Um amor de vizinho escrita por Giiz


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaaaaa pessoal! Olha quem voltou! hahaha
Capítulo dedicado à Smitchkoff que aqueceu meu coraçãozinho com comentários lindos! Espero que gostem.



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Os dias passaram e o casal pegou o trem para a casa da família Higurashi. Seriam quatro horas de viagem mais uma de carro, depois que chegassem na estação. Vencidos pelo cansaço de fim de ano, dormiram por quase todo o trajeto e quando finalmente chegaram, viram a paisagem totalmente branca pela neve. Conseguiram alugar o último carro disponível na locadora próxima à estação de trem e seguiram viagem, após checarem os dispositivos de segurança. Quando estavam quase chegando ao templo Higurashi, uma forte nevasca os impediram de continuar pela estrada.

 

— Temos duas opções: podemos ou ficar parados aqui, congelando, ou seguirmos a pé. Uns dez minutos de caminhada chegaremos ao pé do templo e estaremos em casa. – Comentou Kagome, obsevando pela janela, com um sorrisinho.

 

— Eu confio em você. Conseguiu falar com sua mãe? – Respondeu o loiro.

 

— Não. Estou sem sinal e o seu celular está sem bateria. Vamos deixar as malas aqui, amanhã eu peço alguém pra rebocar o carro. Que tal?

 

— Tudo bem. Vamos? 

 

— Primeiro, casacos! – Comentou ela, mergulhando para o banco de trás, em busca das malas.

 

E assim que se vestiram, saíram do carro, seguindo a trilha a pé. Andaram abraçados para compartilharem calor, mas mesmo assim, acabaram molhando as roupas, graças à neve.

 

— Vovô costumava deixar mantimentos e roupas para pessoas em situação parecida todo inverno. - disse ela, entrando na pequena cabana aos pés de um monte. Ela não era grande, mas era confortável e quente, tudo aquilo que os dois precisavam no momento.  Inuyasha logo se ocupou de acender a lareira e algumas velas, enquanto Kagome procurava roupas secas. – Acabei encontrando alguns kimonos. – Disse ela, mostrando as roupas - Vamos ter que nos virar com isso, Inu. 

 

— Por mim, está ótimo. Até um saco de batatas seria melhor que calça jeans molhada. - Rapidamente colocaram as roupas secas e sentaram de frente para o fogo - Você está linda. – Disse ele, olhando para a morena nos trajes típicos. Parecia uma gueixa, aos olhos do loiro.

 

— Obrigada. Você também não está tão mal assim. – Brincou ela, agradecendo mentalmente a penumbra do ambiente, para não ser denunciada pelas bochechas coradas. 

 

— Feh, bruxa. – Resmungou ele, cruzando os braços.

 

— Mas você me ama. 

 

— Pior que sim. - e se beijaram. Quando as mãos dele começaram a afrouxar as faixas que prendia as vestes dela, o celular começou a tocar, fazendo com que Kagome parasse e fosse atender, ignorando solenemente os resmungos de Inuyasha.

 

— Oi, mãe! Tivemos que abandonar o carro e seguimos a pé. Estamos na cabana aguardando o tempo melhorar. Oh, ok então. Até amanhã! Beijos! - desligou o telefone e se virou para Inuyasha - estamos presos nessa nevasca até amanhã. – disse ela, observando o namorado achar um futon dentro de um armário e devidamente acomodado em uma sacola. Olhou maliciosa para ele e continuou sua fala. - Aonde estávamos mesmo?

 

Na manhã seguinte acordaram cedo e se prepararam para partir, vestindo suas roupas já secas. Poucos minutos depois, chegaram à casa da infância de Kagome, assim que subiram as intermináveis escadas que davam no antigo templo.

 

— Chegamos, mamãe! - gritou ela, após abrir a porta da sala. Logo foi recebida por abraços calorosos, recheados de saudades.

 

— Minha menininha! Seja bem-vinda, minha querida! – dizia a senhora, tentando conter as lágrimas de saudades enquanto apertava ainda mais a filha num abraço de urso. 

 

— Mãe, a senhora está me enforcando! - brincou a mais nova. 

 

— Isso foi por nos matar de preocupação! – Bronqueou a mãe, com as mãos na cintura.

 

— Mamãe, seria pior se tivéssemos ficado no carro. 

 

— Você tem razão. – Virando-se para  a figura masculina ainda parada na soleira da porta, a sra. Higurashi estendeu os braços e o apertou num abraço de urso -  E você deve ser o famoso Inuyasha! Seja bem-vindo, filho. Sinta-se a vontade. A casa é sua. 

 

— Obrigada, Sra. Higurashi. 

 

 

— Sem formalidades, querido. Pode me chamar de Sora. Kagome, querida, eu limpei seu quarto. Pode colocar suas coisas lá. 

 

— Então, mãe... Deixamos as malas no carro. Pensei que Souta poderia fazer esse favor para mim. 

 

— Mas é claro. Ah, estou tão feliz por ter minha filinha em casa! Venha, me conte as novidades enquanto preparo o café da manhã. Vovô está no quintal e Souta foi limpar a neve. Vocês não o encontraram?

 

— Nope. - disse ela, comendo um morango que a mãe havia separado. 

 

— Esses estão muito ácidos. Coma desses, estão mais doces. 

 

— Ah, mas eu prefiro os mais ácidos. – comentou ela, se abraçando à cesta que estava na bancada da cozinha.

 

— Desde quando? - perguntou um rapaz alto e moreno. – Me lembro da gente ir nos tapas para conseguir o morango mais doce! Ainda tenho uma cicatriz de comprovação do quanto cruel você pode ser, dona Kagome!

 

Inuyasha via toda a interação da família pela porta da cozinha e se sentiu levemente enciumado quando viu Kagome pular nas costas do recém chegado. 

 

— Aí aí, sua bruta! Quer me matar?

 

— Vai me dizer que você não estava com saudades, pirralho?! Meu Deus, como você ta grande! – Disse ela, engolindo a vontade de chorar que veio do nada.

 

— Bah, você que deve ter encolhido, baixinha. E aí, cara? Não enjoou da minha irmã ainda não? E ainda resolveu vir conhecer o hospício todo? - perguntou o rapaz, se dirigindo à Inuyasha, estendendo a mão.

 

— Feh. Até agora só passamos por uma nevasca, um carro quebrado e uma noite numa cabana. - comentou o loiro, apertando a mão do mais novo. - Acho que eu sobrevivo. 

 

— Quando você conhecer o vovô é capaz de mudar de opinião. – Kagome deu um safanão no irmão - Aí! Você tem a mão pesada, Kagome!

 

— Para de querer assustar o Inuyasha, pirralho. – Disse ela, entre dentes.

 

— Olha o meu tamanho, Kagome. Ainda quer me chamar de pirralho? – Rebateu ele, se levantando da cadeira e mostrando o quanto mais alto ele estava dela e bagunçando o cabelo dela.

 

— Você sempre será meu pirralho, maninho. – Respondeu ela, subindo na bancada da cozinha, continuando a comer seus morangos. -  E Yuki, onde está? 

 

— Vai vir para a manhã de natal. - disse ele, se sentando para o café da manhã. Logo o avô entrou na cozinha, chamando pela neta. 

 

— Minha querida, como está? Perdeu o caminho de casa na cidade grande? - disse, abraçando-a. 

 

— Que saudades do seu abraço, vovô! Vô, quero que conheça Inuyasha, meu namorado. 

 

— É um prazer finalmente poder te conhecer, Sr Higurashi. Kagome fala muito da família. – Disse o loiro. Por dentro, suava frio, mas por fora, era um gentleman.

 

— Hm. Me diga, rapaz. O que te faz imaginar que é bom o bastante para minha neta?

 

— Vovô, não começa.... - diz Kagome, constrangida. 

 

— Com todo respeito, sr Higurashi, eu lhe respondo. Eu sou alguém que preza pelo bem estar de sua neta. Eu gosto de cuidar dela, de lembrar das coisas que ela tem que fazer e de alimentar o pobre do Buyo. Ela me faz querer ser a minha melhor versão todos os dias e eu a amo. E espero que o senhor possa dar a benção para quando eu a pedir em casamento. 

 

O silêncio se tornou sepulcral. 

 

— Hmm. Parabéns, moleque. Você ganhou meu respeito. Fiquei sabendo que você trabalha com construções e gostaria da sua idéia para algumas coisas aqui no templo... - e o senhor arrastou Inuyasha para fora da casa, mostrando a estrutura. 

 

— Papai já vai se aproveitar do pobre Inuyasha. – disse a matriarca Higurashi, suspirando profundamente.

 

E todos riram do comentário de Sora. Logo Souta fora buscar o carro atolado na neve, assim como Kagome e Sora foram comprar os últimos mantimentos para a ceia de natal que ocorreria na noite seguinte.   Inuyasha ficaria com o sr Higurashi para um tour e um aconselhamento arquitetônico gratuito.

 

O dia passou tranquilo mas o idoso logo obrigou Inuyasha a dormir no quarto de Souta. 

 

— Estou me sentindo um criminoso - comentou o loiro, abraçado com Kagome na cama dela. Ele esperou toda a casa ficar em silêncio para se esgueirar para o quarto da namorada. 

 

— Tecnicamente você é um criminoso mesmo. Está desacatando uma ordem superior - disse ela, rindo. - Amanhã será um dia corrido, eu e mamãe ficaremos na cozinha o dia todo, praticamente. Às vezes, Miroku faz uma falta! 

 

— Não diga isso a ele, o ego vai inflar tanto que ele não vai caber mais naquele restaurante - comentou Inuyasha, apertando-a mais por debaixo dos edredons. - Você acha que sua família gostou de mim?

 

— Se vovô não tivesse gostado, você saberia. Mamãe já te ama e Souta também gosta de você. Mas que isso não infle seu ego tanto assim, mocinho. 

 

— É melhor eu ir. Não quero ser pego no flagra saindo do seu quarto de manhã. 

 

— Isso mesmo. Xô da minha cama. 

 

— Bons sonhos, bruxa. 

 

— Bons sonhos, Inu. 

 

No dia seguinte, Kagome acordou se sentindo mal novamente. Vendo que já havia ignorado o problema por tempo demais, pegou a pequena embalagem na bolsa e seguiu para o banheiro, fazendo o teste. 

 

Um tempo depois, Yuki, a namorada de Souta, apareceu para ajudar em algumas coisas, resolvendo passar parte da ceia de natal na casa do namorado e conhecer a mais nova adição da família.

 

Logo após o almoço, Souta, Yuki, o sr Higurashi e Inuyasha foram para o antigo dojo dentro do templo para mostrar ao forasteiro a coleção de katanas da família quando Sora apareceu pálida perto da filha. 

 

— Eu vou matar o Souta. - disse ela, saindo em direção ao dojo. Logo Kagome viu o que ela carregava na mão e saiu atrás da mãe, tentando resolver o mal entendido e, de quebra, salvar o pescoço do irmão. - SOUTA! Menino, eu vou te encher de tabefes! Você é um irresponsável! - Gritou a mãe, batendo nele com a caixa encontrada no lixo - E você também, dona Yuki! O que vocês irão fazer agora?! Ein?!

 

— Aí mãe! O que ta acontecendo? - perguntou Souta, preocupado com o ataque, enquanto tentava se esquivar dos tapas.

 

— O que está acontecendo? É o que você quer saber? É isso o que está acontecendo, moleque! - disse ela, mostrando a caixa ao filho. - Eu esperava mais de vocês dois, meu filho!

 

— Mas mãe... Isso não é nosso! – Disse Souta, totalmente pálido, ao ver a caixa indicada pela mãe, procurando ajuda nos olhos da namorada.

 

— Dona Sora, eu juro pra você, isso não é meu! Eu sou virgem! - disse a menina, já chorando de nervoso. 

 

— Mãe! Larga o Souta. Isso é meu. - disse Kagome, da porta, suspirando para reencontrar o fôlego depois da corrida.

 

Sem entender muito bem o que estava acontecendo, Inuyasha viu o sr Higurashi simplesmente sacar uma Katana e apontar para ele, com um olhar assassino nos olhos.

 

— Você deflorou minha neta?!? - Inu precisou pensar rápido e sacou uma também, com a finalidade de se proteger do ataque furioso. O cara era idoso, mas era rápido e forte!

 

— Vovô, pare com isso agora! - Gritou Kagome, irritada. Os dois continuavam com ataques e defesas e Inuyasha continuava sem entender muita coisa. - Eu sou adulta, formada, tenho um bom emprego. Eu sei me cuidar! E saberei cuidar também de quem mais vier! Droga, vocês estragaram tudo! - Disse a médica, chorando. - Pare de tentar matar o pai do seu bisneto!

 

Finalmente Inuyasha entendeu a situação, piscando confuso com as palavras da namorada. Olhou firme para Kagome saindo do dojo ainda chorosa e, fechando a espada, virou-se para o mais velho, abaixando a arma, num sinal de rendição.

 

— O senhor pode querer me matar depois. Mas agora, preciso falar com minha mulher, sua neta, que está sofrendo. Com sua licença. - e saiu em direção à casa, encontrando ela sentada no sofá, secando algumas lagrimas. - Hey. 

 

— Hey. 

 

Inuyasha se sentou perto dela, segurando as mãos suaves da namorada. Ela parecia tão pequena naquela situação.

 

— As coisas não saíram como planejado, hm? - perguntou ele. 

 

— Eu ia conversar com você sobre isso depois da viagem, mas eu esqueci de jogar a caixa fora e mamãe acabou encontrando ela. Bem, surpresa! Eu estou grávida. - disse ela, sem muita alegria, ainda fungando.

 

— Eu sei. Aliás, eu já sabia a um tempinho. Sério que você só pensou nisso esses dias? - Ela olhou para ele, arqueando uma sobrancelha. – Estava desconfiado desde o desmaio na minha sala. Aí fiz as contas e percebi que você não tentou me matar mês passado. Meu amor, você é meio desligada com algumas coisas. - disse ele, beijando a cabeça dela. - Sua família deve me odiar agora.

 

— Pff, isso tudo é da boca pra fora. Vovô gosta de bancar o machão. – Sussurrou ela, com a cabeça enterrada no peito dele.

 

— Ele é bom com a katana. – Comentou o loiro, rindo.

 

— Ele foi sensei de kendô até bem pouco tempo atrás. Agora o Souta ta seguindo os passos dele.  – Respondeu ela.

 

— E você, não quis? – Perguntou ele, levemente curioso.

 

— Gostava mais de tiro com arco, mas parei quando terminei a faculdade. Inuyasha, eu disse a verdade aquela hora. Eu sei me virar e saberei cuidar do que virá pela frente. – Disse ela, se desencostando do namorado e desviando os olhos dele.

 

— Eu sei e eu conto com isso. Seremos a melhor dupla de pais de primeira viagem da história. - disse ele, passando a mão pela barriga plana da namorada. – E como as surpresas estão vindo todas fora da ordem, afinal, hora de ver presente de Natal é na manhã do dia 25, vou te dar meu presente agora. - disse ele, pegando algo do bolso. - Eu tenho andado com isso no bolso já tem quase dois meses. Às vezes é bom você ser tão distraída. - disse ele, mostrando o pequeno anel de noivado em ouro branco e um diamante na ponta - Casa comigo?

 

Kagome coloca a mão na boca, sorrindo, mas logo muda a expressão, pedindo um segundo com a mão livre e sai correndo em direção ao banheiro. 

 

Inuyasha ri e segue para o mesmo espaço que ela, segurando o cabelo dela, assim que a encontrou ajoelhada no vaso, colocando o café da manhã para fora.

 

— Não era bem isso que eu esperava depois desse tipo de pergunta - disse ele, rindo. 

 

— Oh, Inuyasha, vá à merda. - disse ela. - Vamos ter que melhorar esse nosso timming para coisas importantes, senão é capaz d'eu parir enquanto estamos jantando ou algo do tipo. - Brincou ela - Já estou melhor - disse, se levantando com a ajuda do loiro e indo em direção à pia para se limpar. 

 

— Agora posso te fazer a pergunta novamente sem correr o risco de fazer você vomitar? - brincou ele, recebendo um soco em troca. - Autch, que mão pesada. Será que você pode me defender do seu avô?

 

— Nada disso, você deve arcar com suas responsabilidades, mocinho. 

 

— Oh, mulher cruel! 

 

— Mas fique tranquilo, não deixarei que meu avô mate meu homem. 

 

— Agora me sinto muito mais protegido - disse ele, brincando. - Então... Aceita se casar comigo?

 

— Você já sabe a resposta. 

 

— Por que é tão difícil você simplesmente dizer sim de uma vez por todas? Bruxa. – Brincou ele, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

 

— Deixa eu fazer meu draminha. – Respondeu ela, revirando os olhos.

 

— Você não está num dorama, Kagome. - disse ele, levemente irritado. Todo o romantismo com o qual tinha planejado havia ido por água abaixo. 

 

— Tem certeza? Pois parece mais um enredo de dorama nossa vida. Vem, larga de ser resmungão. Eu te amo. Será uma honra me casar com você. Ter uma família com você. - disse ela, beijando a face dele em cada pedaço da frase. 

 

— Kag... Estamos no banheiro da sua família. Seu avô tem uma coleção de katanas lá fora e ele está louco para usar em mim - disse ele, sentindo as coisas entre eles esquentando. 

 

— Hmm, picadinho de Inu. Me parece delicioso... - disse ela, sensual, em seu ouvido. Seus hormônios estava pegando fogo. 

 

— Feh, bruxa! - disse ele, se rendendo aos encantos dela. 

 

Minutos depois saíram do banheiro e deram de cara com a mãe dela, sentada no sofá. Kagome e Inuyasha coraram como dois adolescentes pegos no ato. 

 

— Vamos nos casar! - exclamou Kagome, mostrando a aliança de noivado para a mãe, a fim de desviar o foco do que estavam fazendo dentro daquele banheiro. 


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Aguardo comentários!
Beijocas :*



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