O casamento foi emocionante. Dul nunca havia visto a amiga tão reluzente. Ficou muito feliz por ela.
Quando estava saindo da igreja, Anahí piscou para os amigos. "Parece que todos se sentem igual a mim sobre o reencontro", pensou Dul. Agradeceu mentalmente por estar sendo maravilhoso, do jeitinho que ela havia pedido.
 Os cinco saíram com os outros convidados e foram em busca de um táxi, para irem festejar com Ani.
  Dul foi com May para o local da festa, enquanto os rapazes foram juntos. Parece que eles tinham mais o que conversar do que elas. "Bando de fofoqueiros", pensou e caiu na risada.
 Quando chegaram, deram suas felicitações aos noivos e receberam, em troca, a promessa de Ani que tiraria algumas horas da festa para atenção exclusiva aos velhos amigos. Sabiam como o dia da noiva seria corrido, mas torciam para o encontro acontecer. Afinal, fora ela a responsável por juntar os seis novamente.
 Se sentaram na mesa que estava reservada para eles e, instantaneamente, os assuntos começaram a surgir.

— Então Poncho, quando vamos conhecer nosso sobrinho pessoalmente? - perguntou Dul.

Alfonso já era pai de um menininho lindo e esperto, que , infelizmente, os amigos só conheciam por foto.

— Espero que muito em breve, Dul. Ele também está ansioso para conhecer os tios babões. Dessa vez não deu para trazê-lo. Angelique, minha namorada, foi para casa dos pais e o levou. Mas e vocês? Estão namorando ou viraram as tias dos gatos?
  - Bom, namorei bastante depois que me assumi gay, mas estou com Martín há dois anos, parece que finalmente entrei nos eixos. - brincou Chris.

Dul se lembrou quando Christian se assumiu. Os seis ainda eram uma banda. Naquela época, as pessoas eram ainda mais preconceituosas e o amigo sofreu muito. Ficou feliz por , não só ela, mas todos estarem lá por ele e o apoiar.

— Eu estou solteira. Namorava um cara que atuava em uma das novelas que fiz depois de Rebelde, mas acabei descobrindo que ele não passava de um idiota. Fiquei bem mal quando terminamos, mas agora já fazem dois anos e vejo que foi a melhor coisa que eu podia ter feito. E você, Ucker? disse May.

Bem, nessa resposta Dul estava interessada.

— Tive bons tempos de solteiro. Mas conheci uma garota há três meses. Parece que dessa vez vai dar certo. - disse.

Dul sentiu uma coisa estranha. Era possível que estava com ciúmes? Ficou brava por ter sentido, sequer por algum momento, interesse por Ucker naquele reencontro. Sabia que era errado, ainda mais agora, que ele está quase compromissado. Saiu dos seus pensamentos quando ouviu a voz responsável por colocá-la nos mesmos.

— E você, Dul? Como anda seu coração? - perguntou Ucker.
   - Bem, tive um romance ou dois ,nesses anos. Mas, neste momento, estou muito feliz com minha companhia, apenas. - disse Dul, escondendo seu desapontamento.

  A medida que o tempo passou, alguns convidados foram embora e Ani teve a oportunidade de ficar um pouco com os amigos.

— Chegou quem faltava! - disse Chris, já levemente alterado pela bebida.
    - Agora que a diversão de vocês vai começar. - Ani respondeu, animada - Sobre o que vocês falavam, de como estou linda hoje? - brincou.
   - Engraçadinha. Você está realmente linda, mas estávamos comentando como nunca tivemos férias juntos. - respondeu Dul.
— Uma verdade incontestável. Viajamos tanto juntos, mas sempre a trabalho. - disse May.
— Pior que é verdade. As viagens eram muito legais, mas mal dava tempo de conhecermos as cidades. Tudo era sempre tão corrido, não é? - Ani concordou.
— Bem, se eu pudesse voltar no tempo, teria mais tempo livre com vocês. - disso Poncho.
— Pois eu não. Já era obrigada a ver vocês seis dias por semana, sete horas por dia, Deus me liver tirar férias juntos também! - brincou Dulce.
— Até parece que você não sente saudade disso!

Nesse momento, Ucker se levantou e começou a fazer cócegas em Dul, que se contorcia de tanto rir, enquanto implorava para o amigo parar. Quando a menina já estava praticamente no chão, Ucker parou. Dulce arrumou o vestido e mostrou a língua.

— Você é baixo, Ucker! Como ainda sabe exatamente o lugar que eu mais sinto cócegas?
— Alguns hábitos nunca mudam, meu bem. - Ele respondeu, em um tom galanteador.
— Tá bem, eu confesso gente. Senti muita falta de vocês esses anos e faria de tudo pra ter mais tempo livre com os cinco. - Dul admitiu.
— A época das turnês era tão boa, não é? Até dos ensaios, que antes eu jurava odiar, eu sinto falta hoje. - disse May.
— Sabe que, às vezes, eu estou fazendo alguma coisa e, de repente, me deparo cantarolando alguma música do RBD? - disse Chris, caindo na risada.
— Nossa, você não sabe como fiquei aliviada agora. Pensei que eu era a única que ainda fazia isso! - Dul respondeu, tendo a mesma resposta dos outros amigos.
Nesse momento, chega na mesa Roberto, um fotógrafo do qual todos ficaram amigos, já que ele era o responsável por fazer as fotos da banda, as capas dos CDs e dos DVDs.

— Como os seis estão reunidos de novo e ninguém me avisa nada? Estou tão velho assim que não me reconheceram? - perguntou.
— Roberto! - todos falaram ao mesmo tempo, indo abraçar o conhecido.
— Bom ver vocês de novo, crianças. Quer dizer, de crianças não têm mais nada, né? - Roberto disse, os fazendo rir.
— Parece que foi ontem, você tirando fotos para nossa primeira turnê e agora nos encontramos aqui, no casamento de um dos seis. - disse Poncho.
— Pois é, vocês cresceram mesmo.E, por falar em foto, não querem tirar algumas? Tenho tantas do início da carreira, gostaria de ter uma de anos depois. - perguntou Roberto.
— Eu topo! - se prontificou May.
— Eu já ia te pedir isso, Roberto. Como não ter uma foto dos seis juntinhos no meu álbum de casamento? - Ani disse.

Todos aceitaram de bom grado, afinal, se divertiam tanto fazendo isso no passado, não poderia ser diferente agora, em uma ocasião tão especial.