A ilha - Livro 2 escrita por Letícia Pontes


Capítulo 10
Capítulo 09 – Revelações


Notas iniciais do capítulo

Estou em época de provas na faculdade e por isso esta difícil escrever algo



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Meu rosto latejava e eu sentia um misto de sangue na boca, dor de cabeça e  uma tentativa de entender o que tinha acontecido. Demorou uns 30 segundos até eu conseguir realmente me levantar com lucidez. Me olhei no espelho.

—Então é assim que alguém fica depois que apanha. – meu rosto estava vermelho e havia sangue saindo do meu nariz e boca, peguei papel higiênico e o sequei, a fantasia parecia ainda mais assustadora com esse sangue no rosto.

A porta do banheiro abriu de repente num estrondo e Fabrício e Ivo entraram rapidamente assustados. Ivo exclamou um palavrão e veio seguido por Fabrício em minha direção.

—Não acredito que ela realmente fez isso – Fabrico parecia chocado

Os meninos limpavam meu rosto irritados e reclamando mais para si mesmo do que um para o outro ou para mim.

— Como que você não fez nada, Pietra? Não consigo entender – Ivo parecia indignado – deveria ter revidado

— Olha bem para a minha cara de quem sabe brigar – eu falei seca ainda chateada -  Como souberam?

—Ela fez questão de me contar – Ivo falou – E o Fabrício ouviu pelo jeito, nem vi que estava me seguindo até entrar aqui

Fabrício revirou os olhos com o tom que Ivo usou e continuou me ajudando a ficar apresentável novamente.

—Porque ela fez isso? – Ivo perguntou

—Não é óbvio? – Fabrício olhou incrédulo pra ele – Por sua causa. – O tom de Fabrício era obviamente para tentar atingir Ivo com a culpa e aparentemente havia funcionado. Ivo me olhou rapidamente com a testa franzida

—Como assim?

—Porque ela é afim de você e acha que nós dois temos algo – a resposta era óbvia mas pelo jeito Ivo era tapado o suficiente para não entender

—Eu vou acabar com ela – nem tive tempo de responder ele que jogou o papel higiênico que estava na mão me limpando e saiu apressado pela porta do banheiro.

Tentei chama-lo mas ele já tinha saído, pulei de cima da pia aonde estava sentada e abri a porta do banheiro dando de cara coma  multidão barulhenta mas sem sucesso ao procurar por ele. Fabrício me seguia falando alguma coisa que foi abafada pela musica alta e gritaria e eu só segui procurando pelos dois. Fabrício me perdeu de vista e eu decidi que iria ligar para Ivo, quem sabe o celular dele vibrasse, já que com certeza ele não ouviria toque nenhum naquela barulheira.

Abri a porta da boate e saí para o silencio já pegando meu celular para achar sue contato, antes de o fazer eu ouvi a voz de Jemima em claro e bom som e parei aonde estava..

—Porque sim! Você é um traidor, disse que havia superado mas é um mentiroso.

—Eu nunca disse que havia superado, você sabia muito bem disso.

—Mas você sempre agiu como se á odiasse desde aquele dia – ela gritava incrédula

—Não interessa como eu agi, você sabia que eu gostava dela desde sempre e sabia que eu não sentia anda por você. E independente de tudo isso, ela não sabe e ela não te fez nada para você chegar a bater nela.

—ELA ROUBOU VOCÊ DE MIM – Ela gritou com a voz falhando em um inicio de choro

—Não venha com suas lágrimas de crocodilo, Jemima. Você é uma garota de coração frio, não apenas uma rebelde como eu e Quirino, eu não quero ter nada a ver com você. Não quero nem mesmo proximidade então por favor para de vir aras de mim. Vamos cada um cuidar da própria vida.

—Você ainda a ama? – Ela parecia não querer terminar o assunto

—Essa palavra é muito forte – ele cortou o assunto e ouvi passos vindo na minha direção

—Você não me respondeu – ela falou calmamente – Você esta apaixonado por ela?

O silencio perturbou a minha impaciência , me coração estava disparado enquanto lembranças do passado começaram a remoer dentro de mim. Eu lembrava claramente agora. Assim que cheguei naquela escola ainda criancinha, Ivo me seguia pra todo lado. Mas assim como toda criança, ele apenas ficava me irritando. Jogando bola de papel em mim, me chamando de olho de gato ou cabeça de fogo e eu apenas corria atrás dele para bater ou gritava de volta. No mesmo ano ele fez uma cartinha para mim aonde eu deveria marcar se sim ou não sobre querer ser a namorada dele e também haviam corações em volta de dois bonecos de palito desenhado com os nomes “eu” e “você”. Eu havia marcado “não” e também escrito dentro de cada coração mais “nãos” e em todo lugar possível da folha eu escrevi essa palavra e joguei o papel amassado nele com muita raiva. Eu era só uma criança, mas como dizem: quem bate esquece quem apanha não.

—Eu nunca estive mais apaixonado

A resposta dele me acordou de repente mas já era tarde demais para sair dali, ele havia se aproximado e eu não tinha percebido, então ele me viu parada ali com a boca aberta e o celular na mão. Pisquei repetidas vezes rapidamente assim como eu fazia quando estava nervosa demais e virei as costas entrando na boate novamente e me perdendo na multidão fazendo varias voltas com medo de que ele estivesse me seguindo. Mas ele não estava.

Sentei em uma poltrona qualquer sem prestar atenção ao meu redor e fiquei parada olhando pro chão e pensando em tudo aquilo. Era eu então a garota que ele havia me contado no restaurante? Era realmente eu? Alguém estava sentado do meu lado e se aproximou do meu ouvido para falar algo

—Ta me ouvindo?

Levei um susto e me afastei rapidamente até ver que era Felipe que ria do meu susto

—Eu tava te chamando e você aí viajando na maionese

—Foi mal – gritei para que ele me ouvisse

—Quer dançar? – Felipe não parecia ser alguém que era interessado em mim como Ivo havia dito , mesmo me chamando para dançar ele ainda parecia o mesmo moleque zoeiro que sempre havia sido e que só tava me chamando pra dançar porque ele chamaria em qualquer situação qualquer uma ali

Levantei e fui pra pista com ele imitando uma dança sem noção que ele fazia misturando um monte de tipo de dança só pra fazer graça. Estava ali fazia alguns minutos, a minha presença física estava ali mais meus pensamentos estavam muito distantes, de repente me lembrei que tinha que ir para a casa do Igor e me despedi apressadamente de Felipe enquanto ia na direção dos meus amigos.

—Chegou a hora – falei para eles que me olhavam preocupados – Não posso me atrasar, tenho medo do que pode acontecer.

—Deveríamos chamar a policia – Fabrício continuava com essa ideia -  Eles te protegeriam

—Até quando? – reclamei – você acha mesmo que esconderiam o fato de eu ser uma sereia? Acha mesmo que isso ficaria em segredo pra sempre?

Eles se mantiveram em silencio sem argumentos e então seguimos todos para a direção da porta.


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Notas finais do capítulo

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