Thinking of You escrita por Ophelia, Amelina Lestrange


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

- Vocês acharam que Ophelina não voltaria depois de Fire Meet Gasoline há 84 anos? Estavam enganadys!!!!! Voltamos e estamos trazendo mais loucuras ainda, é sabido!
Desculpa, pipols, mas quando vimos imagens da Comic-Con com a Gal e o Ezra lado a lado, não deu outra: #Shippamos ♥
E foi tão delicioso escrever :3
A história desse ship é muito engraçada porque ele nasceu como um paralelo de um projeto divo da porra que estamos fazendo A Mel conta nas notas finais, mas saibam que vai ser uma long fic e que será postada em breve nesse mesmo universo lindêo da DC :D
??” Imaginar Barry e Diana foi desafiador, mas tão fofo!!!!!
Esperamos que vocês se derretam lendo assim como nos derretemos escrevendo ♥
Apreciem a leitura! -

PS: A música que inspirou a história foi Thinking of You, da Katy Perry :)



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A jaqueta escorregou de seus ombros assim que entrou no banco. Viu as pessoas encolhidas sob a mira de uma arma automática nas mãos de um homem magricela de cabelos verde-grama que dava gargalhadas histéricas como se toda a situação lhe divertisse.

— Pudinzinho! — Ouviu uma mulher dizer, igualmente jovem, mas de cabelos loiros com as pontas coloridas e um ar quase tão insano quanto o do homem. — Olha o que eu achei! Acho que a pobrezinha não estava na lista de convidados! Mas eu poderia arrancar esse rostinho e usá-lo como uma máscara! O que acha, pudim?

Diana soltou os cabelos e puxou a espada das costas, porém uma ventania vermelha se aproximou de antemão, tirando e desmontando a arma automática antes de jogá-la longe.

— Mas o que....

A Mulher Maravilha, ou assim fora apelidada, fora escorregando até os dois ladrões, derrubando-os com o impacto da espada. De soslaio vira Barry com a garota que estava sendo usada de escudo, mantendo-a segura. Usando seu laço, Diana amarrou o casal de ladrões com facilidade ao mesmo tempo em que uma ágil figura de negro arrebentava as janelas com um chute, parando bem no meio do banco.

— Olha esse morcego! Ha! — Gargalhou o Coringa. — Sempre elegante não é, Batsy?! Embora eu esteja estranhando porque você tinha dito que sempre trabalha sozinho e... Tem toda aquela coisa de você é a noite, a noite é escura e cheia de terrores...

— Cale a boca. — O homem-morcego bufara antes de dar um chute no maxilar do Coringa para calá-lo.

Diana deixou o grande morcego com os dois ladrões e se aproximou de Barry e da garota que ele tentava tranquilizar sem muito sucesso. — Você está ferida? Como se chama? — A princesa indagou ao se abaixar levemente já que Allen tinha feito a mocinha se sentar.

— Ellie. — Respondera. Não parecia ter muito mais do que vinte anos, seu rosto era levemente quadrado e seus olhos grandes e verdes. — Eu nem vi o que aconteceu.... Estava... — Ela apertou um pouco a bolsa de mão e Diana assentiu de maneira tranquila.

— Ela deixou esses ladrões entrarem!

Barry e Diana ergueram os olhos quando um homem de meia idade, calvo e pelo modo que estava vestido, podre de rico, acusara com o dedo em riste.

— Senhor, por favor, estamos todos bem, nada foi...

— Você cale a boca, moleque! É por causa de gente feito você que as ruas não são seguras! Devia ter ficado no seu país ao invés de vir aqui na nossa cidade roubar nossos empregos, nossas moradias! — Gritou ele, recebendo um apoio maciço dos civis presentes. — E agora se junta com esses malditos palhaços criminosos para dar um golpe no nosso banco!

Ellie se ergueu um tanto irritada pelas acusações e daquele ameaço de caça às bruxas que estava se formando ali naquele banco. — Sua cidade? A cidade se chama Gotham City, não Babaca City.

— Sua vadiazinha!

Diana nem precisou ficar na frente de Ellie, já que quem o silenciara fora Bruce com uma arma de choque que saíra de seu cinto de utilidades.

— Mais alguém está se sentindo democrático e quer debater sobre a imigração nesse momento? — O morcego perguntou irritado.

Barry bem que não queria ter rido, por isso fingiu uma tosse muito mal feita enquanto a polícia entrava no banco para garantir que todos estavam seguros. O Flash olhou de soslaio respeitosamente quando Diana e a garota loira conversaram em voz baixa, não se atrevendo a interrompê-las até que a princesa se afastou, despedindo-se da garota com suavidade.

— Tenho que dizer, ainda bem que foi o Batman que foi calar aquele cara nojento. — Allen comentou.

— Por quê?

Barry indicou a espada de Diana com os olhos. — Não ia sobrar cara se você o tivesse interrompido.

A princesa das Amazonas teve de rir em resposta, dando um soco não muito forte no braço de Barry enquanto caminhavam. — Você tem toda a razão.

— Às vezes acho que sou só o cara que corre. Que... Não tenho coragem como você e o Bruce. — Admitira ele um tanto inseguro.

— Você precisa de coragem para desarmar um bandido bem debaixo do nariz dele. — Argumentou Diana com um sorriso de canto, admirando-se por um momento ao ver o Batman trocar breves palavras com a garota loira de nome Ellie antes que ela se afastasse, um pouco mais tranquila para seguir seu caminho.

— Isso foi....

— Barry.

— Não, isso foi...

— Barry, ele vai te matar se ouvir. — Diana comentou com ar de riso.

— Isso foi!

— Calem a boca vocês dois. — Comentou Wayne mal-humorado assim que estava ao lado dos dois heróis, soltando um rosnado quando Diana riu abertamente. — Nem pensem nisso. — Limitou-se a dizer antes de se afastar para levar a Arlequina e o Coringa sob custódia.

Diana dera de ombros antes de deixar que os paramédicos entrassem para conferir como todos os civis estavam e umedecera os lábios, sentindo-se encarada por Allen por mais de dois minutos.

— Barry?

— Ah... Er...

— Barry? — Diana ergueu a sobrancelha.

— É... Sorvete tomar você... Não, espera... É... Hum... — Ele se engasgou com  ar e em seguida, tentou de novo. — Você quer tomar sorvete comigo, Diana?

Os olhos escuros de Diana estudaram Barry como se ele fosse uma das obras de arte que ela costumava restaurar no museu do Louvre. Um sorriso gentil brotou em seus lábios quando ela assentiu.

— Sorvete? Eu adoraria!

Talvez não fosse a resposta que o Flash esperava, pois ficara ali naquele estado catatônico e descrente, fazendo com que Diana aproximasse o rosto do dele com curiosidade e uma ruga entre as sobrancelhas, mirando os lábios dele por um momento antes de roubar-lhe um beijinho.

— MEU DEUS!

Diana rira da reação de Allen, de como ele ficara ruborizado e seus olhos se arregalaram. — Ah, não foi tão ruim. Além do mais, era isso que a gente ia fazer depois do sorvete mesmo. — Dera de ombros, pegando-o pelo braço de maneira amigável. — Vamos, você vai me levar pra tomar sorvete!

— A-ah.... É! Isso aí... Sorvete.... Diana... É!

Mas vocês são umas gracinhas! — O Ciborgue comentou pela escuta de ambos, fazendo Barry morrer por um momento e Diana dar uma de suas gargalhadas. — É, eu vi também, pra quando é o casório?! — Perguntou Arthur, o Aquamen, com MUITO tato.

— Vocês dois merecem morrer!

— Ah, Allen, pelo amor de Deus! Alfred, você está me devendo uma cerveja! — Comentou o herói aquático de maneira casual e o mordomo de Bruce Wayne fez um muxoxo por sua escuta, arrancando mais risadas de Diana.

— Como assim, qual foi a aposta? — Diana perguntou enquanto Barry se mantinha quieto e ruborizado.

Apostei com o Alfred que o Barry ia te chamar pra tomar sorvete e que você ia beijar ele. O Alfred achou que o beijo só ia rolar depois, então...

— Em minha defesa isso é um absurdo! — Barry dissera corado até as orelhas.

Diana tirou sua escuta da orelha e fez o mesmo com Barry, esmagando-as na palma da mão. Allen a encarou um tanto assustado, embora a expressão da amazona permanecesse suave e seu sorriso mais lindo do que nunca.

— Se vamos ter um encontro, não precisamos de plateia, certo? — Comentou ela divertida. — A não ser que você não queira mais.

— Não! Quer dizer.... Eu quero sim, só espero que você tenha paciência comigo porque... Ahm.... Bem, eu não levo muito jeito pra... Para isso, pra...

A amazona pegou as mãos dele com suavidade. — Bem, eu não estou pedindo para que você faça tudo o que os homens da sua cultura costumam fazer quando o assunto é relacionamento. Só seja você, Barry. Se for verdadeiro consigo mesmo e comigo, já é um ótimo começo.

O rubor não desapareceu do rosto de Barry, mas ele sorrira pela facilidade com que Diana se expressava e como ficava linda daquela maneira. Havia brilho em seus olhos e seu sorriso colocava luz em qualquer ambiente.

— Obrigado, Diana. Mas primeiro me diga uma coisa.... Já provou a casquinha de Ovomaltine?

— O que é Ovomaltine?

— Uma invenção dos deuses!

Diana o olhou intrigada.

— Não! Quer dizer, não desses deuses... Er... Melhor, vamos logo lá que você vai entender o que eu disse!

~*~

Barry estava com as mãos suadas. Diana era uma mulher que intimidava. As outras mulheres também o intimidavam, mas ela era diferente. Enquanto as outras não daria bola para o seu pedido de encontro, a amazona se mostrou bastante interessada em sair para um sorvete.

Tinha visto quantas roupas levou para a Mansão Wayne e estava nervoso e indeciso sobre o que usar. Diana era elegante, sabia como ela saía para trabalhar vestida em seus tailleurs e salto agulha. Uma voz dentro da sua cabeça dizia para ser ele mesmo e ir de moletom, mas outra voz confrontava a primeira e dizia que deveria estar com um visual que condissesse com o que esperavam dela.

Optou por um meio termo e colocou a camisa social por dentro dos seus jeans. Calçou os seus tênis surrados e tinha uma flor de baile dentro da geladeira na cozinha. Ela gostava de flores, sabia, e tinha descolado um corsage azul e vermelho para combinar com ela.

Ah, como estava apaixonado por ela.

Parou na frente da porta do quarto dela e hesitou por mais de uma vez sobre bater ou não. Não precisou bater, a própria Diana abriu a porta e sorriu quando lhe viu.

— Eu... eu... flor... tenho... você — gaguejou.

Ela riu pela sua falta de tato com as palavras. Diana era uma alma boa, em outra situação a moça com quem estivesse saindo iria bater a porta na sua cara e não atender mais as suas ligações.

— Eu... eu tenho uma flor para você — falou rápido.

— Eu li isso em um livro da sua cultura. Um corsage é dado quando um homem e uma mulher saem em um encontro formal. Isso é um encontro formal para você? — Diana perguntou.

— Eu... sou um tolo, não devia ter pensado que é um encontro formal. É um encontro formal para você? — Perguntou ansioso.

Diana não respondeu nada, só tirou o corsage de dentro da redoma plástica e colocou no seu próprio pulso. Talvez aquela fosse a sua resposta. Ela era uma mulher verdadeira, uma amazona, os conceitos de igualdade, equidade e fraternidade dela eram intensos.

No começou achou que ela se interessaria por Arthur. Ele era um deus assim como ela, ambos de civilizações que só ouviu histórias sobre. Seria uma besteira não gostar dela. Mas Arthur era... bom, ele era Arthur, um pouco de amor duro aqui e ali. Se apaixonou quando a viu pela primeira vez: uma mulher forte que exalava poder. Não foi só pelo poder, ela também tinha um lado inocente e honesto que não diferia muito das suas perspectivas para a vida.

— Acho que depende. — Diana dera de ombros. Barry a observou, vestida casualmente com uma blusa vermelha, calças jeans e sapatilhas que combinavam com a parte de cima, apesar da fivela dourada. Em seus pulsos encontravam-se braceletes dourados, semelhantes aos que ela usava em seu traje de Mulher Maravilha. Os cabelos escuros presos casualmente num rabo de cavalo e, agora, junto às pulseiras, encontrava-se a flor que ela prendeu, talvez algum crítico de moda dissesse que suas roupas estavam perfeitas se tirasse aquele adereço, mas Diana não se importava.

— Do quê? — Barry perguntou inseguro enquanto seguiam até a garagem, escolhendo o carro menos chamativo da enorme coleção que Bruce tinha, optando por aquele azul marinho com um aspecto brilhoso no capô.

— Já me convidaram para encontros outras vezes, mas ninguém nunca me deu flores dessa maneira. Acho que isso diz muito sobre você, Barry. — Ela respondera de maneira tranquila e um sorriso surgiu em sua boca fina e meio brilhante de gloss. — Particularmente, gostei.

Allen ficou um pouco sem reação e a cor subiu às suas faces como se tivesse 15 anos de novo e a amazona riu antes de bater no braço dele assim que se acomodaram, prendendo o cinto de segurança. — Ah... Certo! — Sacudiu a cabeça levemente. — Isso é bem... Legal... Obrigado, Diana.

— Pelo quê está me agradecendo, Barry?

— Por querer sair comigo. — Falou ele, sem se enrolar como fazia ultimamente. Virou na esquina da larga avenida, sentindo-se um pouco mais confiante assim que iniciaram o percurso que ele mesmo fizera pelo GPS do celular. Gotham era uma cidade obscura, meio parecida com Bruce Wayne, mas aquele ponto em específico próximo ao bairro escocês era visivelmente muito agradável.

You're like an indian summer     
  (Você é como o verão indiano)
In the middle of winter
(No meio do inverno)
Like a hard candy  
(Como um doce duro) 
With a surprise center  
(Com recheio surpresa)   

Com algumas áreas verdes, meio distante daquela massa de prédios e escuridão, havia livrarias, um parque, lojinhas de conveniência e a sorveteria com um grande cone de sorvete brilhoso usado como enfeite da fachada e as letras em neon verde na fonte Comic Sans diziam: Sweet Ice Cream, em rosa bebê. Parou o veículo diante do estabelecimento e suspirou, trocando um olhar com Diana antes de saírem e se dirigirem até a porta, sendo recepcionados pelo sininho acima da mesma, recebendo um olhar curioso do atendente.

— Bem-vindos, mesa pra dois? — Perguntou o rapaz num inglês meio rápido.

— Sim, obrigado. — Disse Allen com uma confiança que ele mesmo desconfiava de onde estava vindo. Umedeceu os lábios e ocupou a mesinha de dois lugares mais reservada na sorveteria que parecia ter saído do filme De Volta para o Futuro, comprida e cheia de mesinhas da mesma cor com uma jukebox ao fundo.

O atendente espinhento lhes entregou dois cardápios e, em seguida, partiu para atender o grupo barulhento de clientes que começavam a chegar, conversando alto e rindo. Uma menina loira com estilo de líder de torcida (aquelas que nunca olhavam para ele nos tempos de escola) viera saltitando em sua saia curta e ligou a jukebox, que preencheu a sorveteria com uma música animada.

Diana escolheu uma taça de sorvete de morango e Barry um banana split com cobertura extra. Ela sorria vez ou outra, observando os adolescentes barulhentos conversarem entre si.

Só músicas animadas e um pouco de hinos oitentistas os quais Diana sabia cantar todos. Ela ficava bonita tomando sorvete e rindo de qualquer coisa que aconteça ao seu redor. Ela tinha o riso fácil e gostava de vê-la com ele bem aberto espontâneo.

— Barry, você sujou a sua camisa — Diana disse e só aí percebeu que ficou tempo demais com a colher perto da boca.

— Eu... eu... eu juro que é a primeira vez que isso acontece — ficou vermelho pois sentiu as suas orelhas esquentarem. Bom, não era a primeira vez que acontecia. A intimidação e admiração por Diana lhe faziam se perder mais do que gostava de assumir e derramar coisas nas suas roupas não era nenhuma novidade.

Barry viu a amazona pegar o guardanapo de papel ao lado da taça e limpar o que havia caído na sua única camisa social e tinha vergonha de pedir a Alfred que lhe ensinasse a limpar aquilo. Olhou para baixo e corou mais ainda quando levantou os olhos e viu sorrindo novamente. O seu estômago se embrulhou um pouco e riu disfarçando, estava nervoso demais ainda.

A animação das músicas oitentistas foi substituída por uma música lenta e nem tão antiga assim, um pop mais recente. Quando as cordas do violão começaram a ser tocadas na música, sabia que aquilo queria dizer o que imaginava.

Se pegava pensando nela mais do que deveria e os seus reflexos já começavam a falhar por causa dela. Passou os dedos por onde tinha sujado e Diana riu. Poderia passar bastante tempo ali com ela, só observando os lábios carnudos fazerem par com as sobrancelhas definidas e cabelos escuros. Uma amazona, como as das histórias que ouviu e leu quando mais jovem. Ainda não acreditava que uma garot- mulher como ela lhe daria atenção, mas o coração de Diana parecia tão grande que poderia se acostumar a momentos como esse e não ficar só pensando no que poderia ou não acontecer se não a tivesse chamado para sair.

Diana beijou o seu rosto e ela riu mais um pouco pois sabia que as suas orelhas estavam quentes e vermelhas de embaraço.

And bust in the door and      
(E arrombar a porta e)
Take me away?
(Levar-me embora?)
Oh! No more mistakes
(Oh! Sem mais erros)
Cause in your eyes I'd like to stay
(Porque em seus olhos eu gostaria de ficar)
Stay
      (Ficar)       


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Notas finais do capítulo

- Barry e Diana voltarão logo mais porque estamos preparando coisas novas sobre o nosso Batman Affleck ♥
??” BatAffleck da delícia vai ser nosso protagonista da próxima fic, aguardem novidades! XD

Nos deixem saber se gostaram ♥



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