Tell Me If You Wanna Go Home escrita por Bellice


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Capítulo Único – Tell me if you wanna go home

 

Mia não estava prestando atenção no que acontecia ao seu redor. Ela ouvia vagamente os risos fofos de sua filha em resposta ao que David, seu noivo, estava falando para ela; ouvia o som calmo, mas ao mesmo tempo assustador para ela, do jazz que vinha do Home Teather da sala. Contudo, nada disso importava. Depois de sete anos longe de Los Angeles, depois de sete anos longe dele, ela voltou a vê-lo. Por acaso. Por um maldito acaso. Seria o destino zombando dela, ou apenas um azar extremo? Ela não saberia dizer.

Por que David quis entrar logo naquele lugar? Sebastian tinha realizado seu sonho, afinal. Era dono de um clube de jazz conceituado, no centro da cidade. Não havia sido no Samba e Tapas, e por um momento ela pensou em como deve ter sido difícil para ele ter aberto mão do local original de seu sonho. Sabia como ele era teimoso. Além do local, ele abriu mão, também, do nome em que tinha pensado. Após saírem do clube, ela viu o nome e o logo, o logotipo que há muitos anos ela havia desenhado para ele, e que foi imediatamente rejeitado por Sebastian. O que tudo isso queria dizer? Ele fez renúncias, ele finalmente fizera algumas renúncias. Porém, depois de sete anos, isso não importava mais, importava?

   A lição que Mia aprendeu depois de todos esses anos afastada, era que amor também era renunciar algumas coisas, e que os dois, no passado, não souberam fazer isso. Não era possível que ela filmasse o filme em Paris e voltasse para Los Angeles, voltasse para Sebastian? Era. Não era possível que Sebastian fosse com ela, começassem uma vida juntos em Paris? Era. Poderiam ter achado uma saída para que continuassem juntos, mas não quiseram. Seus sonhos pessoais foram mais fortes do que o sonho de construírem uma vida juntos. A pergunta que ficava ecoando em sua cabeça era: teria valido a pena tudo isso?

   Agora era uma atriz famosa, rica, com uma filha e um noivo. Sua vida havia mudado, contudo, seus sentimentos por Sebastian ainda eram os mesmos. Continuavam intactos. Mia teve essa certeza assim que o viu no palco do clube de jazz, mais lindo ainda do que antes. Todas as suas lembranças –daquele tempo, de Sebastian, de sua tentativa de vida junto dele – vieram à sua mente, perturbando seu coração.

  –Amor, acho que deveríamos dormir. A pequena já partiu para o mundo dos sonhos. –Brincou seu noivo, com sua pequena filha nos braços, adormecida. Seu coração se apertou mais, de angústia e tristeza. Por que não conseguia esquecer Sebastian? Já tinha muitos motivos para ser feliz: uma filha que havia adotado há dois anos, um noivo que amava... por que não se contentava com a vida que tinha? Porque faltava Sebastian. O que ela podia fazer a respeito? Quando fora embora de Los Angeles, Mia sabia que não havia final feliz para os dois. Tinha sido o fim. Não tinha?

—Não dá. –O noivo de Mia franziu o cenho, confuso.

—Não dá? Do que você está falando?

—Eu tenho que ir, David. Coloque a Melany na cama para mim, por favor? –Ela não esperou uma resposta. Pegou sua bolsa e correu para seu carro, dando a partida em seguida, rumo ao clube de Sebastian. Torcia para que ele ainda estivesse lá, que o clube ainda não tivesse fechado. Não fazia ideia de que horas eram, e nem queria saber, na verdade, pois sabia que se parasse para pensar, perderia a coragem de procurá-lo imediatamente.

  Sentiu-se um pouco culpada por deixar sua filha com David. Talvez estivesse sendo abusada demais, sem noção demais. David era seu noivo, mas Melany foi adotada por Mia antes de eles terem algum compromisso. Foi destino, na verdade. Uma colega atriz de longa data, que conheceu assim que chegou em Paris, estava grávida e com uma doença muito grave, não teria tempo de vida para cuidar da criança, e pediu a Mia que ficasse com ela e cuidasse da criança como se fosse sua. Mia achou a ideia absurda no início, mas sabia que não podia negar isso à sua colega. Ela havia a apoiado em Paris quando ninguém mais apoiou, e ficaram amigas quase que imediatamente. Nem Daiany, sua amiga, nem ela, sabiam quem era o pai de Melany, e Mia achava melhor assim. Era sua menininha, sua pequena produção independente. Seu noivo tinha simpatia pela criança, certo afeto, mas não chegava a tratá-la como filha. Era sempre chamada por pequena, ou pelo nome, com certo distanciamento. Inclusive, ela sentia que a situação o deixava desconfortável. Não gostava de pensar em Mia como mãe solteira, não se referia a ela como mãe de Melany. No fundo, ele nunca aceitara ou aprovara a adoção. Não que Mia se importasse com a opinião dele. Nada mudaria seu amor por Melany. Fora a decisão mais acertada de sua vida.

Finalmente, ela chegou em frente ao Clube de Jazz Seb’s. Deixou seu carro estacionado de qualquer jeito e correu apresada para a porta do estabelecimento. A atriz podia ver que havia uma luz acesa dentro do local pela fresta que vinha por debaixo da porta, mas esta estava trancada. Sebastian ainda estaria lá, ou apenas esqueceu a luz acesa? Ela não sabia dizer, mas rezava para que estivesse correta a sua primeira dedução. Mia não sabia se teria coragem em um outro momento para procurá-lo de novo e de dizer-lhe tudo: de como havia sido difícil esses anos longe dele, de como era cansativo manter uma fachada de pessoa completa e realizada, de como o amava demais e de como se arrependia de não ter insistido para que ficassem juntos e enfrentassem o que viesse, não importando o quão difícil fosse.

Ela bateu na porta, com firmeza o bastante para que ouvissem lá de dentro. Contudo, após alguns segundos, ainda não havia escutado nada, nenhum barulho, nenhum sinal de movimentação no interior do clube. Mia suspirou em frustração. Já sentia as lágrimas molhando sua face e sentiu o peso de suas escolhas sob seus ombros. Limpou rapidamente, com as palmas das mãos, as lágrimas que escorriam devagar. O que algum paparazzi venderia aos jornais se tirasse uma foto dela naquele estado?

—Merda. O que fiz da minha vida? – Sentir-se fútil por pensar nisso em uma hora dessas, mas não podia evitar. Ser uma atriz de sucesso e ter seu talento reconhecido era o seu maior sonho, porém, era difícil. As coisas não eram tão maravilhosas como ela havia imaginado que seria. Ser talentosa, no fim das contas, não significava nada se você não fosse além disso, se não fosse a puxa-saco do diretor ou a queridinha de Hollywood. Ela sentia falta da simplicidade. Da vida sincera. Sebastian era sincero com ela, além de sempre tê-la incentivado a não desistir. Afinal de contas, ele mesmo não a levou naquele seu último teste decisivo? Sem ele, ela não seria nada do que era agora. Deveria agradecê-lo? Deveria xingá-lo? Não saberia dizer. Sabia, no entanto, que esses anos longe teriam sido mais fáceis com Sebastian por perto. Queria dizer isso a ele, precisava dizer isso a ele, mas a porta estava fechada e Sebastian inacessível.

Quando Mia se virou para ir embora, sentindo-se frustrada e extremamente triste por não conseguir falar com seu antigo namorado, ouviu um som baixo e melancólico, vindo do interior do clube de jazz. Ela reconheceu, quase que imediatamente, a música de Sebastian. Aquela música. A que ele tocou no restaurante, em dezembro, na primeira vez que o viu. Na primeira vez que se encantou por ele. Aquela música representava, antigamente, os sonhos de Sebastian, sua frustração por não conseguir realizá-los, e a incerteza de que se concretizariam em um futuro, perto ou distante. E agora? Ele lembraria de Mia quando tocava aquela música? Ele lembrou de Mia em algum momento desses últimos anos, afinal?

—Sebastian! -Mia gritou, não se importando se estava sendo escandalosa demais. Ela só precisava ver Sebastian mais uma vez, abraçá-lo e dizer que sentia muito, que sentia muito por tudo. –Sebastian! Por favor, abra a porta! –Ela bateu com mais força na madeira fria, continuamente, até ouvir passos do lado de dentro. Bom, ele havia ouvido afinal. Se abriria a porta para ela, era outra história.

—O que você está fazendo aqui? –Foi tudo o que Sebastian disse, surpreso, ao abrir a porta e deparar-se com seu antigo, mas tão presente, amor. Ele lançou um sorriso melancólico a Mia, e aquilo partiu o coração dela. Ele estava desconfortável com sua presença ali, triste até. Por sua vez, Mia sentia os velhos e esquecidos embrulhos no estômago, as famosas borboletas, retornarem com força. Apenas Sebastian provocava tantas sensações – boas, confusas – nela, ao mesmo tempo.

—Eu precisava ver você, falar com você. Faz tanto tempo... –Sebastian interrompeu-a, soltando uma risada amargurada.

—Mia, faz muito tempo. Tempo demais. Nós colocamos um ponto final na nossa história há muitos anos. Então, não venha me atormentar, por favor.

—Me deixe entrar. Por favor. Eu prometo que não vou demorar. Só preciso lhe dizer algumas coisas.

—E por que não me disse há sete anos atrás? –Sua voz transparecia frustração. Por que não havia dito tudo no passado? Faria alguma diferença? Ele sabia que Mia amava-o. Isso não impediu que a distância, ou a teimosia dos dois, rompesse com os seus laços.

—E por que você não me disse? –Ele, naquele último dia, havia dito que a amava. Havia dito que nunca esqueceria dela. Isso teria sido sincero?

Os dois se olharam, profundamente magoados. Não necessariamente um com o outro, mas sim com a vida, com suas decisões do passado. Ambos sabiam que nenhum era mais culpado do que o outro por terem tomado caminhos diferentes. Tinham sua parcela de culpa, e remoíam isso todos os dias. Sebastian deixou que ela entrasse, Mia passou a observar melhor o interior do clube. Tudo parecia milimetricamente planejado, e sorriu ao perceber como havia um pouco de Sebastian em tudo o que estava disposto no salão: as mesas, as cadeiras, a decoração, o palco.... Tudo era ele. Tudo era perfeito, como ele sonhara.

—Você realizou seu sonho.

—E você o seu, Mia.

—Está feliz?

—Com o clube de jazz?

—Com a sua vida. –Sebastian sorriu triste de novo, fez um gesto para que Mia se sentasse. Ele fez o mesmo.

—Essa é uma pergunta difícil de responder. O clube é ótimo, é o que eu sempre quis, é jazz puro. Mas, você sabe, falta alguma coisa. Eu olho para o passado e pergunto em que eu ponto eu errei. Tudo bem, eu errei em vários, eu era teimoso e difícil de lidar, mas... Criei uma ilusão em minha cabeça de que o futuro seria mais do que isso, porém, eu fiz as minhas escolhas, e estão feitas: não posso mudá-las.

—É claro que você pode, Seb. Eu também achei que a vida seria mais do que fama, dinheiro e falsidade. Eu realizei meu sonho, de fato. Mas a que preço, e para quê?

—Para que o mundo pudesse ver o quão talentosa você é. –Foi a vez de Mia lançar um sorriso tristonho a Sebastian.

—O mundo não liga para o talento de ninguém. Eu demorei muito tempo para aprender isso. Tudo o que eles querem é alguém que seja razoavelmente bonita e enormemente puxa-saco. –Ela percebeu que estava se abrindo demais, aquele não era o foco da conversa. –Desculpe.

 

Talvez

Você não tenha que sorrir tão triste

Rir quando você está se sentindo mal

Eu prometo que eu não vou persegui-lo

Você não tem que dançar tão triste

Você não tem que dizer que aceita

Quando, baby, você não aceita

—Está tudo bem. –O músico fixou seu olhar na atriz e, por um momento, esqueceram-se do peso de suas escolhas, do peso de ser quem se é, de quem se escolheu ser. –Você me perguntou o motivo de eu não ter lhe falado nada mais antes de você ir embora para Paris no passado. Era porque eu me sentia culpado, extremamente culpado. Eu não te apoiaria, Mia. Você merecia mais. Foi melhor que tudo tenha acabado, não foi?

—Culpado? –Mia parecia não crer no que ouvia. Sebastian sentia-se culpado pelo quê? Ela só queria que ele tivesse lhe pedido para ficar, queria que ela tivesse tido coragem de pedir a ele que fosse com ela. Qualquer coisa, qualquer alternativa que os mantivesse juntos, unidos, para sempre. –Eu só queria que nós dois tivéssemos ficado juntos, Seb. Você é o meu amor. Eu nunca me senti tão completa com outra pessoa, nem antes, nem depois.

—Naquela noite da sua apresentação, do seu monólogo. Eu fui no ensaio fotográfico da banda, e não na sua peça. Eu deveria ter estado lá. Você não entende. Aquele erro me persegue, e foi decisivo para a minha escolha no dia que você partiu. Eu não podia ir com você, porque não aguentaria te decepcionar novamente.

—Eu nunca deveria ter deixado você entrar naquela maldita banda de jazz. Não era para você, Seb. Você se destruía aos poucos nela, a cada dia que passava.

—Eu sei, mas graças aquela banda eu pude abrir meu clube de jazz, então.... Não sei, as coisas são contraditórias. Muitos erros foram cometidos, alguns necessários, outros não. Eu só desejava não ter errado com você, porque aí, não seria tarde demais.

Apenas me diga

A única coisa que você nunca me contou
Então me livre disso
Inferno, apenas me jogue

Sebastian prometera a si mesmo, quando vira Mia em sua porta, de que não falaria nada do que estava sentindo, não contaria seus arrependimentos. Porém, foi inútil. Vê-la ali, tão perto dele, mas tão inatingível, mexeu com o músico de uma forma inexplicável.

—Não é tarde demais, não é. –Não se importando com mais nada, Mia saiu de onde estava sentada e foi para o lado de Sebastian, no sofá a frente. Ela passou seus braços em volta do pescoço dele, e o trouxe para mais perto dela. –Eu te amo. Por favor, não desperdice isso. Eu voltei para Los Angeles, e eu posso e quero voltar para você. Por favor, amor. Diga que você ainda me ama também. Nós aprendemos com os erros.

Se você está me levando para casa

Diga-me se eu estou de volta ao meu caminho
Devolvendo um coração que está em empréstimo
Diga-me se quiser ir

Porque eu não tenho certeza

Como voltar para lá
E eu simplesmente não posso suportar
Se você não estiver lá

 

—É claro que eu te amo. Eu nunca parei de amar. – Sebastian afastou-se do abraço de Mia para que pudesse olhar seu rosto, tocar sua pele macia. Ela estava tão bonita, mais do que antes. O coração de Sebastian pulava de satisfação ao vê-la novamente. Deseja que voltassem a ser um casal. Sentia falta dos planos que construíram juntos, dos sonhos que, por algum motivo, não chegaram a sair da cabeça dos dois. No entanto, sabia que Mia estava noiva. Sabia, pelos jornais de fofocas, que Mia adotara uma criança. Ela já possuía uma família, então que direito tinha ele de se meter nisso? –Mas você e eu não fomos feitos para ficar juntos. Você já tem uma família, sem mim. E está feliz assim, não está?

—Eu tenho uma família, sim. Sou eu e a minha filha, Melany. Porém, há uma vaga para você. –Ela brincou. Chegara novamente perto de Sebastian e, assim como ele fazia com ela, olhava para seu rosto, tentando gravar cada detalhe dele, acariciando-lhe a barba por fazer. Havia sentido muita falta disso, dele, e desses momentos.

—E seu noivo?

—É só terminar. –Ela sorriu, tranquila. –Você sabe, famosas acabam seus relacionamentos com muita facilidade, e ele meio que já esperava por isso. Sabia que meu coração pertencia a outro.

—A outro, é? –Sebastian não lutou mais contra seu sentimento: queria ter Mia de volta, e se ela desejava o mesmo, não tinha motivo para que isso não ocorresse. O músico passou a dar beijos molhados no pescoço da atriz, como sabia que ela gostava. O coração de Mia acelerou como há muito não acelerava, sentindo o toque delicado e gostoso de seu único amor. Apesar do tempo que passaram afastados, nada mudara: ela ainda era dele em cada parte de seu corpo. –E quem seria?

—Você. Só você. –Seguida pelos seus instintos, Mia fez, finalmente, o que há muito queria: puxou Sebastian para um beijo. Sua boca era quente e convidativa, e quando sua língua encostou na dele, sentiu como se todo o seu corpo fosse tomado por uma onda de eletricidade. Sentir tudo isso era mágico, surreal. Era assim que deveria ter sido desde sempre, era assim que desejava seu futuro, daqui para frente: cheio de amor, paixão, vida!

Sebastian, ao beijá-la, sentia o mesmo. Sem Mia, nunca teria uma vida realmente plena. Ela era o seu algo mais, aquilo que faltava para sua vida ser completa. Ela fazia com que ele se sentisse vivo, muito vivo.

—Vamos para a nossa casa. –Ele sussurrou. Mia ficou surpresa e feliz ao mesmo tempo.

—Você ainda mora lá, na nossa casa?

—Como eu poderia dar adeus ao lugar em que passei os meses mais felizes da minha vida? –Ele sorriu, levantou-se, e puxou Mia pelo braço, conduzindo-a para fora do Clube. Antes de irem para casa, finalmente, teriam de buscar outra pessoa, e ele sabia disso. –Eu acho que aquele nosso quarto vazio daria um belo quarto para a nossa filha, não?

—Nossa filha? –Mia não poderia estar mais feliz. Sebastian era maravilhoso e, sem nem ao menos conhecer Melany, já estava considerando-a com tanto afeto, tanto amor.

—É claro. O que é seu, é meu também. Somos um casal, finalmente, e um casal tem filhos. Melany é a primeira de muitos.

 Os dois riram, e seguiram em direção à casa alugada em que Mia estava hospedada com Melany e David. Mia ainda teria que explicar tudo ao seu noivo e pedir imensas desculpas, mas não estava se importando muito com isso. Após muitos anos de sofrimento e saudade, estava em paz: consigo mesma e com Sebastian. O futuro, mais do que nunca, parecia maravilhoso.

 

FIM


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Digam nos comentários!
Até uma próxima :)



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