Para Akko, magia não era apenas um coração crente. Até porque, o que era um coração? Um órgão que bombeava sangue pro seu corpo inteiro, que magia ele faria?

Não importa o quão idiota fosse ou quantas besteira fizesse, Akko tinha uma ideia formada sobre o coração. Mesmo que adorasse a mensagem que Shiny Chariot passava sobre acreditar em si mesma, para ela um coração era mais do que autoconfiança.

Afinal, como se pode acreditar em qualquer coisa sem amar?

Confiança era muito importante, mas amar e sentir eram talvez o essencial para se fazer qualquer coisa. Seu amor pela magia era inquestionável; sempre admirou bastante as bruxas, mas sentia necessidade de algo a mais. Não algo para lhe complementar, não entendia bem o que precisava. Talvez mais motivos? Mais motivações? O coração era muito difícil de se entender.

E então percebeu como ele ficava rápido perto de Diana. Fazia suas bochechas esquentarem e o pulmão esquecer como funcionava direito. Mesmo que nunca tivesse sido picada por uma, sabia que não era como os efeitos de uma abelha cupido. Não queria se jogar aos pés da Cavendish e implorar para que ficasse do seu lado. Parecia muito submisso.

Queria ver os seus sorrisos, andar de mãos dadas, fazer rir e mostrar estar por perto sempre que precisasse. Queria apenas estar ali com ela, aprendendo e conhecendo cada vez. Se sentia mais feliz quando a via, e mais animada para prosseguir o dia. Sentia que estava no topo do mundo, era algo tão bom que nem se sentia tão mal quando falhava algum feitiço.

Se para uns o amor não era necessário para ser bom no que ama, Akko não se importava. Amar Diana, simplesmente amá-la em todos os sentidos e em todos os versos, a fazia muito bem. Ela não era a sua força, o que a mantinha viva e muito menos a razão de querer ser uma bruxa, mas tinha um efeito tão inexplicável quanto a magia no seu coração.