https://www.youtube.com/watch?v=YBc5GqBvxfo

No capítulo anterior:

Todo este tempo com Castle me tinha ajudado a esquecer tudo isto com Jim. Eu queria saber como ele estava, mas eu não iria retroceder. Apesar de o amar como pai e de me lembrar dele todos os dias, eu iria dar mais um tempo. Ele nem sequer tinha feito um pedido de desculpa. Estaria ao menos arrependido?

Saio do carro, piscando para ele e vou ter com Lanie. Agora viria a melhor parte da noite. A balada e estava ansiosa demais.

Pov Castle

Eu sei que podia ser ridículo, mas eu adorava o Batman, por isso eu me mascarar de Batman… Apenas o rosto, de resto eu iria de fato.

Eu adorava esta temática e estava ansioso para saber como Kate iria mascarada.

Me preparo e antes de sair dou uma olhada no espelho. Estava ótimo.

Esta noite iria prometer.

Saio de casa e vou direto para o destino.

Pov Kate

Acabo a minha maquiagem e coloco a máscara. Iria de catwoman porque eu adorava. Para além de achar um traje bem bonito.

Lanie iria um pouco mais provocante usando um traje de Harley Quinn.

Ela estava um arraso, na verdade.

Não tinha dito a ninguém que Castle iria e eu esperava que ele fosse devidamente “disfarçado”.

Amarrei o cabelo num coque e me olhei no espelho uma última vez.

—Uau! – Lanie me avalia.

—Você também não está nada mal. Javi vai ficar doido! – Eu rio.

—Isso era o que eu queria! – Ela ri e me entrelaça o braço. Estávamos prontas para a festa mais aguardada do ano. E eu mal podia esperar para ver o meu professor preferido. Tudo isto dava uma loucura extra ao nosso “relacionamento”… o facto de termos que estar escondidos dava mais adrenalina.

Eu ia tentar me segurar, mas eu não podia prometer nada se ele me provocasse. Já andava a “evitá-lo” á bastante tempo.

Depois percebi que Lanie estava falando por um bom tempo e eu não estava ouvindo nada. Esse homem estava acabando comigo. Estava despertando em mim todas as fantasias e desejos sexuais que até agora não tinha sentindo. Não tinha como explicar. Talvez fosse o meu corpo que estivesse a sofrer as alterações própria da idade. Eu me começava a sentir uma mulher de verdade e com desejos de verdade.

Chegamos em pouco tempo.

Era uma mansão enorme. Nem mesmo sabia quem coordenava a festa, mas havia todos os anos.

Havia imensa gente e todos eles estavam mascarados. Iria ser muito difícil encontrar o meu professor.

Rapidamente encontramos Javi com Kevin e Jenny. Eles usavam apenas uma máscara simples e estavam batendo um papo enquanto bebiam alguma coisa.

—Oi. – Eu e Lanie nos aproximamos e nos infiltramos na conversa, mas eu só conseguia olhar em volta, procurando por ele.

—Está procurando por alguém? – Uma voz surge atrás de mim e eu logo perco o entusiasmo quando vejo Demming.

—Ei, bro!- Esposito logo se entusiasma ao vê-lo. Demming era um ano abaixo do nosso e desde que me lembrava que ele costumava andar atrás de mim. Não que eu não o achasse bonito, mas ele não fazia o meu género. Engatatão de mais e ainda por cima gostava de se gabar disso. Detestava isso em qualquer homem.

Ele se junta a nós. Ele usava uma máscara de policial – bastante simples na verdade.

Decido pedir alguma coisa para beber, a noite parecia que iria ser longa.

Pov Castle

Nossa! Esta mansão estava lotada… Como eu iria encontrar a minha musa? Ups… eu disse musa? Devo estar louco mesmo…

Podia contar o número de pessoas que já estava com álcool a mais. Ri. Saudades deste tempo.

Não fui um adolescente fácil na verdade. Só queria farra, felizmente isso me passou tudo quando acabei os estudos. Também conheci Gina e decidi ganhar algum juízo. No entanto, desde que conheci Kate meu juízo acabou indo por água abaixo… Ela me deixava insano e pronto a fazer a loucura das loucuras. Estava apaixonado, por mais que me custasse a admitir.

Consigo avistar Lanie que conversava com Espo. Sem sinais de Kate, mas eu sabia que ela estava por perto.

Aquilo me motivou ainda mais para a conseguir encontrar.

Vejo um grupo de jovens conversando junto ao balcão das bebidas. Avisto uma mulher vestida de catwoman e instintivamente ri. Tinha de ser ela… O que seria uma grande coincidência, visto que eu estava vestido de Batman.

Vejo um cara vestido de policial tentando umas investidas com ela e aquilo me irrita. Quem pensava que era ele para estar falando com a minha musa?

Me aproximo do grupo e logo tenho a certeza que é minha Kate – o seu cheiro a cerejas é o culpado.

Vejo que ela está distraída conversando com os demais e me preparo para roubar a sua atenção.

—Me segue… - Eu sussurro no ouvido dela de forma a que ninguém conseguisse perceber e sinto ela se arrepiar. Como se tivesse a certeza que fosse eu. Isso me deixa satisfeito.

Estava tocando uma música qualquer e sinto alguém me seguindo para o meio de todas as pessoas. Quando percebi que estava a uma distância segura dos amigos dela, me viro para a encarar.

—Eu reconheci a sua voz… - Ela é empurrada contra mim, devido á sala estar cheia. Eu agradeço por isso.

—E eu o seu cheiro…. – Eu pisco e beijo a sua cara. Sinto o quanto ela estremece naquele momento.

—Ah… - Ela sorri. – Com que então Batman…. Parece que foi combinado. – Ela ri.

—É o destino tentando nos juntar… - Eu respondo e nossos olhos se grudam como sempre, numa linguagem que só nós dois conhecíamos.

—Uau… - Ela ri. – Você acredita no destino?

—Desde que te conheci. – Eu falo da maneira mais honesta possível e sinto ela corar.

—Jogando charme? – Ela ri.

—Se você deixar… Eu irei. – Pisco e ela ri de novo.

—Pará com isso. – Ela soca o meu peito delicadamente e sem resistir mais a puxo contra o meu peito. Ninguém nos iria notar no meio de tanta gente.

—Você está bem bonita, sabia? – Eu sussurro contra o seu ouvido e os nossos corpos vibram juntos. Aquilo era fantástico. Toda esta química que nós tínhamos com apenas um só toque…

—Obrigada. – Ela acaricia o meu peito, que, estava extremamente quente. Estava calor na mansão.

Até que o momento mais esperado da noite acontece. A música.

https://www.youtube.com/watch?v=yJc2Gw9byJo

Nos entreolhamos.

—Dá-me a honra…? – Eu seguro a sua mão no alto e ela aceita.

—Provavelmente vou pisar os seus pés… - Ela ri, envergonhada. Eu achava aquilo adorável.

—Eu não vou deixar. – Eu a puxo ainda mais contra o meu peito e começávamos movendo os nossos corpos em perfeita sincronia. Como se a música, a hora e o momento tivesse sido feito só para nós dois. Não importava mais nada. Só nós dois.

A forma como nos olhávamos era tão intensa que o meu corpo parecia estar aquecendo só com aquela troca de olhares.

—Agora é a parte em que nos beijámos? – Ela pergunta enquanto continuávamos dançando de forma calma e, para mim, bastante sensual.

Fico surpreso com a pergunta, mas gosto da atitude.

—Você disse que não voltaria a acontecer. – Eu provoco, vendo o quanto longe ela pode ir.

—Isso não quer dizer que eu não queira que volte a acontecer. – Ela me olha. A sua pupila já estava bem dilatada e isso me deixava excitado.

—Sempre pode me pedir… - Eu humedeço os lábios, preparando-me para tê-la de novo.

—Eu não irei te pedir nada… - Ela pisca e arranha as minhas costas levemente, me fazendo gemer baixinho.

—Você está a jogar um jogo perigoso, Kate… - Eu tento me controlar para não apertar a sua bunda.

—É a parte que mais gosto em nós… - Ela pisca e sobe a mão até o meu couro cabeludo e massaja o local, me fazendo fechar os olhos por um segundo.

—Hum… depois não pode voltar atrás… - Eu a aviso.

—Eu não voltarei… - Ela trinca o lábio com os seus dentes perfeitos e brancos e isso faz o meu membro pulsar dentro das calças. Não só pelo facto de ela estar me seduzindo, mas também por nós dois faiscar-mos de tal maneira sem sequer nos beijar-mos.

Eu sei que ela tinha bebido. Notava-se. Ela estava desinibida e por um lado isso era bom. Ela estava mais solta.

—Você quer que eu te beije, não é mesmo? – Minhas mãos estão no fundo das suas costas, bem perto da sua bunda arrebitada. A puxo contra o meu peito, fazendo a arfar com a rapidez.

—Desde o dia em que te vi. – Ela ri, safada. Estava gostando de conhecer o novo lado de Kate.

Não dou oportunidade de ela falar mais e apenas colo as nossas bocas com urgência. Eu estava precisando disto mais do que eu podia sequer imaginar. Ela passa as suas mãos pelo meu pescoço e acaricia o local. Vasculha toda a minha boca e enrola a sua língua na minha, sugando-a e usando-a. Isso me exitava ainda mais. Ela sabia exatamente o que fazer comigo.

Nossos sabores se misturam e eu não queria que este beijo tivesse fim.

Nos pegávamos com ferocidade e de forma animal. Estávamos sedentos um do outro e não havia nada que nos pudesse parar.

Ela nos separa, unicamente para tomar algum ar.

—Você é saborosa demais… - Eu sussurro, embriagado pelo seu cheiro a cerejas que estava invadindo o meu ser neste momento.

—Estava pensando se não gostaria de ir para o banheiro…

A encaro admirado. O que essa mulher queria de mim? Dar comigo em doido?

Como eu iria recusar uma proposta destas?

Depois me apercebo que Kate tinha bebido demais. Acho que ela não estava percebendo bem o que me estava propondo.

Nesse momento pensei que não me iria apoderar dela. Não assim. Não tinha esse direito.

—Vamos para casa. – Eu falo, vendo o parvo do colega dela se aproximando de nós.

—Como? – Ela pergunta, confusa.

—Anda, eu te levo. – Eu pego na sua mão e nos afasto daquele babaca. Eu não iria deixar ele roubar a minha Kate.

Ela fala qualquer coisa, mas meu ciúme me invade e eu não ouço mais nada.

Vejo ele ficar para trás e nós já estávamos bem perto da saída.

Beckett entra no carro sem dizer nada e eu suspiro aliviado.

Agora teríamos um tempo a sós para eu perceber se ela estava realmente bêbeda.

Num espaço de cinco minutos ela adormece e eu rio.

Iria levá-la até ao meu novo loft e amanhã iriamos falar melhor sobre tudo isto.

Chegamos e eu a carrego nos braços, de forma a não a acordar. Ela reclama de alguma coisa enquanto dormia e eu sorrio.

Peço ao porteiro que não faça barulho e me abra a porta. Ele assim o faz sem perguntar nada.

Chego em minha casa e deito Kate sobre a cama. Tapo-a com um cobertor e tiro-lhe a máscara. Faço o mesmo comigo e dispo a camisa e visto umas calças cinzentas de moletom.

Decido me deitar do seu lado e aconchega-la a mim.