Luz entre Escuridão escrita por MayCSL


Capítulo 6
Capitulo 4- Harusame e suas Disputas




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Capitulo 4

 

Harusame e suas disputas

 

Se não me correspondes, também não oferecerá teu amor a mais ninguém depois dela.

 

Estabilizar-se no meio do espaço era uma tarefa agonizante desde que o tempo passava terrivelmente lento, embora os veteranos dissessem que seria costumeiro. Quando a ficha finalmente caiu que estava no meio de totais estranhos e estava no meio do nada sem escapatória Mizuki estremeceu, recusando-se a fechar os olhos que insistiam em cair no cansaço.

Um primeiro grande erro para concretizar algo na calada de um recinto é não privar-se da vaidade, mesmo que a pisada fosse leve o perfume excessivamente doce impregnou-se no local. Mesmo com o deslize um tanto estúpido foi capaz de atravessar entre as mãos de Mizuki como um gelo fino, deleitando-se em sangue. Prevenido, porém, que o instrumento alcançasse seu coração o quebrou em pedaços com a mão esquerda livre.

“Droga”, finalmente ouviu a voz do aprendiz de shinigami¹ desastrada. “Nada mal para uma mimada”.

Era afiado com o pior dos pecados, ao não se conformar-se com o sucesso alheio.

“Sua intenção ainda é falha em prática, como pretende ferir profundamente se nem ao menos esconder sua presença?”, indagou amarrando os rebeldes cabelos ao fio preto a direita do beliche. “A organização que aquele bastardo tanto afirma ser poderosa é apenas um blefe?”.

O segundo erro seria o que então?  Sucumbir-se a provocação de seu adversário quando descoberto, uma emoção exaltada abre brecha para o ataque adversário.  Logo, o soco de direita na direção do rosto de Mizuki foi desviado, a qual deixou a defesa na direção tórax visível para seu cotovelo veloz.

Lembrou-se que o terceiro erro ficaria por cumprimento dela, pois mesmo na situação de piratas criminosos, a politica corporativa instituída por Abuto era forte e imperativa– com penas extremadas aos tinham desobediência ao ordenamento, tais, pelas palavras do capitão, eram executadas na sua forma literal por Kamui imediatamente. Consolidar uma confusão desnecessária em sua primeira semana? Embora também fosse intrigante o que se formou tão forte ao ponto daquela pessoa tentar mata-la.

As repostas sempre vagam por nossos passados, entretanto, insistimos em ultrapassá-los.

“Apenas fique longe dele”, viu a pessoa cujo tom feminino da voz condizia com sua vaidade explicita. “Se aproximar dele só lhe trará arrependimento”.

“A quem se refere?”, contestou levantando as sobrancelhas. “Teme que eu lhe tome algo ou alguém? Presumo que seu pensamento é equivocado, minhas intenções são completamente diferentes.”

“Tem o mesmo tom imundo daquela pessoa”, cortou debochadamente. “Talvez assim como ela você morrerá por se juntar a ele”.

Dito isso, ela levantou-se pousando a mão direita na área atingida. Mizuki a observou sair em passos arrastados do recinto, empurrando-lhe duvidas insignificantes. Lutar, tudo é resumido para a luta, batalhar para voltar e a fim de reverter a situação de seu povo com seus punhos... Seria até uma visão romantizada do que foi a ditadura de Hosen, entretanto para ela o que poderia dar de errado nessa aspiração? Para diminuir seu carma que vagava em sua memória periférica necessitava guiar os limitados.

Descansar a faria capaz de compreender o que realmente aconteceu ou aprofundaria sua complexidade? O mundo dos sonhos esta ligado com o mais profundo de seus pensamentos, nele, sempre esta segurando uma forte mão masculina. Esta tenta ver o rosto de seu dono, porém é tão alto e brilhante que lhe ofusca... Que fragmento tão importante se perdeu? Tentar mirar aquele rosto parecia como tomar um raio solar assassino.

Nada melhor que ir direto a fonte de sua analogia, perdida no mundo das ideias subiu até a parte mais alta da base. Pela janela pode ver a grande, exuberante, e temida estrela. O privilégio era tamanho por poder observá-la sem temor ou quase coberta pelo céu de ferro, todavia nem mesmo a fonte pode lhe revelar.

“Admirando a lenda hein? Parece que seus sonhos são incrivelmente altos Mizuki-chan”, sua reflexão foi quebrada pela voz do rapaz de cabelos vermelhos e o som de suas botas em contato com a escada. “Pelo que demonstrou hoje não tenho nenhum arrependimento em que querer como minha presa favorita”, o sorriso que sempre dava prioridade em exibira enfadava. “Tal como esta estrela sua luz crescerá mais e mais, embora eu me pergunte se será tão ardente para passar a foice mortífera no pescoço de um imortal. Aguardarei impacientemente magnífica lua”.

As mãos do jovem líder tomaram de conta dos pulsos da garota prendendo-a contra a parede, a mixagem fervente do fervente verde com o cerúleos mesmo irreal pareciam formar o vermelho dos poderosos. Durante a tentativa desta se livrar dele, ele continuou:

“Você decidiu me seguir e eu prometi levá-la a seu objetivo, apesar disso, se por um segundo que você fraquejar eu irei matá-la”, contou num sussurrar. “Não subestime a mim ou este grupo, você está simplesmente sozinha sem aliados no meio do espaço, acho que seria desagradável descumprir meu aviso desde que não faz meu estilo eliminar mulheres, pequena Mizuki”.

“Não hesite apenas pela minha condição feminina, contudo eu acho que está mais fácil minha pessoa perecer nas mãos de suas admiradoras senhor imortal”, ouviu a risada dele que, por conseguinte a libertou.

“Tentarei não fazê-lo”, a voz escura e ameaçadora havia sumido voltando ao normal. “A propósito tenho algo interessante para lhe mostrar, me siga”.

O que lhe dizia ser intrigante era uma sala próxima o comando central, como lá ficava o núcleo energético da nave a frigidez necessária para esfriar o gerador estava axiomático até nos corredores. Suspirou com o choque térmico quando Kamui abriu a porta de acesso ao ressentido, e também houve a impregnação de tabaco em suas narinas fazendo-as irritadas.

Eles eram semelhantes, porém, a pele era considerada saudável comparado à palidez extrema dos Yatos. Realmente peculiar aqueles seres... As quais emitiam uma tranquilidade intimidadora em seu mistério, principalmente o homem de um único e fervoroso orbe verde oliva desde que o local que seria o outro olho estava coberto por ataduras.

“Parece que o pequeno monstrinho me encara com curiosidade”, sua nuance na voz era de extremo orgulho, soltando mais uma nuvem de fumaça do kiseru² e despachando as cinzas restantes no borralho em seguida.

“Não seja tão duro Shinsuke, ela nunca teve a oportunidade de ver um terráqueo. Porém, garanto que mesmo sem o conhecimento ela acabaria fácil com vocês”, cuspiu de volta o ruivo que odiava perder.

“Oh! É mesmo?” ele sorriu em escarnio. “Então me permitiria testá-la?”.

Aquele dia de sua semana de estreia não fora nada fácil, desde que a recruta cruzava com a senhora adrenalina no curto espaço de tempo. Desta vez, eram balas que foram disparadas em sua direção freneticamente em diversos ângulos; por sorte conseguiu desviar do que seria fatal sofrendo apenas pequenos arranhões, agora focava encontrar de onde estava vindo. Finalmente percebeu a mulher loira ao fundo da sala portando as duas pistolas, partiu ao centro do ataque para a surpresa dela esmagando as armas e fazendo-as em migalhas com um aperto das mãos.

“Nem mesmo sua pistoleira conhecida por sua rapidez foi capaz de detê-la, seria justo eu levá-la comigo nas missões na Terra”, propôs Kamui.

“Lidar com pirralhos sempre traz imprudência, porém o que tenho de garantia caso você erre?”, rebateu.

“Caso ocorrer falha esta será eliminada, lhe daria o golpe final o que acha?”, eles discutiam abertamente sobre sua possível morte como se esta fosse um objeto manejado da forma que bem desejar.

O livre arbítrio tem lá seus malefícios, sempre colhemos o que plantamos e dependendo do que fazemos colheremos assustadores problemas e ela teria que acatá-los. Kamui se aproximou de sua cabeça primeiramente afagando-a como se fosse uma mascote, porém suas garras subiam mais na cabeça da jovem e apertava com força, por um breve momento ela encontrou-se om seus olhos me causavam alguma lembrança... Ela já os viu muito antes.

“Porém isso não acontecerá, fique tranquilo não chegaremos a esse ponto”, seu sorriso voltou ao normal soltou-a de vez e quase a desequilibrou. “Mizuki você já esta liberada para ir”.

Uma mão macia a puxou para fora com delicadeza, era uma senhorita de cabelos castanho claro bem fino e seus olhos eram belos que se assemelhavam ao bronze. Tinha o mesmo estilo de roupa do terráqueo anterior, porém o seu era mais fechado; Ela sorria gentilmente.

“Minhas sinceras desculpas pela atitude de Takasugi-kun, ele é muito arrogante quando quer”, disse.

“Takasugi?”, repetiu Mizuki confusa.

“O homem que estava dentro do quarto junto a Kamui-dono, seu nome Takasugi Shinsuke. Oh! Sinto em não me apresentar me chamo Shimizu Hikari, é um prazer conhece-la Mizuki-chan”.

“A senhorita é da tal Terra?”, tentou puxar mesmo com a dificuldade com a língua.

“Sim, e mudando de assunto percebi que ficou preocupada com o que aqueles dois falaram entre si. Você se saiu bem em manter uma calma aparente, mas relaxe agora tome um pouco de calmante e assim descanse em seu quarto hoje você recebeu muita informação”.

Já no alojamento a mulher ofereceu o comprimido com um copo com água, seu efeito veio aos poucos forçando as pálpebras a caírem mesmo mediante a uma avalanche de preocupações. Muitas informações realmente vieram de uma vez só, algo que parecia tão simples como entrar numa organização, tomar força e voltar iria sincronizar pontos do passado que dizia ter perdido.

Ceder aos sonhos trará as profundezas, sonhar trará o lamento necessário.

 

 


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Notas finais do capítulo

Glossário:
¹: Deus da morte em japonês.
²: Cachimbo em japonês.



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