Emma escrita por JosiAne


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, voltei. Sinto muito pelo atraso gente, eu estou com problema de conexão, semana passada passei a semana toda sem net e por conta disso atrasei no trabalho (eu trabalho em casa e preciso de net para fazer meu trabalho), o fato é, que, por conta disso eu acumulei trabalho, na sexta eu consegui acesso por um bom tempo, mas eu precisava atualizar meu trabalho e algumas fic's, deixei para postar no sábado, mas para meu azar acabei ficando sem net de novo e por todo final de semana.

Bom espero que aproveitem o capítulo e que ele compense a demora.



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Sara está absorta em seus pensamentos ao sair da sala de interrogatórios. Ela segue até a saída do prédio, pensando na confusão que se tornou a sua vida nas últimas setenta e duas horas quando uma voz infantil e alegre a desperta.

 - Sara! - a menina corre e a abraça, em primeiro momento ela fica sem reação, saindo lentamente de seu torpor ela põe a mão na cabeça da menina afagando os cachos negros - Obrigada Sara, obrigada por achar quem fez aquela maldade com minha mamãe. - agradece com a voz infantil e inocente, Sara abaixa-se e olha-a nos olhos.

 - Não precisa agradecer e fico feliz que esteja mais animada. - diz sorrindo para a menina.

 - Eu tô! - a criança profere animada - Tô muito feliz. - admite com um sorriso de mostrar os dentes. Ela para e encara Sara seriamente - Sara sabia que eu ganhei uma irmã? Papai me disse que Emma é minha irmã e que ela vai morar com a gente. - a medida que ela vai falando começa a se empolgar novamente, os olhos da menina chegam a brilhar de felicidade.

Sara sorrir facilmente com a alegria da menina, levanta-se e Thomas se pronunciou.

 - Nós viemos buscar a Emma, você que vir encontra-la conosco? - pergunta mudando o apoio do corpo de um pé para o outro.

 - Hum... Hã... - ela titubeia receosa - Não sei se é uma boa ideia. - encolhe os ombros.

 - Por que não? Acho que seria uma boa forma de recomeçar. - Thomas insiste. Sara o encara, a boca em riste, ponderando o convite, depois olha para Samantha que observa a interação entre os adultos sem entender nada, mas achando o máximo a presença de Sara.

 - Ok! - aceita duvidosa se é uma boa ideia.

~.~

Sara está sentada ao lado de Thomas na recepção da delegacia, ela esfrega as mãos repetitivamente na perna, gesto típico de quando está nervosa. Ela observa Samantha andar pelo local admirando tudo curiosamente, tentando não pensar na reação de Emma ao vê-la ali, afinal em partes ela fora a responsável pela prisão da garota.

Ela solta um riso irônico ao imaginar em como Emma reagirá ao descobrir que são mãe e filha.

 - Thomas? - chama após tomar uma decisão.

 - Oi. - ele a olha sorridente e ela tem vontade de fazê-lo engolir os dentes, respirando fundo ela abandona a ideia, não é hora de lembrar-se do passado.

 - Quero que me faça um favor.

 - Favor? - ele pergunta arqueando uma sobrancelha, o sorriso morrendo em seus lábios.

 - Não fale com a Emma sobre mim. Er... - puxa uma respiração mais profunda - Prefiro eu mesma falar com ela.

 - Tudo bem, não se preocupe tudo ao seu tempo. - assente condescendente. Ela meneia a cabeça e no mesmo instante ouve Samantha chamar por Emma.

A menina corre até a irmã e joga-se em seus braços, quase fazendo com que as duas caiam.

 - Elas se dão muito bem. - Sara afirma observando a cena.

 - Desde que Emma apareceu que elas criaram uma bela amizade, como verdadeiras irmãs. - ele afasta-se de Sara e vai ao encontro de Emma que sorri ao ver o pai e a irmã.

 - Thomas! - ela o abraça fortemente, chorando de felicidade ao vê-lo.

 - Tudo bem minha menina, já passou, eu estou aqui com você. - Sara que observa a interação de pai e filha é incapaz de não se perguntar como as coisas seriam diferentes se eles tivessem sido a família que Thomas e ela planejaram.

 - Obrigada. - ela afasta-se entre sorrisos e lágrimas. Ela olha para trás dele notando a presença de mais alguém, ao perceber que é Sara de imediato seu sorriso se desfez - O que essa mulher tá fazendo aqui? - fala baixo, a raiva mal contida.

 - Emma, a Sara... - Thomas tenta explicar a presença da morena, mas a garota não o deixa terminar.

 - Eu não a quero perto de mim, ela é a culpada por eu ter vindo parar neste lugar. - afirma a voz subindo o tom.

 - Emma não fale assim da Sara, ela só fez o trabalho dela. - ele tenta argumentar.

Sara não consegue dizer, um nó se forma em sua garganta ao sentir a rejeição da menina.

 - Colocar pessoas inocentes na cadeia? Esse é o trabalho dela? - indaga olhando de Thomas para Sara.

 - Por favor, vamos sair daqui e vamos conversar, nós três. - ele tenta apaziguar a situação, olha ao redor notando as pessoas que começam a prestar atenção aos quatro.

 - Eu não tenho nada para conversar com ela. - a menina desdenha fazendo gestos com as mãos.

Thomas abre a boca para protestar, mas Sara o impede.

 - Thomas! - fala fazendo-o fechar a boca e olhar pra ela - Deixa. Eu sabia que não era uma boa ideia ter vindo. - olha para trás - Eu já vou, depois nos falamos. - fala rápido e se despede de Samantha - Tchau Samantha.

 - Tchau Sara. - a garotinha responde num muxoxo, toda a sua alegria desfeita.

~.~

Chegando em casa Sara encontra Grissom sentado em frente ao computador, provavelmente fazendo alguma pesquisa para mais uma de suas palestras, ou respondendo a seus e-mails. Aproxima-se se deixando ser notada.

 - Querida, que bom que chegou. - ele levanta e vai até ela. Para a meio caminho ao notar seu semblante triste e preocupado - O que foi? Por que essa carinha? - pergunta voltando a ir de encontro a ela. Senta-se ao seu lado e a beija na testa.

 - Tenho algo sério a lhe falar. - diz não olhando para ele.

 - É tão sério assim? - pergunta após alguns segundos de silencio.

~.~

Grissom está em choque, por um momento ele apenas encara Sara tentando processar as novas informações. O silêncio faz-se presente e Sara começa a ficar incomodada.

 - Você está chateado? - ela pergunta timidamente, temendo a resposta dele.

 - Eu não sei, eu deveria estar? - ele responde o tom de voz grave. É claro que ele ficaria chateado. — Por que você nunca me disse que tem uma filha? - ele pergunta com dureza na voz.

 - E-eu, eu não sabia. - ela sabe que essa não é a resposta certa, mas não sabe mais o que dizer.

 - O que? Então você tem uma filha e não sabe? Como uma mãe não sabe que tem um filho? - ele indaga irônico.

Ele abaixa a cabeça e põe as mãos no rosto. Sara se põe a altura dele e toca suas mãos, retirando-as do rosto e fazendo com que a encare.

 - Gil me escuta, eu pensei que ela estivesse morta - responde com a voz tremula - sofri e chorei por ela e lembrar isso me deixava mal, por isso nunca te contei.

 - Que seja! Eu tinha o direito de saber, sou seu marido e você não tinha que esconder nada de mim. - ele explode deixando a mágoa transparecer em seu olhar.

 - Gil...

 - Você quebrou a confiança que eu tinha em você Sara. Você não confiou em mim! - conclui encarando-a de perto.

 - Amor, por favor, eu confio em você, confio a minha vida em você.  - ela o beija e abraça.

 - Sara! - pega suas mãos fortemente afasta-a de si - Me deixa! - solta-a - Preciso ficar sozinho, preciso pensar. - a olha sem realmente a ver e sai.

~.~

Ele andava sem rumo. Aos poucos algumas lágrimas que ele evitara que cair na frente dela, começam a rolar por sua face. Ele tenta enxugá-las freneticamente e quanto mais o fazia, mais lágrimas caiam.

Senta-se na calçada sem se importar com quem passa. Abre mais a camisa e puxa os punhos da mesma até o antebraço, ele sente-se sufocado, traído, enganado. Ele poderia aceitar um filho dela com outro, afinal todos tem um passado, mas aceitar que ela tenha escondido a filha por todo esse tempo, ele não sabe se é capaz, não nesse momento. Droga! Ele bufa. Frustrado e cansado.

~.~

Ele não sabia como, nem por que havia chegado ali. Tocou a campainha hesitante, segundos depois aparece uma Catherine confusa a sua frente.

 - Gil? - indaga olhando por trás dele, tentando entender a presença do amigo. Ele nunca aparece sem avisar.

 - Oi. Atrapalho? - pergunta hesitante.

 - Mas é claro que não, entre. - abre espaço para que ele passe.

Depois de entrar e acomodarem-se, eles encaram-se, ele se perguntando se deveria estar ali. Ela se perguntando o que o levou ali. Com muito custo ele resolve abrir-se com a amiga. Se havia chegado até ali, seria por que no seu íntimo era disso que precisava.

 - Ela me enganou Cath. Esses anos todos mentiu pra mim. - ele diz de supetão, como sempre Gil Grissom não sabe iniciar uma conversa. Catherine o fita por alguns segundo, analisando suas palavras, aos poucos elas vão fazendo sentido em sua cabeça. Um clique em sua mente e ela liga suas palavras a Sara. Bem, isso explica a presença dele.

 - Calma Gil. - ela tenta suavizar a situação - Sara errou. Errou sim ao não contá-lo, mas ela também está sofrendo. - Grande erro. Ela pensa ao notar a expressão dele.

 - Como você... - ele para, a olha - Espera aí. Como você sabe do que estou falando? Não acredito nisso. - levanta-se exasperado - Você sabia e também escondeu de mim. - ele a olha enfurecido, a raiva e magoa não deixando-o enxergar as coisas corretamente.

 - Gil! Não é bem assim - ela fala mais alto, levantando-se também - eu só soube há poucos, e também, esse é um assunto dela e se alguém tinha que lhe contar, esse alguém é ela. - ela diz firme, seu tom denotando que não está suscetível a discussão.

Encarando a amiga, ele respira fundo - Tem razão. - senta-se novamente - Eu estou muito nervoso e acabo não raciocinando corretamente. - admite voltando a racionalidade.

 - Tudo bem. Olha, que tal você descansar e amanhã nós conversamos? - ele assente. Ela sai deixando-o para pensar. Não seria ela a se meter no que não entende.

Sozinho ele começa a pensar em Sara, em como ela está se sentido, na forma que ele agiu. Idiota. Isso que eu sou. Murmura consigo mesmo. Ele nunca foi um homem irracional e agiu como um. Irracional e imaturo. Ele suspira frustrado com a própria atitude

~.~

Sara como Grissom sentiu-se sufocada, ela precisava conversar, desabafar e quem sabe chorar mais um pouco. Antes que se desse conta, estava a porta de Greg. Seu amigo que por muito tempo foi considerado imaturo, mas de grande coração, que sempre a fez rir, mesmo nos momentos mais complicados.

 - Me desculpe, você não tá entendendo nada né? - ela força um pequeno sorriso, após um longo abraço e manchar sua camisa branca com lágrimas que ela achou que não poderia mais derramar.

 - Tudo bem, afinal, amigos servem pra isso não é. - diz de forma serena - Então quer me contar o que aconteceu?- pergunta dando espaço para que ela entre.

 - Acho que sim, quero dizer, eu quero, preciso compartilhar com alguém. - responde entrando no cubículo apertado do amigo.

~.~

Eles estão sentados no pequeno sofá, Greg afaga-lhe os cabelos. Ele está perturbado. Quando ouviu as fofocas pelos corredores do laboratório não acreditou que fosse verdade. Não acreditou que Sara tivesse uma filha, imagina, sua Sarinha, mãe. Mas agora depois de ouvir toda a história, ou pelo menos o que ela conseguiu contar, ele não sabe o que fazer, é surreal demais, até pra ele. E vê-la assim, sua grande irmã, sempre forte e determinada, tão debilitada o deixa angustiado. Seu primeiro instinto foi abraça-la e confortá-la, e esperar que seu sofrimento acabe logo. Ele sabe que pode confiar que Grissom logo irá abrir os olhos, assim que a as emoções da surpresa inicial acalmarem-se ele vai pensar em com clareza. Ele não confia não confia na garota. Eita! Ele pede a qualquer divindade que mãe e filha não tenham o mesmo gênio.


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Notas finais do capítulo

Eita, Emma ainda nem sabe que Sara é sua mãe e já a rejeitou. Então vocês acham que a atitude dela irá mudar quando descobrir a verdade?

Para quem estava esperando a conversa entre Grissom e Sara, sinto muito se decepcionei, eu resolvi focar mais no depois, nas consequências da conversa, pois, tudo o que Sara tinha a dizer é o que já sabemos, só ocorreriam repetições aqui. Mas... ainda não tivemos a conversa definitiva, e não se preocupem, apesar da reação negativa do Grissom no inicio, eu não pretendo fazer disso grande caso e separar os dois.

Quanto a participação do Greg aí no final, lembro que quando eu escrevi eu fiquei em dúvida entre Greg e Nick, seus dois melhores amigos, mas opitei pelo Greg, pois percebi a mudança gradual que aconteceu com ele no decorrer das temporadas, ele claramente se tornou menos crianção. E não, eu não vou focar nos outros personagens, o foco aqui será Grissom-Sara-Emma.

Thomas está começando a aparecer mais, mas ele não será uma terceira pessoa na vida da Sara, mas com a presença dele vamos descobrir um pouco mais do passado dela, coisas que ainda estão pendentes.

Esclarecimentos feitos, espero encontrá-los nos comentários, me digam o que estão achando, o que não gostaram, que poderia ser melhorado, o que gostaram mais, ficarei feliz e agradecida, beijos e até mais.



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