Planeta 10 escrita por Paaulo


Capítulo 1
Primeiras Impressões


Notas iniciais do capítulo

Acompanhe o primeiro capitulo, boa leitura!



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Começamos sobrevoando a ilha mais próxima do continente, era grande talvez como o estado todo do Havaí, na parte da atmosfera em que estávamos o termômetro marcava 2°C, mas quanto mais nos aproximávamos do solo mais quente ficava, estávamos numa região fria. Depois de darmos algumas voltas no ar Wils resolveu aterrissar em um local plano, vegetação rasteira e um enorme lago mais à frente.  Quando os motores desligaram já estávamos experimentando uma gravidade bem mais forte do que a da terra, a porta pressurizadora abriu lentamente, enquanto checávamos o ar totalmente respirável do planeta, Jim se entusiasmou tanto que eu conseguia ver um pequeno sorriso naquele rosto que sempre fora sério. A primeira a descer foi Ka Tremendo de nervosismo, quando ela tocou o chão olhou para todos nós e sorriu, sorriu como se estivesse experimentando a melhor sensação daquele planeta. Depois de Wils e Sanches chegou minha vez, o suor frio escorria pelo rosto, minhas mãos tremiam e meus olhos nem piscavam mais, quando toquei aquele solo macio, eu senti...senti o planeta inteiro, cada parte, cada canto, era diferente que a terra, eu conseguia ouvir a respiração de todos, senti as aguas calmas do lugar, e quando olhei para cima o êxtase foi tão enorme que cai, cai e só acordei quando as mãos lisas de Hany tocaram meu rosto.

— levante seu filho da puta – Gritava Sanches totalmente entusiasmado.

— dê um tempo para ele, passamos muito tempo naquela maldita nave – Respondeu Hany por mim.

— que seja, temos que aproveitar isso, cara! – Gritou Sanches novamente.

Nesse momento já nem importávamos mais para o reconhecimento e estudo do local, não havia lugar para pensar na missão naquele momento de alegria.

— eu nunca esperava poder pisar em outro planeta – Disse Gustav enquanto descia da nave – E a melhor sensação que eu poderia ter, Meu Deus!

— olha quanta agua! Eu poderia nadar nesse maldito lago! – Comentou Sanches.

— calma. Não vá fazer besteira, ainda tem muito o que descobrir aqui. – Retrucou Jim.

Fazia tempo que eu não ouvia a voz do capitão assim, fora de um alto falante. Ele foi o único que largou tudo na terra para servir a essa missão, nós pelo contrário não tínhamos nada, crescemos para esse momento, fomos capacitados e treinados para estarmos aqui, os 10 viajantes, clichê eu diria. Mas o capitão, ele deve estar com saudades, do pai talvez, ou da mulher, isso não importa mais, ele sabe que nunca mais vai ver eles.

— 08, olha a cor dessa agua, dá para ver todo o fundo.  – Disse Ka – Examine logo que minha boca está seca por agua!

08 é o único robô que sobrou de toda viajem, os outros foram estragando e perdendo a utilidade. É um robô de reconhecimento, talvez por isso ainda funciona, não tinha nada para reconhecer no espaço.

—encontrei resíduos de ferro na água, talvez não seja viável tomar dela antes de purifica-la – Disse o maldito robô.

—ei, apresentem todos aqui! – Interrompeu Jim – Quero fazer a contagem.

Juntamos todos na frente do capitão olhando fixo a ele, estávamos todos ali, mas ele quis fazer sua chamada semanal.

—Alysson!

—aqui! – Respondeu nossa linda e maravilhosa mecânica.

—Billy

—senhor! – Respondeu o maldito puxa saco engenheiro.

—Dany!

— Aqui, Senhor! – Então eu respondi, o navegador.

— Gustav!

— senhor! – Respondeu o melhor cara para se conversar o piloto.

—Hany!

— senhor! – Respondeu minha querida... A medica

—Ka!

— senhor! – Respondeu a nossa segunda medica.

— Sanches!

— Aqui, Senhor! – Respondeu o entusiasmado segundo engenheiro.

— E Wils

— Senhor! – Respondeu o mais responsável entre nós, O segundo piloto.

Depois de 18 anos viajando com todos eles você já pode ter o direito de colocar adjetivos em cada um, mesmo que não seja agradável, minha mente ninguém consegue ler.

— Ok pessoal, vamos todos seguir com a segunda parte da missão – Falou Jim – Mas primeiro, descansaremos um pouco, quero todos aqui em 1 hora.

Ah, a missão... eu não me lembrava dela até aquele momento, minha única vontade em todos esses anos foi de chegar nesse planeta. Agora mesmo ainda tremendo de alegria eu queria chorar, porque tudo mudou, a nave que eu considerei minha casa estava ali, e eu estava fora dela, me sentia desprotegido.

— 18 anos cara, 18 anos naquela nave – comentou Gustav comigo.

— não se sente estranho? – Falei.

— estranho? Olha esse sol, essa brisa, esse cheiro, olha essa liberdade que temos agora!

—sim... – Comentei pensativo.

—levanta, eu vou pular nesse lago, vem comigo – Gritou ele me puxando.

—não ouviu oque 08 disse? Tem ferro na agua.

— ele não falou nada de nadar!

Aquela água calma que refletia a luz do sol, era linda, não culpo Gustav por ter pulado, estava convidativa demais, eu iria fazer o mesmo, se aquela porra de monstro não tivesse engolido ele inteiro.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler!
Logo mais o próximo capitulo!



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