Purple Light escrita por Isa


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Preparem seus coraçõezinhos para os próximos capítulos, gatas.



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—Tudo bem? - Gemma perguntou mais uma vez o que fez Harry suspirar 

 

—Claro - ele tirou a máscara de oxigênio do rosto para responder. Estava jogado na cama a dias desanimado.

A gripe o tinha pego de jeito, e Gemma tinha certeza de que esse resfriado não teria sido tão sério, se seu psicológico não estivesse tão afetado por causa da briga com Nina. 

Então a asma atacou e as coisas ficaram realmente sérias.

 

Ela ajeitou suas cobertas enquanto ele ficava lá parado. Tão deprimido quando naqueles primeiros dias terríveis em que voltara pra casa. 

 

—Por que não liga pra ela? 

 

—Não. - ele respondeu tão rápido que quase perdeu o ar de novo 

 

—Devagar! - Gemma o repreendeu 

 

—Ouvi dizer - Nina parou na porta do quarto cruzando os braços - que alguém arrumou um jeito novo de chamar atenção. 

 

—E falando no diabo - Gemma sorriu aliviada.

 

—Nina... - O sussurro de Harry ecoou na máscara. 

 

Então sentiu um calor reconfortante em sua mão direita, e em seguida o perfume de Nina tomou conta de todo o quarto. 

Ele sorriu de leve e fechou os olhos.

 

Ela levou sua mão aos lábios com cuidado, e a beijou delicadamente 

 

—Eu to aqui - Sua voz saiu tão falhada quanto a de Harry. Ela pigarreou tentando fazê-la voltar

 

Gemma saiu, mas tinha certeza de que nenhum dos dois percebeu 

 

O silêncio tomou conta do quarto por alguns minutos, mas logo Harry o quebrou

 

—Veio me julgar por não conseguir respirar também? 

 

—Não seja ridículo - ela riu- Vai me mandar embora de novo? - ele pensou por alguns segundos

 

—Ainda não consigo fazer panquecas - ele tossiu no final da frase o que a deixou assustada - Vai brigar comigo de novo? 

 

—Não vou, prometo. - sua voz saiu calma e serena 

 

O aparelho de oxigênio começou a apitar e Gemma entrou pela porta 

 

—E aí? - ela olhou para Harry ao desligar tudo 

 

—Melhor - ele respondeu colocando a máscara de lado - Você bebeu.... gin? 

 

—Foi um gole - Nina cheirou a própria roupa - To cheirando? sério?

 

—Só um pouquinho - ele riu - Estava num bar? 

 

—Eu fui pro bar porque tava entediada. Mas no bar fiquei tão entediada quando em casa. E então..... - ela fez uma pequena pausa e abaixou o olhar um pouco envergonhada - Senti sua falta.

 

Então Gemma os observou.

 

Nina acariciava a mão de Harry com um carinho que aquecia o coração seu coração. O olhava  por inteiro como se quisesse ter a certeza de que tudo ainda continuava em seu lugar. O olhava para ter certeza de que realmente ficaria bem.

E Harry estava leve de novo. 

 

Anne estava certa esse tempo todo, tudo andava como ela queria, e Nina era perfeita. O fazia feliz, era cuidadosa e temia qualquer coisa que pudesse acontecer a Harry. Talvez tudo aquilo fosse apenas uma desculpa para dar uma mãozinha ao destino. 

 

Nina e Harry precisavam se encontrar de algum jeito, e Anne agilizou as coisas.

 

—Gem? - Harry a chamou sem ter certeza se ela continuava ali

 

—Oi - ela respondeu um pouco sem fôlego. Satisfeita, inteiramente feliz com a cena.

 

Sentou-se na cama segurando a mão livre de Harry

 

—Vai pra casa descansar um pouco.

 

Gemma arqueou as sobrancelhas de um jeito engraçado

 

—Não sei se é uma boa ideia - ela sorriu para Nina totalmente insegura  

 

Harry sorriu com a reação da irmã como se pudesse ver seu rosto 

 

— Você não dormiu nada nos últimos três dias. Os meninos vão voltar logo, e eu estou bem. Juro.

 

—Eu fico também. - Nina se ofereceu rápido 

 

—Pronto, não precisa mais se preocupar. Nina pode cuidar de mim enquanto você descansa. 

 

—Me sinto melhor se você ficar - Gemma concordou. Confiava nela sem um motivo especifico. Era um sentimento reconfortante  e seguro. Sabia que ela não a desapontaria.

 

—Me mostra o que eu preciso saber então - as duas se levantaram e saíram

 

 

 

 

 

 

 

—AH NÃO!!!! - Zayn, Niall e Nina gritaram em frente à TV 

 

—Eu disse - Harry riu

 

—Como ele não defendeu esse gol? - Nina se perguntou incrédula 

 

—Sou um goleiro melhor - brincou. Harry estava sentado em sua cama ainda de baixo das coberta, Nina sentava ao seu lado, sempre atenta à TV e a qualquer movimento diferente dele.

 

Niall e Zayn estavam jogados no chão, no meio das caixas de pizza.

 

—Eu amei essa TV no seu quarto - Niall confessou - Ideia esplêndida

 

—Ideia esplêndida da Nina  - Nina sorriu orgulhosa de si mesma 

 

—Por falar em Nina, onde tá a Lay? - Harry perguntou curioso

 

—Pergunta erradaaa - Zayn afinou a voz alertando 

 

—Algo sobre a mãe dela - Niall respondeu mal humorado - No qual eu não fui convidado.

 

—Relaxa, Niall. - Nina não tirava os olhos do jogo - Isso não tem nada a ver com você.

 

—Eu sei que não. - ele ficou emburrado - Sempre que eu falo sobre algo um pouco mais sério ela se afasta. Eu entendi o recado.

 

—Não é isso. - Nina fez careta ao ter que parar de olhar o jogo e fita-los. -A mãe da Lay, não é exatamente mãe - Nina começou a explicar - Ela vive de festas e viagens, Lay não pode contar com a mãe pra nada. Você precisa se preocupar com o pai, o irmão e a avó. Ela nunca apresentaria um cara que ela gosta pra mãe, vai por mim. Eu sei das coisas - Nina sorriu para o rosto totalmente confuso de Niall.

 

—Ela parece saber das coisas - Zayn sorriu para o amigo

 

—Mas ela não parece querer nada a mais do que o que a gente tem.

 

—Não é que ela não quer, só não está acostumada com esse tipo de relacionamento.

 

 -Niall, vocês não saem com outras pessoas e se falam o dia todo, todos os dias a o que? Quase quatro meses? - Harry se pronunciou - Se isso não quer dizer alguma coisa, eu não sei o que você espera. 

 

—Quase quatro? - Nina perguntou se tocando pela primeira vez de que já estavam quase no meio do ano que prometera a Anne

 

—É complicado, caramba - Niall se exaltou um pouco. - Eu não quero fazer nada que possa afasta-la 

 

—Calma. - Nina suspirou focando - Dá o tempo dela, Lay vai te dar os sinais que você precisa, e você vai perceber. 

 

—Mesmo porque Lay não é nada sutil - Harry disse fazendo os dois rirem. Ninguém podia negar isso 

 

—ELE DEFENDEU! - Zayn gritou

 

—O que? - Nina voltou sua atenção para o jogo 

 

—Quase foi gol, MAS ELE PEGOU!!! ELE PEGOU!! 

 

—ELE PEGOU?? - Nina gritou com ele ficando de pé na cama - E EU PERDI? NÃO ACREDITO

 

—Foi uma defesa linda - Zayn contou

 

Harry e Niall riam dos dois 

 

—Eu quero todo mundo de boca fechada agora! - ela mandou - Chega de drama, eu quero é ver futebol! - ela pulou sentando na cama de novo 

 

Harry riu pensando onde ela esteve esse tempo todo. 

 

Duas horas depois o jogo tinha acabado. Niall e Zayn estavam desmaiados um de cada lado do sofá do quarto de Harry.

 

Nina entrou no quarto cautelosa e encontrou Harry pressionando o peito.

 

—O que foi? - ela perguntou calmamente escondendo todo o seu pavor

 

—Nada, só... - ele fez careta levantando o braço. - um pouco de dor 

 

—Remédio das três - Nina avisou e segurou sua mão entregando-lhe o copo d'Água, depois o remédio. - Tem mais alguma coisa que você possa tomar? Pra...dor?

 

Ele balançou a cabeça negativamente 

 

—Meu inalador? - perguntou entregando-lhe o copo de volta 

 

—Tá aqui do lado. - Nina levou sua mão até o inalador e ele sorriu 

 

—Obrigado. - Deitou-se de novo  e esperou que Nina fizesse o mesmo, mas ela continuou ali de pé, ao lado da cama observando-o. Sua respiração era rápida e pesada, estava preocupada. - Nina, tá tudo bem.

 

—Eu sei - ela mentiu sem tentar disfarçar e Harry não conseguiu segurar a risada. 

A risada provocou as pontadas no peito, o que só piorou a situação.

 

—Quando eu disse para Gemma ir descansar não era pra você tomar o posto de guarda dela 

 

—Devia ter avisado antes então - Nina cruzou os braços teimosa e ele sorriu de novo. 

 

—O que eu posso fazer pra você ficar calma? 

 

—Mas eu... - ela hesitou - Harry, eu estou calma. Mais calma impossível 

 

Harry então suspirou derrotado.

 

Estendeu a mão procurando-a e ela a segurou.

 

—Lê pra mim então. - ele pediu e ela nunca negaria 

 

Nina pegou o livro e sentou-se na cama com ele. Harry se ajeitou deitando sua cabeça sobre o colo dela.

 

—Paramos? 

 

—A pedra e tal  - ele respondeu feliz 

 

—Ah, sim. - ela abriu na página - "O arcebispo se aproximou. Havia uma espada cravada na pedra até a guarda, e o botão do seu punho trazia gravado em letras douradas: "Quem for capaz de tirar a espada será rei". Todos os nobres..." 

 

 

Nina acordou algum tempo depois deitada na cama com o braço de Harry em volta de si. 

 

Os dois estavam de frente um pro outro, numa posição boa demais.

Ela o observou no escuro, forçando o quanto podia seus olhos para que percebessem se algo estivesse errado. 

 

Mas não estava. 

 

—Também senti sua falta - Harry sussurrou no meio da escuridão assustando-a. 

 

—Puta merda, Harry - Nina colocou a mão no coração e ele abriu AQUELE sorriso 

 

—Desculpa - sussurrou de novo e mordeu os lábios.

 

O corpo de Nina vibrou sozinho e ela fez o que pode pra se recompor o mais rápido possível 

 

—Como sabia que eu tava acordada? 

 

—Sua respiração - ele continuava sorrindo - fica leve enquanto dorme  

 

—Adoro seus super poderes - ela se aconchegou mais no peito de Harry e ele finalmente a abraçou por inteiro 

 

—Gem e eu começamos a criar um esquema de panquecas - Harry confessou - farinha as onze horas, ovos as duas... - ele parecia orgulhoso de si mesmo e os olhos de Nina brilhavam no escuro enquanto ouvia aquilo - estamos aperfeiçoando.

 

Nina passou o braço pelo tronco de Harry e o abraçou também. 

 

—Nunca mais ouse pensar que você é incapaz, Harry Styles! Quero ver esse esquema daqui a pouco - Harry podia ouvir o enorme sorriso em sua voz, e se sentiu imensamente contente por ter feito aquilo. - Como está se sentindo? 

 

Ele suspirou apertando-a contra o peito.

 

—Tudo fica bem com você por aqui - confessou e Nina beijou seu peito em um ato leve, delicado e com um imenso carinho.

O problema dessas atitudes é que vinham tão naturalmente que Nina só as percebia depois de feito. 

Era tudo tão natural, tão deles, impossível de se notar.

"Amigos não fazem esse tipo de coisa" - sua consciência apontou o dedo brava. Mas ali, ela resolveu ignorar.

 

Nunca se sentira tão bem quanto quando estava com ele.


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Notas finais do capítulo

Hey vc, cadê meu comentário? Fala comigo, vai, gatinha.
Nos vemos na semana que vem!
Beijinhos de Luz!



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