“Dê-me um pouco de atenção, Kunikida.” Ranpo pediu, manhoso.

Sentiu-o se debruçar sobre ele, pondo o queixo na cabeça de Doppo.

Olhou o relógio de soslaio, marcando o tempo. 32 minutos foi o tempo que Ranpo se manteve quieto, ao menos, que não incomodou Kunikida diretamente. Era um recorde.

Não podia dizer que estava surpreso, já esperava que ele se entediasse enquanto Kunikida adiantava o trabalho do dia seguinte. Estava falando de Edogawa Ranpo, afinal de contas, e sendo assim, o caso era, por que o deixou entrar, então? Sinceramente, Doppo não queria admitir.

Ao menos, havia conseguido terminar de reler um caso complicado que precisaria averiguar na terça à tarde.

Largou a caneta na mesa e suspirou. De nada havia para quê reclamar, se não estivesse de acordo, até mesmo ansioso, com as consequências, não teria deixado Edogawa entrar no seu apartamento, muito menos, comprado uma torta naquela mesma manhã.