Planeta Desastre escrita por Imperio


Capítulo 3
O começo Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Já era noite e Erik não conseguia dormir; após as aulas terem sido canceladas e ele e Charlie voltarem para o alojamento, passaram a tarde toda jogando cartas e assistindo os noticiários, a situação parecia não melhorar, a maioria das escolas cancelaram as aulas, as rodovias interprovíncias foram fechadas por ordem governamental, a população parecia estar seguindo à risca as ordens do governo, mas Erik sabia que não era por obediência ao estado que as pessoas se refugiavam em suas casas e sim pelo medo, medo dos seres que estavam vagando pelas ruas, pessoas doentes que invadiam festas e parques devorando todo o ser vivo que encontrasse pela frente, vídeos na internet mostravam a brutalidade e crueldade desses animais, era assim que ele definia esses seres, verdadeiros animais, apesar de muitos os chamarem de zumbis, Erik preferia o termo animal, pois apesar do estado necrótico que se encontrava esses seres e pela voracidade de seus ataques, ele ainda se agarrava a ideia de que essas pessoas só estavam doentes, entretanto no fundo sabia que havia uma grande chance de estar errado.

Enquanto pensava, a chuva caía fortemente lá fora, os ventos frios faziam as palmeiras balançarem, Erik observava tudo da janela de seu quarto, logo resolveu ligar a TV para ver o noticiário, porem ficou supresso ao ver que todos os canais estavam fora do ar, pensou que deveria ser por causa da chuva, voltou para cama a fim de dormir, mas o sono não veio, enquanto olhava o teto do quarto podia ouvir Charlie roncando na cama ao lado, resolveu então tomar um chocolate quente, quando descia as escadas em direção ao primeiro andar aonde se encontrava a cozinha, ouviu um barulho, logo pensou que fosse no lado de fora. Agora que já estava na cozinha ele abria a geladeira em busca do leite, foi quando ouviu o barulho de novo, desta vez ouviu o som de algo se quebrando, rapidamente fechou a geladeira e subiu as escadas para o segundo andar, pensava que tinha acontecido algo com seu amigo, quando chegou ao seu quarto, viu Charlie em pé, parecia está procurando algo.

— Ei, o que você está fazendo? – Perguntou Erik se aproximando.

Charlie não respondeu, continuou andando de um lado por outro, foi quando pode se ouvir outro barulho, parecia está vindo do andar de cima.

— Cara, me diz o que está ... – desta vez ele foi interrompido pelo loiro que estava na sua frente.

— Fale baixo, agora... aonde eu deixe... a minha queridinha... – Dizia Charlie na mesma hora em que abria o criado mudo.

— Como assim falar baixo...e minha queridinha, que merda é essa?  - Enquanto Erik falava, Charlie levantou o colchão de sua cama.

— Achei você – Disse Charlie fazendo cara de vitorioso, e depois pegou uma coisa que estava embaixo do colchão.

— Por que você levantou meu colchão? E o que foi que você achou.... – Erik ficou paralisado, em sua frente Charlie estava portando uma Walther-22.

— Eita, vamos com calma o que você vai fazer com isso? – Perguntou, no mesmo instante pode ser ouvido um barulho no andar de cima, parecia móveis sendo arrastados.

Logo após alguém estava batendo à porta do quarto, Erik já estava a caminho da porta para abri-la.

— Espere, não abra a porta! – Charlie segurava firme a arma.

—  Deixe que eu abro, fique perto da janela. - Disse Charlie enquanto mirava na porta.

— Mas...- Erik foi interrompido pelo loiro.

— Só faça o que falei! – Exclamou ele.

Quando Charlie abriu a porta e deus uns cinco passos para trás, estava preste a atirar quando foi interrompido pela presença de Ricardo e Estêvão que estavam em frente a porta, havia um garoto com eles, este possuía olhos castanhos e devia ter um 1.66 de altura, rapidamente Charlie o reconheceu era Renato do segundo ano, ficaram assustados quando perceberam a Walther-22 apontada para eles.

— Calma! Somos nós! – Disse Ricardo desesperado.

— É cara, não precisa apontar isso pra gente. – falou Renato enquanto entrava no quarto.

— Nossa, por um estante pensei que fosse zumbis. – Charlie disse baixando a pistola aliviado.

— Eu não acredito que .... – Erik foi interrompido por Estêvão.

— Viemos aqui pois ouvimos os barulhos e pensamos se vocês.... – desta vez Charlie o interrompeu.

— Vocês também ouviram? - Perguntou o loiro, e na mesma hora puderam ouvir de novo o barulho.

— Parece que veio do andar de cima. – Ao terminar de falar Ricardo e outros subiram as escadas para o terceiro andar, as portas dos quartos dos terceiros eram enumeradas assim como qualquer outra dos alojamentos, a numeração dos quartos do terceiro andar era de 6 a 10, o barulho parecia vim da porta do quarto número 8.

— Por que os outros garotos não ouviram o barulho? - perguntou Renato enquanto chegava mais perto da porta.

— A maioria dos alunos deste prédio estão na enfermaria. - respondeu Charlie enquanto abria a porta do quarto.

O quarto estava uma bagunça, o criado mudo tinha sido jogado no chão, fazendo que a xicara que estava em sua superfície se quebra-se com a queda, fora este barulho que Erik escutou na cozinha “o som de algo se quebrando”, havia diversas roupas em cima das camas, em uma delas havia pequenas manchas de sangue no lençol, junto a janela se encontrava um garoto de costa devia ter uns 1,64 m e cabelos escuros estava virado de costa para eles, logo Charlie o reconheceu era Jonas do primeiro ano, ele se aproximou dele pondo a mão em seu ombro.

— Ei, tudo bem com ... – Charlie sentiu seu braço ser puxado, o garoto em sua frente estava agora virado para ele, seus olhos eram brancos e sem vestígios de humanidade, exibia enormes olheiras, a pele estava mais branca do que o normal, suas mãos que seguravam o braço de Charlie eram frias, da boca saía grunhidos , os lábios não eram mais vermelhos como antes, seus dentes eram amarelados, seu corpo exalava um forte odor; estava preste a morde o braço do loiro, porem este ao perceber o que estava acontecendo, tentou empurra-lo, na tentativa acabou por deixar a pistola cair, o ser a sua frente apesar de estar claramente morto possuía uma força considerável e fez que Charlie batesse a cabeça na parede, ao perceber ocorrido Ricardo e Renato foram ajudar o amigo, enquanto Estêvão descia as escadas em busca de ajuda, Erik ficou paralisado não compreendia o que estava ocorrendo em sua frente.

Ricardo conseguiu agarrar o morto-vivo pelas costas, entretanto este o empurrou e fez que ele batesse a cabeça no criado-mudo e desmaiasse, Renato tenta inutilmente segurar o ser, porem é muito fraco e deixa que o zumbi vá para cima de Charlie que estava desorientado devido a pancada que tinha levado ao bater a cabeça na parede. O desmorto aproveitava da vertigem do loiro e estava perto de lhe morder o pescoço, porem de repente houve-se um estrondo no quarto, o morto-vivo cai inerte no chão, em sua têmpora esquerda um enorme buraco fora feito pela travessia de uma bala, de pé na porta estava Erik segurando a Walther-P22 firmemente.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro me informem.



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