por tudo que já aprontou e continua aprontando você poderia começar a se redimir, não só com ela, mas com todos os seu colegas e é aí que as coisas começam a mudar. – disse Firmino, sábio como sempre. Ninguém tinha dito ainda o nome dela, estava começando a ficar nervosa com tanto mistério.

— Obrigado, Firmino. – o tom de sua voz parecia mais tranquilo.

— De nada… Mas lembre-se nunca deve se desistir do amor. – amor… Será que essa era a palavra correta? O Paulo realmente estava apaixonado mas amar alguém na nossa idade, será que era mesmo possível? Senti minha barriga borbulhar como as borboletas que já havia sentido alguns anos atrás. Meu cérebro realmente estava tentando me enviar sinais de que eu estava sendo precipitada e ele tinha razão, se pude me apaixonar tão jovem talvez pudéssemos amar nessa idade, afinal a maior história de amor já conhecida eram de jovens mais novos que nós.

— Você acredita mesmo que nós podemos dar certo? Porque você sabe muito bem como nós somos e principalmente a… – era agora! Ele iria falar o nome dela.

— ALICIA! – senti um corpo muito próximo ao meu e quase caí com o susto.

— Ai Graça! Que susto! Da onde que você veio? – perguntei com a mão no coração que estava extremamente acelerado.

— Quem faz as perguntas aqui sou eu, mocinha. Vocês não combinaram com a Diretora Olivia que iriam me ajudar? Por que está atrasada? – poucas vezes em minha vida eu vi a Graça tão nervosa, acho que o negócio da manteiga realmente tinha estragado com o dia dela.

— Eu não to atrasada, Graça, eu cheguei na hora certinha, te prometo. – comecei a ficar nervosa.

— E o que ficou fazendo todo esse tempo? – disse cruzando os braços.

— Você estava escutando a nossa conversa, mocinha? – e Firmino entra na conversa, olho para trás e vejo que agora os dois estavam parados em frente a porta logo atrás de mim.

— NÃO! – ah pronto, falei exasperada demais. – Quer dizer, não. Eu tava mexendo no celular, ia mandar uma mensagem pro Paulo perguntando se ele já tinha chego. – Graça e Firmino desistiram do interrogatório mas pela cara de Paulo, que estava ficando cada vez mais vermelha, ele não tinha acreditado em nenhuma palavra.

— Tudo bem, tudo bem. Os dois aqui estavam organizando a biblioteca, você já pode se juntar a eles, enquanto isso eu tenho minha faxina pra fazer. – disse Graça se retirando.

— Vamos, meninos. - disse Firmino se voltando para dentro.

A biblioteca estava um verdadeiro caos, aparentemente, a Diretora aproveitou que tinha mais quatro mãos à sua disposição para reorganizar todas as prateleiras, seção por seção. Segundo Firmino, o único trabalho dele era supervisionar a gente, então ele sentou-se em uma das cadeiras e ficou lendo o jornal enquanto Paulo e eu limpávamos os livros para depois podermos organizá-los. Sinceramente, até parece que um dia aquela bruxa se preocupou com a poeira que tem na biblioteca, ela só queria nos dar mais trabalho.

Paulo não estava olhando na minha cara, tudo bem que não erámos muitos chegados e tudo mais, mas o silêncio entre nós estava desconfortável. Não era justo, eu que devia estar brava com ele e o tratando com gelo, não o contrário, afinal era por causa dele que eu estava ali e agora já não tinha mais meu skate.

— Você não vai mesmo falar comigo? — não resisti e perguntei em um sussurro, não queria envolver Firmino em mais alguma de nossas discussões.

— Por quê? Você quer falar comigo?

— Não.

— Então resolvido. — ele ainda não me olhava nos olhos, um livro empoeirado de física recebia mais atenção do que eu que realmente estava falando com ele, sério, a quanto tempo ele já estava esfregando aquele livro?

— Sério, por que você tem que me tratar assim? — seu rosto enrijecido virou-se para mim finalmente encarando meus olhos.

— Porque… — os músculos de seu rosto relaxaram e sua expressão amoleceu, desistindo de continuar sua resposta, que era de se imaginar, não muito educada. — Você realmente estava escutando nossa conversa? - então ele estava bravo mesmo com aquilo, sabia que ele estava certo em se chatear, só não imaginei que ia ficar mesmo.

 — Desculpa. Não foi de propósito. — menti. — Eu não ouvi muita coisa também, apenas o final, logo a Graça chegou. — menti novamente, que Deus me perdoe.

— Tá bem, vou confiar em você dessa vez. — Uh! Ele disse que estava confiando em mim... e a culpa bate a porta. Eu sei que mentir é errado mas se eu falasse a verdade seria tudo mais constrangedor então eu estava preservando a nós dois, certo?

Ficamos calados o resto do tempo que ainda nos restava do castigo e quando Firmino anunciou que estávamos liberados cada um foi pro seu lado com poucas palavras e eu não fazia ideia do porquê estávamos daquele jeito, não estávamos bem um com o outro mas também não estávamos brigando, tudo isso por eu ouvir uma conversa? Ele estava com vergonha? Estou começando a reconhecer, há muitas coisas sobre o Paulo que eu desconheço, o que mais eu me questionava era qual o nome da garota que atormentava seu coração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem? Por favor?
Obrigada por dedicar a minha fanfic um pouquinho do seu dia, aproveite bastante o que vos resta dele e até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Best Damn Things" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.