Luz entre Escuridão escrita por MayCSL


Capítulo 8
Capitulo 6- Pessoas Impiedosas, Fins trágicos




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Capitulo 6

 

Pessoas impiedosas, fins trágicos.

 

Não, ainda não acabou. Eu vencerei!

“Nada proporciona melhor capacidade de superação e resistência aos problemas e dificuldades em do que a consciência de ter uma missão a cumprir na vida” (Viktor Franklt).

 

A turbulência de exames médicos e a paciência para lidar com as excessivas e irônicas perguntas de Kamui foram suspensas, fazendo, portanto, que Mizuki fosse introduzida oficialmente como subordinada a sétima divisão. Sob auxílio de Ryo deu-se início ao aperfeiçoamento de suas habilidades na sala de treinamento, que era um recinto incrivelmente grande naquela base.

Fora a parte motora, o rapaz, sempre paciente, lhe ensinava a língua e os costumes terráqueos de Edo que lidariam futuramente. Esse conhecimento era necessário, pois o papel que lhe foi designado era servir como uma rede de informação para o resto do grupo, tentando ao máximo misturar-se a população só assassinado e fugindo em casos extremos.

O treinamento intenso também visava à missão anunciada no auditório principal para a pequena parcela de soldados presentes, os capitães também estavam presentes com seus respectivos tenentes e por fim o almirante em seu centro tirava um alto cochilo a frente do microfone ignorando qualquer seriedade exigida na ocasião. Estes discutiam sobre o desembarque no planeta Shinra¹ para recolhimento de armas e inspeção de seu controle extremamente abusivo e violento sobre a população, afinal, daquela raça advinha a flor solitária Kada tinturada de traição.

Kamui como antigo líder do pelotão da sétima divisão sentia-se frustrado por sua limitação de passar pelo espetáculo da guerra atrás das cortinas, porém não era ruim num todo, pois ele poderia observar atentamente a atuação de sua aposta naquele ato. Ligeiramente visou na direção de Mizuki ainda sonolento, ela ouvia as instruções de Abuto com bastante atenção.

Ao lado dele encontrava-se a atual tenente Reiko, uma Yato de aspectos físicos diferente dos demais. Pequena e com uma magreza que chegava ser cadavérica, escondendo seu rosto na longa franja de seus cabelos castanhos escuros que beiravam seu ombro. Esta não lutava bem, todavia seu coeficiente de inteligência era alto o suficiente para criar estratégias e agradassem Abuto, a ponto de suportar a imensa arrogância da mulher.

Tomada por sua empáfia Reiko subiu as escadas ao encontro da Lança do Harusame, que só de ouvir a pisada das botas dela fez com que ele grunhisse de raiva revirando os orbes azuis assim que ela esbravejou em seu ouvido:

“Como pode ser tão estúpido em por uma recruta em qualquer experiência em uma missão delicada?” Ela pós as mãos na cintura alterando ainda mais a voz quando percebeu que ele não lhe deu atenção. “Almirante, o Harusame ainda perderá todo o poder alcançando por culpa de suas brincadeirinhas”.

Ele odiou se subestimado e estava as vésperas de lhe lançar palavras de baixo calão, todavia conteve-se projetando seu sorriso falso e a colocar  seu longo casaco vermelho. Foi à frente do microfone com uma aura autoritária, todos dirigiram seu olhar a ele, porém ele nada disse, embora que para os veteranos fosse uma mensagem de – o que vocês ainda fazem parados?

Aos poucos o auditório foi esvaziado. Todos, inclusive o jovem almirante seguiram para as naves que iam em direção a Shinra. Até a base não era uma viagem muito longa, da velocidade relativamente baixa em que eles estavam chegariam a menos de 2h ao planeta. O mesmo avistado de longe de acordo com Ryo era como uma grande bola árida com alguns pontos de água isolados, na sua explicação ele disse que os habitantes daquele planeta dos ventos tinham se adaptado para passar longos períodos sem consumo de água, por essa razão eles tinham um formato diferente na garganta, e também são conhecidos como guerreiros do deserto.

A força de um Yato era superior a um Shinra, embora eles estivessem em uma grande vantagem pelo Sol ardente incidindo sobre o planeta. Essa dificuldade era suprida com o cobrimento total na vestimenta e fornecimento direto de hidratação, além, claro, de formas de batalha indireta. Mizuki e sua equipe ficariam responsáveis por esse apoio indireto.

“Escutem bem! Não estamos indo para o planeta daqueles traidores com intenções amigáveis, a todo custo estejam preparados para a batalha”. A traição que eles se referiam era sobre Kada que em sua fuga a Terra tentou se apoderar de bens sem informar nada ao Harusame, com uma tropa fajuta que fora totalmente derrotada por dois desconhecidos. “Se falharem suas cabeças irão para os ares”.

Suas cabeças irão para os ares– à frase de Abuto matutou por um tempo na cabeça de Mizuki–Onde fui me meter–, pensou. Além de saquear as casas que estavam a alcance para infortúnio desta ela faria dupla com a enfezada Yoi.

Durante a viagem estava tranquilo, mas a tensão em todos aumentava a cada vez que aquele planeta extremamente árido se aproximava por muitos novatos que nunca haviam saído do Yato entrar em um campo de batalha extremamente ensolarado era uma experiência aterrorizante. Mizuki junto ao restante colocava capas escuras encobrindo a cabeça com o grande capuz envolvido por bandagens, quanto maior proteção melhor desenvolvimento era o lema.

“Ouçam! Estamos descendo próximo a uma vila. Entrem em todas as casas saquem tudo o que puder se houver resistência os matem”, foram às ordens dadas por Reiko.

Descendo a rampa central sentiu o impacto da temperatura–Quente demais. O corpo quis fraquejar tendo que respirar fundo e correr para alcançar o pelotão que saíram em disparada para a vila, para Mizuki essa missão levavam de volta a lembranças dolorosas ela teria que chegar a essas pessoas que nem sabem o que está havendo saqueá-las, agir com violência e se possível matá-las? No que diabos aqueles que foram eufóricos ao ataque se achavam no direito de fazer isso sem revidar nem um instante? Seres bestiais.

Ao pular a janela de uma das cabanas via Yoi fazer o que ia lhe doer ainda mais sua cabeça. A cena que perfeitamente retratava algo doloroso. Um casal de irmãos da raça Shinra, a jovenzinha era pálida com seus cabelos azuis claros e o rapaz mais velho com uma pele opaca roxa; Este ficou a frente da menor todo tempo em quanto a Yato apontava-lhes a sombrinha para o desespero deles.

“O que pensa que está fazendo?”, pediu a fêmea, seus olhos verdes pareciam mais labaredas de raiva.

“Eu faço a mesma pergunta, se eles não nós oferecem nada o que temos de fazer é matar garota estúpida”.

.Vias tortuosas. O que você vê de verdade?

Puxando o cabo da arma soltou vários tiros na abrindo fogo na direção deles fazendo a poeira subir, quando esta abaixou notou que Mizuki havia os protegido com a sombrinha na frente e estes fugidos. Isso foi o ponto para aquelas rivais mostrasse suas garras e se atacassem.

“Dessa vez você morrerá! A única que deve estar ao lado de Kamui é somente eu!”. Esbravejou Yoi.

Era uma ideia imprudente...

Que tipo de sacrifícios se faz para atingir algum objetivo? A resposta vinha em forma de incógnita para Kamui solucionar, questões que mandara para distância por longo prazo voltavam entre cochilos agoniados. Desconfortável se debruçou sobre a mesa prestes a babar nos papeis espalhados. Remexendo, remexendo, atualizava os conceitos da sua face humana/alienígena em aspecto psicológico. Evitar se aprofundar no assunto era o que ele almejava sem domínio e eficácia, mais cedo ou mais tarde isso lhe assombraria novamente.

Para com a senhorita sua irmã recordou-se daquele samurai que pretende lutar logo como desculpa para referir a caçula da família, separado pelos níveis de devoção? Uma irmã que luta contra o sangue e outro a favor; pura demagogia por Kamui que ainda guardava desenhos e fotos de quando pequenos em suas gavetas, ele queria saber com toda sinceridade como ela passava e crescia. Mas, mesmo assim, naquele dia em Yoshiwara em que ambos não se viam há anos ele quase chegou a machucá-la fisicamente quando seus instintos ativaram, sem claro tirar que ela mesma ilesa ainda mostrava abalo em seus orbes azuis ao encontro dos seus idênticos.

Bebericando a lata de café para mantê-lo acordado olhou alguns uns arquivos de um homem misterioso, cujo estava mantendo controle de parte do planeta Rakuyou sem ajuda de seguidores entre ou algo do tipo. Separou como interessante para se investigar por outrora descolando a uma diversão para lutar contra alguém que estaria tentando se proclamar rei em sua etnia.

Engasgou pelas batidas rápidas a sua porta deparando-se com Abuto ao abri-la que ficou de joelhos a sua frente por falta de ar, seu semblante comparado com os anteriores ele estava em desespero.

“Por que está tão afobado Abuto? Parece que viu um fantasma”.

“Verei se elas continuarem a lutar”, disse a se recompor ajeitando sua capa–, o seu prodígio a Yoi estão lutando há um bom tempo, todos até pararam para ver quem cairá primeiro.

“Se todos pararam em suas missões significa que elas estão dando o máximo”, trocou o par de sapatos pelas botas e cobriu-se com sua capa branca, colocado a sombrinha sobre o ombro, ele tinha um sorriso eufórico só de imaginar. “Indique-me o local onde todos estão. É imperdoável perde algo assim”.

Suspiro sobre suspiro, ranger de dentes para suportar o desgaste em um terreno de umidade hipotônica trocando socos e chutes com as ultimas forças. Os gritos de insultos e incentivo dos espectadores aumentou a tensão para aquelas duas mulheres que se arrastaram no chão árido exaustas.

“Vamos lutem! Continuem a nos diverti!”, desse nível até o mais baixo escalão vinha os gritos deles.

“Detesto admitir que compartilhamos o mesmo barco. Eu serei descartada se perde e creio que o mesmo acontecera a você se for pelo contrário, então se tem amor a sua vida, por que não atira logo em mim?”, inquiriu Yoi estirada ao chão em mira da sombrinha de Mizuki, que revidava em atingir o golpe final. “Naquele dia você me chamou de inexperiente, porém não se esqueceu de que aquele que hesita está fadado ao fracasso?”.

Nesse momento Kamui chegou indo ao centro ficando a três metros de distância das duas, Yoi quando o notou segurou a sombrinha dirigida a ela colocando-a na proximidade de onde está localizado o coração. Sorrindo enérgica visando àquele que amava, sim... Mesmo após invertidas frustradas ela o amava e admirava com fervor.

“Eu nunca fui forte o bastante para lhe servi Kamui. Tentei de tudo para ter o mínimo de sua atenção”, virando a sua rival continuou. “Ao contrário dela que conseguiu tudo o que eu queria há anos em um curtíssimo espaço de tempo... Isso me faz sentir tão humilhada”.

“E por esse motivo que dará fim a sua vida patética, certo?”, acrescentou o Yato sem titubear.

A raiva do emergia sobre os olhos verdes da mulher em pranto que via e ouvia tudo aquilo tendo que permanecer quieta como alguém não se importa com os sentimentos dos outros assim para dizer isso sem nem um remorso? Cheirava podre aquela alma corroída.

“Antes tenho um aviso para você minha jovem”, foi então que enterrou a sombrinha em seu corpo descobrindo-o da capa e se expondo ao sol latente. “Se você não quiser acabar como eu, não importa quantas investidas houver. Nunca, jamais liberte o sentimento chamado amor. Kamui apenas está se divertido como faz a outras mulheres, você é só uma a mais”, alargou seus braços mostrando o seu sangue queimar. “Caso ache que estou mentido apenas tente e acabará como eu”.

As cinzas de seu corpo passavam a sua frente após o termino do aviso, socou o chão irada fazendo com que terreno tremesse. O almirante satisfeito foi ao seu encontro, porém esta correu em disparada.

Quando se aproxima o desespero...

 

 


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Notas finais do capítulo

Glossário:
¹: Uma das quatro raças mercenárias-Dankini, Shinra, Renho e Yato.



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