Uma tribo, um povo, uma Freljord! escrita por Okaxy07


Capítulo 1
O arco sagrado




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Eu estava na floresta praticando minha caça matinal, quando vejo um movimento a uns 200 metros de distância de mim, então puxo meu arco vagarosamente para não alertar tal criatura, encaixo a flecha na corda, miro bem no pescoço daquilo e, quando estou prestes a atirar, ouço passos rápidos e um grito desesperado que espantava o animal:

—Princesa!!! - Viro para trás, apontando o arco para a pessoa, que logo se assusta, e ao ver que era um de meus servos, guardo meu arco e me recomponho.

—Não se fala assim com uma princesa! - Falo arqueando as sobrancelhas, sem perder a postura.

—Perdão, vossa majestade - Ele diz, se curvando aos meus pés como sinal de temor

—Levante-se, o que faz aqui atrapalhando minha caça?

—Venho com a intenção de te alertar sobre o falecimento da rainha, vossa excelência - Ouço as palavras saindo de sua boca, e logo me dá um nó na garganta, seguro o choro e respondo com dificuldade:

— Obrigado, pode voltar para o palácio agora - Eu falo e ele se vira, andando na direção oposta a minha.

Quando ele já está longe, esqueço minha postura e caio no chão, lágrimas começam a percorrer pelo meu rosto que estava pálido, levo as mãos ao mesmo e o enxugo. Depois de um tempo, recolho meu material de caça e volto em silêncio para o castelo. As pessoas me olham com cara de pena, o que eu odeio. Me deito na cama do meu quarto e ali fico a pensar... Se minha mãe faleceu, quem tomará posse do trono? Eu, é claro. Mas o que eu vou fazer? Realizar o pedido do povo? Ignorá-los? Buscar vingança? Estas dúvidas percorrem minha cabeça, até que horas depois eu tenho uma lembrança de algo que eu prometi a mim mesma quando criança: Eu unirei Freljord! Será algo difícil, isto já anula todas as possibilidades de vingança, Freljord irá ser invencível, assim como foi na época de Avarosa, a lendária rainha que uniu nosso povo.

No dia seguinte, fui nomeada rainha do povo avaroniano, e apresentei minha ideia após a cerimônia de coroação. Muitos criticaram, o que me causou certo desconforto, mas eu estava decidida a fazer isto, e nada iria me fazer mudar de opinião. A cerimônia se encerrou e eu fui caçar, do modo que faço todos os dias.

Enquanto mirava em um alce, um falcão sobrevoa por cima de mim, dando um grito e o acompanho com os olhos, ele pousa em um lugar e vejo três homens grandes empunhando longas espadas, correndo até mim. Imagino logo que não apoiaram minha ideia e queriam vingança contra o povo que matou minha mãe, a falecida rainha. Me desespero e a única coisa que penso é correr, então faço isso de modo como nunca havia feito antes em minha vida, estava com muito medo e decido atirar algumas flechas neles sem parar de correr. Atiro uma, atiro duas, e nada de acertar eles, e na hora de atirar a terceira, não consigo puxar nada, olho pra minhas costas e minha aljava estava vazia. Jogo o arco no chão e corro, corro muito mais, até ver o falcão me sobrevoar gritando novamente, deposito todas minhas esperanças nele novamente, afinal, ele me salvou na primeira vez. O sigo rapidamente, a passos longos e rápidos, ele me faz sair da floresta e subir em montanhas que nunca tinha ido. Olho para trás e vejo os três homens ainda me seguindo depressa, trinco o maxilar e penso - Droga, ainda não desistiram...  - Volto a seguir o falcão e me deparo com uma parede rochosa com uma palavra escrita a gelo-puro, vejo uma caixa no chão e a abro, desesperada.

Olho para o baú aberto e encontro um arco de gelo celestial, encosto nele, encantada, já chorando com a dor que sentia, aquilo estava muito gelado, então o empunho e sentia um poder enorme crescer dentro de mim. Não sei como, talvez por puro instinto, crio flechas de gelo e as atiro numa distância de mais ou menos 400 metros, acertando os homens, sem errar nenhum disparo. Observo atentamente os arredores para me certificar de que estava segura, então me ajoelho e agradeço a majestosa Avarosa pelo presente. Volto para a tribo com o arco em mãos e todos se curvam para mim, reconhecendo a arma lendária que eu empunhava, então falo alto:

— Este é o arco sagrado de Avarosa. Fui abençoada com este presente e com ele, eu unirei Freljord! - Eu ouvia os gritos da multidão, que abria espaço para que eu passasse. Estava feliz, o povo agora me apoiava, e isso era muito bom. Chego exausta no palácio, nunca havia corrido tanto na vida. Penduro o arco dentro de meu arsenal, tranco o mesmo, jogo a aljava no chão e desabo na cama limpa e arrumada que me aguardava ali.


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