Os sonhos te levam para o futuro escrita por claradasideias


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Inspirada em uma história do Maurício de Sousa. Espero que gostem.



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A ciência já revolucionou o mundo, mas sempre há coisas novas para serem inventadas. Uma máquina do tempo, carro voador, um teletransporte, talvez uma impressora 3D. Opa! Já inventaram isso... Muitas pessoas, geralmente as melhores em matemática, acabam por seguir o ramo das invenções. Não só os matemáticos e físicos que podem fazer descobertas nesse sentido, médicos foram os protagonistas desta jogada.

Em 2018, um grupo de pesquisadores nos Estados Unidos, descobriu um método de controlar os sonhos de alguém e simular a ponto em que pareça que a pessoa esteja vivenciando aquilo. É um processo simples, você deita e toma um sonífero. Depois de aproximadamente 20 minutos, você entra no sono ren e um sonho pré-programado é reproduzido a partir de uma máquina conectada em sua cabeça. A história não está toda completa, pois funciona mais como uma viagem. Você pede: “Quero sonhar que viajei para Paris.” Simulam Paris em sua cabeça, porém o que ocorre lá, o seu cérebro que cria. Você pode ficar assim por no máximo duas horas, mas em seu sonho parecerá um dia inteiro.

Já que estamos falando de Paris, que tal irmos ver um paciente de lá que quis experimentar? Marinette Dupain Cheng.

Ela estava com o remédio na mão. Era uma coisa nova essa de viajar nos sonhos, mas ela já tinha acabado o ensino médio e ainda não havia se declarado para o Adrien, garoto de quem ela gostava. Agora era tarde, não sabia nem se o veria de novo. Queria experimentar a sensação de ser casada com ele e ter 3 filhos. Pelo menos por duas horas. Era assustador e tentador ao mesmo tempo. Sabia que se aparecesse um akuma não poderia se transformar, por isso já deixou seu parceiro, Chat Noir, de alerta. Disse que faria um exame. Mesmo assim, só pensava nessa possibilidade. Temia que isso a fizesse sonhar com um akuma.

Ela sabia que o processo não passava de um sonho realista e com um início definido, por isso precisava se controlar no que pensava. Não estava vendo o futuro, só sonhando. Engoliu o comprimido e esperou seu sonho de 5 anos no futuro.

Estava em frente a faculdade para a qual queria entrar, International Fashion Academy of Paris e lá estava sendo atacada por um akumatizado. Ela não pôde analisar muito bem o akumatizado porque seu poder era fazer as pessoas dormirem e infelizmente para ela, foi acertada. A última coisa que pensou foi: “Tikki, transformar!” e a última coisa que viu foi Chat Noir.

Quando acordou, não viu mais ninguém dormindo, nem nenhum estrago causado pelo akumatizado. Ladybug e Chat Noir a encaravam.

Beep, beep

Eram os miraculous apitando.

Primeiro Marinette olhou para o que mais chamou atenção dela, que foi ela. Ou parecia ser ela. Seu cabelo era mais curto que o dela e aparentava mais idade. Ao constatar que era ela dali há 5 anos, não resistiu e olhou para Chat Noir. Aquele era Chat Noir?! Estava com barba e isso mudava tudo. Seu corte de cabelo também mudou, (mudará, tanto faz) assim como o dela. Então percebeu a expressão curiosa deles. Foi aí que caiu a ficha.

Internamente, rezava para não ser reconhecida por nenhum dos dois, mas sabia ser impossível.

Beep, beep.

—Acho melhor eu ir. Nossas identidades precisam ser segredo. – disse Ladybug

—Mesmo agora? – ele perguntou

—Tchau, nos vemos à noite. - ela respondeu

Sem esperança, Chat Noir jogou sua última carta:

—Não quer saber quem é ela?

—Me conte à noite. – disse Ladybug ao partir

Beep, beep

—Marinette, não é? – ela assentiu e

Chat Noir sorriu vitorioso

—Ladybug podia jurar que não era. Agora ela está me devendo um beijo... – ele mudou sua expressão para frustração -Meleca! Não apostei nada com ela! Deixa para lá. Faz tempo que não nos vemos, como você está?

Marinette achou que ele a cantaria, pois estava acostumada com ele a cantando, mas ele não disse nada.

—Eu estou bem. Nada de novo.

—Como assim nada de novo?! Se passaram uns 8 anos desde que nos vimos na última vez, naquele caso com a Marionetista! Alguma coisa aconteceu – e ele fez uma cara de quem já sabia o que era - De qualquer modo, foi bom te ver, até.

Assim que ele foi embora, apareceu Ladybug.

—Quem é você? – ela perguntou desconfiada

—Eu sou você. – respondeu Marinette

Qualquer um que assumisse ser você e que lembrasse muito sua versão de 17 anos assustaria. Mas não Ladybug, ela já tinha se encontrado com si mesma, 5 minutos no futuro.

—E porque veio aqui? – perguntou Ladybug 

—Isso tudo é um sonho, um sonho onde sou casada com o Adrien. Eu queria ver isso antes de nunca mais voltar a vê-lo.

—Bom, quanto a isso... – disse Ladybug

—O que houve com o Adrien? – Marinette estava preocupada mesmo sendo um sonho. O que seu cérebro inventara?

—Não sei. Nos separamos depois da escola e... EUESTOUCOMOCHATNOIRHÁDOISMESES!

—O que?! Estou fadada a ficar com ele?

—Isso não é o futuro, é um sonho.

—Ou seja, o que eu acho de um futuro perfeito!

—Ei! O Chat Noir é legal. E eu sei que você gosta dele.

Marinette fez cara feia.

Alguns segundos depois, tudo ficou branco, cegando-a. Quando as coisas voltaram ao normal, ela se viu num campo verde, onde três crianças brincavam.

—Peguei! Está com você Hugo!

—Que droga! – e o suposto Hugo começou a correr atrás da menina que o tinha pegado

—Ei, tem eu aqui! – gritou outro

—Acalma aí, Louis. Agora é questão de honra. Eu te pego Emma!

—Hugo não pega ninguém, só pega cocô de neném! – disse a suposta Emma enquanto corria

Por algum motivo aquelas crianças pareciam familiares para Marinette. Mas ela não entendia porquê.

—Olá, podem me dizer onde estou? – perguntou

As três crianças olharam para ela ao mesmo tempo, assustadas

—Sai da nossa casa! – disseram em uníssono – Atacar! – e partiram para cima de Marinette

Apesar de serem novas, a mais velha devia ter uns 7 anos e mais nova uns 5, elas estavam começando a machucar.

Todo aquele barulho atraiu quem provavelmente seriam os pais das crianças, é um homem loiros e uma mulher de cabelos azuis apareceram para chocar Marinette.

“Por isso as crianças eram familiares. Estou no sonho certo agora. Adrien é meu marido e pai dos meus filhos!” pensava ela quando levou uma pancada na cabeça e tudo ficou escuro

Quando acordou, se viu em uma cama com duas pessoas a olhando. Ela poderia ter analisado melhor o local se não tivesse ouvido logo uma pergunta seguida de uma ameaça

—Quem é você? – perguntou a mulher

O homem segurava um cabo de vassoura rente ao seu pescoço, como se fosse uma faca.

Marinette podia compreender o lado deles, só não podia compreender porque Ladybug foi bem mais receptiva que Marinette adulta está sendo. Provavelmente, por causa de Adrien, que dificilmente veria uma explicação lógica.

—Sou Marinette Dupain-Cheng. – disse sorrindo

Ela percebeu que a vassoura foi guardada e que Adrien se pronunciou:

—Então Marinette estava certa... E o que faz aqui?

Ela corou profundamente antes de responder rapidamente:

—ISSOÉUMSONHOSIMULADOONDESOUCASADACOMOADRIEN!

—Nossa Mari, você é mais louca do que me conta... Brincadeira, – falou depois de receber um olhar mortal – eu também fui num negócio desses.

Nesse momento ouviu-se um barulho alto.

—Adrien, vou pegar água para mim. Você quer?

—Não Mari, vou pegar uma garrafa de vinho lá em cima. Já volto!

Os dois sumiram em frações de segundos. E de repente, Marinette acorda.

—Me desculpa ter acabado antes da hora, senhorita. Foi o akumatizado, não foi? – perguntou o médico

—Foi sim, mas está tudo bem. Aqui está o dinheiro – ela pagou- e fui!

—Espere! Senhorita! Não saia, é perigoso! Fique, é mais seguro!

Mas Ladybug já estava longe.

—Olá Chat.

—Olá My Lady. Não iria fazer um exame?

—A fila estava curta e fui logo atendida.

Chat Noir sorriu e juntos atacaram o akumatizado.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, espero que tenham gostado, comentem o que acharam e até mais!



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