After the Rain escrita por Stormy McKnight


Capítulo 7
Prazeres Noturnos


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem? Sétimo capítulo de After the Rain.

Boa leitura!



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Então Sarah me levou naquela noite, depois de Chinatown, para o albergue dela.

Nós pegamos o metrô na hora do rush, foi um pesadelo. Quando o trem finalmente chegou na nossa estação em Shinjuku, descemos.

Nós pegamos um táxi na rua, e Sarah passou o endereço do albergue para o motorista, que nos levou até lá.

Chegando no local, Sarah perguntou ao motorista quanto deu a corrida e após ouvir o preço, pagou na quantia certa. Nem mais, nem menos.

Agradecemos a corrida e saímos do veículo.

Fomos até a entrada. A parede era de tijolo à vista, e a porta de entrada era de vidro escuro e de correr. Ao pormos os pés, elas se abriram para nós.

Entramos.

Na recepção fomos atendidas por uma senhora de meia idade, bastante enxuta, cabelo chanel, brincos de pèrola nas orelhas, vestia um vestido de tule preto.

“Boa noite!”, a tal disse em um inglês fluente de certo modo.

“Boa noite”, Sarah replicou em inglês.

Nós nos aproximamos do balcão e fomos falar com ela.

“Olá, Reiko!” , Sarah a cumprimentou.

“Ah, Sarah! Bem - vinda de volta”, a tal Reiko disse em japonês.

E Sarah agradeceu da mesma forma.

A mesma então virou para mim e me apresentou a dona do albergue.

“Shizuka, essa é Reiko Mitsui. Ela é dona daqui.”

Então eu a cumprimentei.

“Muito prazer, sou Shizuka Murakami”

“Muito prazer, Shizuka”, Reiko retribuiu.

“Obrigada”

“Então Sarah, quem é a sua amiga?”, Reiko quis saber.

“Ela é…eu a conheci no Hanami, desde então somos amigas”, Sarah retrucou.

“Ah, entendi. Interessante que vocês se conheceram no Hanami”, Reiko comentou.

“A situação é a seguinte, ela perdeu os pais num acidente de carro, e...aparentemente ela não tem para onde ir, então eu pensei nela ficar aqui comigo…”, Sarah tentou persuadir Reiko.

“Que triste. Mas, ela tem dinheiro para pagar pela diária?”

“Não, mas…como as outras garotas, você poderia fazer aquele favor para mim. Você sabe que eu te pago bem”, Sarah balbuciou.

Que tipo de favor era esse?

Reiko fez uma reverência abaixando um pouco a cabeça e voltando.

“Sarah, do que você está falando, que favor é esse?”, exclamei. Eu estava muito assustada.

“Você vai ficar bem, Shizuka.”, Sarah retrucou.

Eu não entendi nada. Reiko saiu de trás do balcão e foi até mim.

Então ela ficou olhando para mim de cima a baixo e depois de baixo para cima. Parecia me inspecionar.

“Você é jovem...bonita...já esteve com uma garota antes?”, Reiko ficou curiosa.

“Já, mas… o que isso tem haver comigo?”, quis saber.

“Bem, todas as garotas que quiserem ficar aqui, mas não tem dinheiro para pagar a diária, devem pagar pedágio…”, Reiko se insinuou para mim.

“Pedágio?”

“Que tipo de pedágio?”

“É só uma pequena taxa…”, Reiko replicou.

“Você tem que basicamente dormir com a Reiko. Todas as garotas dormem com ela, exceto é claro, eu… eu pago as minhas diárias com o dinheiro da faculdade, e de uns serviços que eu presto...mas, isso é pessoal.”, Sarah revelou.

“Então...você está disposta, querida?”, Reiko jogou um olhar malicioso para mim.

“Eu prometo pegar leve com você…”

“O que eu devo fazer?”, pensei na hora.

Noriko não estava mais lá para me ajudar.

“Olha Shizuka, eu acho que você deve aceitar o pedido da Reiko. Você não quer aparecer desovada num latão de lixo no dia seguinte, quer? Você não duraria muito nas mãos da Yakuza…”, Sarah balbuciou.

“Yakuza? Você trabalha para a Yakuza, Sarah?!”, exclamei.

“Não, eu estou apenas… sendo realista”, Sarah devia estar blefando.

Mas, a parte da Yakuza era verdadeira.

“Eu não sei…”, fiquei chocada.

“Vamos, Shizuka! Não é tão ruim assim!”, Sarah tentou me convencer.

Verdade. Transar com outra garota não era ruim. Mas, o que me assustava era fazer isso com a Reiko, ainda mais com aquele jeito malicioso dela.

“Vamos tentar de outra forma. Você dorme essa noite comigo, e eu perdoo a sua primeira diária, se gostar, as próximas diárias serão por minha conta.”, Reiko tentou me convencer.

“Eu não queria mencionar isso, mas… você conhece um clube chamado, “Fire Dragon Social Club”?”, Sarah cortou.

“Fire Dragon Social Club?”

“É um serviço de acompanhantes de luxo, totalmente anônimo”, Sarah explanou.

“Acontece que a Reiko aqui, trabalha para a casa, e eu sou apenas uma olheira. Eu venho procurando por garotas para trabalhar no clube…”, Sarah contou.

“Mas, como você enxergou a Noriko?”

“A verdade é que Noriko não suicidou-se. Você viu o que queria ver, Shizuka. Você não sabe de toda a verdade.”, Sarah sussurrou.

O quê?! Então… Noriko não se matou? Então isso significa que o sonho que eu tive foi uma espécie de alerta? Noriko estava tentando me avisar de algo que eu não sabia?

Mas, porque ela me ajudou naquele dia chuvoso? Nada parece fazer sentido.

“Eu não estou afim de contar essa história e a Noriko ainda é um carma para mim…”, Sarah murmurou.

“Você está afim ou não, Shizuka?”, Sarah quis saber.

“Se não estiver… terei que arranjar outra garota.”

Não parecia haver outra saída, o jeito era aceitar dormir com Reiko, pois eu estava com medo do que esse tal “Fire Dragon Social Club” podia fazer.

Então...após um breve suspiro, eu resolvi dar uma resposta a Sarah.

“Minha resposta é...sim.”

“Boa menina. Reiko vai te acompanhar até o dormitório dela..”, Sarah retrucou.

Eu precisava saber o que realmente houve com Noriko e se ela estava viva ou não.

Então eu fui com Reiko para o dormitório dela. Chegando lá…

“Sente-se, por favor”, Reiko disse me apontando uma enorme cama queen size.

Eu fiquei pensando, “Esse quarto é chique para um albergue. Normalmente num albergue as pessoas dormem em colchões todos surrados...eu acho, nunca estive em um albergue antes.”

Eu me sentei na cama de Reiko, e ela se sentou ao meu lado, depois cruzou as pernas.

“Shizuka...você é uma jovem muito atraente. Você é bonita...eu tenho certeza de muitos estrangeiros pagariam uma fortuna para ficar com você…”, Reiko insinuou.

“Reiko, o que você está insinuando? Corta essa! Eu quero saber sobre a Noriko.”, insisti.

“Está certo. Me desculpa.”, a mesma se desculpou.

“Eu só gostaria de lembrá-la que eu só aceitei dormir com você para saber o que houve com Noriko. Eu não vou passar mais que uma noite com você.”, eu a lembrei.

“E você vai para onde? O antigo apartamento da Noriko? Sua casa? Onde é que fica a sua casa mesmo?”, Reiko me encheu de perguntas.

Eu lancei um olhar penetrante naquela mulher forçando-a a falar o que eu queria ouvir.

“Está bem. Sem enrolação… eu vou contar o que realmente houve com Noriko. Mas, depois disso você terá que fazer a sua parte.”

Ascenti.

“Está bem…”, Reiko suspirou.

Reiko me contou que seis anos atrás, ela havia aberto esse clube, o Fire Dragon Social Club em Tóquio. Um clube social que era apenas uma fachada para um serviço de acompanhantes de luxo.

Reiko era a “cabeça” por trás da administração do clube. E...as coisas haviam ficado um pouco feias.

Uma das garotas do clube que se apresentava como Sayuri, também era professora de uma creche infantil. Ela morreu e foi encontrada num latão de lixo, completamente nua. Mas, o que só ela sabia era que o nome verdadeiro de Sayuri, era Noriko Yui.

Meus olhos se arregalaram naquele momento.

“Não pode ser”, eu contestei.

“É verdade, Shizuka.”

Então Reiko continuou a história. Reiko mandou alguns homens da Yakuza pegarem o corpo de Noriko e o enterrarem na “Floresta do suicídio”. Com tantos corpos de suicidas na floresta, ninguém iria descobrir o paradeiro do corpo da antiga prostituta que morreu no serviço. As pessoas iriam achar que ela era mais uma suicida.

“Isso é impossível!”, eu relutei.

“Nada é impossível.”, Reiko contestou.

Continuando, para limpar a barra envolvendo a prostituta, Reiko pagou um homem para atropelar as crianças da creche, junto com a monitora e ainda o convenceu de que devia parecer que ele estava bêbado e dormiu na direção. O “acidente” foi quase perfeito, quase, porque não contava com uma variante, a dona da creche que junto com a monitora, estava guiando as crianças, e também foi morta.

Então, aquelas pessoas que Noriko havia me levado para conhecer eram...espíritos? Fantasmas? E Noriko também?

Mas, e os pais das crianças? Eles pareciam tão reais para mim.

Talvez...eles não conseguiram acreditar que os filhos deles estavam mortos e agiam como se estivessem vivos…

Noriko está morta, então?

“Depois eu recebi a ligação de um dos meus homens dizendo que havíamos perdido a primeira líder do clube, Lady Matsuubara. Então eu tive que contratar uma nova pessoa para continuar a administração do clube. Eu precisei fazer umas reformas nos empregados...e estou pensando em abrir um novo clube em Akihabara. Esse albergue é apenas para preparar novas garotas para a nova unidade, já que a primeira não deu certo.”, Reiko continuou.

Então eu comecei a chorar…

Eu não conseguia acreditar que Noriko estava mesmo morta.

“Ah sim! Acabo de me lembrar que me informaram que sua Noriko, ou a minha Sayuri estava grávida na época, e isso viola a regra de que nenhuma garota do clube pode ter filhos com um cliente. Então...sua querida Noriko morreu por violar uma regra do clube e...as amigas dela e aquelas crianças, pagaram o preço por ficarem no caminho do meu negócio…”, Reiko revelou.

“Então você sabia disso e sobre a creche? Como?”, indaguei com a minha voz chorosa.

“Eu sei de tudo. Eu controlo tudo. Ninguém que entra para o meu clube sai, muito menos vivo…”, Reiko me lembrou.

Reiko então fez uma pausa e soltou um suspiro.

“Bem, eu fiz a minha parte. Eu contei à você o que aconteceu com Noriko, e acredite ou não, essa é a mais pura verdade. Agora cumpra a sua parte..”, a mesma demandou.

Ainda relutante, e sentindo um forte pesar...eu enxuguei as lágrimas do meu rosto e procurei me acalmar. Eu precisava ser forte.

“Está bem...vamos”, retruquei.

“Boa garota. Agora, tire as suas roupas. Eu prometo ser bem delicada com você.”, Reiko balbuciou.

Me levantei e comecei a tirar toda a minha roupa até ficar completamente nua diante de Reiko.

Então ela começou a olhar para mim.

Eu me sentia muito desconfortável perto daquela mulher. Mas, eu precisava cumprir com minha palavra.

Cruzei os braços e protegi meus seios.

Reiko se levantou e foi até mim.

“Vire-se. Deixe-me ver sua bunda.”

Estremeci um pouco e atendi o pedido dela.

“Assim?”

Reiko se aproximou da minha bunda e afastou minhas nádegas e fitou minha vagina e meu ânus

“Hmm…”, a mesma ficou a examinar as minhas partes traseiras.

Então, Reiko começou a esfregar minha pepeca e depois introduziu os dedos dentro dela.

Senti um pouco de desconforto com ela me tocando daquele jeito. Mas tentei me conter e não demonstrar que eu não estava gostando daquilo, para não ofendê-la.

Após algum tempo, Reiko abriu a minha pepeca e introduziu a língua dela lá, depois começou a lamber a região.

Meu corpo pulsava com a língua dela provocando aquela minha região tão íntima. Comecei a afagar, meu coração parecia que ia saltar pela boca.

Aquilo era bastante intenso…

Eu já não conseguia me conter com as mãos nos meus seios. Então eu as soltei e as repousei.

Reiko parou após algum tempo e encostou atrás de mim colocando sua cabeça sobre o meu ombro direito.  Então, como uma cobra, ela sibilou no meu ouvido.

“Deite-se na cama, querida…”

A mulher tinha um enorme controle sobre mim. Eu não conseguia dizer “não” para ela.

Eu estava ferrada nas mãos dela.

Então eu deitei na cama, com a barriga para cima e fiquei a olhá-la. Eu parecia uma mosca presa na teia de uma aranha.

Reiko foi tirando a roupa até ficar completamente nua e depois avançou sobre mim na cama. Ela se pôs de joelhos enquanto aproveitava para se deliciar da minha boceta.

Estremeci e meu corpo começou a pulsar enquanto ela usava sua língua entre minhas pernas.

Em um certo ponto, Reiko interrompeu e olhou para mim.

“Você está gostando, querida?”

Eu gemi um “Sim”. Meu corpo parecia que ia explodir a qualquer momento. Eu sentia um calor bastante intenso me dominar.

Satisfeita com minha resposta, Reiko rastejou sobre mim e encaixou sua virilha na minha.

Então, ela ficou sobre mim e foi aproximando o rosto dela do meu. Nós nos olhamos uma para a outra.

“Deus! Eu amo, você, Shizuka…”, Reiko sussurrou.

Por um momento eu entrei em pânico. Eu amava Noriko, mas ela estava morta...E eu só tinha a Sarah para me consolar.

Reiko? Ela não estava lá para me consolar. Ela queria se aproveitar de mim, e de tão desiludida que eu estava, eu acabei deixando. Eu não sabia o que fazer.

Então os lábios de Reiko tocaram os meus e nós começamos a nos beijar.

Reiko começou a estocar sobre a minha virilha. Senti um ardor, resultado da fricção pele com pele. Os seios dela pressionaram os meus. Eles eram um pouco maiores que os meus.

E então comecei a gemer e a grunhir loucamente.

Eu não sentia isso quando estava com Noriko…

Aquilo se prosseguiu até o momento em que eu apaguei. Logo eu estava com Reiko dormindo ao meu lado. Meus olhos estavam fechados.

Comecei a sonhar com Noriko.

Nesse sonho eu estava pelada no meio da floresta do suicídio, completamente sozinha. Eu ouvia sons estranhos que ecoavam pela mata.

Ao meu redor, estava aquele monte de árvores me rodeando.

Foi então que eu ouvi a voz de Noriko me chamar. Várias vezes.

Eu comecei a correr pela floresta tentando encontrá-la.

Comecei a gritar o nome dela desesperadamente.

Eu então corri para um lado e vi as mesmas árvores, corria para outro, e a mesma coisa. Tudo parecia igual.

A voz de Noriko continuava a me chamar, mas eu não conseguia encontrá-la.

De repente...eu desmaiei no meio da floresta e não ouvi mais a voz de Noriko.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.^^

A partir daqui a vida de Shizuka começa a se transformar, então o humor e a personalidade dela acabam mudando drasticamente e vários acontecimentos a fazem esquecer o "passado" e buscar o futuro no presente.

Até mais!



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