Amor Proibido escrita por Tales Of Castle


Capítulo 32
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Oi amantes de caskett! ♥ ♥
Muito rápido, não? kkkkk Mas vocês merecem!
Enjoy it ♥ ♥



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No capítulo anterior:

E nesse momento, o meu mundo parou. Não podia ser coincidência assim que chego a Nova Iorque a primeira coisa que me pedem é que “proteja” Richard Castle?

—Sério? – Eu pergunto para ter certeza que tinha ouvido bem.

—Algum problema? – Ela me encara.

—Nenhum. – Eu tento disfarçar.

—Ainda bem. – Ela fala. – Agora venha comigo. Vou te mostrar o seu fardamento.

—Ok. – Eu a sigo, mas ainda não estava em mim. Como eu iria reagir quando o visse? Como ele iria reagir? Será que estava com alguém? Será que me ia ver?

Nossa, neste momento um turbilhão de pensamentos estavam passando pela minha cabeça.

 

Pov Castle

Eu reli o discurso mais uma vez, mas depois realmente tinha a certeza que eu não precisava daquilo.

Eu subo o pequeno palco e as luzes das câmaras a captarem as fotografias, faziam os meus olhos arderem passado um tempo.

O público era grande, maioritariamente mulheres. Eu já me tinha acostumado com isso. Para falar a verdade eu já nem ligava.

—Boa tarde. – Eu começo, olhando o público de forma igual. – Não podia ter escolhido um dia melhor para celebrar o último lançamento do meu livro. – Eu continuo falando e encarando a plateia.

De repente eu fico sem voz quando a avisto. Era mesmo Kate que estava ali vestida de policial? Esfrego os olhos para ter a certeza que não estava sonhando.

E então nossos olhares se cruzam exatamente como da primeira vez que nos vimos. Tão eletrificante como da primeira vez.

Eu olho cada detalhe dela, recordando cada cheiro e cada beijo. Era como se nunca estivéssemos estado afastados. Ela estava uma mulher – continuava com os mesmos traços robustos, mas Kate estava diferente. Estava uma mulher e isso me deixou ainda mais atraído por ela.

Sinto, Michelle, me abanar e aí eu desperto para a realidade. As fãs me olhavam confusas.

—Peço desculpa, estava á procura das palavras certas para descrever tudo o que estou sentindo neste momento. – Eu continuo o discurso, mas olhando apenas para Kate. Eu sinto o quanto ela está nervosa e o quanto lhe apetece me beijar. O sentimento é recíproco.

Opto por continuar o discurso, mas como se fosse apenas nós dois naquele espaço.

—Ás vezes a vida prega-nos partidas. – Eu começo. Kate me olha atenta. – Dois anos e meio atrás eu me apaixonei perdidamente. Um amor impossível, eu posso jurar. Mas, no meio da vida perfeita que eu levava, eu preferi lutar pela minha felicidade. Não foi uma batalha fácil, eu posso dizer, mas foi a mais gratificante que eu tive, porque me ajudou a encontrar o amor que eu sempre procurei.

Eu sinto os meus olhos começarem a marejar relembrando de tudo aquilo que nós dois enfrentamos. Beckett continha as suas lágrimas, eu podia jurar.

—Esse amor me levou até á plenitude da escrita. – Eu continuo. – Eu conseguia viajar e criar as minhas próprias personagens que acabaram por ser um sucesso. E então, eis que há dificuldade mais básica de todas e eu estrago tudo. E eu sinto muito. De verdade. - Agora, por fim, eu desvio os nossos olhares e olho de novo todo o público que me ouvia com toda a atenção. - E então a sensação de frustração me fez mudar o meu género de escrita, mas ainda assim vocês continuam lendo e eu não podia estar mais grato por isso! Obrigada a cada um de vocês.

A plateia bate palmas em simultâneo e eu encaro Kate de novo. Eu não a podia deixar fugir. Não outra vez. Ela teria de me ouvir – saber que eu estava inocente. Saber que eu continuava a amá-la, mesmo depois deste ano e meio.

 https://www.youtube.com/watch?v=WXyLdg4mJxo

James Arthur – Naked (Vulnerável)

Hey, you there (Ei, você ai)

Can we take we take it to the next level (Nós podemos isso para o próximo nível?)

Baby, do you dare? (Amor, você se atreve?)

Don't, be scared (Não tenha medo)

'Cause if you can say the words (Porque se você consegue dizer as palavras)

I don't know why I should care (Eu não sei porque eu me devo importar)

 

'Cause here I am (Porque aqui estou eu)

I'm giving all I can (Dando tudo o que eu consigo)

But all you ever do is mess it up (Mas tudo o que você consegue fazer é estragar tudo)

Yeah, I'm right here (Sim, estou aqui mesmo)

I'm trying to make it clear (Estou tentando deixar isso claro)

That getting half of you just ain't enough (Que ter metade de você simplesmente não é suficiente)

 

I'm not going to wait until you're done (Eu não vou esperar até que você termine)

Pretending you don't need anyone (Fingindo que não precisa de ninguém)

I'm standing here Naked (Eu estou aqui vulnerável)

(Naked, naked) (Vulnerável, vulnerável)

I'm not gonna try until you decide (Eu não vou tentar até você decidir)

You're ready to swallow all your pride (Você está pronta para engolir todo o seu orgulho)

I'm standing here Naked (Eu estou aqui vulnerável)

(Naked, naked) (Vulnerável, vulnerável)

Michelle diz que tenho direito a uma pausa antes de começar a sessão de fotos e de autógrafos. Eu agradeço por isso e ajeito o meu terno, procurando por Kate no meio da multidão. Vejo que ela tenta se esgueirar e eu decido aumentar a minha passada para conseguir alcança-la. Eu não ia deixá-la fugir. Não mais. Podia fugir depois, mas agora ela ia ouvir a verdade.

As fãs tentam me agarrar, mas eu não ouço mais nada. Estou apenas ansiando pelo reencontro que, no meu íntimo, eu tinha a certeza que iria voltar a acontecer. Agora a esperança me faz sorrir. Havia uma chance para nós – eu sabia isso.

Vejo ela caminhar sem olhar para trás, mas, finalmente eu consigo agarrá-la.

—Kate! – Ela não tenta se soltar. Se vira para me encarar. O brilho dos seus olhos continuavam o mesmo.

—Eu preciso trabalhar, Rick… - Ela encara o chão com dificuldade em me olhar.

—Você não vai fugir, Kate. – Eu continuo segurando o seu braço.

—Eu não fugi. – Ela me olha de forma intensa e, nesse momento, o meu corpo inteiro vibra e sei que com ela acontece o mesmo.

—Você precisa ouvir a verdade. – Eu vou direto ao assunto.

—Eu não sei do que você está falando. – Ela parece nervosa por me reencontrar. Eu confesso que também estava. Minhas mãos suavam como se fosse meu primeiro encontro. Mas acima de tudo eu estava feliz por vê-la de novo.

—Kate, eu não te traí. Você precisa saber isso. – Nós dois continuamos próximos.

—Você me traiu desde o momento que saiu por aquela porta e me deixou sozinha. – Eu vejo o quanto ela ainda está magoada e aquilo me atinge como se tivesse sido ontem.

—Você me mentiu por quase 4 meses, Kate. Como esperava que eu reagisse?! – Eu franzo o sobrolho, aborrecido.

Algumas pessoas começam nos olhando.

—As pessoas estão olhando… - Ela fala baixo.

—Não me importa. – Eu falo a verdade.

—KATE! VAMOS! – Um outro policial a chama e nós trocamos um último olhar antes de ela me voltar as costas.

—Parabéns, Rick. – Ela fala depois de se afastar.

—Eu não vou desistir! – Eu falo um pouco mais alto para que ela me consiga ouvir e as pessoas me olham confusas. Retomo para junto do palco.

Eu fiquei perturbado, confesso. Não estava esperando por este momento e não esperava ver uma Kate tão madura. Tão mulher. Tudo mexeu comigo e eu me sentia como não sentia desde que ela se foi. Vivo.

Pov Kate

O meu coração estava a mil. Eu não conseguia raciocinar direito. Eu realmente queria, mas não conseguia.

—Você conhece o cara? – O meu colega pergunta, admirado.

—Sim. – Eu respondo, ríspida, ainda atordoada com tudo o que tinha acontecido ainda há minutos atrás.

“Eu não vou desistir” a voz dele ecoava por todos os meus pensamentos e eu não conseguia disfarçar o sorriso e a felicidade que isso me causou.

—Correu tudo bem por lá? – Gates me pergunta, fazendo-me despertar para a realidade.

—Sim, Capitã. – Eu afirmo.

—Fico feliz em saber. Como está sendo a sua adaptação á esquadra?

—Ótima, obrigada. – Eu sorrio.

—Ainda bem. Você pode ir descansar hoje – sei que viajou e eu não quero os meus policiais com cansaço excessivo.

Eu agradeço de novo e retiro-me. Queria muito estar com o meu pai. Tinha saudades.

Pov Castle

Toda a sessão me fez abstrair, mas não esquecer o que tinha acontecido. Eu ia dar o dia de hoje, mas amanhã enfrentaria Kate. Disso eu estava seguro. Eu precisava dessa mulher e vê-la hoje, olhando nos meus olhos com seu fardamento policial, tão adulta me fez ver isso ainda mais.

Eu não ia desistir fácil dessa vez.

Era hora de jantar e eu acabei comendo uma pizza no restaurante mais próximo. Hoje eu só precisava de descansar a minha cabeça e pensar sobre tudo.

—Você não desiste, não é mesmo? – Eu sinto a voz de homem se aproximar de mim quando estou a chegar ao meu carro.

—Josh… - Eu rio, olhando o moreno. – Eu senti falta de você.

—Bem, eu não costumo dar “recados”, mas Gina pediu muito, ok? – Ele encolhe os ombros.

—Do que você está falando? – Eu começando achando tudo isto muito estranho.

—Eu passo a citar as palavras da loira “Meu amor, você não fica comigo, mas também não vai ficar com ela”. – Ele ri, sarcástico. – Ela não desiste…

—É melhor você ir, eu estou muito calmo hoje. – Eu aviso já começando a perder a calma.

—Tudo bem. Fique bem, Ricky… - Ele se afasta e logo sou abordado por três homens. Eles eram fortes e chegam já me empurrando.

Tento me defender do primeiro, mas logo sou derrubado e pontapeado com força.

A tosse é imediata e eu sinto meu corpo inteiro doer com o impacto da queda no asfalto duro.

—Parem! – Eu peço.

Um dos homens me levanta e me soca com força, arrebentando o meu lábio que logo começou a sangrar. Eu o soco também com a pouca força que me sobrava e o outro volta ainda com mais revolta para cima de mim, socando com força a minha sobrancelha e maxilar.

—O que eu fiz?! – O sangue escorre pela minha cara.

Eles riem e continuam me batendo até eu não ter mais forças para os tentar combater.

Eu ouço disparos e eles correm, fugindo.

Nesse momento eu fico agradecido e perco os sentidos, deixando-me vencer pelo cansaço e pela porrada que tinha levado agora mesmo de três homens.

Os meus olhos abrem lentamente e rapidamente reconheço a minha casa. Tento me mexer, mas o meu corpo doí. Pela pouca claridade que é, percebo que é de noite e eu então eu me lembro do que tinha acontecido.

Quanto tempo eu tinha estado desmaiado?

Quem me tinha salvado? Eu gostava de puder agradecer.

Olho em volta, mas não vejo ninguém.

—Não se esforce… - Eu ouço uma voz feminina se aproximar. Sinto minha cabeça doer.

—Kate, é você? – Eu quero acreditar que sim.

—Sim. Fique quieto, por favor. – Ela pede e por fim eu vejo-a se sentando de frente para mim.

—Você me salvou? – No meio de tudo o que me doía, eu estava feliz em tê-la de novo na minha casa.

—Pode-se dizer que sim. – Ela sorri, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

—Obrigada. – Eu deito a cabeça sobre a almofada fofa que tinha lá e respiro fundo. Eu estava em boas mãos agora.

—Esses machucados estão feios… - Ela olha para mim, preocupada.

—Foi Gina, Kate… - Eu tento explicar, mas minha tosse me interrompe.

—Fique calmo agora, Rick… Eu vou tratar disso. – Ela pega a mala de primeiros socorros e eu não deixo de achar tudo aquilo atraente. Bem é como se costuma dizer “Há males que vêm por bem” e neste caso Kate veio me salvar e eu não podia ter esperado melhor momento para estar com ela a sós.


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