Escuridão em Mim escrita por Loyriufe


Capítulo 1
Escuridão em mim


Notas iniciais do capítulo

Apenas avisando que como não possuem os personagens na seleção, os coloquei como originais; porém pertecem a Rooster Teeth.



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Qrow bebia; aquele já era qual de quantos que já havia tomado? Quarto ou quinto? Não importava mais, ele apenas continuava a beber tentando encher o recipiente vazio que era seu coração. Naquele momento não havia ódio, não havia amor, a noite estava fria e o bar movimentado. Tudo estava em sua normalidade.

Seus pensamentos o faziam andar sozinho debaixo dos céus escuros pedindo por algum sinal. Estava cansado, na beira do seu limite. Os sentimentos eram pesados demais para que carregasse sozinho; eles se tornaram ao conhecer Summer Rose, mas ela já não estava mais ali. Até mesmo Ozpin que sempre lhe ouvia e tentava aconselhar, se encontrava ausente e demoraria para voltar.

Qrow estava sozinho. Ele virou o que restava em seu copo, pedindo por mais uma, já sentindo seu corpo quente pelo álcool; mas demoraria para perder a consciência pela sua resistência. O barulho da porta se abrindo chamou sua atenção para a entrada, aspirando fracamente ao ver Winter. Sua presença ali não lhe parecia algo bom e observa-la se aproximar estava afirmando ir. Já estava se preparando para o sermão que iria ouvir.

— Há quanto tempo, Qrow. — Winter murmurou, puxando a cadeira a sua entre e sentando. Ele respirou profundamente enquanto brincava com o copo em suas mãos.

— Algum. — Deu de ombros, observando outra garrafa sendo colocada na mesa, logo enchendo seu copo e sendo ele tomado de suas mãos. — O que a traz aqui?

— Você. — Winter bebeu um rápido gole, fazendo uma careta pelo álcool descendo rasgando pela sua garganta. — Não parece muito bem. — Suspirou, deixando o copo na mesa enquanto olhava em seus olhos vermelhos.

— Mas, estou. — Novamente deu de ombros.

— Não consegue me enganar. — Qrow ergueu as sobrancelhas, observando-a cruzar as pernas e seguia o indicador pela circunferência do copo. — Talvez, pense que engane a sua família, mas quando se gosta de alguém passa a ser mais observador.

Ele riu baixo, abrindo um típico sorriso de canto. — Está tentando dizer que gosta de mim?

— Isso não é relevante. — Ela franziu o cenho, dando mais um curto gole. — Sua sobrinha está preocupada, apesar de tentar não demonstrar.

— E posso saber o que isso tem a ver com você? — Qrow pegou o copo, terminando de beber o que tinha nele.

— Não deveria ter, mas Ruby é a namorada de minha irmã. — Winter soltou um suspiro pesado, se inclinando e apoiando os braços na mesa. — Ouvi por ela que sua sobrinha estava preocupada por você estar agindo estranho.

Qrow ergueu as sobrancelhas, enchendo novamente o copo e bebendo tudo rapidamente, notando que ela havia desviado o olhar para um ponto qualquer.

— Qrow... — Winter murmurou baixo com ele pedindo mais uma, logo ela negou e pediu pela conta. Ela se levantou com as mãos na mesa, olhando-o nos olhos. — Vamos.

Qrow não possuiu alguma reação, apenas se deixou ser arrastado por Winter para fora do bar. Ele andou ao seu lado em silêncio, com as mãos nos bolsos, enquanto olhava para aquela lua quebrada. Era como ele, em milhões de pedaços e distante.

— O que anda acontecendo? — Winter suspirou fraco e parou de andar.

— Nada. — Ele parou em seguida, virando para ela e notando uma expressão mais suave que mostrava a sua preocupação. — Não anda acontecendo anda.

— Queria que não mentisse para mim, quando já sei a verdade. — Ela cruzou os braços, fazendo com que ele franzisse o cenho e desse os ombros pela terceira vez naquela noite. Qrwo não queria que tivesse descoberto o que havia acontecido em Kuroyuri. Ele queria que ela simplesmente tivesse o repreendido do seu jeito sutil e não que estivesse preocupada.

— Não estou mentindo.

Winter deu alguns passos, ficando de frente a ele e o puxou para um abraço. Ele era mais alto que ela, apesar do salto, mas o fez encontrar a cabeça em seu ombro e acariciou sua nuca.

Para Qrow, ela era fria como gelo, mas estava transbordando calor naquele momento. Ele não hesitou em retribuir aquele abraço, afundando o rosto na curva do seu pescoço e deixando aqueles pesados sentimentos se esvaírem ali.

Não havia mais palavras, apenas o silêncio debaixo das estrelas. A pessoa que havia o guiado simplesmente desapareceu e aquela estrela que iluminava seu caminho lhe deixou temporariamente. Cego não poderia fazer nada; mas existia outra que começou a iluminar o seu caminho e estava disposto a lhe guiar.

Naquela noite, Winter Schnee, havia descoberto as suas trevas. A escuridão em Qrow Branwen.

— Vamos pra casa.


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