Paixão Adimensional escrita por Zaora Hime


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Caraaaaaaaa, eu tô super sumida desse site. Tô reestreando agora, com esse capítulo único bem curtinho do casal que eu mais shippo em todo o jogo (sim, eu ainda jogo GC, amo muito, inclusive);

Peço perdão pela ausência de, sei lá, um ano e meio (?). Eu realmente não estou conseguindo escrever direito, a faculdade me consumiu muito, e atualmente o trabalho segue essa linha, mas vou tentar me reerguer aqui;

Enfim, desfrutem!



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A elfa mestre de Eryuell encontrava-se repousando na longa rede de pano que atravessava a sala de sua casa, localizada nas redondezas de Vermécia. Com os olhos fechados, ela cantarolava baixinho para si mesma. Lire vestia uma longa saia de estampa floral, de verde escuro com os detalhes em um tom mais claro, e uma camiseta branca com rendas pelas alças. Seus pés estavam descalços, como era seu costume quando podia ficar em casa desfrutando de sua paz.

Houve uma sequência de batidas bruscas em sua porta, fazendo a jovem de cabelos dourados levantar em um salto, alcançando uma de suas bestas com a mão direita, na mesa de madeira no centro da sala. Mesmo com toda a tranquilidade pelo fim da guerra contra Cazeaje, Lire não ficava longe de suas armas em nenhum momento. Com a besta pronta, a arqueira mestre caminhou com leveza até a porta, que ainda recebia algumas batidas bruscas, porém cansadas.

Lire girou a maçaneta e abriu a porta com a mesma velocidade com a qual apontou a besta para a cabeça de quem quer que estivesse interrompendo seu sossego. Diante dela, estava o rapaz Asmodiano de cabelos roxos e pele quase lilás. Um de seus chifres estava partido, e a ponta que deveria completá-lo estava cravada no ombro do demônio, que sangrava muito. Seu rosto estava surrado, sujo, e havia um pequeno inchaço ao redor de seu olho esquerdo. As roupas estavam maltrapilhas.

— Está ocupada? - ele riu.

— Dio... - ela abaixou a arma enquanto olhava o Asmodiano de cima a baixo com preocupação.

— Não vai me convidar para entrar?

— Claro, claro! Sinto muito...

Ela deu passagem ao rude amigo, que entrou cambaleando em sua casa. Sem pensar duas vezes, a arqueira abraçou o corpo frio e exausto de Dio, dando-lhe suporte, e o carregou até as almofadas no chão da sala, em torno da mesa central - onde deixou novamente sua besta. Lire acomodava o Asmodiano quando percebeu o olhar semicerrado que ele lhe lançara, ainda ofegando. A loira sentiu as bochechas corando de leve, mas permaneceu ajoelhada diante dele, fitando-o.

— O que aconteceu com você?

— Malditos demônios... Sieghart e eu tivemos alguns problemas com um portão dimensional que se abriu de repente nas proximidades de Xênia. Estávamos em busca... - ele parou de falar, respirando fundo, enquanto sua expressão facial transparecia muita dor.

— Deixa, você me conta depois. Eu vou tratar dos seus ferimentos.

Assim que Lire se ergueu e deu as costas a Dio, sentiu seu pulso ser segurado firmemente pela mão forte e ensanguentada do maior. Ela virou o rosto para ele com doçura e, sorrindo, perguntou:

— Sim?

— Lire... - ele sorriu - Obrigado.

Era a primeira vez que ela via o Asmodiano estampar um sorriso que não estivesse carregado de ironia. Seu coração bateu descontrolado por alguns segundos que pareceram eternos. "O que há comigo?!", ela pensava repetidamente enquanto admirava o rosto do grosseiro demônio que tanto a encantava.

Lire assentiu com a cabeça e seguiu a passos rápidos para a despensa, onde ela guardava seus kits de enfermaria, com bandagens, pomadas, instrumentos cirúrgicos pequenos, anestésicos e analgésicos naturais. De volta à sala, a mestre de Eryuell sentou-se de frente para o amigo de olhos púrpura e abriu a maleta de madeira que carregara consigo.

— Isso vai doer um pouquinho... Mas é necessário... Tire o restante da sua camisa.

— Eu suporto. - ele respondeu, obediente.

Ela riu e posicionou uma das mãos sobre o chifre fincado no ombro de Dio, segurando-o com firmeza e arrancando-o de uma única vez, trazendo também um gemido abafado e rouco do Asmodiano. Lire rapidamente suturou a ferida, aplicando uma pomada analgésica e as bandagens no ombro do maior.

— Aliviado. - ele fitava o rosto da elfa com carinho - Você é ótima nisso... Eu... Normalmente, eu odeio que toquem nas minhas feridas ou que façam qualquer tipo de curativo em mim.

— Então por que me deixa fazê-lo? - ela sorriu, brincando, enquanto limpava o sangue da ponta do chifre.

—  Porque confio em você.

Dio não mediu as palavras, fazendo com que Lire ficasse estática por alguns segundos, sem reação, apenas com o rosto avermelhando a cada mínimo instante que seu olhar passava preso ao dele. O demônio ainda esboçava um sorriso e, talvez tenha sido apenas impressão da arqueira, mas Lire juraria pelas deusas de Ernas que as bochechas dele estavam rosadas.

Em silêncio, Lire se ajoelhou e curvou o corpo na direção de Dio para alcançar o local em seu chifre quebrado. Ela encaixou o pedaço que tinha em mãos novamente na cabeça do demônio, mantendo-o preso ali com algumas bandagens até que a regeneração mágica do corpo do rapaz fizesse o restante do trabalho. Enquanto ela acabava de enrolar o curativo, sentiu um sopro quente tocar seu peito. Lire não havia se dado conta, mas estava muito próxima de Dio. Um arrepio percorreu seu corpo do cóccix à nuca quando o Asmodiano passou o braço humano em volta da sua cintura, forçando-a a corrigir sua postura e sentar-se sobre suas pernas estiradas.

— Dio... O que...

— Você se lembra de quando eu me juntei à Grand Chase?

— Sim... Eu me lembro...

— E você se lembra do que eu disse? Por que eu decidi seguir com vocês?

— Você... Alegou um interesse pessoal...

— Exato. - ele aproximou o rosto do pescoço da elfa - E você supôs, posteriormente, que eu me referia à Rey, não é?

— Sim. - ela fechou os olhos, engolindo em seco - Rey estava em busca de você, também. Nós a vimos em Vermécia, depois na Terra de Prata.

— Shh... - ele pediu, puxando a loira para si - Não vamos falar dela agora. O que eu quero dizer, Lire... - ele sorriu, beijando a pele branca e delicada da arqueira - É que não era ela o meu interesse pessoal.

— Dio... - ela chamou, suspirando - Você, eu... Eu... Nós...

— É a primeira vez que eu não vejo você calma e com total controle da situação. - ele riu - Isso é bem melhor do que a minha expectativa.

— Ei! - ela empurrou o tronco do rapaz - Isso não é nem um pouco justo, não tem graça...

O Asmodiano gargalhou, fitando a beleza incansável da arqueira em seu colo. Ele sussurrou um "desculpe" para ela, que estava corada, e gentilmente passou a mão pelos fios longos e loiros de seu cabelo, segurando seu rosto como se segurasse uma joia raríssima, e tornou a aproximar o rosto dela, dessa vez levando seus lábios de encontro aos delicados lábios de Lire.

Ela imediatamente correspondeu ao rapaz, envolvendo-o em seus braços amorosos enquanto suas línguas dançavam ardentemente. Dio, com a garra em sua mão esquerda, enganchou a camiseta da loira e puxou-a devagar, aproveitando do momento que ele tanto almejava ter com a arqueira. Ela deslizava as mãos pelo peito e costas do arroxeado, trazendo-o para mais perto. Dio se livrou da camiseta de Lire, cessando o beijo para admirar a mulher diante de si.

— Eu já vi muitas coisas bonitas, em diversas dimensões... Mas você...

— Quem diria que eu um dia ouviria palavras tão gentis de um Asmodiano...

— Não consigo nem mesmo sonhar em ser arrogante com você. - ele alisou o rosto da elfa - Eu me sentiria culpado. A última coisa que eu quero é te magoar. Lire... - Dio se aproximou novamente - Eu gosto mesmo de você. De verdade.

— Eu gostei de você à primeira vista. - ela sorriu - E mesmo que você seja rude às vezes... Eu não mudaria nada seu. Eu gostei de você antes, durante e depois de conhecer suas qualidades e defeitos.

Sem pronunciar mais nada, Dio tomou Lire em seus braços, beijando-a com uma paixão adimensional. O Asmodiano acomodou a mestre de Eryuell nas almofadas ao seu lado e subiu o beijo rapidamente para sua testa, apoiando-se sobre o cotovelo para olhar nos olhos esmeralda que o hipnotizavam. Ela sorriu com a doçura de sempre e estendeu a mão para acariciar o rosto do demônio de cabelos roxos.

— Vamos, você precisa repousar.

Lire fez com que Dio se deitasse confortavelmente ali e, em seguida, aninhou-se no abraço do rapaz, acariciando o braço que acabara de enfaixar, com sua cabeça repousando sobre o peito do maior, onde conseguia ouvir as batidas fortes, porém tranquilas, de seu coração.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?

Sei que foi bem breve, foi apenas uma cena para alimentar minha vontade de ver os dois juntos ♥

Deixem seus comentários, isso me ajuda muito a buscar meios de me esforçar para trazer conteúdo pra cá. Eu quero voltar com tudo!



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