O que seria do mundo se todos dissessem que são iguais, que têm as mesmas ideias, os mesmos pensamentos. O que seria de você? Tormento, desespero, pânico, desilusão. O que seria de você, amor? Seria eu, ou nada faria sentido, nada existiria? Seria verdade, mentira, solução ou pesadelo? Seria apenas quem eu nunca quis ser? Seria apenas, eu.

O que mais abomino, o sono mal-dormido, a ilusão de acordar, a verdade escrita, que nunca eu hei de encontrar. Seja como for, a vida segue como sempre, e como nada, eu sigo em frente.

Como quem vive da dor, que é a lembraça que você deixou, como quem sonha em te ter, mesmo que nada parece fazer sentido, tornando imutável o meu destino, o desejo de melhora, a vida que eu tive outrora, que não tinha você, que não tinha ninguém, apenas eu, meu sonho, meu medo, meu eu-lírico, meu tudo, meu nada, apenas eu, somente eu.

E eu sei que nada será como antes, como há tempos atrás. Será dificil, apagar a chama eterna, aquela que flameja até mesmo na chuva, que vive eternamente, que segue apenas sua função, que me irrita profundamente.

Beije-me como a ela, como se fosse verdade, que a ela não dará seu amor, seu corpo, sua felicidade. Não seja como ele, que por vezes me enganou, que seduziu e cortou, cravando para sempre, deixando a eterna marca, aquela que pulsa, que vive enquanto eu viver. E que me destrói a cada dia, a cada manhã que acordo sem você.

Espero que me deixe respirar vez ou outra, que não me afoge na escuridão, na vastidão da minha mente, do sonho em que você disse 'sim', que me fez feliz, que me beijou finalmente, como eu sempre quis.

Saiba que o mundo gira em torno de quem amamos, e de quem nos ama, e que mesmo assim, você nunca fez o meu mundo girar. Você o fez tremer, com seus vulcões, terremotos e furacões, deixando seu rastro de destruição, que demora a ser recuperado.

Nunca diga nunca, nunca diga que me esqueceu, mas nunca minta. Pois pior do que uma triste ilusão, é uma lamentável mentira.