"Uma Máscara diferente. Um Beijo Revolucionário!" escrita por Sayra


Capítulo 1
Capítulo Único




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Abriu os olhos lentamente para que estes focassem há luz que iluminava o quarto. Decidiu sentar-se na cama até ficar capaz de recuperar totalmente as forças que o sono lhe tinha roubado para se poder levantar da cama. Espreguiçou-se e bocejou. Os seus olhos verdes, percorreram o quarto a ver se via Gil e Alice, mas ali não estava ninguém. Decidiu por fim, levantar-se e quando se pôs de pé notou uma ligeira diferença.

— Desde quando fiquei mais alto? – observou para si, confuso. 


              Normalmente o chão não lhe ficava tão distante ao nível do seu olhar devido há sua altura, mas ali, naquele momento, notava-se uma ligeira mudança. 

Decidiu ignorar. Talvez devido ao ter acordado e o sono ainda lhe estar afectar o seu cérebro não a 100% e dirigiu-se ao espelho, pegando antes na sua habitual camisola que estava sobre a cama ao seu lado. Dirigiu-se ao espelho, mas a sua atenção estava em vestir a camisa, primeiro. Colocou os braços e não notou diferença nenhuma. Logo ajeitou-a e só quando foi para abotoá-la é que os seus olhos se encontraram com o espelho.

— AHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – gritou, fazendo-se ouvir quase em toda a casa.

Passos apressados eram o sussurro que se fazia ouvir sobre as escadas e no corredor que dava ao quarto. A porta foi aberta de rompam-se e nele apareceu Gil alarmado por causa do grito.

— Oz…o que se passa? - as palavras morreram na sua boca quando os seus olhos e de seu mestre fixaram-se confusos. 

— Gil… - começou num sussurro onde lágrimas, que pareciam cascatas, escorriam pela sua cara - o que raio se está a passar?

Gil aproximou-se, num ar bastante confuso, e apreciou o seu próprio corpo de todos os ângulos.

— Bem, nunca me tinha apercebido do quão sexy é o meu….OUCH! – Oz golpeara-o na cabeça. – Para que foi isso? – afirmou com as mãos no sítio magoado e de lágrimas ao canto dos olhos.

— Só dizes asneiras! – bufou.

De repente um grande riso abafou as palavras dos dois amigos.

— HAHA…oh meu deus…HAHA – Alice mais Break tinham entrado momentos depois e era de se esperar Alice ter uma reacção daquelas.

— Não é motivo de riso! – afirmaram ambos e Alice não fez caso, continuando a rir que nem uma louca.

— Mas o que se passou aqui? – perguntou Break um pouco fascinado. Era a primeira vez que os seus olhos viam algo assim.

— Eu não sei. – admitiu Oz - eu reparei que estava um pouco mais alto que o costume, mas quando me olhei foi um choque total.

— HEI! – interrompeu Gil constrangido – sei que preferes o teu corpo, mas escusas de criticar o meu. Trabalhei bastante para ter uma forma como…AI! – Oz, novamente, lhe golpeara sobre a cabeça. Como o amigo podia estar a aproveitar de uma situação como aquelas?!

— Pára de dizer baboseiras, Gil! 

— Mas são as verdades! - fez beicinho e novamente as suas mão pendiam sobre o magoado.

— Quero o meu corpo de volta! – exigiu Oz cruzando os braços – E Alice, pára de rir! Isto é constrangedor.

— Ora, Oz…para te ser sincera ficas bem nesse corpo. – admitiu entre risos – ele tem razão ao dizer que é um pouco…bem…sexy…ahahahahah!

— Estás a ver, mestre?! Não sou o único a concor…BOLAS! – mais uma vez, Gil foi golpeado.

Oz voltou a olhar para o espelho e analisou bem o corpo do amigo meio nu. De facto que tinha um belo corpo e poderia aproveitar-se disso, uma vez que nunca viu Gil a se exibir.

— É verdade que tens um corpo chamativo, Gil. Olhos verdes, cabelo curto encaracolado preto e bom aspecto físico, talvez eu tire proveito dele. Se for a ver bem, parece que estou a vestir uma mascara. – riu-se

— HEI…o que pensas fazer com o meu corpo? E DESDE QUANDO ELE É UMA MASCARA? – um nervosinho, que indicava que Gil estava zangado, reapareceu sobre os seus cabelos.

— Desde agora. – Riu-se e depois virou-se para Break – Há alguma a fazer para voltar ao meu corpo?

— Hum…é a primeira vez que isto acontece, então não sei qual a maneira possível. – admitiu – mas tens uma maneira que conheço muito bem. – sorriu de orelha a orelha

— Já não é mau! Qual é?

— Ambos baterem com a cabeça em algum lado, sincronizadamente.

— Impossível sincronizar a batida! – admitiu Oz perdendo as esperanças.

— Então a única coisa que tens a fazer é ficar assim para sempre. – brincou com a situação

— Apesar de estar num corpo chamativo, acho que não seria bom para a minha saúde. – disse num ar de desagrado. – Ter as mulheres todas atrás de mim seria muito chato.

— OZ! Importas-te de respeitar o que é meu? – reclamou Gil bastante zangado – que eu saiba ainda não reclamei nada do teu!

— Porque nem tens nada para reclamar. – admitiu com um sorriso nos lábios irónico.

— Ah…acabei de me lembrar! Existe sim uma maneira de voltarem aos corpos originais. – interrompeu Alice de sorriso traiçoeiro nos seus lábios lisos e bem delineados.

— QUAL?! – gritaram ambos Gil e Oz

— Com um beijo! – respondeu e foi o suficiente para que Gil, Oz e Break desatassem a rir.

— Andas a ler muitos romances, Alice. – disse Oz entre risos

— Não ando nada! – admitiu, fula. – Quando estava no Abismo e como não tinha nada de divertido para fazer, havia uma estante com livros e li alguns e num deles pareceu uma situação como a vossa e até deu resultado.

— Isso é ficção, seu estúpido coelho! É impossível devolver as almas aos corpos correctos dessa maneira. – disse Gil rindo-se ainda mais.

— Vocês é que sabem! – admitiu, cruzando os braços zangada com as atitudes dos seus amigos. – se quiserem ficar assim para sempre a escolha é vossa…UNF!

— Acho que irei pelo que Break disse. Talvez resulte. – disse Oz e Alice encolheu os ombros.

— Então experimentemos, Oz? – perguntou Gil

— Não nos fará mal nenhum. – sorriu. 

Alice dirigiu-se há cama e sentou-se. Como não aceitaram a sua ideia, gostaria de ficar ali a ver e rir-se um pouco. Break afastou-se deles e Gil e Oz deram início há cena. Encostaram-se ambos a uma das paredes do quatro e contaram até três e PUMBA! Ambos bateram sincronizadamente nas paredes e como resultado um OUCH bem dito foi o suficiente para Alice e Break começarem a rir-se e as mãos de ambos os rapazes serem levados ao sítio dorido.

— Acho que não resultou. – admitiu Gil de lágrimas ao quanto dos olhos devido há dor.

— Acho melhor aceitarem a minha agora. – disse Alice – Talvez resulte, uma vez que essa não.

— O que achas, Gil? – perguntou Oz o olhando fixamente, fazendo este ficar corado que nem um tomate.


— Mas…mestre…essa ideia é um…um pouco…constrangedora, não achas? – disse Gil hesitante. 

Beijar o seu mestre? Não que fosse desagradável e também por ambos serem homens, mas…beijar assim do nada…não que fosse o seu primeiro beijo, pelo contrario, mas mesmo assim seria…muito…const…não teve tempo de falar pois Oz adiantaram-se e colocara os seus lábios nos dele sem hesitar. Um beijo leve que foi de inicio, tornou-se mais denso e Gil como Oz sentiram algo invadir-lhes o corpo e de repente num flash…foram obrigados a se separarem, caindo ambos, sobre o chão.

Alice e Break estavam de boca aberta e Oz como Gil estavam tontos.

— O que se…AH a minha voz…VOLTEI AO MEU CORPO! – gritou Oz mais que contente. As suas mãos rodaram o seu corpo fascinado por o ter de volta.

A sua alegria não foi muito douradora, quando os seus olhos se voltaram para Gil e quando o seu sorriso de alegria se desvaneceu ao ver os olhos do amigo brilharem e um fio de baba pendendo sobre o canto direito da sua boca.

— Gil…hei…Gil o que se passa…HEI…PÁRA…HEI GIL… - Gil num instante soltou para cima de Oz tentando o beijar de novo. Este debateu-se quando…

— Hei…Oz…Oz…acorda! – a voz de Gil suou sobre o seu ouvido, suavemente.

Este começou abrir os olhos devagar e assustou-se ao ver Gil tão perto de si, fazendo com que se levanta-se e se chegasse até bater nas costas da cama.


— Oi…estás bem? Pareces atordoado. – perguntou Gil preocupado e Oz reparou que o seu corpo estava no sitio exacto e que tudo não passou de um sonho.

Não pode deixar de suspirar quando se apercebeu que tinha sido um sonho. Largou os lençóis que prendia quando se assustou.

— Mestre, tens a certeza que está tudo bem? – perguntou de novo o seu servo, começando a se chegar perto de Oz encostando a sua teste na do seu mestre para ver se tinha febre, quando um “Ouch” foi solto por este.

— Mas o que é que eu fiz agora, mestre? 

Oz o golpeara na cabeça.


— Não te chegues perto de mim durante os próximos dias! – disse

— Hein, mas porquê?

— CALA-TE! - e tornou a golpear o pobre servo.

Um sonho, um sonho que não queria voltar a ter e que nem queria experimentar na vida real. Só a imagem de estar dentro de um corpo de outra pessoa e ser BEIJADO pelo seu mestre era algo repugnante para si.

Talvez…hum…a parte do beijo nem tanto; pensou. E sorriu com tudo aquilo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :)



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