Destarte, eu senti. escrita por M Moraes
Esse poema é de uma história de intrigas entre uma pessoa e uma multifuncional antiga do ambiente de trabalho. Às vezes - de forma rara -, ela funcionava adequadamente, outras vezes - na maioria - atolava as folhas que precisavam ser digitalizadas ou tirado cópias. Expresso a indignação abaixo! Pois parecia que essa máquina fazia propositalmente!
Tenho raiva de ti
Não deveria, não deveria
Mas tenho raiva de ti, troço imprudente
Quando eu estava para terminar
Atolava algum papel para me irritar
Quando não era no meio, era no fim
Acabei por ter raiva de ti
Espanto-me, neste século avançado,
Que venha ser tão antiquada comigo.
E quando, finalmente,
Não tenho raiva de ti
Enfada-me. Entola. Rasga a folha e tenho que refazer tudo.
Porque não me avisastes?
Que faltavam três folhas para atolar?
Volto a ter raiva de ti!
Phaser 3635 MPF,
Não deveria, mas tenho raiva de ti.
Por fim, você foi trocada.
Pode ir tranquila, não ficou muita mágoa.
Eis que colocaram uma máquina superior em seu lugar.
Agora é a Multifuncional Samsung M-4070FR
E aviso: não me enfades, senão terei raiva de ti.
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