I hate to like you escrita por Potter


Capítulo 1
1º Capítulo - Convites.




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Quarta-feira | 14h00

Estava perambulando pelo shopping, em busca de algum vestido para o baile de sábado. Por mais que eu não tivesse sido convidada até o presente momento, também não me importaria de ir só.

Tinha convidado Gina para vir comigo, mas ela marcara de dar um passeio com Simas, seu par. Como nunca me importei em sair sem companhia, decidi ir mesmo assim.

 

 

Após muito andar e entrar em várias lojas. Consegui achar um que me agradasse, e marquei para fazer o cabelo, maquiagem e unhas. Bem, sozinha ou não, queria me sentir bem e bonita.

Passei tantos anos me desprezando que finalmente escolhi parar para pensar. E, bem, uma garota no segundo ano do ensino médio já está mais que na hora de se valorizar.

Cheguei em casa com algumas sacolas em mãos e subi para o meu quarto. Coloquei minhas coisas no guarda-roupa e me larguei na cama, pegando o celular e vendo uma chamada perdida de Harry. Retornei.

— Ei. Por que me ligou? - Perguntei assim que o ouvi atender.

— Você saiu tão rápido da escola hoje. Que houve?

— Tava com pressa pra chegar em casa... - Respondi, tentando demonstrar confiança na voz.

— Sério? - Ele definitivamente não acreditara. - Ou foi por ter visto um certo Weasley convidando Lilá?

— Por que diabos eu me importaria com quem o Rony convida ou deixa de convidar para o baile?

— Não sei. Me diz você.

— Me ligou só pra encher o saco, Potter. - Bufei.

— Um dos meus hobbies favoritos. - Pude ouvir sua risada ao fundo.

— Engraçado você vir falar disso. - Me ajeitei na cama, lembrando de algo. - Como se atreveu a perder a chance de chamar a Gina para o baile?

— Talvez por ela ser irmã do meu melhor amigo. - Harry falou, ríspido.

Gina Weasley é irmã de Rony. Um ano mais nova que a gente, sempre lançou diversas olhadas para o Harry, e ele sempre gostou dela. Mas aparentemente o fato dela ter Ron como irmão era um grande problema.

— Quando vai parar de se importar com isso? - Indaguei. - Aposto que ele nem ligaria.

— Claro que ligaria. Mas de qualquer forma ela já tem par, então essa nossa briga não vai dar em nada.

— Você é tão mole... - Revirei os olhos antes de me despedir dele e desligar o celular.

Tirei um cochilo e quando despertei já eram 18h, e eu havia me esquecido completamente que prometi para os meus pais que o jantar era por minha conta e que eu faria uma lasanha.

Pulei da cama e me olhei rapidamente no espelho, vendo se minha cara estava amassada demais. Calcei os tênis e peguei minhas chaves, saí de casa e rumei para o supermercado, uns dez minutos de caminhada.

Entrei e peguei um carrinho pequeno, fui empurrando-o até a sessão de massas, onde peguei algumas coisas. Enquanto escolhia todos os ingredientes, tocaram no meu ombro, gentilmente, e me virei para ver quem era.

— Oi! - O cumprimentei, surpresa. - Vitor Krum, não é?

— Isso. - Ele sorriu em resposta. - Hermione Granger?

— Exatamente. - Mantive um leve sorriso, sem saber porque ele havia me cumprimentado.

Vitor Krum é um dos muitos garotos populares do terceiro ano, sempre atraiu a atenção de boa parte das meninas. E sempre fora um ótimo jogador de futebol, sendo o capitão do time. Estranhei ele ter vindo falar comigo considerando o simples fato de nunca termos trocado nem duas palavrinhas, nunca nem nos cumprimentamos. E de repente ele surge assim.

— Mora por aqui? - Ele continuou me acompanhando enquanto eu pegava o que precisava. E ele pegou umas coisas também.

— Alguns minutos de caminhada, mas não é assim tão longe. - Dei de ombros, percebi que ele queria manter uma conversa, então decidi perguntar. - E você?

— Bem pertinho também. 

— Acho que peguei tudo que precisava. Até mais, então. - Acenei com a cabeça, mas ele continuou perto.

— Posso te acompanhar até em casa? - Fiquei por alguns segundos encarando aquele rosto sem saber o porquê daquela simpatia repentina, não que ele aparente ser rude ou algo assim. Só estava completamente confusa.

— Claro. - Sorri. 

Fomos para o caixa e cada um pagou suas coisas, saímos do mercado e seguimos o caminho para a minha casa.

— Semana difícil? - Ele me olhou.

— Um pouco, sabe como é, as provas são complicadas...

— Mas pelo que os professores comentam, você é bem inteligente. - Fiquei um tanto corada, receber elogios (por mais leves que sejam) me deixam envergonhada.

— Ainda sim se eu pudesse ficaria embaixo das cobertas assistindo filme, e nunca mais sairia de lá. - Gargalhei.

— Você não parece ser do tipo que sai bastante. - Arqueei uma das sobrancelhas. Vitor se enrolou um pouco para explicar. - Toda vez que vou falar com Harry ou com o Rony sobre futebol, você tá sempre calada, com um livro e seus fones, aparenta ser bem fechada.

— Ah, eu até saio. Mas raramente, e em geral me solto mais quando estou com os amigos mais próximos, porém ler e ouvir música são minhas paixões. Tô sempre fazendo isso na escola.

Falamos de qualquer bobagem que nos distraiu por um tempo, então paramos na porta da minha casa.

— Chegamos. - Anunciei.

Ele parou na minha frente e parecia meio nervoso.

— Queria saber se você gostaria de... - Krum foi bruscamente interrompido pela porta da minha casa que se abriu, e a cabeça da minha mãe surgiu lá fora. 

— Filha! - Ela sorriu ao me ver. - Estávamos tentando te ligar. - E olhou para Vitor. - Olá.

— Eu tinha ido no mercado comprar as coisas, como prometi fazer o jantar. - Ri pelo nariz. - Mãe, esse é Vitor Krum, estudamos juntos. E Vitor, essa é minha mãe.

Vitor ia segurar a mão dela e cumprimentá-la formalmente, mas ao invés disso minha mãe lhe deu um abraço apertado.

— É um prazer, Sra.Granger. - Falou.

— Não faça com que eu me sinta velha, rapaz. Me chame de Marina. 

— Tudo bem, Marina. - Fiquei encarando os dois, sem saber muito o que aconteceria.

— Por que não janta conosco, filho? - Ela o convidou. - Vai provar a saborosa lasanha da Mione.

— Eu ia adorar! - O garoto exclamou, mas logo se lembrou de mim e me olhou. - Só se não for te incomodar, Hermione.

— De jeito nenhum, pode entrar. - Concordei, e todos entramos.

Meu pai estava sentado no sofá da sala, assistindo TV. E desviou sua atenção para nós assim que adentramos o cômodo.

— Amor, esse é Vitor Krum. Um amigo da Mione. - Minha mãe foi logo apresentando. - Vitor, esse é meu marido, Natan Granger. 

— Boa noite, Sr.Granger. - Eles deram um aperto de mãos e meu pai veio me dar um beijo na testa.

— Estou ansioso pela lasanha. - Contou, passando os braços ao redor dos meus ombros.

— Deve ser realmente boa. - Vitor comentou.

— É sensacional! - Meu pai se virou para ele. - Você vai adorar.

Pensei em deixá-lo com meus pais enquanto eu ajeitava o jantar, mas ele poderia ficar mais constrangido do que já estava. Então o chamei também, e fomos para a cozinha.

— Quer que eu faça algo? - Se ofereceu.

— Você cozinha? - Me surpreendi, começando a preparar tudo.

— Não queria dizer nada, mas sou um ótimo chefe de cozinha. - Deu um sorriso metido e eu ri alto. 

— Tudo bem, chefe. - Revirei os olhos, ainda rindo. - Isso significa que o próximo jantar vai ser preparado por você.

Só então percebi que eu praticamente havia pedido para ele me convidar pra alguma coisa. E ele, aparentemente também entendeu.

— Com certeza, vai provar os melhores pratos. - Prosseguiu com a brincadeira, percebendo que eu havia corado novamente.

No fim ele me ajudou a organizar o jantar e colocar tudo na mesa, nos juntamos e finalmente começamos a comer.

— Então... - Comecei, com expectativa, ao ver Vitor provar. 

— Aposto que a minha é melhor. - Se gabou e eu mostrei a língua. - Está realmente muito boa! 

— A Mione cozinha muito bem, já falei que ela deveria fazer a janta todos os dias. - Minha mãe me mandou a indireta. 

— Vocês me escravizariam de vez. - Respondi, e todos rimos.

O jantar se seguiu normalmente, continuamos conversando e meus pais adoraram o Vitor. Já estávamos conversando como se nos falássemos há muito tempo.

Terminamos de comer e ele disse que já estava muito tarde, agradeceu pelo jantar e se despediu dos meus pais, que falaram para ele voltar sempre que quisesse. Fui levá-lo até a porta.

— Eles amaram você. - Ri. 

— São bem simpáticos, você se parece muito com eles. - Ele voltara a ficar nervoso. - Voltando ao que eu ia te perguntar quando estávamos aqui...

— Sim. - O incentivei a prosseguir.

— Quer ir ao baile comigo? - Vitor cuspiu as palavras, como se tivesse sido extremamente difícil falar aquilo, depois tentou se arrumar. - Isto é, se você não tiver ninguém, o que eu acho difícil.

— Não tenho. - Gargalhei. - E sim, adoraria ir com você. Te passo meu número para combinarmos o horário depois, pode ser?

— Perfeito. - Ele abriu um sorriso de orelha a orelha, pegou meu número e me deu um abraço, depois foi embora.

 


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