Amor Proibido escrita por Tales Of Castle


Capítulo 2
Interiorizando a história


Notas iniciais do capítulo

Oi, amantes de caskett!!! Tudo bom? Antes de mais eu quero agradecer ás leitoras que comentaram e á CarolOliveira por ter favoritado a fic... Esta história vai ser bem longa e bem cheia de emoção, por isso conto com vocês do início ao fim! Tem muito para vir! ♥



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No capítulo anterior:

—Parece que foi um erro mesmo eu ter voltado… - Kate se levanta e sai da sala. A bagunça começa a se instalar na sala e eu tenho de dar um pequeno grito para que houvesse silêncio.

—Eu posso ir procura-la? – Lanie, pergunta.

—Seja rápida. – Eu peço e encaro a turma.

Lanie sai.

A campainha toca e eu me sinto mal. Como eu fui deixar isso acontecer? Tenho de falar com Roy. Essa garota precisava mesmo de apoio e era isso que eu iria fazer.

Pov Kate

Eu corri pelo vasto corredor da escola, chorando. Aquilo me irritou e isso me fez desabar mais uma vez. Me tranquei no banheiro, chorando. Não demorou até que Lanie chegasse.

—Ei, Kate… Eu sei que você está ai.- Ela fala do outro lado da porta.

—Eu sou uma boba, Lanie… - Eu limpo as lágrimas. Minha voz estava baça. – Eu pensei que já estava forte o suficiente para voltar, mas merda…

—Kate, eu estou aqui para te apoiar… Sai desse banheiro, enxuga essas lágrimas e vêm me dar um abraço! – Ela me faz rir por momentos.  

Fiz exatamente o que ela pediu.

E aquele abraço soube tão bem.

Pov Castle

Deixei todos saírem e puxei a garota que falou aquela baboseira para Kate para um canto.

—Você tem noção do que fez, garota? – Eu não consigo controlar o meu nervosismo.

—Ah, qual é o problema dela? – Ela fala arrogante e eu fico pasmo com a insensibilidade dela.

—Você não precisa dizer mais nada. Está dispensada das minhas aulas até que dê ordem contrária. – Eu falo decidido.

—Como é que é?! – Ela franze o sobrolho.

—É isso mesmo que você ouviu! – Eu falo ríspido.

—Eu vou falar com o diretor! – Ela fala agressiva.

—Ótimo! – Eu falo sarcástico. – Sabe onde é o caminho? – Eu lhe abro a porta e ela sai chateada.

Bufou. Aquilo me enervou e nem mesmo sabia explicar o porquê.

O intervalo era de vinte minutos e eu nem queria sair da sala. Iria ter mais uma aula com a mesma turma. Eu não conseguia nem sequer explicar a minha irritação.

Senti meu celular vibrando.

Li Gina no visor e por momentos hesitei. Estava aborrecido demais para falar. Nossa! O que estava me deixando tão fulo?

Decidi ignorar a chamada. Apenas gosto de estar sozinho quando estou chateado. Isso era sempre motivo de chatice entre mim e Gina. Ela não compreendia que eu não gostava de falar sobre os meus sentimentos. Sim, eu a amava e acho que isso bastava. Não precisava ficar demonstrando isso todos os dias e todos os minutos.

Ouço a porta bater e dou permissão para abrir.

—Posso? – Eu conheci a voz. Era Kate. Senti minha raiva desaparecer num ápice. Eu não queria machucar seu coração ainda mais.

—Claro, entre. – Eu falo.

Os seus olhos estavam vermelhos. Isso os deixava mais brilhantes.

—Eu queria pedir desculpa por ainda á pouco. – Ela se aproxima, olhando diretamente nos meus olhos. Aquilo me inquietava. Poderia me sentir atraído por uma garota 15 anos mais nova do que eu? Aquilo me irritou mais uma vez.

—Feche a porta.- Eu falo rígido. O meu nervosismo faz me pressionar o meu maxilar. Kate faz o que eu peço e sinto que ela consegue perceber o quanto eu estou afectado com o que estava sentindo. Aquilo me incomoda mais ainda.

—Só vim para pedir desculpa mesmo. Fui mais fraca do que eu pensava. – Ela fala, sem desviar os nossos olhares.

—Não há problema nenhum. – Eu respiro fundo, tentando me acalmar.

—Você parece estar nervoso. – Ela repara, nunca deixando de me olhar. Eu sabia que ela não estava fazendo de prepósito, mas ela estava mexendo comigo. Com toda aquela determinação e aquele olhar… Isto só em algumas horas.

—Não. – Eu respondo, simplesmente. Era incrível como nossos olhos não desgrudavam.

Eu podia sentir uma certa tensão entre nós.

Ficamos em silêncio por momentos.

—Você é um péssimo mentiroso. – Ela ri, suavemente.

Eu fico sem reação. De repente minha raiva passa e eu a admiro um pouco mais. Como ela poderia ter tanta força?

—Posso te fazer uma pergunta, Kate? – Ela fica rija como se soubesse que eu ia tocar no assunto da mãe dela.

—Se eu puder responder. – Ela continua me olhando com seus olhos grandes e esverdeados.

—Bem, o Roy esteve falando comigo e…

—Não precisa falar mais nada… - Ela me interrompe. – Minha mãe foi assassinada se quer saber e digo já outra coisa eu não quero que tenha pena de mim!

Aquilo me atinge. A forma tempestuosa como fala me deixa sem chão, mas por um lado me irrita.

—Porque eu haveria de ter pena de você?! – Eu me ajeito na cadeira.

—Não sei, todo mundo têm! – Eu sinto a vontade que ela tem de chorar naquele momento.

—Pois, mas eu não sou todo mundo, Kate. – Eu falo, perfeitamente consciente do que estava afirmando.

—Eu não tenho como saber isso. – Ela fala, desconfiada, com a mágoa no olhar.

—Você terá. – Eu me levanto e me aproximo dela. Ela não se move.

Nos ficamos olhando próximos demais. Eu consigo observar seu rosto mais de perto. Sinto um leve cheiro a cerejas. Ela observa cada detalhe meu e isso me agrada, me sinto frustrado por momentos.

A porta bate levemente e isso nos faz afastar como se estivéssemos fazendo alguma coisa de mal.

—Pode entrar. – Falo.

A garota de ainda á pouco entra de olhos baixos e com outra atitude.

—Kate, eu quero pedir desculpe por ainda á pouco eu não sabia…

—Fica de boa. – Kate, sorri. – Você não teve culpa.

—Será que eu posso voltar, professor? – Ela me olha.

—Claro que sim. Falou com o diretor? – Eu pergunto e ela assenta. Kate me olha sem entender.

O toque bate e rapidamente todos estão de volta na aula. Ninguém mais falou no assunto. Decidi dar matéria na segunda hora.

A aula passou-se. Não teria mais aulas com esta classe hoje. Amanhã seria um novo dia.

Dei ordem para a turma sair e eu e Beckett nos entreolhamos antes de eu sair para a sala de professores.

Pov Kate

Ainda estava meia submersa com tudo o que tinha acontecido. Não que tivesse sido nada de especial, mas aquele professor de inglês… houve ali alguma coisa estranha entre nós.

—Kate? – Espo, abana a mão em frente á minha cara.

—Oi? – Eu me abstraio.

—Você está bem? – Ryan, Lanie e Espo me olham de forma estranha.

—Sim, porquê? – Eu pergunto sem entender.

—Faz tempo que a gente está te chamando. – Lanie, explica.

—Peço desculpa não estava prestando atenção. – Eu falo a verdade e eles continuam uma conversa aleatória que estavam tendo.

Porque a gente se estava olhando daquele jeito? Eu devia estar louca… Tudo bem que eu me podia sentir atraída por ele. Afinal era um homem bonito e bastante atraente, mas daí a ele se interessar por mim? Nunca sairia do platônico. Ele devia ter um monte de mulher dando em cima dele. Com certeza era casado. Eu vi a aliança dourada no dedo dele.

Lanie me puxa para um canto.

—Bem gostoso o professor de inglês…

—Lanie! – Eu a encaro, rindo.

—Vá lá, Kate, não vai dizer que não reparou!?

Eu não falo nada.

—Não é mau… - Eu tento desviar o assunto.

—Eu vi ele te olhando quando bateu o toque… - Ela fala, provocando.

—Lanie, por favor! Isso seria impossível! – Eu rio.

—Porquê? Você é linda! – Ela retorque.

—Lanie tudo bem, mas eu sou uma garota e ele um homem…

—E…? – Ela me olha como se não fosse nada de especial.

—E ele deve ter mulheres feitas atrás dele… - Eu concluo.

—Você também é uma mulher… Acho eu… - Ela ri. Espo nos chama. – Esta conversa do professor gostoso não fica assim.

—Lanie! – Eu rio e depois nos aproximamos dos rapazes.

Pov Castle

O dia passou bem rápido. Tinha mais duas turmas ou seja, três no total. Todas elas eram bem simpáticas.

Falei com Gina na hora do almoço, mas havia alguma coisa comigo que não estava bem.

Cheguei em casa e só me apetecia estar sozinho. Por breves momentos me deu vontade de escrever.

—Oi, amor… - Gina aparece apenas de robe vermelho, mas não me sinto excitado. Aquilo me incomoda. Se fosse outro dia eu estaria de braços abertos para receber a minha mulher, mas neste momento eu não a estava desejando e não sabia o que fazer a respeito.

—Amor… Eu tenho relatório para fazer da aula… - Eu invento uma desculpa.

—Isso não pode ficar para depois…? – Ela se joga em cima de mim e me beija.

Eu a beijei com força, com ferocidade. Queria estar sentindo alguma coisa, mas na verdade estava sendo apenas um beijo de língua. Na verdade eu e Gina nunca tivemos essa química na cama. Era sexo. Bom sexo, mas sem química.

—Gina, pará… - Eu a afasto, sentindo a cabeça pesada com tantos pensamentos. – Eu preciso trabalhar, pode deixar para outra hora?

—A comida está na mesa. Acho que é melhor eu ir para o quarto. – Ela fala chateada. Eu desaperto a camisa e nem me dou ao trabalho de ir atrás dela. Estava me sentindo frustrado demais. O que se estava passando comigo? Estava ficando louco.

Decido comer alguma coisa e ir para o laptop. Começo a escrever algo sobre o que estava sentindo. E, no final de contas, isso me ajudou a ficar mais relaxado.

Pov Kate

Cheguei em casa como não chegava a algum tempo. Alegre.

No entanto, minha alegria, se foi quando vejo meu pai embriagado. De novo.

—Pai…? – Eu o olho. Me senti nervosa. Mas que merda! Eu também estava sofrendo!

—O que foi, Kate? – Ele me olha com desprezo.

—Quando vai parar de beber?! – Eu me sinto a perder a paciência.

—Quando eu quiser! – Ele limpa as lágrimas e ri alto.

—Eu também estou sofrendo! Não estou descontando em você ou estou?! – Eu sinto meu sangue aquecer e correr pelas minhas veias.

—Está sofrendo e está ai cheia de risinhos, Katie…? SUA MÃE MORREU, VOCÊ LEMBRA?! – Ele grita e isso me faz encará-lo.

—Eu sei que minha mãe morreu! – Eu seguro as minhas lágrimas com força e sinto meus olhos arderem. – Mas eu vou lutar para conseguir justiça! Eu vou lutar para te manter de pé!

—Pois, eu não preciso, obrigada! – Ele leva a garrafa á boca e bebe sem parar. Aquilo me revolta.

—Pois, fica sabendo que ela ia odiando te ver bebendo desse jeito!

—Garota, insubordinada, VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE NÓS! – Ele se aproxima de mim e me aperta o braço com força.

—Pai, você está me magoando! – Eu aviso.

Ele me larga. Completamente embriagado.

—Talvez seja melhor eu dar um tiro na cabeça mesmo! – Ele dá de ombros.

—MAS QUE MERDA, EU PRECISO DE VOCÊ! – As lágrimas caem, eu sinto minha garganta doer.                

—Eu não quero saber!

Aquilo me doeu. Mais do que uma bofetada.

—Você não vale nada! – Eu falo de cabeça quente e só sinto a garrafa bater em cheio na minha cara e depois o sangue escorrer pela minha face.

Meu pai me olha, arrependendo-se de imediato do que tinha feito.

—Sério, pai? – Eu limpo o sangue com a mão, percebendo que ele me tinha cortado a cara ao mandar a garrafa da bebida contra o meu rosto. – Eu vou embora… Você não merece que eu lute mais por você!

Ele fica estático. Eu pego uma mala e enfio as minhas roupas e saio num ápice. A noite estava fria e decido ir até a casa de Lanie. Eram nove horas da noite.

As lágrimas salgadas faziam o corte que eu tinha na cara arder. Eu não acredito que meu próprio pai me tinha batido.

Em vinte minutos chego na casa da Lanie. Ela vivia com os pais. Por isso, mandei uma mensagem para que fosse ela a me abrir a porta. Eu não iria ficar aqui por muito tempo, apenas esta noite e amanhã eu iria decidir o que fazer.

Lanie é rápida a abrir a porta.

—Kate…! – Ela olha a minha cara assustada. – O que aconteceu?

—Meu pai me bateu, Lanie… - Nisto começo a chorar.

—Vamos… entre! Os meus pais já estão a dormir.

Pov Castle

Quando parei de escrever eram duas horas da madrugada. Cheguei na cama e Gina dormia de costas para mim. Eu queria fazer alguma coisa para esquecer este dia, mas eu não conseguia.

Esperava que isto não passasse de uma alucinação da minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

Será que Castle vai reparar no machucado de Kate? Como irá reagir? Fiquem por aqui ♥



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