Halo escrita por Silly and Tall


Capítulo 1
Remember those walls I built?


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoas desse lindo universo!

Essa fic foi prometida a algum tempo e no fim nunca postei mesmo depois de terminada, mas agora que tem toda a pressão do filme VIII chegar e talvez acabar com o ship achei melhor postar de uma vez!

Espero que vocês gostem dessa minha proposta de songfic, pois sempre achei que Halo se encaixa tão bem com a história desse casal na luta com seu interior e quebra de barreiras (alem de que a pronuncia de Halo é similar com Reylo)

Esse capitulo acontece exatamente após a cena do interrogatório do filme VII, como se fosse um universo alternativo e pa.

ENFIM, é nois!



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Se lembra daquelas paredes que construí?

Bem, querida, elas estão desmoronando

E elas nem sequer resistiram à queda

Elas nem sequer fizeram barulho

Eu encontrei um jeito de deixar você entrar

Mas eu nunca tive dúvida

De pé em frente da luz da sua aura

Eu tenho o meu anjo agora

 

Kylo já havia passado algum tempo naquele interrogatório, sentia cada neurônio trabalhando e queimando enquanto argumentava com a sucateira.

A cena anterior ainda palpitava em sua mente, a catadora presa em sua cadeira de tortura, perdida e desolada encarando-o como se a qualquer momento pudesse o matar, provocando-o mesmo detida e sem posição para. Ela o desafiara a cada palavra, fazendo com que o cavaleiro retirasse uma de suas maiores defesas, seu capacete, e a encarasse face a face. Mesmo que driblando suas perguntas com respostas inteligentes tudo o que a garota surtia em Kylo até aquele momento era irritação, apenas revelava-se insolente. Suas emoções transbordavam, o medo que ela sentia e o desespero por um lar, o oceano e a ilha, era evidente na mente da sucateira. Ela se afogava em angústias a noite e Kylo conseguia se identificar.

Ler a mente de Rey era como se lesse a própria mente de Ben Solo, alguém que estava confuso, a procura de novas expectativas, alguém que não acha sua própria direção, mas quer, e precisa de alguém para guiá-lo. O cavaleiro pegava-se pensando em quão semelhantes ambos eram e como ela poderia ser uma ótima aluna assim como ele e travar um brilhante futuro no lado negro.

Mas a garota agora revidava, mesmo que ele usasse toda sua força para penetrar entre as barreiras da sucateira e conseguir a informação que queria, ela se levantava inesperadamente, resistindo e apesar de inexperiente ante a Força ela conseguia entrar na mente de Kylo Ren e destravar alguns fragmentos que o próprio tentava esconder, como seu medo de nunca ser poderoso ou ter tamanha influência com seu avô tinha. Ao revelar-lhes o cavaleiro deixa de atacá-la e a encara confuso, pois aquilo nunca se assemelharia a Ben Solo. Ela o encarava desafiando-o para que tentasse novamente, mas, algo mudou em Kylo.

Suas mãos tremiam de agitação, seu corpo reagia a presença da garota diferentemente de antes, como se algo o chamasse, como se a luz o envolvesse novamente por sua simples presença, sua mente estava em uma constante guerra onde a luz lhe tentar novamente.

Ao encará-la as coisas pareciam mais claras, a guerra cessava, os princípios nos quais Kylo acreditava se esvaiam e ele conseguia olhar sua vida por outra perspectiva.

Snoke já o controlava há tanto tempo, ano após ano o forçou a inúmeras atrocidades levando o garoto a pensar que assim que assassinava alguém ou o torturava estava agindo certo. A medida do tempo, a mente e o coração de Ben Solo foram se fechando para sua família, para seu mestre e para o caminho da luz à medida que Snoke sussurrava em sua mente “verdades” das trevas, que incitavam Ben a acreditar que as pessoas a sua volta, sua família, mentia. O ódio despertado no jovem crescia na esperança de despertar um poder maior do que os que seu tio lhe ensinava. O poder da paixão, do Ódio e do Medo.

O Supremo Líder o guiara para o lado negro, mostrou-lhe a força de seu avô e lhe convenceu de que o mesmo nunca havia se rendido à luz, seu poder e autoridade eram reconhecidos por toda a galáxia e mesmo após sua morte ainda o temem. Snoke o induziu a acreditar que para conquistar e terminar o que Darth Vader havia construído ele deveria construir uma barreira contra tudo o que o impediria de atingir seus objetivos, como a luz e sua família. Principalmente sua família.

Ao recriar-se como Kylo Ren, sua velha identidade ficou para trás. O garoto construiu sua barreira contra tudo o que lhe prendia a seu passado, bloqueando tudo o que lhe fazia lembrar-se ou vacilar, mas algo ele não previu. Rey. A garota teimosa o fez vacilar, em um pequeno impasse seus muros contra a luz sorrateiramente foram ao chão quando o jovem menos esperava.

Ao perceber que estava vacilando Kylo Ren acorda subitamente de suas memórias batendo contra a parede assustado, os olhos faiscantes da garota continuavam a encará-lo, sem piscar ou desviar levemente o olhar do seu, Kylo percebeu que ela não estava apenas a observando, ela havia libertado as memórias ela manipulava-as como se fosse um baralho, ele conseguia senti-la percorrendo entre sua mente, vendo seus desejos e possivelmente suas lembranças visto que havia vacilado suas defesas. Utilizando a Força o cavaleiro a forçou para fora de sua mente e tentou se recompor, claramente abalado, sorrindo de lado para a catadora.

—Se acha que irá tirar algo de mim sua sucateira imunda, está completamente enganada. – Ele argumentou triunfante já se retirando da sala.

—Você é quem está enganado por achar que é forte – Rey disse entre dentes, tentando parecer forte, mas em sua feição havia uma réstia de confusão.

Kylo hesitou por um momento e lhe lançou um último sorriso torto antes de recolocar seu capacete e sair da sala.

Ele assentiu a um stormtrooper que fazia a guarda da porta, que imediatamente ligou novamente a cadeira de tortura em que Rey estava acomodada, e ao ouvir os pequenos gemidos de dor da sucateira, o cavaleiro sentiu uma pequena pontada em seu coração e saiu bufando em direção a seu avô.

Já em sua cabine Kylo Ren respirava com dificuldade, não sentia como se fosse possível uma mera sucateira de um planeta tão remoto como Jakku fosse capaz de surtir nele aquele tipo de efeito. Suas mãos tremiam, sua cabeça girava memórias a tanto esquecidas e enrustidas em seu intimo despertavam novamente, coisas como seu pai, seu treinamento, sua decepção começaram a lhe voltar à mente por apenas um pequeno movimento da garota, ele sentia aos poucos suas barreiras quebrarem como se nem resistissem.

Kylo encostou-se na parede de vidro e retirou seu capacete, um simples capricho  que o permitia ser tão respeitado e temido com antigos lords sith com Bane e toda uma geração, enquanto encarava novamente o antigo capacete deformado de seu poderoso avô.

—Avô ajude-me a suportar toda essa tentação maldita. – ele pedia enquanto olhava dentro dos olhos vazios do capacete como uma ligeira prece – não me deixe perder uma boa imagem do Supremo Líder.

Uma fúria começou a crescer cada vez mais dentro dele, Kylo sentia-se impotente, uma criança mimada e perdida, sentia-se como Ben Solo. Quando sua raiva atingiu um novo nível o cavaleiro não pode resistir.

—EU ESCOLHI ISSO – Kylo gritou e ligou seu sabre de luz – EU NÃO FUI E NÃO ME DEIXARIA SER MANIPULADO FACILMENTE, A LUZ É MENTIROSA.

Alguns minutos se passaram enquanto o garoto expressava seu ódio destruindo as coisas daquela sala, salvo o capacete queimado de seu avô, até que ele pudesse se acalmar e ajoelhar-se novamente em frente de sua relíquia completamente exausto.

Tudo se mostrava tão difícil para Kylo Ren desde que a catadora subirá à nave, seu coração acelerou como se fosse explodir enquanto carregá-la a bordo, ele adiava ao máximo ter de  ir interrogá-la, mas, principalmente, o lado da luz parecia cada vez mais tentador além de sua proteção e cautela decaírem cada vez mais intensamente. Ele relembra de quando a viu pela primeira vez ela, com tamanha fúria em seus olhos, cativou-o ao mirar sua alma tremendo em sua direção, ele sentia que seu coração pulsava cada vez mais rápido ao apreciar as belas feições da garota enraivecida mesmo que ele tentasse ao máximo recusar tal efeito que ela lançava sobre ele, limitando-se a levá-la consigo para sua nave.

O cavaleiro suspira enquanto sente a Força adentrar novamente dentro dele, acalmá-lo completamente e limpá-lo dos resquícios da raiva, uma técnica que seu tio e ex-mestre Luke Skywalker havia o ensinado, mas em seguida sua mente foi tomada pelo rosto de Rey, a catadora que no exato momento estava sendo sujeita a torturas.

Sente um aperto em seu coração, ela estava sendo torturada por sua causa, ele se lembrou de assentir ao stormtrooper. Sua mente ficou confusa, se esse era o jeito certo de fazê-la colaborar e revelar o mapa ou a localização do droid, se essa era a coisa certa a se fazer, por que ele sentia-se assim? Por que seu coração doía tanto de pensar na garota sofrendo por sua causa?  A luz sorrateiramente adentrava em si, porém agora ela seguia um fluxo mais rápido e fazia com que Kylo procurasse desesperadamente por uma redenção.

O garoto continuava ajoelhado encarando o chão e rodeado de sentimentos e dúvidas. Uma lágrima percorreu lentamente seu rosto e caiu no chão mostrando que vagarosamente ele estava explodindo novamente, mas agora não havia como destruir as coisas para poder expressar-se, a única coisa que ele poderia fazer era chorar, mesmo que fosse um ato que apenas fracos deveriam praticar.

Amaldiçoou-se por não ter feito algo antes, ou ser mais forte, mas agora ele estava se arrependendo e começaria sua redenção o mais rápido possível antes que Snoke pudesse o descobrir. Kylo enfim se levantou novamente encarando o capacete:

—Perdoe-me avô, o senhor era forte, mas se eu quero ser, não será no lado negro. – Ele ligou seu sabre novamente e cortou ao meio sua antiga relíquia, que por anos foi seu único consolo e agora enfim estava se libertando em meio a uma lágrima que caia novamente por tal desonra. – Adeus, Lord Vader.

O cavaleiro se virou e caminhou em direção a sala de torturas novamente, deixando o capacete destruído pairando sobre a mesa.

Ao chegar próximo a sala de tortura os gemidos de dor ficavam cada vez mais altos e mais intensos, mas também era claro que a garota tentava ao máximo abafar seu próprio som, Kylo suspirou pesarosamente, entristecia-se ao pensar no que estava fazendo com a garota, e não imaginava se ela poderia perdoá-lo ao se redimir.

Assim que o cavaleiro chegou às portas da sala ele assentiu ao mesmo stormtrooper, o qual parecia surpreso ao ver seu mestre sem seu capacete, para que parasse a tortura e se retirasse. Kylo sentia-se confiante em relação a seu plano de redenção, mas ao encarar o rosto machucado e levemente abalado da catadora ele não pode deixar de sentir novamente um enorme aperto em seu coração.

Sua mente gritava perigo ao olhar para ela, suas mãos ainda tremiam e sua respiração se desregulava a medida que novos sentimentos tomavam conta de si, ela continuava encarando-o com ódio, rancor, desconfiança como se apenas aguardasse a próxima atrocidade que ele cometeria, mas havia algo em seu olhar que Kylo não sabia bem o que poderia ser, visto que a sucateira escondia tão bem, talvez confusão,medo  ou pior pena.

Certos pensamentos levam o garoto à loucura.

Mas lá estava ele em frente à luz, que por tanto tempo ele fugia com medo de voltar a ser o fraco Ben Solo, porém Rey fazia com que ele não quisesse mais fugir de quem ele era ou temer a luz em si, mas sim entregar-se por completo e ver no que resultaria.

Rey era seu anjo.


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Notas finais do capítulo

Yo, esse foi o primeiro capitulo!

Espero que vocês tenham gostado, mal posso esperar para postar os próximos.

Não esqueça de comentar aqui embaixo o que você achou, quais as melhores e piores partes, o que acha que eu devo melhorar, etc...

Postarei o próximo capitulo na próxima semana ou quando chegar a umas 5 reviews!

Inté!
Beijos e Sorvete (porque ta muito quente)



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