A cor do amor escrita por Pan Alban


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!

Mano, eu tinha que finalizar todas as minhas fics primeiro para postar as outras que tenho na cabeça, mas hj é uma data mega especial!! Aniversário da maravilhosa da minha beta e amiga Hitsatuke ♥ Eu peguei Jerza para escrever e foi difícil, mas espero que ela goste hahahahaha
FELIZ ANIVERSÁRIO, MANA!!!! Vc sabe o quanto gosto de ti, garota! Vc é incrível e sabe que eu acredito e te apoio em qualquer coisa que pensar em aprontar!!! #DigaNãoAMatançaDeRatos

AVISO: Todas as ones de FT vão ser interligadas, entretanto não é necessário ler todas para entender ;)

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743357/chapter/1

— Natsu, deixe disso e vá chamá-la.

— Ah, Erza... Mas faz tanto tempo que não fazemos uma missão só nós. Não é, Gray?

— Você é patético.

— O que disse, tarado glacial?

— Que você é patético, seu paspalho chamuscado.

— O Natsu gossssssta da Luuuuuucy.

— Cala a boca, Happy!

E um bolo humano e felino se engalfinhava na frente de Erza que observava aquilo com uma dúvida: Quando eles haviam ficado tão corajosos a ponto de brigarem na frente dela?

Um suspiro, um estalar de dedos e os três se separaram sentindo em suas peles um arrepio que precedia a morte…

— Natsu, seja homem e vá falar com a Lucy.

— Mas, Erza...

— Gray, coloque as suas roupas e vá com ele e Happy. Não o deixem sair de lá até se acertar com a Lucy.

— Ah, eu não quero me meter nisso…

— Não estou dando uma escolha, estou dando uma ordem.

Os três estremeceram assentindo fervorosamente.

— Er, mas... E a missão? — Natsu questionou com a garganta fechada tentando se agarrar àquela última oportunidade de fugir do que parecia inevitável.

Erza ergueu a gigantesca e exagerada mala com um braço e foi até o trem que parava na plataforma. De costas para eles, um singelo e bobalhão sorriso queria brincar nos lábios dela, o coração deu uma batida mais forte.

— Eu posso fazer isso sozinha.

 

 

Ah, ela já pensava em desistir. De novo.

Aquela missão não havia sido escolhida a toa, ela bem sabia quem iria encontrar naquele vilarejo onde havia um bando de bandidos que deveriam ser derrotados. Antes que encontrasse um hotel para deixar suas coisas, sem precisar se reequipar, ela prendeu os bandidos. Levar os companheiros seria apenas pela desculpa de ter que ficar um pouco mais lá para arrumarem a bagunça enquanto ela tomava coragem para ir até sua verdadeira missão.

Entretanto, ela havia derrotado uma gangue inteira sem derramar uma gota de suor, sem destruir uma pétala de flor e com tempo de sobra.

Não havia escolha. Se chamaria de covarde se dessa vez ela não fosse até o fim. Havia prometido para si mesma…

— Jellal não me escapa desta vez.

Há muito que havia começado a rastrear a Crime Sorcère e tinha quase certeza que eles estariam ali, mas era somente um que fazia seu estômago se agitar todo e suas pernas tremerem.

Deixou sua mala em uma pousada e se reequipou até estar certa de que nem mesmo Natsu, Gray, Gajeel ou o mestre a chamariam de monstro. O vestido delicado e o penteado bonito às vezes eram usados quando ela se deixava ficar sem a sua inseparável armadura. Não só literalmente.

Na cabeça de Erza ela andava como uma princesa pelas ruas do vilarejo, a verdade era que mais parecia um soldado marchando. Ela estava muito nervosa para perceber qualquer coisa ao seu redor e sua confiança na força que tinha mantinha sua guarda completamente baixa sabendo não ser páreo para ninguém ali.

Ah, e sua cabeça erguida ia longe.

Bem longe…

Para o passado, onde um sorriso juvenil a fazia ser forte. O seu primeiro amor. Mas para quê pensar tão longe quando ele estava tão perto? Ela podia sentir, já fora do vilarejo e com o céu aberto a sua frente. As estrelas brilhavam como nunca, ela sabia que ele tinha algo a ver com aquilo.

Fechou os olhos e parou seu caminhar quando uma brisa suave tocou sua pele. Havia o cheiro dele ali e só intensificou quando seus cabelos se desprenderam do penteado e caíram livres por suas costas.

— Jellal — sussurrou o nome dele sem querer abrir os olhos.

— Reconheci seu cabelo ainda dentro do trem.

E a voz dele era como o sussurro da própria noite. O sorriso foi surgindo assim como o alívio de tê-lo ali assim que tomou coragem para abrir os olhos.

— Por que não apareceu antes? — ela inquiriu, as mãos nervosas querendo suar.

Jellal coçou a parte de trás da cabeça e desviou os olhos para o chão com um sorriso sem jeito.

— Você parecia estar se divertindo com os rapazes…

E o tom divertido dele a fez enrubescer. Mesmo que eles não tivessem sido um desafio, conseguia imaginar o quão selvagem ela parecia brandindo sua espada contra eles.

— Hmm.. Era a missão…

A explicação ficou no ar quando ele começou a rir e lá estava aquele sorriso mais uma vez. Mesmo adulto, mesmo bem diferente fisicamente, era o mesmo sorriso de menino que a fazia se sentir uma criança mais uma vez.

— Ahn, na verdade eu vim te ver. — ela confessou. Os olhos no chão, as mãos juntas e o pé arrastando círculos no chão.

Ele não a respondeu e ela não teve coragem de levantar os olhos. A garganta se fechava esperando a resposta dele.

— Nós já estamos indo embora.

E nem o tom doce que ele sempre usava a ajudou a se sentir melhor.

Era sempre daquele jeito.

— Não.

Mas daquela vez não seria.

— Me desculpe, Erza…

E ele não teria chance para criar uma noiva, uma esposa ou qualquer outra desculpa que a fizesse desistir de ir até o fim. Erza o calou antes que terminasse, o puxando pela gola e deixando que seus lábios se encontrassem como velhos conhecidos.

O selinho durou segundos, mas para os dois amantes pareciam anos, como o sentimento reprimido por ambos.

Ele estava tão rubro quanto o seu cabelo quando ela se afastou, e naquele momento ela soube que a inevitável despedida não seria tão ruim.

Jellal era tão taciturno e tendia a tentar parecer neutro, mas era visível o quanto se sentia abalado com ela. Assim como ela se sentia com ele.

Aliviada, ela respirou fundo e deu duas batidas nos ombros do abobalhado mago que chacoalhou com a falta de delicadeza.

— Não suma. Eu vou te achar. — ela deu as costas, dessa vez sendo ela a fazer a pior parte. Olhou por cima do ombro e Jellal continuava chocado com o rosto vermelho — Você sabe onde estarei.

 

A viagem toda de volta para a guilda ela passou se lembrando daquele beijo. Havia batido o arrependimento mais de uma vez por ter sido um beijo tão bobo, mas quem a culparia quando era motivada por um sentimento tão inocente?

Na plataforma ela com surpresa viu Gray de braços cruzados sem a camisa, Happy voando em círculos acima das cabeças de um Natsu e uma Lucy de mãos dadas a esperando. O rosto vermelho de ambos a fez sorrir, o coração se aqueceu ao lembrar de Jellal do mesmo jeito.

Erza pegou a ponta do seu cabelo escarlate e concluiu: Aquela era a cor do amor.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!! Desculpem a simplicidade TT
Um beijão no coração!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A cor do amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.