The Horror Tales: Wicked Place escrita por Jo Chastone


Capítulo 1
Das Cinzas da Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, essa é minha primeira história postada em um site. É um projeto que venho trabalhado faz algum tempo. 'The Horror Tales' foi inspirada em 'American Horror Story'. Infelizmente não irei citar personagens nem acontecimentos dessa série, porém assim como AHS, 'The Horror Tales' será uma história antológica, cada parte terá um tema, uma história e personagens novos criados por mim.
A primeira parte chama-se Wicked Place e se passa em um internato assombrado. Ela será composta por oito capítulos!
Espero que gostem!
Aceito sugestões e criticas ♥



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‘’O vento bate na árvore em frente a minha casa, o galho da árvore reage batendo na minha janela, fazendo um barulho horripilante. O vento entra na minha casa, bate no meu corpo aprisionado.’’

Anotações do diário de Emma McCarthy

Emma McCarthy de 17 anos morava com a mãe e o pai no subúrbio de Miami, na Flórida. A garota era acostumada com o sol, praia depois da escola e sair com seus amigos durante o final de semana. Isso mudou na primavera de 2013 quando Emma tentou se matar. Sua mãe, Sue McCarthy estava tentando entender, achava que a terapia estava ajudando a depressão de Emma, mas não estava.

— Emma tentou tirar a própria vida em um período em que eu e Kenrick achávamos que ela estava bem. – dizia Sue para Philomena Crow.

— Ela é nossa agora, Sue. Nossa menina. Vamos ajudar ela e restaurar, assim como fizemos com você. – respondeu Philomena olhando para a decoração da casa da família.

— É retrô? Eu realmente gostei desse abajur. A Florida me surpreende.

Emma e Philomena pegaram o trem e foram diretamente para Nova Orleans, cidade em que se localizava o internato em que Emma ficaria.

— Você vai gostar de lá Emma. É uma casa enorme, branca e preta em seu exterior, estilo colonial, alias fica numa rua maravilhosa com casas inteiras de estilo colonial. – Philomena disse para Emma enquanto comia um alcaçuz e mexia em seu grande e arrepiado cabelo azul.

— Viu essas luvas? Última moda na Coreia do Sul.

Emma notou que Philomena era diferente, excêntrica e fora do padrão, porém tentou não se importar com isso, no fundo achava que Philomena só estava querendo ser simpática.

— Você é doutora? – questionou Emma.

— Psiquiatra minha querida, mas não sua, infelizmente. Eu cuidei de Sue no passado. Acredite que Charlotte vai assumir seu caso. Vamos torcer para não ser Kate, a mãe dela. – respondeu Philomena.

— Minha mãe já esteve no internato? – Emma perguntou, confusa.

— Bom, acredito que isso será assunto para um chá da tarde com bolinhos da Cake Factory. – respondeu Philomena enquanto ajeitava os seus óculos em formato de flores.

ROSELAND GRACE FOR YOUNG LADIES, NOVA ORLEANS – 2013.

O internato Roseland Grace for Young Ladies foi fundado em 1890 pela escritora de livros infantis Meredith Whittaker. Meredith, que tinha problemas emocionais, comprou um terreno em uma parte remota de Nova Orleans e construiu seu refúgio. Mais tarde, em 1902 ela formou a primeira turma de ajuda a pessoa que sofrem de transtornos mentais e problemas emocionais. Toda essa história era contada para cada novo membro pela vice diretora, Charlotte Woods.

— Então...Quantas somos? – perguntou Emma.

— Bom, no momento você, Mackenzie, Weenie, Nelly, Adele e Jordie. São poucos eu sei mas a academia está sofrendo uma certa crise. – respondeu Charlotte.

— Por qual motivo?

— Ah, ora, diga pra ela Char Char, ela não vai se borrar, pegar suas malas e ir embora de novo pra Florida, vai? – disse Mackenzie do fundo da sala.

— Merda, você é...? – Emma ia questionar quando foi interrompida.

— Mackenzie Burke. Atriz.

— Grande vadia. – retrucou Nelly Changwan, enquanto pegava uma garrafa de whisky.

— Coloque essa merda no lugar ou eu acabo com a sua raça. – Weenie levantou a voz. – Todo progresso que Charlotte está fazendo com você e você joga no lixo.

— Oi, eu sou Adele. – a garota se apresentou em meio aquela confusão, estendendo a mão e mostrando seu vestido florido de margaridas.

— Por que não se sentam e se apresentam para Emma? Eu vou pegar um chá. – disse Charlotte.

As meninas se sentaram. Nelly e Mackenzie longe uma da outra, elas não se gostavam. Nelly observou com olhar de rejeição ao vestido longo de Emma.

— Essas roupas são da sua vó? – retrucou a garota.

— Juro que mais uma vez que você desrespeitar alguém aqui eu te jogo na parede, ridícula. – retrucou Weenie.

— Lembre do processo Weenie. Controle de raiva. Essa vaca não merece seu estresse. – disse Mackenzie.

— Bom, eu sou Mackenzie Burke e estou aqui por ser pega dirigindo bêbada. Também acharam umas quantidades de cocaína no meu carro e eu vim pra cá pois era melhor que um reality show sobre uma reabilitação.

— Para algo sua atuação podre deve servir.

— Cala boca sua cleptomaníaca. – respondeu Mackenzie a Nelly.

— Você roubava? – questionou Emma.

— Todas as lojas de Nova Iorque e Los Angeles. Até ser pega na Chanel no começo do ano. Filha de um mega empresário da cidade e tem a coragem de não tirar nada do próprio bolso. – disse Mackenzie.

Nelly se calou. Sempre que o assunto era o motivo pelo qual ela estava lá, a garota não falava nada.

— Sua mãe, Yoko Changwan, ela é arquiteta, trabalhou um tempo com a minha tia. – disse Emma.

— Alguém tem que ter futuro na família né? – falou Nelly.

— O chá meninas, então Emma, conheceu todas? – Charlotte falou enquanto colocava as xícaras na mesa.

— Exceto Weenie, Jordie e Adele.

— Oh, Adele não está aqui por conta de problemas emocionais, ela está mais para ajudar. Ela é minha sobrinha.

— Weenie vem feito uma grande evolução, ela tinha problemas para controlar a raiva.

— Chicago tem história. Aquele otário que gritou comigo no Burger King levou barbecue bem na cara. – respondeu Weenie.

— Jordie?

 

Jordie era abertamente lésbica e muito tímida, por conta de traumas no passado por causa de sua sexualidade, a garota se fechou com todos.

— Oi, eu sou do Alabama. E eu vim parar aqui por causa de certos problemas...Meus pais não me aceitavam e eu procurei refúgio. Eu comecei a beber, até Charlotte ir para a minha cidade, me encontrar na rua perdida depois de uma noite caótica e me oferecer essa internato. Vem me ajudado.

— Não podemos nos esconder. A superação é a chave. – respondeu Charlotte.

 

Enquanto as meninas conversavam, no topo da escada estava uma mulher elegante, com um vestido vermelho. Kate Tronsfield. Ela era a atual diretora de Roseland Grace e havia acabado de retornar da Suiça.

— Cheguei.

Charlotte olhou para a mãe e olhou para as meninas, se levantou e disse:

— Meninas, essa é minha mãe. A diretora da academia. Kate Tronsfield. Ela está de volta ao trabalho depois de um longo tempo...Digamos...trabalhando fora.

— Kate. Eu senti longe o cheiro de enxofre. – ao fundo da sala surgiu Philomena, com mais um de seus looks excêntricos e um cigarro na mão.

— Philomena. Ainda tentando achar uma personalidade querida? – respondeu Kate.

— Bom, me ausentei sim, mas para o bem da academia.

— O bem? Sério? E sobre as excursões? Os cursos? Três documentos de inverno não assinados por você, a Sociedade está nervosa.

— Bem Philomena a sociedade pode beijar minha bunda cheia de diamantes, eu não dou a mínima. Pode pelo menos disfarçar perto da minha filha a sua inveja por Annalise ter me escolhido como nova diretora do que você? Isso foi a mais de trinta anos.

— Tenho certeza que Charlotte será uma ótima diretora. Ainda não sei como não te afastaram, saco de lixo.

Philomena foi para a cozinha. A rivalidade de ambas era bem forte.

— Excursão, quem precisa disso? Olha, essa garota - ela apontou para Nelly – Japonesa certo? Conheço um de longe, já casei com um, melhores pessoas, melhor cultura. Ela pode falar com as outras meninas dos seus costumes e pronto. Ninguém precisa de excursão.

JARDIM DE ROSELAND GRACE – NOVA ORLEANS.

Jordie e Adele se reuniam todas as tardes para ler um livro no jardim da casa. Naquele dia de primavera, Emma se juntou a elas.

— Então, eu te falei sobre mim, mas e você? – questionou Jordie.

— Eu tentei me matar. Eu sei, ruim. É essa depressão. É difícil.

— Pílulas? Acredite, sei como é. Charlotte costumava ser assim – respondeu Adele.

Ãhnn...Vocês tem um escritório? Tipo com arquivos de antigos pacientes, históricos? – perguntou Emma para Adele, a garota ainda estava curiosa para saber sobre a estadia da sua mãe.

— Sim, A Charlotte costumava guardar tudo no escritório no andar de cima, do lado do quarto da Mackenzie. Era um escritório muito grande. Creio que ainda esteja lá. – respondeu Adele.

— Ei, podemos ler? – falou Jordie.

 

A noite chegou na cidade. As luzes de todo jardim iluminavam a parte da frente, laterais e fundo da casa. Era a maior casa da rua. As garotas se reuniam toda a noite às oito para jantarem. Philomena havia feito um dos seus pratos prediletos: sopa de carne e batatinha, com queijo e salada de acompanhamento. E um maravilhoso vinho para acompanhar.

— Pelo menos para atiçar o paladar. – falava Philomena. – As meninas não vão voltar a encher a cara, Charlotte. Se acalme.

Kate não estava naquela noite. As garotas se reuniram e jantaram. Tinha sido um longo dia e Emma ainda precisava desfazer suas malas, porém ao invés de ir para seu quarto descansar e enquanto Jordie, Adele e Weenie iam assistir TV e Mackenzie e Nelly para seus quartos dormir, Emma decidiu matar sua curiosidade. Subiu até o último andar da casa e abriu a porta do escritório. Entrou no cômodo, encostou a porta e foi direto para um armário grande perto da janela. Havia grandes caixas com as letras do alfabeto. Emma foi até a letra ‘S’ procurar pelo nome de sua mãe.

A garota achou uma pasta, abriu e viu uma data de entrada e de saída. Folheou mais um pouco e se assustou com o que viu.

— Puta merda! Ela nunca me disse isso! – gritou Emma, chocada.

A porta se abriu bruscamente. Emma reagiu assustada e a pasta caiu no chão. Segurando a maçaneta da porta estava Kate.

— O que você está fazendo aqui garota? Sua mãe não te ensinou que é feio bisbilhotar?


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