Ruined Dreams escrita por WeekendWarrior


Capítulo 1
I Don't Wanna Go - Part I


Notas iniciais do capítulo

Enredo também postado no Social Spirit.

Bom, mais uma fanfic Jake e Lana! Meu ship eterno. rsrs
Beijos.



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Lincoln – Nebraska 3 de Agosto de 2007

A música chegava suave aos meus ouvidos, a batida de uma música qualquer fazia-me querer dançar, mas meu acanhamento impedia-me. Mais alguns copos de bebida logo me deixariam mais solta.

Sentei num sofá qualquer e apertei forte o copo de plástico vermelho que em minhas mãos estava. Comecei a passear meus olhos ao redor do ambiente. Adolescentes imprudentes bebendo, fumando, dançando, beijando, apenas aproveitando as férias de verão. Eu deveria fazer o mesmo, na mesma intensidade.

— Lizzy, eu não acredito! Ainda está aqui? Pensei que já estivesse por aí, aos beijos com alguém – falou Mary de modo eufórico, a ruiva sorria, talvez fosse a bebida a deixando desinibida.

— Eu estou bem aqui – disse e logo após tomei um gole de minha bebida.

A ruiva virou os olhos de modo impaciente, depois se acomodou ao meu lado.

— Se divirta! É verão, estamos em férias e você está indo…

— Não me lembre, Mary, por favor, não agora – a interrompi e encarei meu colo.

Escutei minha amiga soltar um suspiro.

— Tudo bem, desculpe. Mas agora olhe, – ela tirou o copo de minha mão – vou te arrumar uma bebida melhor.

A garota puxou-me pela mão e fomos em direção a cozinha da grande casa, qual eu não fazia ideia de quem era, talvez de um dos garotos do time de futebol.

Adentramos a cozinha e Mary logo correu para os armários à procura de bebidas alcoólicas, depois partiu para a geladeira. Alguns minutos depois ela colocou as garrafas em cima do mármore da pia.

— Vou te fazer um drink, qual te deixará bem soltinha – Mary disse e me olhou maliciosa, apenas meneei a cabeça.

— Acho que estou precisando mesmo.

A garota fez algumas misturas, quais não entendia, por final colocou energético, isso mais parecia uma gororoba. Franzi meu cenho.

Mary me ofereceu um copo cheio. O peguei da mão dela receosa, cheirei por um segundo e o álcool era fortíssimo.

— Mary, isso está forte demais.

Ela bufou.

— Beba! – empurrou o copo em direção aos meus lábios – Isso, beba.

No primeiro instante o que senti foi o gosto doce, para depois sentir o álcool gelado e confortavelmente quente queimar minha garganta, foi uma sensação boa. Ponto para Mary, a gororoba estava boa.

— Isso está ótimo – disse sorrindo, tomei outro gole – Aonde aprendeu a fazer?

Ela deu de ombros sorrindo de canto.

— Você sabe, Lizzy. Tenho meus segredos.

Rolei meus olhos.

— Ah, claro!

Ela riu abertamente.

— Mas vamos, a noite mal começou.

Nos dirigimos novamente para a aglomeração jovem, posicionei-me perto da ampla porta de vidro de correr, qual dava para um jardim e depois uma piscina, que estava cheia de jovens com hormônios a flor da pele. Como se eu não fosse um deles.

Tomei outro gole de minha bebida doce e queimante. Quando dei-me conta Mary havia sumido de novo. Normal… Isso sempre acontecia quando íamos para festas. 

Mais um gole da bebida e logo já a sentia fazer efeito em mim, sentia-me mais leve e um tanto solta. A sensação era boa, comecei a mover levemente meu corpo no ritmo da música, um pop qualquer.

Então o avistei, do outro lado do recinto. Meus olhos pareceram queimar, pegar fogo. Ele conversava com um garoto qualquer, os dois riam, logo chegou outro rapaz, eles mantinham um assunto engraçado, pois os três riam.

E o que dizer de Jake? Simplesmente o garoto mais irresistível que já vi. Claro que ele nunca me notaria, infelizmente. Não que eu não seja bela ou atraente, mas ele apenas fica com garotas, digamos, gostosas.

Jake tem vinte e dois anos, eu dezessete, nunca aconteceria, pelo menos não da parte dele. Não que eu goste dele ou algo assim, apenas o acho muito lindo, atraente demais, na minha humilde opinião, o garoto mais bonito da cidade. Minhas divagações de adolescente boba são ridículas.

Mas Deus, ele é quente como o inferno. Com uma camiseta branca dobrada nos ombros e um jeans surrado, ele me faz ter pensamentos impróprios. Por ser verão ele não está usando sua típica jaqueta de couro. Que garota resistiria a isso?

Soltei um suspiro.

— Por que não vai até ele? Vá lá, fale com ele.

Dei um pulo de susto. Encarei Mary sorrindo maliciosa ao meu lado. De onde ela saiu?

— O quê? – franzi o cenho.

— Ah, fala sério, Lizzy. Você baba por ele faz dois anos. Não acha que já está na hora de chegar nele?

Sacudi a cabeça negativamente.

— Não! Fala sério você! Eu não tenho a mínima chance com ele.

Mary rolou os olhos.

— Ele ficou com Rose Williams, lembra? Meu Deus, Lizzy! Ela é uma pata, se ela ficou com ele, você fica!

— Nem me lembre disso. Ele deveria estar em alguma recaída ou algo assim, mas espere aí! Você está me comparando a Rose Williams?

Mary gargalhou.

— Claro que não, sua boba! Você é linda, Elizabeth. Olhe essas coxas, – a garota levantou meu vestido lilás, dei um tapa em sua mão – olhe esses lábios carnudos e esses olhos grandes. Por favor, não se menospreze.

Eu sorri para minha amiga.

— Você acha que eu tenho chance? Tipo, eu nunca fiz isso, chegar num garoto.

Ela segurou meus ombros.

— Você tem toda chance do mundo. Vá lá e seja você mesma. Ele morrerá de vontade de beijá-la. Confie mais em si, Lizzy. Você tem uma sensualidade natural.

Sem perceber abri um sorriso. O simples imaginar dos lábios de Jake nos meus deixou-me elétrica. Não sabia se Mary falava aquilo apenas para animar-me ou se realmente tudo isso era real, melhor pensar que era verídico.

— Você tem razão – tomei um grande gole de minha bebida, tomei tudo – Vou lá.

Dei uma ajeitada em meus longos cabelos e inspirei o ar. Entreguei meu copo vazio para Mary e comecei a mover-me na direção dele.

Uma tremenda vontade de sair correndo abateu-me, uma vontade de desviar-me. Não! Essa é a minha última chance, depois dessa não haveria outra. Senti minhas mãos suarem e meu coração acelerar.

Parei atrás dele e meu Deus, como ele era alto de perto. O amigo dele deu-me um olhar cômico, qual o fez virar-se.

Nesse momento senti todo o ar sumir, era a primeira vez que Jake encarava-me diretamente. A sensação era ótima, ter aquele par de olhos azuis sobre mim. Ele tinha um sorriso no canto dos lábios.

— Oi – graças a Deus minha voz saiu perfeita.

Agora, ele estava completamente virado para mim.

— Olá – o vi encarar-me dos pés a cabeça.

Ok, esqueci como se respira. O que falar agora? E aquele lance de ser eu mesma. Calma, Lizzy! Caraca, eu só conseguia pensar no quanto ele era lindo.

— Você é lindo… – não sabia muito bem se tinha falado, murmurado ou divagado isso.

Ele soltou um riso abafado.

Eu realmente havia dito isso em voz alta. Aonde encontro o buraco mais próximo para me meter? Claro que ele sabe que é lindo, ninguém precisa dizer isso.

— Obrigado, é… – ele arqueou as sobrancelhas.

— Lizzy – completei.

Ele assentiu.

— Hum, sim – ele umedeceu os lábios e encarou-me firme nos olhos – Você é linda, Lizzy.

Ai meu Deus! Ele disse o meu nome e que sou linda, sim, ele disse. Impressão minha ou ele está flertando comigo? Se for um sonho, por favor, que eu não acorde.

Tá bom, sem tempo para enrolações. Literalmente, eu não tenho muito tempo.

Saber que Jake estava flertando comigo deixou-me um tanto mais confiante e alegre. Eu podia sentir o olhar de Mary em minhas costas, talvez mais olhares estivessem em mim, em nós.

— Jake, eu… – tentei falar mais não saiu muito bem.

Mordi meu lábio inferior com fúria, estava parecendo uma idiota. O garoto a minha frente encarava-me com interesse, de que mais eu precisava para finalmente beijá-lo? Meu tempo era mínimo.

Num impulso diminuí o espaço entre nós, aproximei-me de seu corpo e coloquei-me na ponta dos pés. Cobri seus lábios com os meus, centrei-me em seu lábio inferior, dei-o meu melhor selinho.

Afastei-me um pouco dele e saí da ponta dos pés. Jake parecia um tanto surpreso, encarava-me com aqueles olhos azuis. Eu não sabia o que fazer e se ele não tivesse gostado? Essa dúvida se foi no seguinte instante.

Com um movimento rápido Jake alcançou minha cintura com uma das mãos e sua outra segurou-me pelo queixo. Colou seu corpo ao meu e beijou-me, senti sua língua pedir passagem por entre meus lábios, o que fiz, apenas foi retribuir.

Passei meus braços em volta de seu pescoço e entreguei-me ao beijo. Era quase surreal, eu estava beijando Jake Gyllenhaal, o garoto de meus sonhos.

Sua língua quente e úmida enrolada a minha dava-me um prazer imensurável. Suas mãos em minhas costas, apertando-me mais contra seu corpo quente, tudo me excitava.

O gosto que eu sentia em seus lábios, liquor e tabaco, de certo modo isso me excitava. E claro, ele beijava muito bem. Colei meu corpo mais ao dele, o queria mais perto.

Senti partes de meu corpo acordarem, a parte interna de minhas coxas pediam por toques, queria que ele me levasse para fora daqui.

Eu podia sentir os olhares, todos sobre nós.

Jake interrompeu o beijo, mas não me soltou. Abri meus olhos e encontrei os dele. Como eu fantasiei com esse momento, um simples beijo, um beijo de Jake. Acabei curvando meus lábios num sorriso tímido.

— Você tem gosto de torta de cereja – sussurrou ele próximo aos meus lábios.

Franzi o cenho, talvez fosse o drink adocicado.

— Obrigada? – tentei soar engraçada, ele sorriu.

Observei seus olhos azuis piscarem algumas vezes, seu olhar era firme em mim, seus braços também, eu sentia-me única.

— Agora me diga, como eu nunca a notei?

Um pequeno sorriso brotou em meus lábios e senti-me mais leve, ele queria manter um assunto, isso era bom, não!, isso era ótimo.

— Talvez eu não quisesse ser notada.

Apoiei minhas mãos em seu peito e arrisquei um olhar para seus lábios, não me contendo ao desejo, o beijei.

Podia dizer que já estava viciada nesse ato, Jake também parecia gostar. As coisas começaram a esquentar, seus mãos ficaram mais desinibidas e meu corpo suplicava por algo novo.

Me afastei dele ofegante, meu peito subia e descia. O garoto não parecia estar muito diferente, eu sentia a excitação que saía de seu corpo e era bom.

— Que tal irmos para outro lugar? Aqui está muito quente – ele deu um sorriso de canto que fez meu coração derreter, eu faria qualquer coisa que ele pedisse.

— Sim, vamos.

Incrivelmente Jake pôs seu braço por sobre meus ombros e guiou-me para fora da casa. Todos os olhares estavam sobre nós, alguns incrédulos, alguns espantados. Passei por uma Mary eufórica, a garota parecia querer vir até mim e me rodopiar no ar. Apenas sorri e acenei para a garota, ela jogou-me um olhar malicioso.

Internamente meu corpo parecia fervilhar, eu parecia não acreditar realmente nisso. Porém era real, Jake estava aqui, comigo. Eu havia experimentado de seus lábios experientes.

Logo estávamos em sua picape, ele tomava o rumo de algum lugar que não sabia qual era, mas só de pensar que eu estaria lá com ele, fez-me sentir bem.

— Pra onde vamos? – perguntei ao garoto que dirigia, eu não conseguia esconder meu nervosismo.

Ele me olhou de soslaio.

— Para o paraíso – disse sorrindo e mostrando seus belos dentes.

Ri de sua afirmação.

— Não, é sério, Jake. Aonde vamos?

— Relaxe, Lizzy – ele me encarou de leve – Vamos nos divertir.


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Notas finais do capítulo



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