Caixa de Surpresas. escrita por Jeongguk2


Capítulo 1
Capítulo Único.




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Capítulo Único — A vida é uma caixa de Surpresas.

Ambre era uma pessoa um tanto quanto fria, só pensava em si.

Isso começou aos seus 14 anos de idade, quando Nathaniel começou a ser o preferido de seus pais, já que conseguiu pular dois anos apenas por sua inteligência.

E, porra, era pra ser ela ali, mas seu pai dizia que ela era uma mulher e mulheres nunca seriam superiores aos homens.

Bobagem. 

Quando entrou em Sweet Amoris, viu uma oportunidade única de tentar ter a posição que ela tinha antes de seu irmão roubar de si; atenção. 

Claro que várias vezes ela mudou de amigas, mas sempre eram o trio de Sweet Amoris.

Até que, encontrou Li e Charlotte, apesar de serem irritantes em vários momentos, não compreenderem o por quê dela querer tanta atenção, são as melhores amigas dela.

E as únicas. 

Agora, com seus 18 anos formados, era uma mulher linda, maravilhosa e desejada por muitos. 

Ambre nunca teve uma relação homossexual na vida, sempre achava que era hétero e morreria assim, hétero e feliz. 

A única coisa não-hétero que sentiu, foi, sua paixonite pela tia de Lynn, mas porra, aquela mulher era maravilhosa. 

Mas ultimamente ela vem percebido que sua melhor amiga, quase irmã, Charlotte, tem se afastado de si, parado de ligar e ir em sua casa. 

Seus pais a taxavam como ''derrotada'' novamente, porque nem mesmo Li mais falava consigo. 

Ela estava triste, sozinha e sem rumo. Mas o único jeito era falar com Charlotte, queria descobrir o por quê daquilo tudo. 

Caminhava em passos rápidos até a casa da amiga, estava suando, se não estivesse naquele momento, sentiria nojo de si apenas por suar. 

Uma, duas, três batidas na porta foram o suficiente para aparecer uma Charlotte sonolenta, com uma camisola azul claro e cabelos bagunçados. 

Pela primeira vez, Ambre corou em ver a amiga daquele jeito.

— L-Lotte... eu... vim aqui conversar com você, seriamente. Se não se incomoda. - soltou um de seus melhores sorrisos, e sincero. Pelo jeito funcionou, já que a mais alta abriu espaço para a 'amiga'. 

— Desculpe a bagunça... Mamãe saiu e me deixou responsável pela casa, eu acabei de acordar...

— Tudo bem... - se sentou no sofá, apreensiva, apertando seus dedos. — Eu queria saber o por quê você têm me ignorado, a Li eu descobri que se mudou pra China novamente, mas... eu não sei você. O que aconteceu? Eu sinto saudades, é isso. 

Era difícil desabafar, falar seus sentimentos; nunca falará com ninguém, apenas com seu irmão quando tinham 8 e 10 anos. 

— Ah... isso. Não tem o que explicar, Ambre. Você só foi lenta demais pra perceber. Agora, por favor, saia, eu tenho que arrumar minha casa. - abriu a porta novamente para a ex-amiga, abrindo espaço. 

— C-Como assim eu fui lenta demais? Eu não sei do que você tá falando, Lotte... por favor, me explique.

— É esse o problema, Ambre. Você não entende. - Charlotte suspirou derrotada, era agora ou nunca. — Faz, uns 4 meses que eu venho percebendo umas coisas diferentes. Eu venho reparado no seu cabelo, na sua maquiagem, na sua roupa, no seu jeito de ser, na sua beleza, na sua alimentação; eu venho me preocupando com você o dobro. Eu perguntei pra Li o que era, e ela disse que supostamente era amor, mas ela disse que não aceitaria duas amigas lésbicas, então me fez escolher entre a amizade de nós três ou eu e você. 

— E você escolheu.... 

— Você. Eu amo você, Ambre. Você não entende, acho que nunca amou ninguém como eu te amo, eu te quero pra mim a todo momento, quero te abraçar e dizer que irei te proteger, que está tudo bem, mas não posso faze-lo. Por quê? Você não compreende nada disso. 

Silêncio. Era o que reinava na sala, Charlotte já se preparava para se levantar e abrir a porta, se não fosse os lábios macios e doces de Ambre se encostarem no seu. 

— E-Eu não sei como você se sente... mas, eu quero tentar. Eu quero tentar te amar, viver ao seu lado e ser feliz com você. Eu quero te amar, Charlotte. 

O sorriso suave e sincero se fez presente no rosto da mais alta, os corpos se abraçando e as línguas dançando dentro da boca uma da outra. 

Ambre finalmente aprenderia que, tudo o que ela precisava, era amar, e ser amada. 

Porque como diz o ditado, a vida é uma caixa de surpresas. 


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