September 19 escrita por Elizabeth Stark


Capítulo 1
Golden Ribbons


Notas iniciais do capítulo

Para desejar feliz aniversário para minha heroína preferida e BADASS de todos os tempos! A cada dia que passa tento ser um pouquinho mais como ela.
HAPPY BIRTHDAY, HERMIONE!



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As janelas do dormitório refletiam as folhas douradas e amarronzadas dos terrenos lá fora. O outono se arrastava e o vento fazia as folhas rodopiarem.

Hermione sorriu ao levantar. Quarta-feira. Teria Poções, Transfiguração e Trato das Criaturas Mágicas. Cinco deveres que deveriam ser concluídos até o fim da tarde e uma passadinha rápida na biblioteca.

E seu aniversário.

Ao pé de sua cama já havia embrulhos com fitas brilhantes e cartões decorativos. Por sempre ser a primeira a se levantar, as garotas deixavam presentes antes de dormir na sua cama. Seus pais lhe deram a coleção de Feitiços Avançados de Transfiguração II e duas penas novas. Parvati Patil deixou em cima de seu cobertor uma caixinha de chocolates, que ao abrir veio com um encanto de borboletas de papel. Ganhou de Gina um par de meias para dormir.

Em mais uma pilha no chão, havia biscoitos caseiros de Hagrid e bolinhos de abóbora da Sra. Weasley ( sabia que o presente era de Rony também). Ganhou de Harry um caderno de capa dura da Floreio e Borrões. Pendurado no dossel de sua cama por magia, havia um saquinho de lã com um par de luvas desproporcionais e coloridas de Dobby. E por último, um cartão da Professora McGonagall, desejando um ano cheio de estudos e realizações.

Com um feitiço esticou os cobertores na cama e alinhou os presentes em uma pilha regular em cima do malão que fez seu coração se contorcer de alegria.

Rapidamente ajeitou os cabelos, vestiu o uniforme e calçou os sapatos. As garotas ainda dormiam.

Desceu para o Salão Comunal com a mochila nas costas e o resto dos livros embaixo dos braços.

O dia estava frio, nublado e atarefado, mas Hermione sentia-se aquecida e feliz, como uma canção de Natal.

O cheiro do café da manhã já preenchia os corredores do castelo. Estranhamente, estava faminta e pronta para começar o dia. Avistou Harry e Rony sentados na mesa da Grifinória, conversando agitados (provavelmente sobre Quadribol).

Quando Hermione se aproximou, desviaram o olhar para ela e disseram juntos:

— Feliz aniversário!

Sentiu suas bochechas ruborizarem. Eles lembraram e até acordaram mais cedo para o café.

— Obrigada, Harry. Adorei o caderno. – disse dando um breve abraço no amigo.

Balbuciou uma palavra de agradecimento para Rony e cutucou o braço dele rigidamente, antes de se sentar e começar a preencher seu prato com torradas.

Durante a manhã, não discutiram deveres de casa ou possíveis localizações de quartéis generais do inimigo. Eram apenas três alunos da Grifinória, e Hermione não se sentia livre e espontânea em meses.

No corredor, quando os alunos saiam da sala de Snape, Neville desejou-lhe os parabéns.

— Hermione, obrigado também por sempre salvar minha pele em Poções.

— Claro que eu não deixaria de te ajudar, Neville. 

Ao meio dia, quando Hermione, Harry e Rony sentaram-se para almoçar, uma coruja  de pelagem cinza escura pousou entre os três. Um envelope simples e do tamanho de sua palma estava no bico da ave. Ao abri-lo, segurou o sorriso.

Victor Krum desejava-lhe feliz aniversário e enfatizava três vezes o quanto estava com saudades.

Rony pigarreou alto.  

Ao fim do dia, quando a claridade nos terrenos aos poucos sumia e as luzes das torres apareciam de um ponto a outro, aqui e ali, Rony jogou um embrulho malfeito em seus braços sem jeito, enquanto terminavam o dever de Feitiços na Sala Comunal.

— Esqueci de te entregar. Foi mal.

Hermione abriu a boca para responder, quando Harry sentou-se entre os dois. Abaixou a cabeça para abrir o embrulho e evitar olhar para o rosto de Rony. Tirou um cachecol lilás e branco do embrulho. Sentiu seu rosto ruborizar terrivelmente.

— É lindo. – colocou ao redor do pescoço, prensando os cachos castanhos na lã.

Rony esboçou um sorriso torto. Harry olhava para as paredes.

— Achei que iria gostar. Minha mãe que fez. Escolhi a cor. Combina com o seu...cabelo.

— Obrigada.

— Ficou bonito...em você.

Quando deu por si, sorria abertamente (sempre havia esperança em certas situações). 

A meia noite, quando foi deitar-se para o novo dia, guardou na memória laços dourados, borboletas de papéis, o cheiro do café nos corredores, desejos de feliz aniversário e o quanto os olhos verdes de Rony combinam com seu sorriso torto.

 


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