A ilha - Livro 2 escrita por Letícia Pontes


Capítulo 13
Capítulo 12 - De volta ao lar


Notas iniciais do capítulo

Esse saiu em menos de 24h



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PIETRA

As pessoas foram se retirando aos poucos do salão até sobrar apenas nosso grupo de amigos sentados em completo silencio.

—Preciso levar a planta até pérola, já chegou. – quebrei o silencio

—Você não vai – Ivo se agitou e franziu a testa enquanto falava – VOCÊ era o alvo, não vamos permitir que você saia por aí como se não fosse nada perigoso – ele olhou para os outros esperando apoio

—Ele esta certo – Eliana falou

—Eu vou – Fabricio disse

— Não – Ivo o interrompeu – Elas não vão te receber porque sentem medo, eu vou e resolvo esta merda – ele se levantou – aonde esta a planta¿

— Eu pego pra você – Eliana respondeu depois de perceber que eu não falava nada e saiu sendo seguida por ele

—Eu distrairei a recepcionista – Fabricio se levantou e saiu

IVO

Assim que saí do hotel, cobri minha cabeça com o capuz e corri em disparada para encontrar a sereia. Não podia voltar para alugar barco com aquele gordo desgraçado então fui até o bote que Pietra havia me falado á alguns dias e fui o mais rápido que pude até o local de sempre. Eu não sabia como encontraria as garotas mas eu torcia para ser capaz de conseguir essa sorte. O sol estava queimando naquele dia, eu suava e meus braços doíam de tanto remar desesperadamente. Parei mais de duas vezes para tomar fôlego e para descansar meus braços.

Quando estava finalmente no local aonde sempre encontrávamos com as garotas eu percebi que sem uma âncora seria fácil eu perder a canoa e ficar preso ali então pensei rápido e fui com a canoa até a pedra que Pérola estava quando eu a conheci, desci da canoa para cima da grande pedra e puxei com dificuldade o pequeno barquinho pesado para deixa-lo em cima dela. Tomei fôlego por uns dois minutos e pulei no mar mergulhando fundo a fim de ter a sorte de encontrar uma das duas.

PIETRA

Assim que entrei no quarto desabei a chorar novamente e as meninas todas me abraçaram num circulo caloroso.

— Não se culpe – Greta falou baixinho e notei que ela também chorava

Me afastei delas enxugando as lágrimas e peguei minha mala colocando em cima da cama e comecei á arruma-la enquanto pensava em mil coisas ao mesmo tempo, mas o mais importante: Será que o Ivo esta bem¿

Andei de um lado para o outro no quarto durante muito tempo, depois de arrumar a minha mala. O dia foi passando muito devagar e eu ia a cada 20 minutos no quarto dos meninos para saber se o Ivo havia voltado. Estava entrando em desespero quando chegou a hora do almoço e ele não apareceu.

—Vamos almoçar, você nem tomou café da manhã. – Ingrid me chamou pela segunda vez

—Eu não quero.

Ela me encarou alguns segundos e saiu me deixando sozinha no quarto.

IVO

Eu estava morrendo de fome e cansaço de tanto nadar e voltar a superfície. Sentei novamente na pedra e respirei fundo segurando as lágrimas, O sol estava queimando e mesmo molhado eu sentia o calor ardente. Comecei a empurrar a canoa de volta para a agua e observei a caixa com a planta que eu havia deixado dentro dela. A melhor opção seria deixar a planta em cima da pedra e no dia marcado Pérola á encontraria. Retirei a planta da caixa e encaixei o vaso entre as pedras de forma que aparenta-se ser apenas uma planta nascendo ali, para que não vissem o vaso.

Quando finalmente cheguei na praia novamente, senti meus braços e pernas doloridos como nunca. Deitei na areia e esperei vários minutos ali para poder voltar para o hotel.

—Você não deveria ter saído – Genevive reclamou assim que entrei no saguão e olhava em volta vorazmente para ver se alguém me via entrar ali. – Se o Lucas descobre que você saiu sob minha supervisão, vou ser demitida!!

Entrei sem responde-la e subi direto para o quarto de Pietra para contar como havia sido e fui recebido por uma Pietra furiosa.

PIETRA

—Aonde você estava¿ Tem noção do tempo que demorou¿ - eu estava com o coração na mão achando que havia condenado Ivo ao aceitar que fosse em meu lugar

— Não ás encontrei – ele parecia exausto – mas dei um jeito de esconder a planta no local de encontro. – ele se jogou na cama deitado de barriga para cima

Sentei ao seu lado em silencio e nos mantivemos calados durante bons minutos até ele quebrar o silencio.

—Já almoçou¿

—Não.

—Quer descer comigo¿

IVO

Pietra sabia disfarçar muito bem para os outros, mas não para mim. Percebi que ela não estava comendo, apenas mexendo na comida de um lado para o outro e de vez em quando colocava um pedaço pequeno de carne na boca no qual se demorava muito tempo mastigando. Pelo humor que ela estava naquele dia, preferi não comentar sobre isso, era óbvio que ela não estava bem.

Ela subiu rapidamente após comer e fiquei sentado ali durante bons minutos sem saber o que fazer. Comecei a pensar sobre o que havia acontecido com Pamela e no que será que a policia já havia descoberto até então. Me deu um calafrio de pensar que estávamos todos envolvidos e que isso poderia sobrar MUITO pra gente.

Quando acordei na manhã seguinte a minha cabeça estava doendo por ter dormido mal. Escovei os dentes e desci com minha mala para o saguão era exatamente cinco da manhã. Só havia sido combinado de descermos ás seis.

PIETRA

Descemos ás quatro juntas quando deu seis horas em ponto. Todo mundo parecia não estar bem. Óbvio. Sentei ao lado do Ivo no sofá da recepção e ficamos em silencio até a hora da partida.

Desta vez Lucas nem se incomodou em dizer quem sentaria aonde, isso não era mais relevante. Todos só queriam chegar em casa. Sentei ao lado do Ivo que pareceu surpreso pela minha atitude. Eu também estava. Eu não sabia o que aconteceria depois de chegarmos em casa então quis ficar o mais próxima possível dele.

—Que que eu passe na sua casa hoje para irmos juntos ao funeral da Helena¿ - a primeira frase dele foi meio sem jeito

—Não precisa – tentei ao soar grosseira - vou com meus pais.

Na noite anterior eu havia recebido varias chamadas de meus pais – que não atendi e muitas mensagens sobre como seria o dia seguinte e de conforto emocional. Não que elas houvessem ajudado em algo, mas ao menos se importavam.

—Tudo bem – ele pareceu chateado

—Como você acha que vai ser o ano que vem¿ - perguntei o que eu havia pensado tantas vez

Ele ficou em silencio alguns segundos antes de segurar minha mão e me responder

—Vai ser difícil.


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