Procura-se mascote escrita por Rainforever


Capítulo 1
Onde eu fui me meter?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Como vão? Bom, essa é minha primeira fic aqui no Nyah, Hey O/
Entrevistador: Como se sente?
Me: ?“tima, um pouco nervosa, primeira fic sabe?*O*
Entrevistador: Uhum *nem aí
Me: Posso dar um recado? Mas, antes você pega um toddynho aí?
Entrevistador: Pode, não sou pago por esse emprego... "suspiro"
Intervalo +++
Me: Pessoal, sério, vou ser sincera, conheço BTS a apenas alguns dias e de verdade, estou um pouco perdida, e por isso, peço a compreensão de vocês porque, de verdade, não sei muita coisa >.< Porém, achei o tema tão interessante para uma fanfic que não resisti. Sabe, é tipo aquela última colher de brigadeiro, entende?
Bom enfim, antes de mais nada, espero que se divirtam e fiquem a vontade para comentar se quiserem, alguma colocação, ou ideia... Fiquem a vontade.
Boa leitura.
+++
Me: Entrevistador? Oi? Acho que foi embora...



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— O que que eu estou fazendo da minha vida? – lamentei, com os olhos fixos no vidro do carro, observando as luzes da cidade passarem por meios olhos como raios coloridos. – Poucas horas atrás eu estava em Londres, e agora...

— Para de reclamar. – minha bela amiga, a única realmente responsável por estarmos aqui- se não fosse o temperamento tão insistente e irresponsável dela não estaríamos naquele táxi, naquele exato momento. Tudo por causa de uma banda sem noção e algumas passagens... – Estamos em Seoul minha amiga! Tem algo melhor do que isso?

— Tem. Estar no nosso apartamento em Londres, confortáveis assistindo uma interessante comédia britânica... Comendo o clássico peixe com fritas mais tarde... – suspirei. – Agora estamos quilômetros de distância de lá. Francamente. –dirigi o olhar para ela, advertindo-a. – Espero que aqui seja bom mesmo.

— E por que não seria? – ela riu e depois bateu as mãos nas coxas. – Coreia do Sul é o melhor lugar do mundo!

— Uhum. – dei de ombros, não queria continuar o assunto. – E então, tudo certo com o apartamento que vamos ficar dessa vez?

— Claro girl— ela garantiu, e fiz o favor a mim mesma de acreditar, ou teria um ataque de nervos ao cogitar na possibilidade de não termos nem um lugar para ficar nesse país estrangeiro. – Relaxa e aproveita a viagem, baby. Até parece que aqui é tão diferente assim da Europa...

Sério, Marina estava de brincadeira? Coreia do Sul e Londres, iguais?!? Agora era ela quem estava precisando de óculos.

Pigarreei.

— Tudo bem, até que não é bem parecido... – ela admitiu, um pouco desajeitada. – Mas você vai gostar! Eu te conheço... Logo, logo você se acostuma.

— Espero. – respirei fundo, o olhar perdido nos altos prédios luminosos, percorrendo as ruas e as pessoas caminhando calmamente nas ruas. – E eu mal sei falar coreano.

— Mas e o inglês?

— Acho que não vai servir muito. Mas, não custa tentar, não é?

Marina pôs a mão em meu ombro, parecendo solícita e olhou bem em meus olhos, os quais eu conhecia desde que éramos pequenas, se bem que nenhuma de nós havia crescido muito em questões de altura.

— Vai dar certo. – ela sorriu. – Londres deu certo, por que Coreia não? E outra, estou ao seu lado, estamos juntas nessa.

— Tem razão. – sorri de volta, analisando o outro lado da coisa agora com mais clareza. Afinal, eu mal sabia falar inglês quando chegara em Londres, apesar de todos os cursos de duração infinita no Brasil, e também foi fácil se acostumar com a rotina dos ingleses depois de um tempo. – Vai dar certo.

— Assim que se fala!

De repente, uma parada abrupta nos despertou de nossa conversa. Havíamos parado em uma rua bem estreita, que mal cabia o táxi do homem. Também percebi, minutos antes, que havíamos nos afastado um pouco das luzes estonteantes e os prédios altos. Devíamos estar em um subúrbio.

Eu e Marina nos entreolhamos, e ouvimos o barulho do porta-malas ser aberto.

— Chegamos!- Marina gritou, animada, abrindo a porta do carro como se fosse um presidiário solto de sua cela após muitos anos de cadeia.

— EEEE... – fiz um coro até que bem animado também, considerando as circunstâncias, e que minhas pernas estavam duras de tanto ficar sentada nessa viagem sem sentido.

Marina pagou o homem com o dinheiro que havíamos trocado antes de vir para o país e o mesmo deixou nossas malas na calçada. Enfim, estávamos sozinhas e era a primeira vez que eu pisava na Coreia, com exceção da nossa chegada ao aeroporto.

— Onde? – olhei ao redor, não era bem o que eu imaginava para uma recepção calorosa. Na verdade, o lugar chegava até ser um pouco, meio... favelado e sujo.

— Por aqui. – Marina caminhou levando sua mala até a porta a nossa esquerda, um estabelecimento que parecia um sobrado.

Segui-a com passos cautelosos para não pisar em poça nenhuma, mas tarde demais, me distraí olhando Marina conversando com uma mulher de meia-idade de olhinhos puxados – uma senhora que abrira a porta – e afundei meu pé numa bela piscina encardida, sentindo minhas meias ficarem molhadas e nojentas.

— Mas que... – bufei. – Tá de brincadeira?!?

Acho que falei um pouco alto porque tanto a mulher como Marina viraram seus rostos em minha direção.

— Oi. – acenei em inglês para a mulher.

Esqueci que talvez ela não falasse esse idioma. Mas, no instante seguinte, percebi que não tinha perdido minha palavra:

— Olá.

Gente, que desanimo. A mulher parecera que saíra de um caixão, pálida até as orelhas e os olhos afundados, e fizera festas com os ratos e aranhas da região.

Felizmente o clima tenso desapareceu quando ela deixou que nós entrássemos-meio obrigada, por que quando eu passei pela mesma percebi que ela havia feito uma careta meio discreta- e subíssemos para o andar de cima.

Ela entregou a chave a Marina, que logo destrancou a porta, fazendo ecoar um ruído agudo e horrível no corredor.

— O quê?- foi a minha primeira palavra para descrever o local.

Eu mal sabia por onde começar. Primeiro, tudo estava bastante escuro, e cheirando mofo, como se aquele lugar estivesse abandonado a anos, deixado para os fantasmas, que eu duvido que aguentariam ficar no quarto por mais de dois minutos.

A luz foi acesa e reparei no ventilador de teto que girava lentamente, espalhando mais poeira. As paredes tinham manchas amareladas aleatórias, e a janela estava entreaberta, revelando a rua parada e pacata onde estávamos antes de entrar nesse sobrado.

Já o banheiro, bom, o que dizer? Ao menos a privada estava em bom estado e a banheira também não estava tão ruim. Mas, acho que havia me enganado, porque, quando fui girar a torneira para testar se tinha água, o chuveiro molhou quase toda a minha roupa.

O único salvo era o quarto que absolutamente não tinha nada além de uma cômoda e um guarda-roupa. Talvez, o único lugar confortável para se deitar estava no sofá da sala de estar, que estava perfeito, antes de Marina se sentar e cair dentro do mesmo.

O resto era uma lavanderia e uma cozinha minúscula.

Enfim. Éramos duas ratas em uma toca. Oficialmente.

— Ok. – respirei fundo. – Isso não vai ser uma furada. – tentei me acalmar. – Amanhã, vamos dar um jeito nessas coisas e eu vou ver o que posso fazer.

— É só comprarmos umas coisinhas e dar uma consertada nessas coisas. – Marina olhou em volta, absorta de qualquer preocupação. – Nada que um marido de aluguel não resolva.

— Marido de aluguel?!? – eu ri, meio que por nervoso. – É sério?!? Você acha mesmo que tem marido de aluguel na Coreia do Sul?

— Bom, espero que sim. – ela abriu a geladeira, como quem não quer nada. – Isso sim – ela pegou uma garrafa de vidro e a cheirou, erguendo-a no ar em seguida. – Seria ótimo.

— Ah tá... – desfiz da ideia de tentar colocar algum juízo na cabeça de minha linda amiguinha.

— Ju, por que não toma um banho? – Marina sugeriu.- Eu cuido das coisas por aqui. Assim você relaxa um pouco.

— Tá. – revirei os olhos. – Estou indo.

Segui a sugestão de Marina e peguei uma toalha da mochila. Naquela noite, eu mal dormira, e acredite, não foi pelos roncos de Marina. Passei-a em claro, olhando para o teto, para o outro ventilador que girava acima de nossas cabeças, lentamente, como se a qualquer momento fosse parar.

Para ser sincera, eu não conseguia dormir,  tudo acontecera tão rápido dessa vez que meu sono não conseguia acompanhar as mudanças.  Então, a única coisa que consegui fazer foi mentalizar algo bom e contar quantas manchas no teto eu conseguia ver com a lanterna do celular, do futon onde estávamos deitadas.

E seguiram-se os dias.

Consegui aprender um pouco de coreano na marra, passando vergonha e tropeçando nas palavras. Os livros me ajudavam um pouco assim como a motivação que minha mãe me dava por Skype a noite.

Aos poucos, arrumara um emprego de meio-período como professora de português em um local que era uma antiga escola de dança falida, e a tarde em um café por perto, trabalhando como garçonete.

Estava tudo muito bom, Marina também estava trabalhando e logo conseguimos arrecadar dinheiro para comprar os móveis e o idioma passou a não ser mais um problema para mim.

Porém, sempre existe um “até que...” Não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

Iuhuu



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