Beleza. Vamos lá.

Essa é minha última história aqui, não que você se importe, nem eu me importo. O sonho de ser escritor morreu em 2015. Em 2017, a fé nas pessoas. Hoje, eu.

Você não vai saber se isso é real ou não, a menos que algo aconteça, e eu prefiro assim. 

Vai ser a pior de todas as histórias, foi mal, não gosto de finais bons. Porque a vida não é boa, por que as histórias seriam?

Eu queria me explicar pelo que eu vou fazer, mas, depois de escrever 5 vezes, cheguei à conclusão de que eu não tenho um motivo. Demoraria demais explicar e eu não tenho tempo nem habilidade pra tal. Se sua curiosidade for insuportável, leia Cidades de Papel, assista Depois da Chuva (e aqui preste atenção no melhor amigo do Caio), pesquise sobre Schopenhauer.

Eu machuquei muitas pessoas, queria poder me desculpar com todas, mas acho que não vai rolar também. Vou machucar mais algumas agora. Dessa vez é sem querer.

Eu acho que tive uma vida boa, eu vivi muita coisa até. Fui tanta coisa, senti tanta coisa. Acho que muita gente chega à velhice sem viver tanto. Então acho que não tenho do que me queixar.

Eu não vou conseguir explicar tudo, eu me odeio por isso. Só me desculpem pelo merda que eu fui como ser humano e tentem ser mais felizes do que eu. Ajudem quem tem depressão, sei lá, façam caridade. Sejam pessoas legais.

Infelizmente não posso botar a culpa nas pessoas pelo que eu vou fazer, eu que não gosto mesmo da vida. Então não se culpem, beleza?

Ah, quero ser cremado, se der.

Adeus, pessoas. Sinto por vocês que ficam.